Trabalho HST - Riscos Ergonomicos

Dario Aristides
Dario AristidesStudent at Universidade Eduardo Mondlane em University

Trata-se dos Riscos que rodeiam o ambiente de trabalho, concretamente os Riscos Ergonómicos. Para desfrutar e trazer observações.

Introdução
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define ergonomia como um onjunto de ciências
e tecnologias que procuram o ajuste entre o homem e o trabalho, tendo como resultado a
eficiência humana e o bem estar do funcionário. Portanto a ergonomia pesquisa, estuda,
desenvolve e aplica normas e regras para a organização do trabalho, para que este seja
harmonizável com a saúde física e psíquica do trabalhador.
O estudo desenvolvido sobre ergonomia é necessário para que não ocorra perda de produtividade
da empresa, gastos com afastamentos de funcionários que sofreram algum tipo de lesão devido à
atividade exercida, prejuízo com indenizações pagas ao trabalhador pelos danos físicos sofridos,
funcionários com restrições de tarefas em consequência de acidentes, lesões e doenças como a
Lesão por Esforço Repetitivo (LER) ou Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho
(DORT).
É importante informar o trabalhador dos perigos ocultos nas atividades que eles realizam todos
os dias no ambiente de trabalho, não apenas para manter a sua segurança e saúde, mas também
para garantir uma maior eficiência deste funcionário e prevenir perdas monetárias com eventuais
lesões e afastamentos.
Objectivos
Objectivo Geral
 Analisar os riscos que rodeiam o posto de trabalho, tendo em atenção os riscos
ergonométricos
Objectivos Específicos
 Conceituar os riscos ergonométricos
 Pesquisar as doenças mais comuns provenientes dos riscos ergonométricos
 Demonstrar os principais requisitos de um posto de trabalho
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A ergonomia é a interação entre o homem e o trabalho, ou seja, é o modo com que o homem se
relaciona com o ambiente físico e com os métodos utilizados para projetar e controlar o trabalho
nesse ambiente (LIDA, 2003). Sendo assim, a ergonomia pesquisa as características físicas,
psicofisiológicas e sociais no trabalho, incluindo o sexo, a idade, a motivação, o salário, a
comunicação, a luz, os ruídos, a disposição mobiliária e muitos outros factores (CHEREM E
MAGAJEWSKI, 2003). É importante salientar que é mais fácil modificar o trabalho para que
este se adapte ao homem do que o inverso, pois o projeto do trabalho se adéqua a capacidade e a
limitação humana (LIDA, 2003).
Segundo o relato de Carvalho e Ferreira (2006), a ergonomia teve sua origem formal durante a
Segunda Guerra Mundial, quando instrumentos bélicos foram adaptados aos seus operadores e as
condições desfavoráveis das atividades realizadas, estas modificações bem sucedidas deram
origem, posteriormente, a Ergonomics Research Society, fundada em 1949, na Inglaterra. No
entanto, o termo ergonomia já havia sido citado pelo polonês Woitej Yastembowsky, em 1857,
no seu artigo intitulado “Ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho, baseadas nas leis
objetivas da ciência sobre a natureza” (LIDA, 2003).
Doenças devido á falta de ergonomia
A falta de ergonomia dentro da empresa pode causar diversos danos à saúde física e psíquica dos
funcionários, entre os problemas mais comuns estão as DORT (Doenças Osteomusculares
Relacionadas ao Trabalho), também conhecidas como LER (Lesões por Esforços Repetitivos).
Essas doenças são causadas por má postura, equipamentos de proteção inapropriados, posições
em que as articulações são forçadas e movimentos repetitivos (SAKATA E ISSY, 2003). De
acordo com Renner (2005) os sintomas iniciais são comumentes confundidos com os da fadiga
muscular, estes se não tratados levam ao desenvolvimento das lesões. A LER/DORT atingem,
em sua maioria, a coluna vertebral e os membros superiores (JUNIOR, 2005).
Entre algumas doenças relacionadas ao trabalho estão, as lombalgias que são as maiores causas
de afastamento dos trabalhadores, o Dedo em Gatilho, as Epicondilites do cotovelo, Síndrome do
Canal Cubital, Síndrome do Desfiladeiro Torácico, Síndrome do Interósseo Anterior, Síndrome
do Pronador Redondo, Tendinite da porção Longa do Bíceps e a Tendinite do Supraespinhoso
(MICHEL, 2008).
