13. planejamento-e-controle-de-obras 2020

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
GERENCIAMENTO DE PROJETOS
2020
Profa. Dra. Heloisa Fuganti Campos 1
TC 045 – Gerenciamento de Projetos
PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS
Profa. Dra. Heloisa Fuganti Campos
Profa. Dra. Barbara Talamini Villas Boas
SETOR DE TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
2020
2
INTRODUÇÃO
• Indústria da construção civil no Brasil: caracterizada por não adotar,
de forma sistematizada, métodos de planejamento operacional no
canteiro de obra
• Planejamento: se resume à elaboração de um orçamento e um
cronograma físico, com o objetivo de atender custos e prazos pré-
definidos sem maiores critérios técnicos
• Obra: cabe analisar o orçamento e o cronograma e executar os
serviços dentro do estabelecido
INTRODUÇÃO
• Compromete-se a rentabilidade: os custos de obra, de forma direta
ou indireta, se desviam dos previstos, por força de prazos não
cumpridos ou necessidade de retrabalhos
• Canteiro de obras: falta coordenação entre as atividades de
produção - falta conhecimento sobre o que produzir e,
consequentemente, sobre como produz
Paralelamente, o setor torna-se, a cada dia, mais competitivo - os
custos estão mais apertados, os prazos menores e os produtos mais
complexos
3
INTRODUÇÃO
• Necessário planejamento de produção
adequado!
üDefinição das pessoas envolvidas e as suas responsabilidades
üDefinição e coleta das informações a serem utilizadas (projetos das
diferentes disciplinas envolvidas, especificações técnicas,
orçamento)
üEstabelecimento do prazo para realizar o planejamento
üDefinição dos recursos necessários para realizar o planejamento
(técnicas e ferramentas para executar o planejamento)
4
PLANEJAMENTO
• Longo prazo à Nível
estratégico
• Médio prazo à Nível tático
• Curto prazo à Nível
operacional
NÍVEIS HIERÁRQUICOS
5
PLANEJAMENTO
• Planejamento estratégico:
üDefine as estratégias de longo prazo da empresa
üÉ o planejamento mais amplo e abrange toda a organização
üNa maioria das organizações é elaborado pelo seu mais alto
escalão hierárquico, o mesmo deverá contemplar uma série de
decisões que deverão ser tomadas nos demais níveis hierárquicos
da organização
6

2020
PLANEJAMENTO
• Planejamento estratégico:
ü Estuda questões como a demanda, valor necessário para compra do terreno,
busca de parcerias, determinação das datas marcos do empreendimento
ü Características:
Ø É um processo permanente e contínuo
Ø É sempre voltado para o futuro
Ø Visa a racionalidade da tomada de decisões
Ø Visa selecionar uma entre várias alternativas
Ø É uma técnica de alocação de recursos
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PLANEJAMENTO
• Planejamento tático:
üProjetado para o médio prazo
üTem foco mais específico que o estratégico e existe um menor
nível de incerteza para as tomadas de decisões
üAs decisões do nível tático são mais facilmente revistas, quando
necessárias, por terem menor abrangência que as estratégias
8
PLANEJAMENTO
• Planejamento operacional:
üCurto prazo à cria condições para a adequada realização dos
trabalhos diários da empresa
üEstabelece a definição detalhada das atividades, momentos e
prazos para execução e alocação de recursos
üDefine estratégias e metas de produção e é responsável pelo
planejamento das operações ou ordens de produção
9
PLANEJAMENTO
10
PLANEJAMENTO
11
PLANEJAMENTO
12

2020
PLANEJAMENTO
• A maioria das obras possui somente o cronograma mestre
• Esses cronogramas possuem uma falta de informações sobre as situações
atuais e a entrega à as atividades realizadas não obedecem o cronograma
planejado
• O planejamento “Lookahead” (médio prazo) tem a finalidade de suprir essas
faltas encontradas nesses cronogramas macros à utiliza mecanismos que
