O documento discute o conceito de desemprego, suas causas e medidas. Apresenta o conceito de desemprego e como é calculada a taxa de desemprego. Explora as origens do desemprego, incluindo salários mínimos, sindicatos, dificuldades na busca por emprego e teoria do salário eficiente. Também discute políticas públicas para lidar com o desemprego.
2. Apresentar o conceito de desemprego, sua importância
e usos no universo de economia.
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar o conceito e sua importância.
Apresentar métodos de cálculo e suas falhas.
Apresentar e explicar os motivos da existência de
desemprego em economia.
3. DESEMPREGO: CONCEITO E IDENTIFICAÇÃO
Origem: Individuos que ofertam sua mão de obra no mercado
de trabalho, mas não encontram uma colocação.
O desemprego é resultado de um excesso de oferta de trabalho.
Conceito: Conjunto populacional de pessoas aptas que
buscam emprego, mas não encontram uma colocação no
mercado.
O problema do desemprego é normalmente dividido em duas
categorias:
A taxa natural de desemprego
A taxa cíclica de desemprego
4. DESEMPREGO: CONCEITO E IDENTIFICAÇÃO
A taxa natural de desemprego representa a falta de
emprego que não desaparece nem no longo prazo.
Refere-se à taxa de desemprego normalmente
observada na economia.
Tem origem estrutural.
A taxa cíclica de desemprego refere-se à flutuação ao
redor da taxa natural de desemprego. Lida com
flutuações de curto prazo normalmente relacionadas
aos ciclos econômicos.
Tem origem em um evento de curto prazo que afeta o
mercado de trabalho.
5. DESEMPREGO: CONCEITO E IDENTIFICAÇÃO
0
2
4
6
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12
14
Dec/99 Apr/01 Sep/02 Jan/04 May/05 Oct/06 Feb/08 Jul/09 Nov/10 Apr/12 Aug/13 Dec/14
Taxa Mensal de Desemprego no Brasil entre
Outubro de 2001 e Fevereiro de 2013
Taxa de Desemprego
Linear (Taxa de Desemprego)
Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal de Emprego, 2013.
6. DESEMPREGO: CONCEITO E IDENTIFICAÇÃO
Definições relevantes:
Empregados ou Ocupados pessoas que ofertam sua mão de
obra no mercado de trabalho e encontram uma colocação.
Desempregados ou desocupados pessoas que ofertam sua
mão de obra no mercado de trabalho e não encontram uma
colocação (excesso de oferta de trabalho).
A força de trabalho (FT) ou população economicamente
ativa (PEA) é a soma dos indivíduos empregados e
desempregados que participam do mercado de trabalho
(buscam ou conseguem emprego).
7. DESEMPREGO: CONCEITO E IDENTIFICAÇÃO
Definições relevantes:
Fora da força de trabalho ou Pessoas Não Economicamente
Ativas (PNEA)são pessoas que são aptas ou não a ofertar sua
mão de obra, mas escolhem ou não podem participar do
mercado de trabalho.
População Adulta (PA) ou População em Idade Ativa (PIA)
são todas as pessoas com mais ou 10 anos, segundo o
IBGE, que participam ou não do mercado de trabalho.
8. DESEMPREGO: CONCEITO E IDENTIFICAÇÃO
Demonstração gráfica dos componentes da população
adulta ou em idade ativa:
Empregados
(População Ocupada)
Desempregados
(População Desocupada)
Fora da Força de Trabalho
(População Não
Economicamente Ativa )
Força de Trabalho
ou
População
Economicamente Ativa
População Adulta
ou
População
em Idade Ativa
9. DESEMPREGO: CONCEITO E IDENTIFICAÇÃO
17.96
1.14
23.44
0.00
5.00
10.00
15.00
20.00
25.00
30.00
35.00
40.00
45.00
Componentes da População Adulta (em Milhões)
Divisão da População Adulta no Brasil em
Dezembro de 2012
(números em milhões de pessoas)
Empregados
Desempregados
População fora da
força de trabalho
Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal de Emprego, 2013.
