Este documento resume dois estudos sobre o desenvolvimento de novilhas leiteiras em pastagem:
1) No primeiro estudo, avaliou-se a suplementação de minerais inorgânicos e orgânicos no período das chuvas, que mostrou resultados semelhantes para ambos os tipos de minerais.
2) No segundo estudo, avaliaram-se dois níveis de suplementação energético-protéica na época seca, que resultou em melhor desempenho para o nível mais alto de suplementação.
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Ricardo slide
1. Ricardo Dias Signoretti
Pesquisador Científico
Pólo Regional da Alta Mogiana – Colina/SP
SISTEMA DE PRODUÇÃO DE
BOVINOS LEITEIROS A PASTO
APTA – COLINA/SP
4. OBJETIVOS:
Avaliar a suplementação com minerais
inorgânicos e orgânicos no período das águas sobre o
desenvolvimento corporal de novilhas leiteiras,
buscando-se antecipar a entrada dos animais em sua
fase reprodutiva e produtiva .
6. ANIMAIS: 13 meses idade e 176,81 ± 10,1 kg de PV
Mineral inorgânico: 16 novilhas
Novilhas mestiças Gir x Holandês
Mineral orgânico: 16 novilhas
7. Manejo da pastagem
Período de ocupação: 7 dias
Período de descanso: 35 dias
Ciclo de pastejo: 42 dias
Amostragem forragem: semanal
Oferta de forragem:
12 kgMS/100pv
Ajuste da carga animal
Método de pastejo: método de lotação intermitente:
Brachiaria brizantha cv. Marandu
8. Adubação nitrogenada
Adubação na saída dos
animais
50 kg de N/ciclo de
pastejo
Cinco ciclos de pastejo
no verão 2006/2007
250 kg de N/ha/ano
9. Avaliações
- Massa Forragem: Dupla amostragem;
- Componentes quantitativos e estruturais do
dossel;
- Variação de peso, altura na cernelha,
perímetro torácico dos animais ao final de cada
ciclo de pastejo.
11. Valores médios de massa de forragem, em ton/ha, proporções de %
colmo/bainha, folha e material senescente, altura de entrada e saída,
em cm, oferta de forragem (OF) em kg MS/100 kg de peso corporal,
oferta de folhas (OFF), em kg de MS/100 kg de peso vivo da pastagem
de Brachiaria brizantha, cv. Marandu durante o período das águas em
função dos ciclos de pastejo.
13. Peso vivo médio das novilhas mestiças inicial e ao final dos ciclos de
pastejo. Ciclo de pastejo 1: 09/10/06 a 19/11/06; ciclo de pastejo 2:
20/11/06 a 31/12/06, ciclo de pastejo 3: 01/01/07 a 11/02/07; ciclo de
pastejo 4: 12/02/07 a 25/03/07 e ciclo de pastejo 5: 26/03/07 a 06/05/07
18. CONCLUSÃO
- O desempenho de novilhas leiteiras foi semelhante quando
suplementadas com fontes minerais inorgânicos ou orgânicos.
- A estratégia de manejo com taxa de lotação compatível à
capacidade de suporte da pastagem acrescida da utilização
suplementação mineral adequada permitiu que os animais
ganhassem peso, o que é vantajoso em relação ao observado na
maioria dos sistemas produtivos no Brasil.
- A Brachiaria brizantha, cv. Marandu, manejada adequadamente
durante o período das águas, mostra excelente potencial para ser
utilizada como pasto para recria de fêmeas mestiças
holandês/zebu.
21. Avaliar dois níveis de suplementação energético-protéica
com minerais inorgânicos e orgânicos na recria de
novilhas leiteiras, no período da seca, buscando-se
antecipar a entrada dos animais em sua fase produtiva.
OBJETIVOS:
23. ANIMAIS: 19 meses idade e 307,75 ± 25,0 kg de PV
Novilhas mestiças Gir x Holandês (5 animais
por tratamento)
24. Tratamentos:
Suplemento com mineral organico: 2,5 g/kg PV;
(29% PB)
Suplemento com mineral inorganico: 2,5 g/kg PV;
(29% PB)
Suplemento com mineral organico: 5,0 g/kg PV;
(44% PB)
Suplemento com mineral inorganico: 5,0 g/kg PV;
(44% PB)
25. Manejo da pastagem
Período de ocupação: 7 dias
Período de descanso: 35 dias
Ciclo de pastejo: 42 dias
Amostragem forragem: semanal
Oferta de forragem:
10 kgMS/100pv
Método de pastejo: método de lotação intermitente:
26. Avaliações
- Massa Forragem: Dupla amostragem;
- Componentes quantitativos e estruturais do dossel;
- Variação de peso, altura na cernelha, perímetro torácico
dos animais ao final do ciclo de pastejo;
- Quando as novilhas atingiram 330 kg de peso vivo,
foram inseminadas artificialmente. Decorridos 45 dias da
inseminação foi realizado o diagnóstico de gestação, via
palpação retal, para o cálculo da taxa de prenhes.
28. Valores médios de massa de forragem, em ton/ha, proporções de
colmo/bainha, folha e material senescente, altura de entrada e
saída, em cm, oferta de forragem (OF) em kg MS/100 kg de peso
vivo, oferta de folhas (OFF), em kg de MS/100 kg de peso vivo da
pastagem de Brachiaria brizantha, cv. Marandu durante o período
da seca em função dos ciclos de pastejo.
30. Ganho médio diário por animal (GMD); peso vivo inicial (PVI), e final
(PVF); perímetro torácico inicial (PTI) e final (PTF); altura da
cernelha inicial (ACI) e final (ACF) de novilhas mestiças em função
da fonte de minerais (inorgânica ou orgânica) e níveis de
suplementação na dieta.