visam resolver os problemas que impedem a execução das tarefas
• Objetivo: antecipar ações futuras, melhorar o desempenho do planejamento de
curto prazo e consequentemente reduzir o custo e duração dos projetos
13
PLANEJAMENTODEMÉDIOPRAZO: “LOOKAHEAD”
Fonte: Ballard, G. (1997)
PLANEJAMENTO
• Elaboração:
ü Reunir os parceiros para concordar sobre os procedimentos do planejamento e
informações do fluxo
ü Alinhar os fornecedores internos com o sistema de controle e filosofia reestruturando
a compra de materiais (trocar grande lotes por pequenos)
ü Melhorar e ajustar o cronograma mestre
ü Analisar o CPM das tarefas antes de planejar as tarefas das próximas semanas
ü Planejar somente as tarefas que tem todas as condições para iniciar
ü Carregar a força de trabalho conforme a sua capacidade
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Obra: Moradas do Bosque
Local Empreiteiro Equipe Início Final 07 a 11/08 14a 18/08 21 a 25/08 28 a 01/09 4 a 08/09
Millenium III Silvino 1 encarregado 06/ago 03/set
4 pedreiros 25/ago 31/ago
4 carpinteiros 18/ago 25/ago
14/ago 28/ago
01/set 09/set
28/ago 29/set Emboço interno
Sobrados 49-52 Orlando 3 Pedreiros 14/ago 22/ago
3 Carpinteiros 16/ago 23/ago
1 Armador 08/ago 08/ago Concretagem da laje
Millenium II Silvino 1 encarregado 21/ago 04/set
4 pedreiros 04/set 18/set Laje de Cobertura
5 carpinteiros 11/ago 13/out Hidráulica e Elét.
04/set 18/set Emboço Inferior
04/set 12/set Contrapiso
Sobrados 36-42 J.Odor 2 Carpinteiros 18/jul 02/set
2 Armadores 18/ago 23/set
01/set 28/set
Sobrados 24-28 Sr. Travinski 2 Pedreiros 21/ago 23/set
3 Carpinteiros 28/ago 30/set
04/set 07/out Laje Superior
Sobrados 13-18 Silvino 1 encarregado 31/ago 16/set
4 pedreiros
4 carpinteiros
Sobrados 58-61 Orlando 3 carpinteiros 25/ago 06/set
3 pedreiros 04/set 16/set Laje de Cobertura
1 contra-mestre 01/set 16/set
18/ago 07/out
PLANO 5 SEMANAS
Semanas
Impermeabilização
Elétrica e Hidráulica
Alvenaria Superior
Contrapiso Inferior
Alvenaria Superior
Laje de Cobertura
Laje de Cobertura
Alvenaria Superior
Baldrame
Alvenaria do Térreo
Laje superior
Hidráulica e Elétrica
Emboço Inferior interno
Baldrame
Alvenaria Superior
PLANEJAMENTO
• Busca alcançar a real capacidade do sistema de produção tendo o envolvimento
direto com o encarregado da obra
• No planejamento de curto prazo são programados somente as atividades onde não
há interferências ou precedências que possam impedir na realização dos serviços
• É possível monitorar a eficácia da situação atual e futura do planejamento através
de indicadores de desempenho: número de tarefas concluídas em relação às
previstas à PPC (Percentagem do Planejamento Concluído)
N° de Atividades Concluídas
PPC (%) =
N° de Atividades Planejadas
16
PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO: LAST PLANNER SYSTEM ®
Fonte: Ballard, G. (1997)
PLANEJAMENTO
• Elaboração:
ü Identificar e priorizar as tarefas realizáveis
ü Determinar a capacidade de mão-de-obra para a próxima semana
ü Selecionar atividades por tamanho e capacidade
ü Listar os excesso de tarefas e mão-de-obra
ü Verificar o andamento de cada atividade a cada dia e listar os motivos por não
completar as tarefas
ü Gerente deve analisar o plano semanal e atuar sobre as causas dos problemas
17
PLANEJAMENTODECURTOPRAZO: “LAST PLANNER”
PLANEJAMENTO
• Questões que devem ser consideradas:
ü Definição: as tarefas estão especificadas e o tipo de material também?
ü Profundidade: os pré-requisitos dos trabalhos estão prontos, os materiais
estão no canteiro?
ü Sequência: as tarefas estão planejadas seguindo a sua construtibilidade?
ü Tamanho: as tarefas estão sendo executados conforme o tamanho solicitado?
ü Aprendizado: foram identificados os motivos para as tarefas da semana
anterior não terem sido feitas?