10. DESEMPREGO: CONCEITO E IDENTIFICAÇÃO
Como identificar o nível de desemprego (taxa mensal de
desemprego)?
Ela é calculada através de pesquisa, os entrevistados são
categorizados como:
Atualmente empregados (tem emprego remunerado);
Desempregado mas ativamente procurando emprego;
Não está na força de trabalho. Esta apto a trabalhar, mas não
busca emprego.
11. DESEMPREGO: CONCEITO E IDENTIFICAÇÃO
Considerações:
Uma pessoa está empregada se na semana anterior à
pesquisa ela passou a maior parte do tempo empregada em
um trabalho remunerado.
Uma pessoa está desempregada se ela foi temporariamente
demitida, está procurando emprego ou está aguardando
iniciar um novo emprego
Uma pessoa não está em nenhuma das duas categorias
anteriores se ela não está na força de trabalho
(estudantes, dona de casa, aposentado).
A pesquisa atualmente é realizada pelo IBGE.
12. DESEMPREGO: MEDIDAS DO DESEMPREGO
A taxa de desemprego é calculada:
U = B ÷ (A + B)
Onde:
U = taxa de desemprego;
B = número de pessoas desempregadas;
A= número de pessoas empregadas;
e (A + B) é a força de trabalho.
13. DESEMPREGO: MEDIDAS DO DESEMPREGO
A taxa de participação da força de trabalho em uma
economia indica a proporção da população que
voluntariamente escolheu participar da força de trabalho. Ou
seja, que decidiu ofertar sua mão de obra no mercado de
trabalho.
A taxa de participação da força de trabalho é calculada:
PR = (A + B) ÷ População Adulta
Onde:
PR = taxa de participação da força de trabalho;
B = número de pessoas desempregadas;
A= número de pessoas empregadas;
e (A + B) é a força de trabalho.
14. DESEMPREGO: FALHAS OU PROBLEMAS NA
MENSURAÇÃO
É difícil distinguir entre uma pessoa que está desempregada e
outra que não está na força de trabalho.
Sugere-se que a taxa de desemprego é normalmente mais
baixa que o verdadeiro nível de desemprego, porque:
Não leva em conta os sub-empregados;
E Trabalhadores desencorajados.
Sub-empregado: Empregados em tempo parcial quando na
realidade queria estar empregado em tempo total.
Desencorajados: trabalhadores que dizem não estar mais na
força de trabalho, mas que na realidade, se oferecido
trabalho digno voltaria a trabalhar.
15. DESEMPREGO: DURAÇÃO DO DESEMPREGO
A maior parte dos problemas relacionados ao
desemprego, refere-se àqueles pouco trabalhadores
que ficam desempregados por longos períodos de
tempo.
Embora a taxa não seja estanque, ou seja, entrem e
saiam pessoas da situação de desempregado para
algumas pessoas esse problema perdura mais.
A taxa de desemprego é o produto do número de
desempregados e a duração média do seu desemprego:
A duração média do desemprego é de menos de 10 semanas
para 75% dos desempregados (Dados dos EUA).
16. DESEMPREGO: ORIGENS E DETERMINANTES DO
DESEMPREGO
Em um mercado de trabalho ideal, a oferta e a demanda
de trabalho se equilibrariam, assegurando que todos os
trabalhadores estivessem empregados.
Razões para que o ideal não seja atingido:
Salário mínimo (ou balizamento de salários);
Sindicatos
Processo de busca por trabalho
Salário Eficiente
17. DESEMPREGO: ORIGENS E DETERMINANTES DO
DESEMPREGO
Salário Mínimo: O problema surge quando a lei de
salário mínimo impõe um salário mínimo acima do de
equilíbrio ele gera um excedente de mão de obra.
P
P Mín
P1
Q1
Preço Mínimo
Equilíbrio inalcançável
legalmente
P2
Excesso de
Oferta
D1
O1
O2
QD QO Q
Não haverá emprego suficiente para todos os trabalhadores ofertando
mão de obra (desemprego). Ex: Mercado de engenheiros e Mercado de
profissionais na área de saúde (enfermeira, farmacêutico, etc..).
