1. CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
CONTEÚDO REFERENTE LISTA DE EXERCICIOS Nº 12
Disciplina: CONTABILIDADE I
Prof: Junior
REGIME DE COMPETÊNCIA DE EXERCÍCIOS:
No regime de competência de Exercício, as Receitas e as Despesas são consideradas em função do seu fato gerador e
não em função do recebimento da Receita ou pagamento da Despesa em dinheiro.
As Receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando se tenham sido RECEBIDAS ou
não.
As Despesas de um exercício são aquelas incorridas nesse período, não importando se tenham sido PAGAS ou não.
Uma adequada comparação entre despesas e receitas de cada exercício, para a apuração do resultado, é
conseguida por meio da adoção do regime de competência de exercícios, que refletirá nas demonstrações Balanço e
Resultado do Exercício a situação mais próxima possível do real.
“INDEPENDENTE DO RECEBIMENTO OU PAGAMENTO, AS RECEITAS E DESPESAS DEVEM SER CONSIDERADAS
EM FUNÇÃO DE SEU FATO GERADOR”
Como exemplo de despesa a pagar, podemos citar o caso das despesas de salários. Normalmente a folha de pagamento
de uma empresa é paga no início do mês seguinte; apesar disso, a despesa deve ser atribuída ao mês vencido, porque o
fato gerador da despesa de salário é o serviço prestado pelos funcionários naquele mês e a seguinte partida de ajuste
deverá ser feita:
Foz do Iguaçu, 31 de janeiro de 19X9
D: Despesas de Salários (Conta de resultado)
C: Salários a Pagar (Conta de Passivo)
Valor da folha de pagamento deste Mês a ser paga no mês seguinte R$ 800,00
O saldo devedor de Despesa de Salários aparecerá como despesa na Demonstração do Resultado do Exercício, onde
pesará negativamente na apuração do resultado do período, e o saldo credor na conta Salários a Pagar aparecerá no
Passivo do Balanço Patrimonial que está sendo encerrado.
Quando a folha de pagamento for paga no período seguinte, a partida de diário será feita na forma abaixo:
Foz do Iguaçu, 05 de fevereiro de 19X9
D: Salários a Pagar (Conta de Passivo)
C: CX/BCM (Conta de Ativo)
Valor pago relativo à folha de Pagamento do mês anterior R$ 800,00
Outras despesas poderão ser objeto desse tipo de ajustes, tais como as incorridas com aluguéis, impostos e taxas,
juros, serviços publicos etc.
DESEMBOLSOS QUE SE TRANSFORMARÃO EM DESPESAS: REGRA GERAL
Se um desembolso beneficiar mais de um exercício contábil, deverá ser debitado a uma conta de Ativo. Ao final de cada
período, é necessário determinar qual a parcela que foi usada ou consumida, considerando-a, pois, despesa (aparecendo
na Demonstração do Resultado do Exercício), e qual a parcela ainda não usada ou assumida que se tornará despesa em
períodos futuros e até lá continuará a aparecer no Ativo do Balanço.
O procedimento contábil mais apropriado a ser usado em tais casos é o seguinte:
o na data do pagamento ou da criação da obrigação a pagar, debita-se o valor total da conta de Ativo;
o no final de cada período beneficiado pelo gasto, transfere-se, do valor da conta do Ativo, por um lançamento de
ajuste, a parcela proporcional ao período beneficiado para uma conta de Despesa.
GASTOS ANTECIPADOS (Despesas do Exercício Seguinte)
Existem certos ativos oriundos de gastos realizados no período corrente que beneficiam o exercício seguinte ou
subperiodos de tal exercício. É o caso do prêmio seguro pago antecipadamente, usualmente remunerando a seguradora
por um ano de cobertura de seguro. Nesse caso, temos um típico exemplo de Despesa paga antecipadamente classificada
no Ativo Circulante (ativos realizáveis no curso do exercício social subseqüente ao do Balanço). A partida de Diário seria:
Foz do Iguaçu, 01 de julho de 19x10.