Principais requisitos de um posto de trabalho
Mesa de trabalho
Cadeira
Monitor
Teclado
Rato
Outros equipamentos e materiais utilizados, por exemplo o telefone e os documentos
Mesa de trabalho
As dimensões devem permitir a colocação flexível do ecrã, teclado, rato, documentos e
material acessório.
Debaixo do tampo deve existir espaço suficiente para alojar comodamente as pernas de
forma a permitir as mudanças de postura sem pressão, alongar as pernas e variar a postura
ao longo do dia.
Por baixo do tampo não deve haver gavetas ou algo do género que reduza o espaço
reservado às pernas.
A superfície deve ser baça, para evitar os reflexos nocivos. Não deve conter arestas ou
esquinas agudas (risco de cortes).
Cadeira
Deve possibilitar as mudanças de posição ao longo da jornada de trabalho;
Permitir uma posição sentada cómoda e o alívio dos músculos das costas e dos discos
intervertebrais;
A altura do assento deve ser ajustável;
Ter boa estabilidade;
O encosto deve dar apoio à zona lombar com altura e inclinação reguláveis;
A profundidade do encosto em relação ao assento também deveria ser regulável;
Os mecanismos de ajuste devem ser facilmente acionados na posição de sentado;
As cadeiras devem ser giratórias e com 5 rodas;
O assento deve ser ligeiramente côncavo;
Moderadamente almofadado para permitir uma distribuição mais uniforme do peso e
consequentemente maior conforto;
O rebordo deve ser ligeiramente arredondado a fim de evitar pressão sobre os vasos e os
nervos das pernas.
Cadeiras com braços longos não são convenientes para o trabalho com ecrãs uma vez que
impedem a aproximação do utente à mesa de trabalho.
Cadeiras com os braços curtos que permitam o posicionamento correto em relação à mesa de
trabalho podem trazer benefícios deste que sejam reguláveis em altura.
Se a cadeira tiver braços:
Ajuste a altura dos braços da cadeira de forma que estes fiquem ligeiramente abaixo dos seus
cotovelos quando estiverem em ângulo recto (cerca de 3-5 cm abaixo).
A Cadeira deverá estar próxima da mesa para não ter que inclinar o tronco para a frente (atenção
aos braços da cadeira).
Use a cadeira para distribuir igualmente o peso do corpo pelas costas e pernas.
Regule a cadeira de forma que:
As costas fiquem bem apoiadas no espaldar mantendo a curvatura natural da região
lombar da coluna (ajuste do espaldar em altura).
A profundidade do assento deve ser ligeiramente inferior à distância nádega – poplítea.
Pequena profundidade do assento implica insuficiente superfície de apoio e sensação de
instabilidade. As coxas e o tronco façam cerca de 90º (ajuste da inclinação).
Como utilizar
Perca 5 minutos para conhecer bem a cadeira que utiliza. Saiba tirar partido de todas as
potencialidades da sua cadeira.
Se compartilhar a cadeira com outra (s) pessoa (s) não parta do princípio que os seus
ajustes são apropriados para si.
Sinta-se confortável na posição em que está a trabalhar.
Utilize de vez em quando o mecanismo que permite inclinar para trás o encosto da
cadeira - quando se aumenta a inclinação para trás a pressão sobre os discos
intervertebrais diminui e a atividade estática muscular também - relaxa a tensão nas
costas.
Permanecer sentado com a parte inferior das costas mal posicionadas (região lombar
cifótica) pode:
Forçar os músculos e os ligamentos das costas;
Depois de algum tempo causar hérnia discal (deslizamento da substância dentro do disco
da medula espinhal).
Uma postura neutra da coluna (orelhas em linha com os ombros e quadris).Permite
distribuir o peso da cabeça (4 a 6 kg) por toda a espinha dorsal, reduzindo o esforço dos
músculos da parte superior das costas e pescoço.
O cotovelo deve ficar à altura da fileira principal do teclado (ajuste em altura).
Permite trabalhar com os ombros relaxados, os cotovelos próximos do corpo e os pulsos
neutros.
Os pés devem ficar completamente apoiados numa superfície plana (chão ou apoia pés).
Ângulo coxas - pernas ligeiramente superior a 90º.
Evita o aumento da pressão na parte inferior das coxas, (perto dos joelhos), alterações na
circulação das pernas, dor e inchamento das mesmas.
Apoia pés
Indicado para quando os utilizadores não ficam com os pés completamente pousados no
chão e a altura da mesa não é regulável.
