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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica
Superintendência de Polí cas Pedagógicas
Diretoria de Educação Infan l e Ensino Fundamental
Coordenação de Ensino Fundamental em Tempo Integral
CADERNO PEDAGÓGICO
ENSINO FUNDAMENTAL
EM TEMPO INTEGRAL
ATIVIDADE INTEGRADORA
LABORATÓRIODEMATEMÁTICA
II
Governador do Estado de Minas Gerais
Romeu Zema Neto
Secretaria de Estado de Educação
Julia Figueiredo Goytacaz Sant'Anna
Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica
Izabella Cavalcante Martins
Superintendência de Políticas Pedagógicas
Esther Augusta Nunes Barbosa
Diretoria de Educação Infantil e Ensino Fundamental
Rosely Lúcia de Lima
Coordenação de Ensino Fundamental em Tempo Integral
Adriana de Jesus Souza Barreto
III
SUMÁRIO
1. A EDUCAÇÃO INTEGRAL NO ENSINO FUNDAMENTAL.................................... 1
2. ATIVIDADE INTEGRADORA LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA.........................2
3. 
CONTEXTUALIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS BNCC E ATIVIDADE
INTEGRADORA ...............................................................................................3
3.1 COMPETÊNCIA 1 – CONHECIMENTO.......................................................4
3.2 COMPETÊNCIA 2 – PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO......4
3.3 COMPETÊNCIA 3 – REPERTÓRIO CULTURAL.......................................... 5
3.4 COMPETÊNCIA 4 – COMUNICAÇÃO........................................................ 6
3.5 COMPETÊNCIA 5 – CULTURA DIGITAL.................................................... 7
3.6 COMPETÊNCIA 6 – TRABALHO E PROJETO DE VIDA............................... 8
3.7 COMPETÊNCIA 7 – ARGUMENTAÇÃO...................................................... 9
3.8 COMPETÊNCIA 8 – AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO..................10
3.9 COMPETÊNCIA 9 – EMPATIA E COOPERAÇÃO.........................................11
3.10 COMPETÊNCIA 10 – RESPONSABILIDADE E CIDADANIA........................11
4. ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM.............................................. 13
4.1 JOGOS..................................................................................................13
4.2 GINCANAS ...........................................................................................14
4.3 OFICINAS ............................................................................................14
5. PARA SABER MAIS....................................................................................... 16
6. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 17
IV
CARTA AO PROFESSOR
Caro (a) Professor (a),
Este caderno tem como objetivo contribuir com o planejamento de práticas e estraté-
gias pedagógicas a serem desenvolvidas na Atividade Integradora Laboratório de Mate-
mática com os estudantes do Ensino Fundamental em Tempo Integral. Nosso propósito
é apresentar os direcionamentos básicos para que você, a partir da matriz curricular,
da sua experiência e do seu conhecimento, elabore o planejamento das aulas tendo em
vista as metodologias ativas.
É fundamental que as práticas pedagógicas desenvolvidas sejam planejadas em conso-
nância com os conteúdos trabalhados nas áreas do conhecimento. Nessa perspectiva é
necessário o esforço de todos os envolvidos para planejar, organizar e executar as ativi-
dades e os projetos interdisciplinares, incentivando a participação ativa dos estudantes
e a utilização de outros espaços da escola além da sala de aula.
Esperamos que este caderno possa ser um guia a partir do qual você irá discutir, estudar,
pesquisar e ampliar as práticas pedagógicas referentes à Atividade Integradora, a fim de
garantir o desenvolvimento integral do estudante em suas dimensões intelectual, física,
emocional, social e cultural, assegurando o seu direito de aprender a conhecer, aprender
a ser, aprender a fazer e aprender a viver.
Lembramos, que as considerações não devem ser lidas como prescrições, mas como
referências que podem e devem ser adequadas a cada realidade escolar.
Bom trabalho!
Equipe do Ensino Fundamental em Tempo Integral
1
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
1. A EDUCAÇÃO INTEGRAL NO ENSINO FUNDAMENTAL
A Secretaria de Estado de Educação, buscando aperfeiçoamento da política de Educa-
ção Integral ofertada em Minas Gerais, propõe uma organização curricular composta pe-
las Áreas do Conhecimento e Atividades Integradoras, a fim de possibilitar o desenvol-
vimento integrado dos objetivos de aprendizagem previstos no Currículo Referência de
Minas Gerais - CRMG, em articulação com a Base Nacional Comum Curricular - BNCC.
