1. INTEGRAÇÃO CURRICULAR: O QUE, POR QUE E COMO?
Integração curricular:
o que, por que e como?
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OBJETIVOS DA PAUTA
› Ampliar o repertório conceitual e empírico do educador no que diz
respeito às possibilidades de integração curricular por áreas do
conhecimento e pela formação profissional e tecnológica.
› Analisar criticamente o significado de integração curricular alinhado
aos documentos oficiais do Novo Ensino Médio.
› Compartilhar estratégias para um processo de avaliação sinérgico à
perspectiva integradora.
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AGENDA DAS ATIVIDADES
Atividade 1: Mobilização inicial
5 minutos › Introdução
20 minutos › Mão na massa e Compartilhamento
10 minutos › Sistematização
Atividade 2: O jovem do Ensino Médio e seu
desenvolvimento no centro
25 minutos › Introdução
1 hora › Mão na massa e Compartilhamento
25 minutos › Sistematização
Atividade 3: As áreas do conhecimento e os eixos
estruturantes
30 minutos › Introdução
1 hora e 10 minutos › Mão na massa e
Compartilhamento
5 minutos › Sistematização
Atividade 4: Os eixos estruturantes e a
preparação para básica para o trabalho
10 minutos › Introdução
1 hora › Mão na massa e
Compartilhamento
20 minutos › Sistematização
Atividade 5: Metodologias e avaliações
integradoras
5 minutos › Introdução
1 hora e 20 minutos › Mão na massa e
Compartilhamento
35 minutos › Sistematização
Avaliação
20 minutos
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ATIVIDADE 1 | MOBILIZAÇÃO INICIAL
1. “Sou Isabela e tenho 14
anos. Venho de uma família
simples e muito grande, e
convivo diariamente com
primos, tios e irmãos.
Cresci em um ambiente
cheio de carinho. Nós
moramos perto uns dos
outros em um bairro que
não é longe da praia. Meu
pai é pescador e eu amo o
mar. Eu gostaria muito de
me tornar bióloga para
estudar os golfinhos.
Queria a morar aqui nesta
cidade. Sonho ou
realidade? Não sei se
conseguirei porque é muito
difícil entrar na faculdade.”
2. “Meu nome é Douglas e tenho
16 anos. Achava que o Ensino
Médio era como o Fundamental,
mas é bem diferente. Eu fiz o
primeiro ano, mas não me
adaptei bem no início porque
tudo era novo: a escola, os
professores… eu conhecia
poucas pessoas. Depois de um
tempo é que entendi que eu
precisava ser mais autônomo,
que tinha que estudar sozinho.
Porém, isso foi um problema
porque eu não gosto de estudar.
Para mim, está bem difícil
continuar desse jeito porque
quero ser mecânico de moto e
não preciso de estudos para
fazer isso.”
3. “Eu me chamo Bianca. Fiz 15
anos no mês passado. No Ensino
Médio, eu gosto de algumas
matérias, de outras, não.
Matemática, para mim, é difícil.
São muitos cálculos e fórmulas, e
eu não entendo para que servem.
Química, eu gosto só do
laboratório, para fazer
experiências. Nas aulas de inglês,
a gente estuda gramática, e eu
me confundo muito com os
verbos irregulares. Eu ia gostar
mais de aprender inglês se fosse
pra cantar as músicas do meu
cantor preferido. Gosto mesmo é
dos meus amigos. O futuro?
Queria ter uma família, casar com
o meu namorado e trabalhar em
um salão de cabeleireiro.”
4. “Eu sou Alex e tenho 17 anos.
Como eu repeti o 9º ano, desde
que eu entrei no Ensino Médio,
tenho estudado com gente mais
nova, e isso não é muito legal.
Quase saí da escola. Eu moro na
zona rural, o transporte me pega às
12h15 e, se não fosse isso, eu teria
largado a escola porque é muito
cansativo. Eu acordo cedo para
ajudar meus pais na roça: sou eu
que tiro leite da vaca e cuido da
horta. Meu pai quer que eu estude
porque ele quer comprar uns
equipamentos agrícolas e acha que
precisa estudar para mexer neles.