Evita a compressão na parte debaixo das coxas.
Os agentes ergonómicos presentes nos ambientes de trabalho estão relacionados com:
Exigência de esforço físico intenso
Levantamento e transporte manual de pesos,
Postura inadequada no exercício das actividades,
Exigências rigorosas de produtividade,
Períodos de trabalho prolongadas ou em turnos,
Actividades monótonas ou repetitivas.
Posturas adoptads e Esforço físico
Quando nos referimos as posturas adoptadas pelos trabalhadores no seu desempenho
profissional, a representação imediata produz-se ao nível das funções e actividades físicas e
manuais que obrigam á adopçao de posturas como:
Hiperflexão ou hiperextensão da coluna dorso-lombar;
Sobrecargas musculares;
Pressão sobre os nervos;
Entre outras de imediato classificadas como “penosas”.
Efectivamente a realidade industrial, da qual é exemplo o sector automóvel, obriga, para
desempenho das suas actividades, a adopção de posturas físicas que produzem efeitos negativos
e graves problemas músculo-esqueléticos nos trabalhadores responsáveis pelas mesmas.
Manipulação de Cargas
Juntamente com as posturas adoptadas, a manipulação de cargas (levantamento, deslocação e
transporte) é responsável pela maioria dos problemas de coluna que se verificam nos individuos,
afectando fundamentalmente os trabalhadores da indústria. Assim, os riscos inerentes a
manipulação manual de cargas prendem-se com:
Adopção de posturas inadequadas;
Reduzidas áreas disponíveis de acção;
Cargas volumosas e pesadas.
A automatização ou a reorganização do trabalho, com o objectivo de reduzir a movimentação manual de
cargas, apresenta-se como medida preventiva para os riscos a ela inerentes.
Movimentos e actividades repetitivas e monótonas
Não menos associados que os anteriores ao contexto industrial taylorista, os movimentos e/ou actividades
repetitivas encontram-se igualmente presentes, e com elevada frequencia, em actividades de cariz mental.
Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, da cabeça e do tronco produzem
monotonia muscular e levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias, curáveis em
estágios iniciais, mas complicadas quando não tratadas a tempo, chamadas genericamente de
lesões por esforços repetitivos
As doenças que se enquadram nesse grupo caracterizam-se por causar fadiga muscular, que
gera fortes dores e dificuldade de movimentar os músculos atingidos.
Contra os males provocados pelos agentes ergonómicos, a melhor arma, como sempre, é a
prevenção , o que pode ser conseguido a partir de:
Rotação do Pessoal
Intervalos mais frequentes
Exercícios compensatórios frequentes para trabalhos repetitivos;
Exames médicos periódicos
Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg para Mulheres
Postura correcta sentado, em pé, ou carregando e levantando Pesos
Outros factores de risco ergonómico podem ser encontrados em circunstâncias aparentemente
impensáveis , como :
Falhas de projecto de máquinas,
Equipamentos, ferramentas, veículos e prédios;
Deficiências de layout ;
Iluminação excessiva ou deficiente;
Uso inadequado de cores;
A ergonomia é assim uma forma de adaptar o meio envolvente ás dimensões e capacidades
humanas onde máquinas, dispositivos, utensílios e o ambiente físico sejam utilizados com o
máximo de conforto, segurança e eficácia.
A análise e intervenção ergonómica traduz-se em:
Melhores condições de trabalho
Menores riscos de incidente e acidente
Menores custos humanos
Formação com o objectivo de prevenir
Maior produtividade
Optimizar o sistema homem / máquina
Algumas medidas da Ergonomia
Corpo em Movimento – Tornar os movimentos compatíveis com a acção. Reduzir o esforço de
músculos e Tendões.
Precisão de movimentos – Ter em atenção a sua amplitude, posição e quais os membros a
utilizar.
Rapidez dos movimentos – Salientar sinais visuais ou auditivos.
Esforço estático – Uma cadeira deve fornecer vários pontos de apoio no corpo humano. Altura
do assento regulável. A cadeira deve ter 5 apoios no chão. Deve ter apoio para os pés sempre que
necessário, etc.
Rampas e Escadas – Para rampas a inclinação deve ser entre 0 e 20 º. Para escadas a inclinação
deve ser entre 20 e 50º. Altura mínima do degrau entre 13 e 20 Cm. Largura mínima do degrau é
de 51 Cm.