Diante desse contexto os componentes curriculares e Atividades Integradoras articu-
lam-se de forma a garantir a formação integral, os direitos à aprendizagem e o pleno
desenvolvimento do estudante.
Nessa perspectiva conceituamos as Atividades Integradoras como um conjunto de
ações pedagógicas as quais os conhecimentos e saberes se desenvolvem em concor-
dância com os conceitos e conteúdos trabalhados nos componentes curriculares que
compõem as áreas de conhecimento. Essas ações oportunizam novos métodos de ensi-
no dentro dos processos de aprendizagem que estão em curso.
2
2. ATIVIDADE INTEGRADORA LABORATÓRIO
DE MATEMÁTICA
A Atividade Integradora Laboratório de Matemática permitirá que os estudantes viven-
ciem através da investigação e experimentação aquilo que a teoria não é capaz de de-
monstrar. Por isso, é fundamental criar tempos e espaços diferenciados e interdiscipli-
nares para a prática de observar, investigar, fazer e perceber os diferentes conceitos
matemáticos de maneira autônoma.
Portanto, é interessante estimular os estudantes a utilizarem seus próprios conheci-
mentos e fornecer condições para expandir a criatividade e a curiosidade, que serão ele-
mentos essenciais para desenvolvimento do raciocínio lógico e crítico.
Ressaltamos, que esta prática pode ocorrer individual ou coletivamente por meio de
jogos, brincadeiras, desafios, uso das tecnologias digitais ou materiais concretos que
possibilitem:
• Promover a compreensão, a interpretação e a utilização de representações mate-
máticas (tabelas, gráficos, expressões e símbolos);
• Ampliar os conceitos e procedimentos matemáticos por meio da resolução de
problemas;
• Desenvolver o raciocínio abstrato, evidenciando aspectos que não são diretamen-
te observáveis através da experimentação.
Assim, a Atividade Integradora Laboratório de Matemática, tem como objetivo fomentar
a consolidação de habilidades matemáticas que estão em constante construção. Esse
conhecimento é necessário para todos os estudantes, devido a sua grande aplicação na
sociedade e suas potencialidades na formação de cidadãos críticos.
3
3. CONTEXTUALIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS BNCC E
ATIVIDADE INTEGRADORA
A BNCC considera que competência é a mobilização de conhecimentos, atitudes, habili-
dades e valores para resolver demandas da vida cotidiana, do exercício da cidadania e do
mundo do trabalho. A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e inclusivo às
questões centrais do processo educativo: o que aprender, para que aprender, como en-
sinar, como promover redes de aprendizagem colaborativa e como avaliar o aprendizado.
Diante disso, dentro da perspectiva da matriz curricular da Educação Integral, as dez
competências gerais indicam o que deve ser aprendido pelos estudantes e descrevem a
finalidade como cada competência deve ser desenvolvida.
Considerando esses pressupostos e a articulação com as competências gerais da Base
Nacional Comum Curricular - BNCC, na área de conhecimento da Matemática do Currí-
culo Referência de Minas Gerais - CRMG, é necessário refletir sobre quais aspectos a Ati-
vidade Integradora Laboratório de Matemática contribui para o desenvolvimento dessas
dez competências e incluí-los, com intencionalidade, no planejamento das aulas.
Disponível em: http://portal.educacao.rs.gov.br/novo-ensino-medio. Acesso em 26 jan. 2022. Adaptada
4
A articulação entre os professores da turma é fundamental para que as atividades se-
jam integradas e significativas, evitando uma prática fragmentada e descontextualizada.
Apresentamos neste caderno algumas estratégias que podem contribuir para o desenvol-
vimento das competências gerais da BNCC, visando à formação integral dos estudantes.
3.1 COMPETÊNCIA 1 – CONHECIMENTO
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, so-
cial, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colabo-
rar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Essa competência é essencial para compreender como se constrói os diversos sabe-
res, possibilitando ao estudante perceber-se capaz de se tornar sujeito de sua própria
aprendizagem, aprendendo sempre e buscando informações dentro e fora do espaço da
escola, na construção do conhecimento.
Os conhecimentos historicamente construídos pela humanidade fazem parte do cotidia-
no dos estudantes e as operações básicas ou cálculos mais complexos são constante-
menteutilizadosnasdiferentessituações-problema.Diantedessaafirmativa,aAtividade
Integradora Laboratório de Matemática vem possibilitar aos estudantes fazer conexões,
atribuir significados e organizar os conhecimentos adquiridos, através de estratégias,
para dar conta da própria aprendizagem e ser capaz de entender e avaliar o conhecimen-
to construído.