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2020
VILLAS-BÔAS, Barbara Talamini. Modelagem de um programa computacional para o sistema last planner de planejamento.
Dissertação. Curso de pósgraduação em Construção Civil da Universidade Federal do Paraná, 2004.
19
19
% Planejamento
Concluído
http://hdl.handle.net/1884/2467
Fonte: VILLAS-BÔAS, B. T. (2004)
20
20
Fonte: SANTOS, A. (2001)
Estavam utilizando o banheiro como escritório
Corteedobra armaduras -ok!
100%
100%
100%
100%
100%
33%
100%
Instalações Térreo
Instalação banheiro 02 -ok!
Finalização térreo
10m
-
-
Térreo
10m
-
-
Térreo
10m
-
Instalação 2º Pavimento -ok!
Forma -ok!
Térreo
10m
-
Instalação 1º Pavimento -ok!
Instalação banheiro
Início térreo
10m
Finalização passagem
da tubulação
Instalações Térreo -
Não foi feito!
2
10
Recebimento
Instalação banheiro 01 -
-
10m -Metade
Escavação epassagem da
tubulação
-
Forma -ok!
3
2
3
3
10
Instalção louça sanitária
Caixa deContenção deCheias
PSX Engenharia
Bogoli
Própria
Própria
Tatu
Própria
Silvano Terraplanagem
Instalação ar condicionado
Instalação do forro -Banheiros 3º e4º
Instalação esquadrias -
Execução drenagem externa
Perfuração horizontal por método
não destrutivo
SEGUNDA TERÇA QUARTA
LASTPLANNER
SEMANA 01
QUINTA PPC RAZÕES
EMPREITEIRO EQUIPE QUINTA SEXTA
ATIVIDADE
LASTPLANNER
SEMANA 02
ATIVIDADE EMPREITEIRO EQUIPE QUINTA SEXTA SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA PPC RAZÕES
50% Faltou mão deobra
Instalação do forro -Banheiros 1º e2º Bogoli 2 Instalação banheiro 01 - Instalação banheiro Instalação banheiro 01 -ok Instalação banheiro 02 -não Instalação banheiro 02 -não Instalação banheiro 02 -não 50% Dependeda elétrica
Instalação ar condicionado PSX Engenharia 3 3º Pavimento -ok 3º Pavimento -ok 3º Pavimento -ok 4º Pavimento -não 4º Pavimento -não 4º Pavimento -não
100%
Instalação esquadrias - Própria 3 Acabamento -não Acabamento -não Acabamento -não Acabamento -não Acabamento -não Acabamento -não
Execução drenagem externa Própria 3 10m 10m 10m 10m 10m 10m
100%
Caixa deContenção deCheias Silvano Terraplanagem 10 Concretagem Concretagem
0% Faltou material
100% Não finalizado
Instalção louça sanitária Própria 2 - - Térreo Térreo Térreo Térreo 100%
Elétrica Própria 10 Início Andamento Andamento Andamento Andamento Andamento
PLANEJAMENTO
• No planejamento de longo prazo, o horizonte dos planos abrange todo o
período de construção e tem como objetivo a definição dos ritmos das
atividades, que constituem as grandes etapas construtivas do empreendimento
como, por exemplo, a estrutura, a alvenaria e as instalações hidrossanitárias
(MENDES JR e HEINECK, 1998)
• A elaboração dos planos é realizada a partir do uso de técnicas de
programação, como a Linha de Balanceamento, no qual são especificadas
informações a respeito do início e fim das atividades, bem como a duração
máxima necessária para a execução do empreendimento (TOMMELEIN e BALLARD,
1997; MENDES JR. E HEINECK, 1998)
22
PLANEJAMENTODELONGOPRAZO
LINHA DE BALANCEAMENTO
• A técnica da Linha de Balanceamento (Line of Balance – LOB) para
programação foi criada nos anos 40
• Suas primeiras aplicações foram na indústria de manufaturados para programar
o fluxo de produção
• O Método da LOB é um dos métodos mais conhecidos entre os pesquisadores
para a programação de projetos lineares
• Também pode ser chamada de diagrama tempo-caminho ou diagrama espaço-
tempo
• Seu uso na construção civil se difundiu mais na Europa em obras com serviços
bastante repetitivos, como estradas e pontes
24

2020
• A técnica da Linha de Balanceamento se resume ao conceito de que as tarefas
são repetidas inúmeras vezes ao longo de uma unidade de repetição
Ø Por exemplo, o serviço de revestimento de paredes é realizado inúmeras