Portas e Tectos – Altura mínima de uma porta é de 200 Cm. Altura mínima de um tecto é de
200 Cm. Corredor com passagem para 3 pessoas deve ter largura mínima de 152 Cm.
Prevenção dos riscos ergonomicos
Prevenção
dos riscos
ergonomico
s
Análise do
trabalho
Avaliaçãodo
risco
Implementaçã
o de medidas e
técnicas e
organizacionai
s
Vigilanciada
saúde do
trabalhador
Informaçãoe
formaçãodo
trabalhador

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  • 1. Introdução A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define ergonomia como um onjunto de ciências e tecnologias que procuram o ajuste entre o homem e o trabalho, tendo como resultado a eficiência humana e o bem estar do funcionário. Portanto a ergonomia pesquisa, estuda, desenvolve e aplica normas e regras para a organização do trabalho, para que este seja harmonizável com a saúde física e psíquica do trabalhador. O estudo desenvolvido sobre ergonomia é necessário para que não ocorra perda de produtividade da empresa, gastos com afastamentos de funcionários que sofreram algum tipo de lesão devido à atividade exercida, prejuízo com indenizações pagas ao trabalhador pelos danos físicos sofridos, funcionários com restrições de tarefas em consequência de acidentes, lesões e doenças como a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) ou Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT). É importante informar o trabalhador dos perigos ocultos nas atividades que eles realizam todos os dias no ambiente de trabalho, não apenas para manter a sua segurança e saúde, mas também para garantir uma maior eficiência deste funcionário e prevenir perdas monetárias com eventuais lesões e afastamentos. Objectivos Objectivo Geral  Analisar os riscos que rodeiam o posto de trabalho, tendo em atenção os riscos ergonométricos Objectivos Específicos  Conceituar os riscos ergonométricos  Pesquisar as doenças mais comuns provenientes dos riscos ergonométricos  Demonstrar os principais requisitos de um posto de trabalho
  • 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A ergonomia é a interação entre o homem e o trabalho, ou seja, é o modo com que o homem se relaciona com o ambiente físico e com os métodos utilizados para projetar e controlar o trabalho nesse ambiente (LIDA, 2003). Sendo assim, a ergonomia pesquisa as características físicas, psicofisiológicas e sociais no trabalho, incluindo o sexo, a idade, a motivação, o salário, a comunicação, a luz, os ruídos, a disposição mobiliária e muitos outros factores (CHEREM E MAGAJEWSKI, 2003). É importante salientar que é mais fácil modificar o trabalho para que este se adapte ao homem do que o inverso, pois o projeto do trabalho se adéqua a capacidade e a limitação humana (LIDA, 2003). Segundo o relato de Carvalho e Ferreira (2006), a ergonomia teve sua origem formal durante a Segunda Guerra Mundial, quando instrumentos bélicos foram adaptados aos seus operadores e as condições desfavoráveis das atividades realizadas, estas modificações bem sucedidas deram origem, posteriormente, a Ergonomics Research Society, fundada em 1949, na Inglaterra. No entanto, o termo ergonomia já havia sido citado pelo polonês Woitej Yastembowsky, em 1857, no seu artigo intitulado “Ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho, baseadas nas leis objetivas da ciência sobre a natureza” (LIDA, 2003). Doenças devido á falta de ergonomia A falta de ergonomia dentro da empresa pode causar diversos danos à saúde física e psíquica dos funcionários, entre os problemas mais comuns estão as DORT (Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho), também conhecidas como LER (Lesões por Esforços Repetitivos). Essas doenças são causadas por má postura, equipamentos de proteção inapropriados, posições em que as articulações são forçadas e movimentos repetitivos (SAKATA E ISSY, 2003). De acordo com Renner (2005) os sintomas iniciais são comumentes confundidos com os da fadiga muscular, estes se não tratados levam ao desenvolvimento das lesões. A LER/DORT atingem, em sua maioria, a coluna vertebral e os membros superiores (JUNIOR, 2005). Entre algumas doenças relacionadas ao trabalho estão, as lombalgias que são as maiores causas de afastamento dos trabalhadores, o Dedo em Gatilho, as Epicondilites do cotovelo, Síndrome do Canal Cubital, Síndrome do Desfiladeiro Torácico, Síndrome do Interósseo Anterior, Síndrome
