1. Desemprego
O desemprego ocorre quando um trabalhador é demitido ou entra no mercado de trabalho
(está a procura de emprego) e não consegue uma vaga de trabalho. É uma situação difícil
para o trabalhador, pois gera problemas financeiros e, em muitos casos, problemas
psicológicos (depressão, ansiedade, etc.) no trabalhador e em sua família.
Principais causas do desemprego
- Baixa qualificação do trabalhador: muitas vezes há emprego para a vaga que o trabalhador está
procurando, porém o mesmo não possui formação adequada para exercer aquela função;
- Substituição de mão de obra por máquinas: nas últimas décadas, muitas vagas de empregos foram
fechadas, pois muitas indústrias passaram a usar máquinas na linha de produção. No setor bancário, por
exemplo, o uso de caixas eletrônicos e desenvolvimento do sistema bankline também gerou o fechamento de
milhares de vagas;
- Crise econômica: quando um país passa por uma crise econômica, o consumo de bens e serviços tende a
diminuir. Muitas empresas demitem funcionários como forma de diminuir custos para enfrentar a crise.
- Custo elevado (impostos e outros encargos) para as empresas contratarem com carteira assinada:
este caso é típico do Brasil, pois os custos de contratação de empregados são muito elevados. Muitas
empresas optam por aumentar as horas extras de seus funcionários a contratar mais mão de obra ;
- Fatores Climáticos: chuvas em excesso, secas prolongadas, geadas e outros fatores climáticos podem
gerar grandes perdas financeiras no campo. Muitos empresários do setor agrícola costumam demitir
trabalhadores rurais para enfrentarem situações deste tipo.
Taxa de desemprego no Brasil
A taxa de desemprego ou de desocupação no Brasil é determinada mensalmente pela Pesquisa Mensal do
Emprego, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números da pesquisa em
questão são determinados a partir de estudos feitos a cada mês com a População Economicamente Ativa (PEA) das
seis principais regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e
Salvador).
Definição de desemprego
O IBGE classifica como pessoas desempregadas ou desocupadas aquelas que não estavam trabalhando, estavam
disponíveis para trabalhar e tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à
semana em que responderam à pesquisa.
Teoricamente é a parte da população econômica ativa, portanto em idade adulta e em condições saudáveis para
exercer alguma atividade na sociedade, e que infelizmente por circunstâncias devidas, não está podendo realizar
sua função social.
Para as pesquisas realizadas entre 1983 e 2002, o IBGE considerava população em idade ativa (PIA), aqueles
maiores de quinze anos de idade. De acordo com a nova metodologia do instituto, fazem parte da população em
idade ativa os maiores de dez anos de idade. Na definição de população empregada ou ocupada, o instituto
considerava o limite mínimo de 15 horas por semana para o trabalho não-remunerado, enquanto a nova pesquisa
inclui aqueles que trabalharam pelo menos uma hora na semana..
2. Desemprego Cíclico
Em se tratando de análises econômicas que tentam compreender a capacidade produtiva de determinada
sociedade, o fator desemprego é um dos mais relevantes. Grosso modo, altos índices de desemprego
podem sinalizar um desaquecimento da economia, assim como indicar o agravamento de questões sociais
ligadas à queda do padrão e da qualidade de vida dos indivíduos, isto é, do bem estar social das pessoas.
Assim, um dos índices que ajudam aos analistas a avaliarem a economia é o PEA - População
Economicamente Ativa, o qual apresenta o número de adultos empregados, desempregados e que estão à
procura do primeiro emprego. Contudo, as causas do desemprego podem variar. Segundo Passos e
Nogami no livroPrincípios de economia(2005), são pelo menos 4 (quatro) tipos de desemprego,
obviamente causados por motivos diferentes.
Uma das formas seria o chamado Desemprego Friccicional(ou desemprego natural), o qual consiste em
indivíduos desempregados, temporariamente, ou porque estão mudando de emprego, ou porque foram
demitidos, ou porque ainda estão procurando emprego pela primeira vez. Recebe esta nomenclatura
porque o mercado de trabalho, segundo os autores, opera com atrito, não combinando trabalhadores e
postos disponíveis de trabalho, sendo que sua duração vai depender dos benefícios dados aos
desempregados, como o seguro desemprego.
Já o Desemprego Estrutural é consequência dasmudanças estruturais na economia, tais como mudanças
nas tecnologias de produção ou nos padrões de demanda dos consumidores (uma vez que a mudança de
gostos pode tornar obsoletas certas profissões). No tocante às mudanças tecnológicas, basta pensarmos
como exemplo uma montadora de veículos que, ao promover a automatização de sua produção, dispensa
inúmeros trabalhadores agora desnecessários diante a capacidade de robôs. Com relação à mudança no
padrão da demanda dos consumidores, isso se explicaria ao se pensar na antiga profissão do técnico em
consertar máquinas de escrever - equipamento absolutamente obsoleto – o qual perderia sua função na era
da informática sem uma reciclagem profissional.
Um terceiro tipo seria o chamado Desemprego Sazonal. Conforme apontam Passos e Nogami (2005),
este tipo de desempregoocorre em função da sazonalidade de determinados tipos de atividades
econômicas, tais como agricultura e turismo, e que acabam causando variações na demanda de trabalho
em diferentes épocas do ano. Trabalhadores rurais cortadores de cana-de-açúcar seriam um bom exemplo,
os quais migram de uma determinada região (como do nordeste brasileiro) para outra (como a região
sudeste) no período de safra, retornando na entressafra.
O quarto e último tipo seria o Desemprego Cíclico(involuntário ou conjuntural). Um dos mais temidos, e
que tem assolado a Europa e os Estados Unidos nestas últimas crises econômicas, ocorre quando se tem
uma recessão da economia, o que significa retração na produção. As empresas são obrigadas a dispensar
seus funcionários para cortar despesas.
Logo, estar desempregado significa encontrar-se numa situação na qual não se tem nenhum vínculo
oficial com qualquer instituição empregadora, não possuindo quaisquer outras fontes de renda, mas o
fator que condicionou a tal situação, como se viu, pode variar. Dessa forma, apenas a título de
observação, é importante lembrar que mesmo os trabalhadores urbanos que podem sobreviver como
vendedores ambulantes não são oficialmente considerados empregados, mas sim como integrantes do
trabalho e da economia informal, uma vez que não possuem carteira assinada. Logo, oficialmente
estariam desempregados.