Na Atividade Integradora Laboratório de Matemática o trabalho pode ser desenvolvido
com projetos e com metodologias baseadas em problemas, que prevê aulas que inte-
gram ciências, tecnologia, engenharia, arte e matemática. A ideia central de todas essas
estratégias é que o professor planeje as aulas não pensando no conteúdo específico que
precisa ensinar, mas nas situações de aprendizagem que pode proporcionar para que os
estudantes possam experimentar diversas formas de acesso ao conhecimento.
Pense nisto: Você já observou que problemas matemáticos fazem parte
do nosso cotidiano e às vezes não paramos para pensar nisso? Estimular o
estudante a elaborar problemas aguça a curiosidade e mobiliza para a re-
solução do problema, aumentando assim o seu conhecimento de mundo.
3.2 COMPETÊNCIA 2 – PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo
a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
5
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclu-
sive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
O objetivo dessa competência é favorecer a criatividade, a reflexão e a análise crítica,
oportunizando aos estudantes desenvolverem a curiosidade científica, o questionamen-
to e a apropriação necessária para intervir nas diferentes áreas. Essa é uma proposta pe-
dagógica baseada na investigação que oportuniza experiências científicas, exploração
de combinações e geração de ideias para a solução de problemas acerca do universo em
que o estudante se insere.
O uso do pensamento crítico e criativo materializa-se por meio da adoção de múltiplas
estratégias para encontrar respostas para um mesmo problema, juntamente com a ca-
pacidade de refletir sobre as estratégias criadas, analisando-as, questionando-as e in-
terpretando-as, a fim de apresentar a melhor solução possível. Dentro dessa perspecti-
va, o professor deve elaborar atividades para que os estudantes tenham uma formação
que extrapole a perspectiva tecnicista e exercitem sua curiosidade intelectual com cri-
ticidade e criatividade, preparando-os para o exercício da cidadania.
Na Atividade Integradora Laboratório de Matemática, o planejamento deve acontecer de
forma interdisciplinar utilizando materiais concretos, como o Tangram, Torre de Hanoy,
Material Dourado, entre outros, que apresentam ao estudante os desafios necessários
para o desenvolvimento dessa competência.
Pense nisto: Explorar o enunciado de um problema pode ser uma estraté-
gia para levar o estudante a investigar o objeto de estudo, permitindo que
eles exponham suas teorias e ideias, discutam e cheguem a conclusões
assertivas sobre as diversas situações-problema.
3.3 COMPETÊNCIA 3 – REPERTÓRIO CULTURAL
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e
também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
Essa competência é essencial para o desenvolvimento humano e para a cidadania, e é no
ambiente escolar que se constrói a base para esse conhecimento, visto que, trocas cul-
turais, possibilitam a interação entre diferentes pessoas, de modo a propagar e integrar
a cultura e o conhecimento.
Utilizando a criatividade, beleza, universalidade, simetria, dinamismo, podemos relacio-
nar essas qualidades quando nos referimos quer à Arte quer à Matemática. Beleza e rigor
6
são comuns a ambas. E é justamente esta capacidade de enriquecer o imaginário, de
forma estruturada, que o professor da Atividade Integradora Laboratório de Matemática,
deve estimular os estudantes a potencializarem-se a criar, para colaborar com o desen-
volvimento deles como sujeitos e cidadãos. Ao produzir arte, o estudante amplia sua for-
ma de perceber o mundo e de opinar sobre ele.
A Atividade Integradora Laboratório de Matemática é um espaço de descobertas, e opor-
tuniza aos estudantes a preparação e participação em exposições, projetos didáticos e
feiras, que propiciam vivências fundamentais para o desenvolvimento dessa competên-
cia, aliado à aprendizagem e consolidação de conceitos e procedimentos matemáticos.
Pense nisto: Você sabia que muitos pintores se utilizam da geometria para
criar suas obras de arte? Trabalhar a Geometria aliada a Arte, oportuniza
ao estudante a releitura e a confecção de trabalhos artísticos, promoven-
do a escuta, a organização de ideias, a convivência e a participação.