  • 3. do Pronador Redondo, Tendinite da porção Longa do Bíceps e a Tendinite do Supraespinhoso (MICHEL, 2008). Principais requisitos de um posto de trabalho Mesa de trabalho Cadeira Monitor Teclado Rato Outros equipamentos e materiais utilizados, por exemplo o telefone e os documentos Mesa de trabalho As dimensões devem permitir a colocação flexível do ecrã, teclado, rato, documentos e material acessório. Debaixo do tampo deve existir espaço suficiente para alojar comodamente as pernas de forma a permitir as mudanças de postura sem pressão, alongar as pernas e variar a postura ao longo do dia. Por baixo do tampo não deve haver gavetas ou algo do género que reduza o espaço reservado às pernas. A superfície deve ser baça, para evitar os reflexos nocivos. Não deve conter arestas ou esquinas agudas (risco de cortes). Cadeira Deve possibilitar as mudanças de posição ao longo da jornada de trabalho; Permitir uma posição sentada cómoda e o alívio dos músculos das costas e dos discos intervertebrais; A altura do assento deve ser ajustável;
  • 4. Ter boa estabilidade; O encosto deve dar apoio à zona lombar com altura e inclinação reguláveis; A profundidade do encosto em relação ao assento também deveria ser regulável; Os mecanismos de ajuste devem ser facilmente acionados na posição de sentado; As cadeiras devem ser giratórias e com 5 rodas; O assento deve ser ligeiramente côncavo; Moderadamente almofadado para permitir uma distribuição mais uniforme do peso e consequentemente maior conforto; O rebordo deve ser ligeiramente arredondado a fim de evitar pressão sobre os vasos e os nervos das pernas. Cadeiras com braços longos não são convenientes para o trabalho com ecrãs uma vez que impedem a aproximação do utente à mesa de trabalho. Cadeiras com os braços curtos que permitam o posicionamento correto em relação à mesa de trabalho podem trazer benefícios deste que sejam reguláveis em altura. Se a cadeira tiver braços: Ajuste a altura dos braços da cadeira de forma que estes fiquem ligeiramente abaixo dos seus cotovelos quando estiverem em ângulo recto (cerca de 3-5 cm abaixo). A Cadeira deverá estar próxima da mesa para não ter que inclinar o tronco para a frente (atenção aos braços da cadeira). Use a cadeira para distribuir igualmente o peso do corpo pelas costas e pernas. Regule a cadeira de forma que:
  • 5. As costas fiquem bem apoiadas no espaldar mantendo a curvatura natural da região lombar da coluna (ajuste do espaldar em altura). A profundidade do assento deve ser ligeiramente inferior à distância nádega – poplítea. Pequena profundidade do assento implica insuficiente superfície de apoio e sensação de instabilidade. As coxas e o tronco façam cerca de 90º (ajuste da inclinação). Como utilizar Perca 5 minutos para conhecer bem a cadeira que utiliza. Saiba tirar partido de todas as potencialidades da sua cadeira. Se compartilhar a cadeira com outra (s) pessoa (s) não parta do princípio que os seus ajustes são apropriados para si. Sinta-se confortável na posição em que está a trabalhar. Utilize de vez em quando o mecanismo que permite inclinar para trás o encosto da cadeira - quando se aumenta a inclinação para trás a pressão sobre os discos intervertebrais diminui e a atividade estática muscular também - relaxa a tensão nas costas. Permanecer sentado com a parte inferior das costas mal posicionadas (região lombar cifótica) pode: Forçar os músculos e os ligamentos das costas; Depois de algum tempo causar hérnia discal (deslizamento da substância dentro do disco da medula espinhal). Uma postura neutra da coluna (orelhas em linha com os ombros e quadris).Permite distribuir o peso da cabeça (4 a 6 kg) por toda a espinha dorsal, reduzindo o esforço dos músculos da parte superior das costas e pescoço. O cotovelo deve ficar à altura da fileira principal do teclado (ajuste em altura).
  • 6. Permite trabalhar com os ombros relaxados, os cotovelos próximos do corpo e os pulsos neutros. Os pés devem ficar completamente apoiados numa superfície plana (chão ou apoia pés). Ângulo coxas - pernas ligeiramente superior a 90º. Evita o aumento da pressão na parte inferior das coxas, (perto dos joelhos), alterações na circulação das pernas, dor e inchamento das mesmas. Apoia pés Indicado para quando os utilizadores não ficam com os pés completamente pousados no chão e a altura da mesa não é regulável. Evita a compressão na parte debaixo das coxas. Os agentes ergonómicos presentes nos ambientes de trabalho estão relacionados com: Exigência de esforço físico intenso Levantamento e transporte manual de pesos, Postura inadequada no exercício das actividades, Exigências rigorosas de produtividade, Períodos de trabalho prolongadas ou em turnos, Actividades monótonas ou repetitivas. Posturas adoptads e Esforço físico Quando nos referimos as posturas adoptadas pelos trabalhadores no seu desempenho profissional, a representação imediata produz-se ao nível das funções e actividades físicas e manuais que obrigam á adopçao de posturas como: Hiperflexão ou hiperextensão da coluna dorso-lombar; Sobrecargas musculares; Pressão sobre os nervos; Entre outras de imediato classificadas como “penosas”.