vezes ao longo de todas as unidades de um conjunto habitacional ou
pavimentos de um edifício
• O ritmo de conclusão da tarefa nas diversas unidades dependerá de quantas
equipes sejam alocadas
• A técnica é de aplicação bastante simples principalmente por que pode ser feita
graficamente, podendo ser visualizada num gráfico espaço x tempo, indicando a
unidade e quando a tarefa é executada nesta unidade
25
• Método de planejamento gráfico, baseado em uma unidade básica de
repetição à Toda a construção tem um ritmo natural e qualquer
desbalanceamento nesse ritmo resulta em perdas de recursos e tempo
• O diagrama da LOB representa as atividades no espaço (unidades de
repetição) e no tempo (meses, semanas, dias)
• O comportamento das linhas resultantes indicarão o ritmo da construção
das unidades
• O balanceamento é alcançado quando se obtém os mesmo ritmo para
todas as atividades ou grupos
26
üRepresentação cumulativa das atividades
üMostra o atraso de uma ou mais atividades
üMostra toda a situação atual do projeto
üPossibilidade de visualizar a alocação das equipes por atividades
üAtravés da técnica é possível dimensionar as durações e equipes
para cada atividade
27
VANTAGENS
üTécnica desenhada para um processo de produção simples
üNão mostra o impacto do atraso no fim da obra
üExiste problemas de visualização na apresentação da LOB sendo
recomendado cores diferentes para cada atividade
üO método LOB é aplicável em qualquer área sendo sua aplicação em
obras bastante limitado
28
DESVANTAGENS
üDefinição da unidade de repetição
üLevantamento das atividades
üDeterminação das durações
üLevantamento da quantidade de mão-de-obra
üElaboração da rede de precedências por unidade (pavimento,
sobrado)
üCálculo do ritmo
üDeterminação do número de equipes
üDefinição da estratégia de execução da obra
üDiagramação da linha de balanceamento
29
• Eixo das abcissas: linha do tempo
• Eixo das ordenadas: unidades repetitivas
30

2020
• Ritmo é o número de unidades repetitivas concluídas por unidade de tempo
(sobrados/dias)
Ritmo = (DT-DU)/(N – 1)
31
RITMO
• A finalidade de dimensionar a quantidade de equipes está ligada a
execução da obra no prazo mais próximo ao tempo de ritmo
determinado para o andamento da obra
• O número de equipes também pode ser alterado conforme
necessidades de reduzir ou aumentar o tempo de execução
Ne = Duração . Ritmo
32
EQUIPES
Equipe
Produtividade
por dia
Quantidade a ser
executada
Duração
(dias)
A Fundações 1 Pe + 1 Aj 10,3 50 5
B Alvenarias 1 Pe + 1 Aj 11,5 115 10
C Instalações Hidráulicas 1 Pe + 1 Aj 6 30 5
D Cobertura 1 Ma + 1 Aj 10 50 5
E Esquadrias de Ferro 1 Se 1,2 6 5
F Revestimentos 1 Pe + 1 Aj 25,6 231 9
G Esquadrias de Madeira 1 Ma 2 4 2
H Instalações Elétricas 1 El + 1 Aj 20 40 2
I Acabamentos 1 Ma + 1 Aj 0,5 1 2
J Limpeza 1 Aj 80 80 1
Atividade
Execução de 5 casas seguindo a sequencia executiva a seguir
33
EXEMPLO
Duração
Primeira Data
de Início
Primeira Data
de Término
A Fundações 5 1 5
B Alvenarias 10 A 6 15
C Instalações Hidráulicas 5 B 16 20
D Cobertura 5 B 16 20
E Esquadrias de Ferro 5 B 16 20
F Revestimentos 9 D E 21 29
G Esquadrias de Madeira 2 F 30 31
H Instalações Elétricas 2 F 30 31
I Acabamentos 2 C G H 32 33
J Limpeza 1 I 34 34
Atividade Antecessoras
Utilizando o PERT calcula o tempo de 1 unidade
34 dias
34
EXEMPLO
Supondo que o prazo para terminar as 5 casas seja 44 dias
Número de Casas: 5 casas
Prazo de Execução 44 dias
Duração Unitária 34 dias
Tempo de Ritmo 10 dias
Ritmo de Produção 2,5 dias/casa
Ciclo de Produção 0,4 casas/dia
35
EXEMPLO
Ritmo = (DT-DU)/(N – 1)
36

2020
37
38
39
• Dado um tempo de ciclo à encontrar o menor número de
postos de trabalho necessários
• Dado um certo número de postos de trabalho à minimizar