3.4 COMPETÊNCIA 4 – COMUNICAÇÃO
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), cor-
poral, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artísticas, mate-
mática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sen-
timentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
A competência comunicação tem um sentido amplo, e abrange a capacidade de escuta
e diálogo visando ao entendimento mútuo. Sua importância se reafirma no cotidiano e
utiliza os conhecimentos de mundo e aqueles adquiridos na escola para criar e utilizar
novas formas de se comunicar. Para que o desenvolvimento da competência comunica-
tiva seja efetivo é necessário que o estudante, ao utilizar as diferentes linguagens, seja
capaz de: entender, realizar análise crítica e se expressar.
Ao relacionarmos a Matemática com o cotidiano, observamos sua presença em jornais,
revistas e panfletos de propaganda. O professor do Ensino Fundamental em Tempo Inte-
gral, nesse contexto de múltiplas linguagens, é um articulador e mediador desses conhe-
cimentos e deve criar mecanismos capazes de explorar e conduzir práticas reflexivas e
analíticas das informações disponíveis nesses materiais auxiliares.
ÉimportantequenaAtividadeIntegradoraLaboratóriodeMatemática,osestudantesse-
jam encorajados a se comunicarem matematicamente uns com os outros, com o profes-
sor e com os pais, para que eles tenham a oportunidade de explorar, organizar e conectar
7
seus pensamentos, novos conhecimentos e diferentes pontos de vista sobre um mesmo
assunto, pois quanto mais os estudantes têm oportunidade para refletir sobre determi-
nados assuntos – falando, escrevendo ou representando – mais eles o compreendem.
Pense nisto: Os conhecimentos da linguagem matemática são fundamen-
tais para a compreensão de um texto matemático, o que certamente con-
tribuirá para o raciocínio lógico. Expressões como “metade”, “quinta parte”,
“dobro”, “soma”, “diferença”, “quociente”, por exemplo, possuem finalidade
bem definida.
3.5 COMPETÊNCIA 5 – CULTURA DIGITAL
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de forma crítica, significativa e ética. Co-
municar-se, acessar e produzir informações e conhecimentos, resolver problemas e exer-
cer protagonismo e autoria.
A utilização das tecnologias digitais com compreensão e análise crítica favorece a inser-
ção social e é um recurso pedagógico que contribui significativamente para o proces-
so de aprendizagem. A tecnologia permeia todos os aspectos da vida do estudante, por
isso, saber resolver problemas do dia a dia, utilizando os diferentes recursos digitais, é
uma habilidade que precisa ser trabalhada e incentivada no estudante.
A era digital mudou drasticamente a forma como nos relacionamos na sociedade e trou-
xe uma agilidade/facilidade nunca vista às inúmeras ações do cotidiano. Essas mudan-
ças podem colaborar no processo de aprendizagem dos estudantes. O professor da Ati-
vidade Integradora Laboratório de Matemática, deve mediar esse processo através de
uma proposta pedagógica que leve em conta o uso de tecnologias digitais (aplicativos,
softwares, ambientes virtuais de aprendizagem, simuladores, planilhas eletrônicas, en-
tre outros), dessa forma ele irá incentivar o trabalho cooperativo entre os estudantes,
estimulando a constituição de comunidades de aprendizagem.
Dentro dessa perspectiva, o professor pode implementar trabalhos baseados em pro-
gramação, também conhecidos como projetos de coding (termo em inglês que faz refe-
rência à programação), potencializa o ensino e a aprendizagem, favorece a prática e pos-
sibilita aos estudantes colocar a mão na massa, estudando, interpretando e refletindo
sobre determinados conceitos e, com base neles, cria cenários, personagens e histórias
para criar um jogo, por exemplo.
8
Pense nisto: Nas ferramentas de programação podem ser trabalhados
vários conceitos matemáticos, pois é preciso usar conhecimentos algé-
bricos para determinar os comandos que movimentam as peças do jogo e
conceitos de igualdade e desigualdade algébrica para construir placares.
3.6 COMPETÊNCIA 6 – TRABALHO E PROJETO DE VIDA
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos
e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e
fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Esta competência alia-se ao desenvolvimento de atitudes de determinação, esforço,
perseverança, auto avaliação, compreensão e preparo para o mundo do trabalho. É im-
portante direcionar os conhecimentos prévios dos estudantes e incentivar o autoconhe-
cimento, a organização, a definição de metas, a superação de dificuldades e a reflexão.