Eu queria ser técnico agrícola, mas
ainda não sei bem o que tenho que
fazer para seguir nessa profissão.”;
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O JOVEM DO ENSINO MÉDIO E SEU
DESENVOLVIMENTO NO CENTRO
Objetivo: identificar o estudante e sua formação integral como
fatores fundamentais de integração do novo Ensino Médio,
consolidados nas 10 competências gerais da Educação Básica.
ATIVIDADE 2
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Reflita: o que significa considerar o estudante e seu desenvolvimento integral
como centro do Ensino Médio?
“(...) a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compromisso com a educação
integral. Reconhece, assim, que a Educação Básica deve visar à formação e ao
desenvolvimento humano global, o que implica compreender a complexidade e a
não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que
privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa,
ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente,
do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e
promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e
desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades.”
(BRASIL, 2018, p. 14)
ATIVIDADE 2 | O JOVEM DO ENSINO MÉDIO E SEU
DESENVOLVIMENTO NO CENTRO
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“(...) o conceito de educação integral com o qual a BNCC está
comprometida se refere à construção intencional de processos educativos
que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as
possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios
da sociedade contemporânea.”
(BRASIL, 2018, p. 14)
ATIVIDADE 2 | O JOVEM DO ENSINO MÉDIO E SEU
DESENVOLVIMENTO NO CENTRO
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“(...) Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação
integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a
construção de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos
físicos, cognitivos e socioemocionais.”
(BRASIL, 2017)
ATIVIDADE 2 | O JOVEM DO ENSINO MÉDIO E SEU
DESENVOLVIMENTO NO CENTRO
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ATIVIDADE 2 | O JOVEM DO ENSINO MÉDIO E SEU
DESENVOLVIMENTO NO CENTRO
Aspectos
cognitivos
Aspectos
socioemocionais
Aspectos físicos
DESENVOLVIMENTO
INTEGRAL
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Orientação:
› Leiam a competência geral atribuída ao grupo.
› Registrem no painel de ideias como vocês entendem que essa competência
se relaciona às dimensões cognitiva, física e/ou socioemocional.
› Escolham um representante para compartilhar as respostas do grupo.
ATIVIDADE 2 | O JOVEM DO ENSINO MÉDIO E SEU
DESENVOLVIMENTO NO CENTRO
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AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E OS
EIXOS ESTRUTURANTES
Objetivo: ampliar o repertório conceitual do educador no que diz
respeito às possibilidades de integração curricular por áreas do
conhecimento, eixos estruturantes e metodologias de ensino.
ATIVIDADE 3
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Mão na massa
Descrevam, em linhas gerais, uma atividade que favoreça o desenvolvimento de pelo menos uma
das competências gerais 8, 9 e/ou 10.
A atividade descrita pode ser uma já realizada pelos integrantes ou idealizada pelo grupo
especificamente para esta tarefa.
Além das competências 8, 9 e/ou 10, espera-se que a atividade contemple conhecimentos e
habilidades relacionados à área do conhecimento do grupo ou mesmo que seja transversal a
mais de uma área.
Os grupos podem optar por descrever uma atividade a ser trabalhada nos Itinerários Formativos.
Para isso, devem dialogar com os eixos estruturantes. Leia a página 10 do documento
(Referenciais curriculares para a elaboração de Itinerários Formativos I MEC).
A descrição da atividade deve conter, pelo menos, título, competências em foco e breve
descrição de suas etapas.
ATIVIDADE 3 | AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E OS EIXOS ESTRUTURANTES
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OS EIXOS ESTRUTURANTES E A
PREPARAÇÃO BÁSICA PARA O TRABALHO
Objetivo: fomentar discussão e ampliação de repertório acerca da
integração curricular entre os eixos estruturantes e a preparação
básica para o trabalho.
ATIVIDADE 4
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Reflitam e respondam:
› Vocês já tinham pensado na integração entre os eixos estruturantes e a
preparação básica para o trabalho a partir da análise da vocação
socioeconômica da região em que sua escola está?
› Como essa análise pode beneficiar a integração entre a preparação básica
para o trabalho e os eixos estruturantes?
ATIVIDADE 4 | OS EIXOS ESTRUTURANTES E A PREPARAÇÃO BÁSICA
PARA O TRABALHO
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Reflitam e respondam:
› De que maneira essa experiência se articula com os eixos Investigação Científica,
Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo?