o tempo de ciclo
40
• Supondo a implantação de uma rede linear de esgoto de 7 km de
comprimento, cujo ciclo de trabalho consiste de duas operações consecutivas
realizadas em trechos de 1 km:
Ø Escavação de Valas
Ø Assentamento da tubulação
• Portanto, tem que ser realizado 7 vezes
• Supondo a escavação de cada trecho dure 2 dias e o assentamento dure 1
dia com um intervalo de 1 dia entre as operações
Ø O ciclo dura, portanto, 4 dias
41
EXEMPLO
• LOB para um prazo contratual de 10 dias:
TRECHO DIA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7KM
6KM
5KM
4KM
3KM
2KM
1KM
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIA
EscavaçãodaVala
AssentamentodoTudo
TRECHO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7 KM
6 KM
5 KM
4 KM
3 KM
2 KM
1 KM
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIA
DIA
A inclinação de cada barra representa o ritmo
desejado de trabalho
Enquanto sua espessura equivale a duração da
atividade
42
EXEMPLO

2020
CONSTRUÇÃO ENXUTA
• Modelo conceitual tradicional na construção civil: produção como um conjunto
de atividades de conversão, que transformam os insumos (materiais,
informação) em produtos intermediários (por exemplo, alvenaria, estrutura,
revestimentos) ou final (edificação)
43
Fonte: adaptado de Koskela, L. (2000)
• Modelo de processo da Construção Enxuta: um processo consiste em um fluxo
de materiais, desde a matéria prima até o produto final, sendo o mesmo
constituído por atividades de transporte, espera, processamento (ou conversão)
e inspeção
• As atividades de transporte, espera e inspeção não agregam valor ao produto
final, sendo por esta razão denominadas atividades de fluxo
44
CONSTRUÇÃO ENXUTA
Fonte: adaptado de Koskela, L. (2000)
45
CONSTRUÇÃO ENXUTA
1. Reduzir a parcela de atividades que não agregam valor
• A eficiência dos processos poderá ser melhorada e as suas perdas
reduzidas por meio da eliminação de etapas que não agregam
valor ao produto, como atividades de transportes de materiais e
outros
• Ex.: Um simples suporte de mangote utilizado no bombeamento do
concreto permite que o auxiliar realize uma atividade que agregue
valor ao produto invés de apenas segurar o equipamento
46
CONSTRUÇÃO ENXUTA
PRINCÍPIOS
2. Aumentar o valor do produto através da consideração das
necessidades dos clientes
• Identificação clara das necessidades dos clientes, ou seja, o que eles desejam e
precisam
• Deve-se ter disponível para toda a equipe todos os dados relativos aos
requisitos e preferências dos clientes em potencial, obtidos por pesquisas e
avaliações pós-ocupações dos edifícios
• Ex.: A equipe de estrutura deverá respeitar todas as tolerâncias dimensionais
para que não haja influência negativa nos serviços posteriores, como nos
revestimentos - os requisitos das equipes de alvenaria e revestimento devem
ser identificados e comunicados à equipe de estrutura
47
CONSTRUÇÃO ENXUTA
PRINCÍPIOS
3. Reduzir a variabilidade
• A redução da variabilidade transforma o empreendimento em um
produto uniforme, o qual gera um maior grau de satisfação para o
cliente e evita desperdícios com as equipes de trabalho
• Ex.: Através da utilização de um procedimento padronizado de
execução de instalações hidrossanitárias, pode-se reduzir o
surgimento de vazamentos posteriores, eliminando-se assim a
incidência de retrabalhos
48
CONSTRUÇÃO ENXUTA
PRINCÍPIOS

2020
4. Reduzir o tempo de ciclo
• A soma de todos os tempos necessários para a realização de
determinada tarefa é conhecido por templo de ciclo, ou seja, todo o
dispendido de tempo no transporte, na espera, no processamento e
na inspeção compõem essa etapa
• Ex.: Eliminação de atividades de fluxo que fazem parte do ciclo de
produção; Mudanças nas relações de precedência entre atividades,