O Projeto de Vida promove atividades reflexivas que levam o estudante a reconhecer sua
identidade, suas dificuldades e suas possibilidades de ação de acordo com seus próprios
anseios e o auxiliá-lo a tomar decisões, resolver problemas e lidar com situações ines-
peradas. Dentro dessa perspectiva, o professor deve oferecer oportunidades para que o
estudante adquira ou aprimore um conjunto de competências e habilidades para racioci-
nar, justificar conclusões e expressar ideias de maneira clara, o que se alcança por meio
de atividades matemáticas problematizadas.
Neste contexto, na Atividade Integradora Laboratório de Matemática, o professor poderá
trabalhar a educação financeira, que ajudará os estudantes, desde cedo, a desenvolver a
capacidade de planejar sua vida, sua família e tomar boas decisões.
Pense nisto: Os jogos de estratégia são importantes para analisar situa-
ções e tomar decisões, com base no que o adversário apresenta. Os jogos
de tabuleiro “Dama” ou “Xadrez”, ou ainda, jogos de estratégia como “War”
ou “Banco Imobiliário” demandam operações cognitivas complexas e am-
pliam as possibilidades de encontrar alternativas para alcançar os objeti-
vos propostos.
9
3.7 COMPETÊNCIA 7 – ARGUMENTAÇÃO
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e
defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regio-
nal e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e
do planeta.
Os dias atuais e também o futuro demandam que o estudante adquira essa competência
de posicionar-se diante de situações, negociar, defender ideias ou pontos de vista, com
base em fatos, dados e informações confiáveis. Portanto, o conhecimento e a vivência
de estratégias de argumentação tornará o estudante mais preparado para participar
das interações sociais e exercitar a cidadania. Ao mesmo tempo, terá a oportunidade de
compreender e respeitar a opinião alheia, aprender a escutar com interesse o posiciona-
mento do outro e até mesmo, se necessário, mudar de opinião.
O letramento matemático é definido como as competências e habilidades de raciocinar,
representar, comunicar e argumentar matematicamente, de modo a favorecer a formu-
lação e a resolução de problemas, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferra-
mentas matemáticas. Dentre estas habilidades, o processo de argumentação está na
essência do fazer matemático. O estudante ser um questionador ativo de suas hipóteses
é importante para a construção do pensamento profundo. O professor deve proporcio-
nar aos estudantes momentos em que possam discutir e formular soluções diante dos
desafios apresentados e, para que isso ocorra, é importante que o professor tenha uma
postura flexível, assumindo as funções de aprendiz, mediador, orientador e pesquisador
no decorrer da atividade apresentada.
Diante disso, na Atividade Integradora Laboratório de Matemática, o professor pode-
rá disponibilizar desafios matemáticos com diferentes possibilidades de solução, com
dados a mais ou insuficiente (que pode possuir ou não solução numérica), que ajudam
a desenvolver a capacidade argumentativa dos estudantes. Os estudantes necessitam
aprender a analisar os números e o contexto, serem desafiados a pensar e não somente
fazer contas.
Pense nisto: Os desafios matemáticos, também chamados de charadas,
fazem parte da cultura popular e é uma forma de trabalhar a matemática
com ludicidade e numa perspectiva interdisciplinar que estimula o racio-
cínio lógico.
10
3.8 COMPETÊNCIA 8 – AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se
na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas.
Os estudantes devem desenvolver o autoconhecimento e o autocuidado, aprendendo a
respeitar a si mesmos, sendo capazes de identificar seus pontos fortes e suas fragili-
dades, lidar com suas emoções e manter a saúde física e o equilíbrio emocional. Essa
competência deve ser desenvolvida em todas as atividades integradoras e componentes
curriculares de forma interdisciplinar.
O estudante necessita interpretar as próprias emoções, entender o que elas, de fato,
querem dizer, fazer conexões com outros traços da sua personalidade, e, então, lidar
da melhor forma com elas. Esta capacidade bem estruturada, irá permitir ao estudan-
te identificar suas potencialidades fraquezas e dificuldades, possibilitando desenvolvi-
mento das habilidades que não foram consolidadas. Dentro dessa perspectiva, o profes-
sor deve propor atividades desafiadoras com um trabalho planejado e sistemático que
estimule o autoconhecimento, como também o favorecimento da construção de valores
e de uma identidade. Afinal, quanto mais complexos e desafiantes forem os problemas
que os alunos conseguem resolver, mais eles desenvolvem autoestima e autoconfiança.
Desmistificar a visão de que a matemática é uma área complexa e difícil para a maio-
ria, é uma excelente estratégia a ser trabalhada na Atividade Integradora Laboratório de
Matemática. O professor ao promover desafios matemáticos, deve apoiar e incentivar
a realização dos mesmos, possibilitando que o estudante se perceba capaz de superar
esses desafios, mesmo que em ritmos diferentes.