› Como sabemos, o currículo do Ensino Médio é composto pela BNCC e pelos Itinerários
Formativos (Resolução CNE/CEB nº 3/2018, art. 10). De que maneira os cinco
Itinerários se articulam na atividade realizada?
› A proposta traz informações e conhecimentos que perpassam várias disciplinas e
conteúdos. Quais disciplinas poderiam estar envolvidas em uma proposta como essa?
› Vocês veem perspectivas de continuidade desta atividade? Como ela poderia se
desdobrar, atendendo aos eixos estruturantes?
ATIVIDADE 4 | OS EIXOS ESTRUTURANTES E A PREPARAÇÃO BÁSICA
PARA O TRABALHO
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Para começar, vamos responder a algumas situações-problema:
1.Quais são as formas possíveis de obter 200 reais em um caixa
eletrônico que possui notas de 20, 50 e 100 reais?
ATIVIDADE 5 | METODOLOGIAS E AVALIAÇÕES INTEGRADORAS
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3.O que é possível dizer a partir da comparação dessas duas imagens?
ATIVIDADE 5 | METODOLOGIAS E AVALIAÇÕES INTEGRADORAS
(C) Archivist I Adobe Stock. (C) phonlamaiphoto I Adobe Stock.
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› Quais habilidades foram acionadas para responder a essas questões?
› O que essas questões têm em comum?
ATIVIDADE 5 | METODOLOGIAS E AVALIAÇÕES INTEGRADORAS
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Como vocês comparam a situação representada
na fotografia com a experiência vivida na etapa
anterior da atividade, ou seja, com as situações
com maior oportunidade de desenvolvimento
de habilidades?
ATIVIDADE 5 | METODOLOGIAS E AVALIAÇÕES INTEGRADORAS
(C) Gorodenkoff I Adobe Stock.
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Refletindo sobre a atividade:
Como vocês poderiam avaliar os estudantes em relação aos desafios
propostos nesta atividade?
ATIVIDADE 5 | METODOLOGIAS E AVALIAÇÕES INTEGRADORAS
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Os objetivos nesta atividade eram que vocês, educadores:
1.Identificassem a forma da atividade (metodologia) como determinante
para mobilizar em cada um de vocês habilidades para além do
conhecimento específico de uma área ou outra.
2.Reconhecessem que a avaliação precisa ter:
› clareza do que se quer avaliar;
› escolha de coleta de dados;
› organização desses dados;
› intervenção, se necessário, em função dos dados obtidos e analisados.
ATIVIDADE 5 | METODOLOGIAS E AVALIAÇÕES INTEGRADORAS
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› Quais dados eu levo da
avaliação que fiz sobre
vocês durante esta
atividade?
› Quais intervenções devo
realizar em função dos
dados obtidos?
AVALIAÇÃO FORMATIVA
DIAGNÓSTICOS
Informações sobre
a aprendizagem
ANÁLISE
Reflexão e decisão
por ação de ensino
INTERVENÇÃO
Planejamento e
recuperação em processo
AVALIAÇÃO
FORMATIVA
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Mais que um slogan, uma metodologia é realmente ativa quando há:
› propósito (objetivos claros);
› ação (no sentido cognitivo de quem aprende e que, para isso, diferentes
metodologias específicas de cada área podem ser utilizadas);
› sistematização a partir da construção de sentidos parciais pelos
estudantes/educadores e da avaliação do professor/formador.
Vocês identificaram essas características em cada atividade?
O PERCURSO VIVENCIADO: AS METODOLOGIAS ATIVAS
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
Altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de
agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio
em Tempo Integral. Brasília: Presidência da República, 2017. Disponível em:
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm. Acesso em: 8 abr. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
Disponível em: basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 8 abr. 2021.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais curriculares para a elaboração de itinerários
formativos. Brasília: MEC, 2018. Disponível em:
novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/DCEIF.pdf. Acesso em: 8 abr. 2021.
BRASIL. Resolução n. 3, de 21 de novembro de 2018. Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio. Brasília: Presidência da República, 2018. Disponível em:
portal.mec.gov.br/docman/novembro-2018-pdf/102481-rceb003-18/file. Acesso em: 8 abr. 2021.