D: Seguros a apropriar (Conta do Ativo Circulante)
C: CX/BCM
Pago prêmio de seguro contra fogo à Seguradora Nacional S/A., cfe Apólice nº 0012, cuja cobertura
É de 1-7-19x9 a 30-06-19x10 = R$ 5.000
Se o período contábil, no caso, for de um ano e coincidente com o ano-calendário, no ultimo dia do exercício de 19x9 o
contador deverá realizar um lançamento de ajuste, a fim de apropriar como despesa a parcela do prêmio que beneficiou o
atual exercício que está sendo encerrado:
2. Foz do Iguaçu, 31 de dezembro de 19x10.
D: Despesas de Seguros (Conta de Despesa)
C: Seguros a apropriar
Apropriação de parte proporcional do prêmio de seguro referente ao período de 1-7 a 31-12-19x9. R$ 2.500
Em 31-12-19x9 o Balanço apresentará a conta de Ativo – Seguros a apropriar – com um saldo de R$ 2.500 e da
Demonstração do Resultado do Exercício constará a conta Despesas de Seguros, também, nesse caso, de R$ 2.500,
afetando negativamente o resultado.
ESTOQUE DE PRODUTOS E OUTROS MATERIAIS
Os estoques de produtos e outros materiais que figuram no Ativo de uma empresa transformam-se em
despesas quando esses bens forem consumidos.
Por serem materiais adquiridos em quantidades suficientes para serem utilizados às vezes em mais de um
período contábil, o estoque de materiais é registrado por ocasião das compras em conta do Ativo, tornando-se
despesa quando consumidos.
Por ocasião da compra, é feito o seguinte lançamento:
D: Estoque de Materiais (Conta de Ativo)
C: CX/BCM
Pago pela compra feita a ABC & Cia Conf. Nota fiscal nº 743 200.000
No último período, para se determinar o valor dos materiais consumidos – que será despesa no atual exercício
– e o valor dos que permanecem em estoque, para utilização nos períodos seguintes, a empresa deverá
proceder da seguinte forma (desde que não adote inventário permanente):
Deverá fazer um inventário das existências físicas em 31 de dezembro e valoriza-las pelo custo de aquisição:
EI = ESTOQUE INICIAL (Se existir) R$
(+) C = COMPRAS NO PERIODO R$ 200.000
( -) EF ESTOQUE FINAL R$ 50.000
(=) CONSUMO DO PERÍODO R$ 150.000
Após isto, far-se-á o seguinte lançamento de ajuste:
Foz do Iguaçu, 31 de dezembro de 19x9
D: Despesas com materiais (Conta de Despesa)
C: Estoque de Materiais (Conta de Ativo)
Valor dos materiais consumidos no período R$ 150.000
O saldo devedor, de $ 50.000, da conta Material de Escritório, aparecerá no Ativo do balanço, e o saldo
devedor da conta Despesas com Material de Escritório constará na Demonstração do Resultado do Exercício,
onde pesará negativamente para a obtenção do resultado líquido.
CONSUMOS DE ATIVOS PERMANENTES
Os ativos permanentes, constituindo-se em inversões permanentes, são adquiridos para servir a empresa em vários
períodos de sua existência, não sendo objeto normal de compra e venda. A aquisição do imóvel onde a empresa se instala,
a compra de equipamentos, móveis e utensílios etc. necessários para atingir os fins a que ela se propõe, são ativos fixos
que não se destinam à venda.
Como essas inversões são permanentes e irão servir à empresa por vários exercícios, não é correto apropriar como
despesa a totalidade de seu valor no momento da aquisição. Todo item de ativo fixo possui um tempo de vida útil limitado e
estimável, que servirá de base para o rateio da despesa naquele espaço de tempo.
A distribuição da despesa por vários períodos contábeis, do valor do ativo fixo, é feita pelo procedimento contábil
denominado depreciação, especificamente dos bens do Ativo Imobilizado.
INDICES DE DEPRECIAÇÃO USUAIS (podendo sofrer alterações de acordo com a Legislação do I.R)
NOME DO BEM VIDA UTIL TAXA ANUAL
VEICULOS 5 ANOS 20% AA
MOTOS 4 ANOS 25% AA
EDIFICIOS 25 ANOS 4% AA
INSTALAÇÕES 10 ANOS 10% AA
MOVEIS E UTENSILIOS 10 ANOS 10% AA
COMPUTADORES 5 ANOS 20% AA
PARA BENS USADOS:
O MAIOR PRAZO DENTRE:
• Metade do prazo de vida útil estimada do bem;
• Restante da vida útil estimada do bem;