Pense nisto: A conquista de autoestima e autoconfiança e a consciência
sobre os cuidados com a própria saúde física e emocional não pode ficar
restrito à sala de aula. É fundamental um ambiente escolar que proporcio-
ne à criança e ao jovem vivenciar situações e construir relações baseadas
em respeito, tolerância e solidariedade. O cotidiano precisa estar livre de
preconceitos e violências e os adultos da escola devem ter a consciência
de que ensinam pelo exemplo.
11
3.9 COMPETÊNCIA 9 – EMPATIA E COOPERAÇÃO
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respei-
tar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valoriza-
ção da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
É importante trabalhar a empatia e a cooperação com o estudante numa visão mais am-
pla e completa da escola, como um sistema integrado por diferentes pessoas e ativida-
des, ou seja, como uma engrenagem, exercitando o diálogo e a resolução de conflitos.
O exercício da empatia, diálogo, resolução de conflitos e cooperação, deve ser desen-
volvido dentro da perspectiva de convivência das pessoas na comunidade, seja ela, no
bairro, no país e no mundo, com o intuito de mediação e da construção de uma cultura
de paz. Nesse sentido, o professor da Atividade Integradora Laboratório de Matemática,
deve construir um planejamento que contempla o aprendizado socioemocional, como
um trabalho intencional e estruturado, que quando bem desenvolvido impacta positiva-
mente os estudantes e suas famílias.
Trabalhos em grupo através de experimentos favorece a compreensão e a junção da teo-
ria e prática, possibilita aos estudantes o convívio com os colegas, o respeito às diferen-
ças e o empenho de todos em busca de um objetivo comum. O professor da Atividade
Integradora Laboratório de Matemática poderá abordar a estatística, tendo os próprios
estudantes como personagens e realizar um debate sobre o que é preciso para chegar-
mos a uma divisão igualitária dos direitos dos cidadãos.
Pense nisto: Trabalhos em grupo, feiras do conhecimento e jogos auxiliam
o desenvolvimento da cooperação, autonomia e do processo investigativo
dos estudantes.
3.10 COMPETÊNCIA 10 – RESPONSABILIDADE E CIDADANIA
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência
e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusi-
vos, sustentáveis e solidários.
Para garantir a boa formação dos estudantes, é preciso a conscientização de que eles
podem ser agentes transformadores na construção de uma sociedade mais democrá-
tica, justa, solidária e sustentável. A autonomia, a tomada de decisões, a ética e a boa
12
convivência com o outro são aspectos importantes para o desenvolvimento dessa com-
petência. Isso precisa ser trabalhado em todos os momentos pelos professores dentro
da escola, para que seja vivenciado também fora dela.
A cidadania é o conjunto de direitos e deveres exercidos por um indivíduo que vive em
sociedade e a capacidade de poder intervir e transformá-lo. Uma educação voltada para
os moldes da cidadania, contribui intensamente para a formação de estudantes capazes
de promover mudanças. O professor pode apresentar variadas situações do cotidiano
que envolvam dados numéricos, como, tributação fiscal, impacto ambiental, economia
e política, entre outras temáticas, desenvolvendo no estudante uma formação integral
como cidadão, com senso de justiça, de autonomia, de solidariedade, de respeito às di-
ferenças individuais e à dignidade humana.
Na Atividade Integradora Laboratório de Matemática, esta competência pode ser desen-
volvida com os estudantes elaborando cartilhas, folders e vídeos de conscientização a
partir de dados e informações coletadas na comunidade local, sobre temáticas sociais
como: preconceito, hábitos sustentáveis, consumo consciente, reciclagem, etc e divul-
gar na comunidade local.
Pense nisto: O ambiente escolar é um ótimo campo de pesquisa, em que os
estudantes poderão levantar informações e dados, tirar fotos e fazer entre-
vistas a fim de apresentar propostas para sensibilizar os colegas da neces-
sidade de ações coletivas, que podem contribuir para uma sociedade mais
responsável e cidadã. Você já pensou em ter um Jornal na sua escola?
13
4. ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM
As estratégias de ensino são um conjunto de ações que os professores realizam, de ma-
neira planejada, para alcançar a consecução de objetivos específicos de aprendizagem
dos estudantes.