18. DESEMPREGO: ORIGENS E DETERMINANTES DO
DESEMPREGO
Sindicatos e Acordos Coletivos
Um sindicato é uma associação de empregados que
barganha com as firmas salários e condições de trabalho.
Um sindicato é um tipo de cartel.
O processo sobre o qual os sindicatos e as firmas
concordam sobre os termos de emprego, chama-se
acordo coletivo.
Processo caso não haja acordo:
Uma greve é deflagrada pelo sindicato quando não há acordo
entre a firma e os seus empregados. Uma greve significa que
alguns empregados se beneficiam enquanto outros não.
Agindo como um cartel os sindicatos normalmente
conseguem salários acima do preço de equilíbrio para os
seus associados.
19. DESEMPREGO: ORIGENS E DETERMINANTES DO
DESEMPREGO
Sob a influencia dos sindicatos ao obter salários acima
do de equilíbrio:
Um grande número de trabalhadores qualificados estão
dispostos a aceitar trabalho.
Existem poucas vagas disponíveis para os que querem
ingressar no mercado de trabalho.
Trabalhadores tendem em demorar a aceitar um outro
trabalho, na esperança de conseguir um dia, um trabalho
“sindicalizado” com salário maior.
20. DESEMPREGO: ORIGENS E DETERMINANTES DO
DESEMPREGO
Dificuldades do processo de busca por trabalho:
Desemprego resultante do tempo que se demora para
conseguir um outro emprego.
Esse tipo de desemprego é diferente dos demais. Ele não é
causado por um salário estabelecido acima do salário de
equilíbrio. Ele é causado pelo tempo que se demora para se
achar o emprego “certo”.
As situações que causam esse tipo de desemprego são:
Novos trabalhadores entrando no mercado
Trabalhadores entrando novamente na força de trabalho.
Trabalhadores mudando de cidade, estado ou mesmo país
Trabalhadores que desistiram dos seus empregos
21. DESEMPREGO: ORIGENS E DETERMINANTES DO
DESEMPREGO
Teoria do Salário Eficiente
As firmas podem operam mais eficientemente se salários
estão acima do de equilíbrio.
Mesmo com excesso de mão de obra, as firmas podem ser
mais lucrativas pagando salários acima do de equilíbrio.
O desemprego causado por essa teoria é a mesma causada
pelo salário mínimo e os sindicatos.
22. DESEMPREGO: ORIGENS E DETERMINANTES DO
DESEMPREGO
Salários acima do salário de equilíbrio, segundo a teoria
promovem:
Melhor saúde dos trabalhadores: trabalhadores que ganham
mais, se alimentam mais, são mais saudáveis, e por
conseguinte, mais produtivos.
É menos provável que um trabalhador bem pago procure
outro emprego.
Trabalhadores bem pagos tendem a se esforçar mais.
Salários altos tendem a atrair trabalhadores mais
qualificados.
23. DESEMPREGO: POLÍTICAS PÚBLICAS E O DESEMPREGO
Programas governamentais podem ajudar a procura por
trabalho:
Agências de empregos governamentais
Programas de capacitação
Seguro desemprego
Esses programas podem diminuir ou aumentar o tempo
necessário para se achar um trabalho.
24. DESEMPREGO: POLÍTICAS PÚBLICAS E O DESEMPREGO
Agências de empregos governamentais
Dá informação aos trabalhadores sobre vagas de
trabalho, ajudando-os a localizar trabalho mais rapidamente.
Programas de capacitação
Possibilita a transição de trabalhadores de indústrias em
declínio para indústrias em crescimento através da
requalificação profissional.
Seguro Desemprego
Aumenta o tempo de procura por trabalho, ainda que não
intencionalmente.
Oferece aos trabalhadores uma proteção parcial contra a
perda de um emprego.
Pagamento temporário e parcial de salário para aqueles
demitidos.
25. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANKIW, N. G. Introdução à Economia. São Paulo:
Cengage Learning, 2009. 838 pg.
VASCONCELLOS, M. S. Economia, Micro e
Macro, Atlas, 2002.