eliminando interdependências entre as mesmas de forma que
possam ser executadas em paralelo
49
CONSTRUÇÃO ENXUTA
PRINCÍPIOS
5. Simplificar através da redução do número de passos ou partes
• Redução de componentes de um determinado serviço à isso ocorre
em tarefas auxiliares de preparação e conclusão, como limpeza,
montagem de andaimes, inspeções corriqueiras e outros
• Ex.: Utilização de elementos pré-fabricados, como sistemas de
paredes de concreto e vergas; Planejamento eficaz da produção,
sempre antevendo possíveis problemas (falta de ferramentas,
informações equivocadas e outros), o qual tende a diminuir
deslocamentos e atrasos que não agregam valor
50
CONSTRUÇÃO ENXUTA
PRINCÍPIOS
6. Aumentar a flexibilidade de saída
• Possibilidade de alterar as características dos produtos entregues aos
clientes, sem aumentar substancialmente os custos dos mesmos
• Ex.: Métodos construtivos que proporcionam flexibilidade, como as lajes
planas que proporcionam as mudanças no layout de um apartamento sem
a preocupação com as vigas e as divisórias internas com gesso cartonado
que possuem menores espessuras que os blocos cerâmicos tradicionais e
podem ser demolidos e modificados sem custos consideráveis
51
CONSTRUÇÃO ENXUTA
PRINCÍPIOS
7. Aumentar a transparência dos processos
• O aumento da transparência nos processos tende a identificar todos os
possíveis erros de execução com a disponibilização de todas as
informações necessárias
• Ex.: Remoção de obstáculos visuais, como tapumes e divisórias;
Programa 5S cujo intuito é focar na melhoria da organização, da limpeza,
da segurança e outros atributos; Dispositivos visuais que disponibilizam
informações relevantes para a produção
52
CONSTRUÇÃO ENXUTA
PRINCÍPIOS
53
54

2020
55
REFERÊNCIAS
BALLARD, Glenn. Lookahead Planning: The Missing Link in Production Control. In: ANNUAL CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL GROUP
FOR LEAN CONSTRUCTION, 5, 1997, Australia. Proceedings… IGLC, 1997.
BALLARD, Glenn. The Last Planner System of Production Control. Tese (Doutorado). School of Civil Engineering. Faculty of Engineering, University
of Birmingham, 2000.
FORMOSO, C. T. (2001). (Org.) “Planejamento e Controle da Produção em Empresas de Construção”. Núcleo Orientado para a Inovação da
Edificação, Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.
HEINECK, L. F. Dados básicos para a programação de edifícios altos por linha de balanço. In: Congresso Técnico-Científico de Engenharia Civil.
Anais, p. 167-173, Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1996
HEINECK, L. F. M.; MACHADO R. L. A geração de cartões de produção na programação enxuta de curto prazo. In: Simpósio brasileiro de gestão da
qualidade e organização do trabalho. Anais... Fortaleza: Universidade Federal do Ceará; Universidade de Fortaleza, 2001.
KOSKELA, L. (2000). “An exploration towards a production theory and its application to construction.” D.Tech., Helsinki University of Technology,
Espoo.
MENDES JÚNIOR, R. (1999). “Programação da produção na construção de edifícios de múltiplos pavimentos”. Florianópolis, Tese (Doutorado em
Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
SANTOS, A. P. L.;MENDES JUNIOR, R. . Planejando um conjunto de 77 sobrados com a linha de balanço em conjunto com o LAST PLANNER E O
LOOKAHEAD. In: II Simpósio Brasileiro de Gestão da Qualidade e Organização do Trabalho no Ambiente Construído, 2001, Fortaleza. Sibragec,
2001
VILLAS-BÔAS, Barbara Talamini. Modelagem de um programa computacional para o sistema LAST PLANNER de planejamento. Dissertação.
Curso de pós graduação em Construção Civil da Universidade Federal do Paraná, 2004.
heloisacampos@ufpr.br
barbaratvb.ufpr@gmail.com

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