Nessa perspectiva a Atividade integradora Laboratório de Matemática é o exercício da
curiosidade intelectual do estudante através da investigação, da análise crítica, da ima-
ginação, da criatividade, da formulação de hipóteses e da resolução dos problemas, com
base nos conhecimentos das diferentes áreas. Esse propósito nos remete ao papel da
escola e, especialmente, do professor, no que se refere a uma aprendizagem fundamen-
tal para o desenvolvimento humano: o aprender a aprender.
É imprescindível que o professor utilize várias estratégias de ensino e tenha um olhar
atento sobre as habilidades dos estudantes quanto aos aspectos cognitivos da aprendi-
zagem, sejam eles, linguagem, pensamento, memória, atenção, percepção e raciocínio
lógico, bem como aqueles relacionados às múltiplas inteligências.
Diante disso, as estratégias de ensino sugeridas a seguir, se fundamentam na compreen-
são de que o planejamento e as ações pedagógicas do professor da Atividade Integradora
Laboratório de Matemática precisam estar bem articuladas com o trabalho do professor
das áreas de conhecimento. Essa parceria vai contribuir para que o trabalho pedagógico
dos professores em sala de aula obtenha resultados positivos para a consolidação das
aprendizagens.
4.1 JOGOS
São considerados como atividades lúdicas mais estruturadas, com regras definidas.
Possibilitam a interação entre os estudantes, e oportuniza ao professor, observar e ava-
liar o desempenho e o raciocínio lógico. Propiciam a construção de novos conhecimen-
tos e aprofundam o que já foi trabalhado, podendo também, ser uma oportunidade de
autoavaliação do estudante.
Jogos de tabuleiro: permitem que os estudantes vivenciem ludicamente situações do
cotidiano, desenvolvem o raciocínio lógico e favorecem o desenvolvimento na resolução
de problemas. É importante fazer adaptação nos referidos jogos observando a necessi-
dade dos estudantes e o ano de escolarização em que estão matriculados.
14
Bingo Matemático: é um ótimo recurso na construção e consolidação do conhecimento.
Além de ser uma maneira diferente de ensinar, essa estratégia pode motivar o estudan-
te, auxiliando no desenvolvimento da autonomia, atenção, concentração e socialização
com a turma.
Torre de Hanoi: constitui em um jogo estratégico capaz de contribuir no desenvolvimento
da memória, do planejamento e solução de problemas através de técnicas estratégicas.
Compra e Venda (cédulas, cheques e cartões fictícios): possibilitam o desenvolvimento
do raciocínio lógico, dos cálculos mentais e da resolução de problemas. Permitem que os
estudantes vivenciem situações de compra e venda com utilização de cédulas, cartões e
cheques fictícios. Outra sugestão, é a simulação de bazar, supermercado, feira e outros,
para favorecer o desenvolvimento da autonomia financeira, e a consciência crítica do
uso correto do dinheiro no dia a dia.
4.2 GINCANAS
São consideradas competições lúdicas organizadas a partir de tarefas diversificadas
e envolvem todos os estudantes. Esse tipo de atividade desperta o interesse do es-
tudante para a resolução de problemas, possibilita o trabalho em equipe e o espírito
de competitividade.
4.3 OFICINAS
São consideradas um espaço de experimentação, onde os estudantes podem vivenciar
os conhecimentos aprendidos nas diversas áreas e componentes curriculares.
Construção de Croquis: possibilita o trabalho envolvendo as unidades de medida e ma-
nuseio dos instrumentos como a trena, fita métrica, régua e outros.
Elaboração de Gráficos e tabelas: podem ser usados de forma interdisciplinar, usando
textos de outros componentes curriculares para subsidiar a construção, sendo funda-
mental desenvolver as habilidades de leitura e interpretação das informações.
Receitas: gênero textual excelente para desenvolver atividades com frações, unidades
de medida, medições convencionais e não convencionais, proporcionalidade, estimativa
de custo dos ingredientes e tempo gasto para o preparo do alimento.
Mapas: utilizar aplicativos de deslocamento e localização, possibilitando aos estudantes
desenvolver habilidades sobre posição geográfica, escalas e resolução de problemas de
consumo médio e tempo de deslocamento.
15
Confecção de roupas: utilizar formas geométricas na confecção de roupas com TNT,
retalhos, EVA e jornais, para identificar e nomear figuras planas (círculo, quadrado, re-
tângulo e triângulo) em diferentes disposições.