32. Com relação à idade à concepção foi, em média, 23,30
meses e provavelmente a idade ao primeiro parto, será, em
média, de 32,30 meses.
Idade à concepção
A taxa de prenhes observada, considerando-se os animais que
atingiram 330 kg de peso vivo, foi de 80% e 100% e 75% e 100% para
as novilhas suplementadas com 2,5 g/kg PV (fonte inorgânica) e 5,0
g/kg PV (fonte inorgânica) e 2,5 g/kg PV (fonte orgânica) e 5,0 g/kg
PV (fonte orgânica), respectivamente.
Taxa de prenhes
33. Valores médios de consumo total de suplemento, ganho de peso
em kg, e conversão alimentar, em kg de suplemento/kg de
ganho, em função das diferentes fontes de minerais (orgânica e
inorgânica) e níveis de suplemento (2,5 e 5,0 g/kg de peso vivo
durante o período experimental (126 dias).
34.
35. Proporções de consumo total de suplemento, em kg, ganho total de
peso, em kg, custo relativo do suplemento, taxa de lotação em
função das diferentes fontes de minerais (orgânica e inorgânica) e
niveis de suplemento (2,5 e 5,0 g/kg PV utilizados na fase
experimental (126 dias).
36.
37. CONCLUSÃO
A utilização de fontes minerais, orgânica e inorgânica, na
suplementação protéico/energética durante o período da seca, não
influencia o desempenho de novilhas leiteiras. A escolha da fonte,
neste caso deverá levar em conta o custo financeiro.
As novilhas suplementadas com 5,0 g/kg de peso vivo
apresentam melhor desempenho em comparação com aquelas
suplementadas com 2,5 g/kg PV, porém, a um custo unitário mais
elevado.
38. Estratégias de manejo e alimentação de vacas em
regime de pastagem (irrigado ou sequeiro)
39. Avaliação de sistema de produção
de leite a pasto irrigado
Em andamento (2010/2013
40. Vantagens uso da irrigação:
- Aumento da produtividade total de forragem;
- Aumento no período de produção, com maior
crescimento das forrageiras no início da estação (agosto
a outubro);
- Redução no período de suplementação dos
animais no cocho;
- Maior estabilidade na disponibilidade de forragem
ao longo do ano e produção animal, principalmente, na
produção de leite, que pode variar de 17.000 a 30.000
litros/ha/ano.
.
Irrigação de pastagem
41. OBJETIVOS:
Avaliar a produção e a composição do leite de
vacas mestiças Gir x Holandês e a eficiência econômica
em sistema de produção de leite a pasto irrigado,
durante o período das águas e da seca, suplementadas
com concentrado em dois níveis 2,5 e 5,0 kg/animal/dia
43. ANIMAIS:
- 24 vacas mestiças H x Z (com predominância
de ¾ de grau de sangue), com peso vivo médio de
500 kg, em média com 90 dias de lactação e,
potencial para produção de 4500 kg de leite por
lactação.
44. TRATAMENTOS:
12 vacas recebendo 2,5 kg de concentrado/dia;
12 vacas recebendo 5,0 kg de concentrado/dia.
O concentrado foi formulado para vacas
mestiças em pastagem de boa qualidade,
pesando 500 kg de peso vivo e produzindo 15 kg
de leite /dia com 3,5% de gordura através do NRC
(2001).
45. Manejo da pastagem
Período de ocupação: 2 dias
Período de descanso: 22 dias
Ciclo de pastejo: 24 dias
Amostragem forragem: 14 dias
Taxa de lotação: 6
UA/ha
Ajuste da carga animal
Os animais foram mantidos em área de 4,2 ha de
pastagem de Panicum maximum cv. Tanzânia, manejadas em
sistema de pastejo intermitente – 24 piquetes, 12 animais
/tramento.
46. Adubação nitrogenada
Adubação na saída dos animais
30 kg de N/ciclo de pastejo
Dez ciclos de pastejo 03/2010 a 10/2010
300 kg de N/ha/ano
Uso da irrigação
Período de abril a setembro 2010
Período de veranico.
47. Avaliações
- Massa Forragem: Dupla amostragem;
- Componentes quantitativos e estruturais do dossel;
- Variação de peso e escore corporal, produção e
composição do leite;
- Analise econômica do kg de leite por vaca e por
hectare.
49. Sistema de produção de leite a pasto irrigado
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ciclos de pastejo (24 dias)
Produçãodeleite(kg/vaca/dia)
2,5 kg de concentrado/vaca/dia 5,0 kg de concentrado/vaca/dia
56. 4,35 4,32
3,28 3,23
13,07 12,90
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
Composiçãodoleite(%)
Gordura Proteina Sólidos Totais
Sistema de produção de leite a pasto irrigado
2,5 kg de concentrado/vaca/dia 5,0 kg de concentrado/vaca/dia
57. CONSIDERAÇOES FINAIS
Até o momento os resultados parciais mostraram que
produção por hectare é maior quando as vacas foram
suplementadas com 5,0 kg de concentrado/animal/dia em
comparação com aquelas que receberam 2,5 kg.
Por outro lado, o custo por kg de leite produzido foi maior
quando as vacas foram suplementadas com 5,0 kg de
concentrado/animal/dia em comparação com aquelas que
receberam 2,5 kg.
Já, a receita do leite produzido/ha foi maior quando as
vacas foram suplementadas com 5,0 kg de concentrado/animal/dia
em comparação com aquelas que receberam 2,5 kg.