  • 7. Efectivamente a realidade industrial, da qual é exemplo o sector automóvel, obriga, para desempenho das suas actividades, a adopção de posturas físicas que produzem efeitos negativos e graves problemas músculo-esqueléticos nos trabalhadores responsáveis pelas mesmas. Manipulação de Cargas Juntamente com as posturas adoptadas, a manipulação de cargas (levantamento, deslocação e transporte) é responsável pela maioria dos problemas de coluna que se verificam nos individuos, afectando fundamentalmente os trabalhadores da indústria. Assim, os riscos inerentes a manipulação manual de cargas prendem-se com: Adopção de posturas inadequadas; Reduzidas áreas disponíveis de acção; Cargas volumosas e pesadas. A automatização ou a reorganização do trabalho, com o objectivo de reduzir a movimentação manual de cargas, apresenta-se como medida preventiva para os riscos a ela inerentes. Movimentos e actividades repetitivas e monótonas Não menos associados que os anteriores ao contexto industrial taylorista, os movimentos e/ou actividades repetitivas encontram-se igualmente presentes, e com elevada frequencia, em actividades de cariz mental. Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, da cabeça e do tronco produzem monotonia muscular e levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias, curáveis em estágios iniciais, mas complicadas quando não tratadas a tempo, chamadas genericamente de lesões por esforços repetitivos As doenças que se enquadram nesse grupo caracterizam-se por causar fadiga muscular, que gera fortes dores e dificuldade de movimentar os músculos atingidos. Contra os males provocados pelos agentes ergonómicos, a melhor arma, como sempre, é a prevenção , o que pode ser conseguido a partir de: Rotação do Pessoal Intervalos mais frequentes
  • 8. Exercícios compensatórios frequentes para trabalhos repetitivos; Exames médicos periódicos Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg para Mulheres Postura correcta sentado, em pé, ou carregando e levantando Pesos Outros factores de risco ergonómico podem ser encontrados em circunstâncias aparentemente impensáveis , como : Falhas de projecto de máquinas, Equipamentos, ferramentas, veículos e prédios; Deficiências de layout ; Iluminação excessiva ou deficiente; Uso inadequado de cores; A ergonomia é assim uma forma de adaptar o meio envolvente ás dimensões e capacidades humanas onde máquinas, dispositivos, utensílios e o ambiente físico sejam utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia. A análise e intervenção ergonómica traduz-se em: Melhores condições de trabalho Menores riscos de incidente e acidente Menores custos humanos Formação com o objectivo de prevenir Maior produtividade Optimizar o sistema homem / máquina Algumas medidas da Ergonomia Corpo em Movimento – Tornar os movimentos compatíveis com a acção. Reduzir o esforço de músculos e Tendões. Precisão de movimentos – Ter em atenção a sua amplitude, posição e quais os membros a utilizar.
  • 9. Rapidez dos movimentos – Salientar sinais visuais ou auditivos. Esforço estático – Uma cadeira deve fornecer vários pontos de apoio no corpo humano. Altura do assento regulável. A cadeira deve ter 5 apoios no chão. Deve ter apoio para os pés sempre que necessário, etc. Rampas e Escadas – Para rampas a inclinação deve ser entre 0 e 20 º. Para escadas a inclinação deve ser entre 20 e 50º. Altura mínima do degrau entre 13 e 20 Cm. Largura mínima do degrau é de 51 Cm. Portas e Tectos – Altura mínima de uma porta é de 200 Cm. Altura mínima de um tecto é de 200 Cm. Corredor com passagem para 3 pessoas deve ter largura mínima de 152 Cm. Prevenção dos riscos ergonomicos Prevenção dos riscos ergonomico s Análise do trabalho Avaliaçãodo risco Implementaçã o de medidas e técnicas e organizacionai s Vigilanciada saúde do trabalhador Informaçãoe formaçãodo trabalhador