Dança: favorece a socialização, além de ser uma atividade divertida para se aprender
Matemática. Na oficina de dança poderão ser estudados os passos de uma dança, divi-
são do tempo da música (frações de tempo) e marcação do espaço.
Sólidos geométricos: essa oficina permite que o estudante aprenda a geometria no es-
paço tridimensional. Podendo ser trabalhado na representação de vistas de uma figura,
planificação do sólido, nomeação de vértices, arestas e faces, cálculo de área de uma
figura plana, entre outros.
16
5. PARA SABER MAIS
Mentalidade Matemática Aberta e Criativa.
https://www.youcubed.org/pt-br/
Programação digital
http://programae.org.br/
Jogo do bafo
http://pibid.icmc.usp.br/arquivos/Jogo%20do%20Bafo.pdf?
Batalha de Matemática
http://pibid.icmc.usp.br/arquivos/jogoBatalhamatematica.pdf?
“Dominó das frações”
http://pibid.icmc.usp.br/arquivos/jogo%20domino.pdf?
Boliche Matemático
http://pibid.icmc.usp.br/arquivos/BOLICHE%20MATEM%C3%81TICO.pdf?
Ensinando medidas com instrumentos não convencionais
https://mathema.com.br/jogos-e-atividades/ensinando-medidas-com-instrumentos-
-nao-convencionais/)
Jogos no Ensino da Matemática para o 6º ano
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_
pde/2013/2013_uepg_mat_pdp_maria_de_fatima_vidal.pdf
Adedonha matemática
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/adedonha-matematica-
-no-ensino-Algebra.htm
17
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017
MINAS GERAIS. Diretriz pedagógica educação integral ensino fundamental.
_____________. Currículo Referência de Minas Gerais, 2021.
SCHEFFER, Nilce Fátima; PASIN, Pietra. A argumentação de professores de matemática
suscitada pelo uso de softwares dinâmicos: construindo significados. VIDYA, v. 33, n. 1,
p.9-17, jan./jun., 2013 - Santa Maria, 2013.

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Laboratório de Matemática

  • 1. SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica Superintendência de Polí cas Pedagógicas Diretoria de Educação Infan l e Ensino Fundamental Coordenação de Ensino Fundamental em Tempo Integral CADERNO PEDAGÓGICO ENSINO FUNDAMENTAL EM TEMPO INTEGRAL ATIVIDADE INTEGRADORA LABORATÓRIODEMATEMÁTICA
  • 2. II Governador do Estado de Minas Gerais Romeu Zema Neto Secretaria de Estado de Educação Julia Figueiredo Goytacaz Sant'Anna Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica Izabella Cavalcante Martins Superintendência de Políticas Pedagógicas Esther Augusta Nunes Barbosa Diretoria de Educação Infantil e Ensino Fundamental Rosely Lúcia de Lima Coordenação de Ensino Fundamental em Tempo Integral Adriana de Jesus Souza Barreto
  • 3. III SUMÁRIO 1. A EDUCAÇÃO INTEGRAL NO ENSINO FUNDAMENTAL.................................... 1 2. ATIVIDADE INTEGRADORA LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA.........................2 3. CONTEXTUALIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS BNCC E ATIVIDADE INTEGRADORA ...............................................................................................3 3.1 COMPETÊNCIA 1 – CONHECIMENTO.......................................................4 3.2 COMPETÊNCIA 2 – PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO......4 3.3 COMPETÊNCIA 3 – REPERTÓRIO CULTURAL.......................................... 5 3.4 COMPETÊNCIA 4 – COMUNICAÇÃO........................................................ 6 3.5 COMPETÊNCIA 5 – CULTURA DIGITAL.................................................... 7 3.6 COMPETÊNCIA 6 – TRABALHO E PROJETO DE VIDA............................... 8 3.7 COMPETÊNCIA 7 – ARGUMENTAÇÃO...................................................... 9 3.8 COMPETÊNCIA 8 – AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO..................10 3.9 COMPETÊNCIA 9 – EMPATIA E COOPERAÇÃO.........................................11 3.10 COMPETÊNCIA 10 – RESPONSABILIDADE E CIDADANIA........................11 4. ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM.............................................. 13 4.1 JOGOS..................................................................................................13 4.2 GINCANAS ...........................................................................................14 4.3 OFICINAS ............................................................................................14 5. PARA SABER MAIS....................................................................................... 16 6. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 17
  • 4. IV CARTA AO PROFESSOR Caro (a) Professor (a), Este caderno tem como objetivo contribuir com o planejamento de práticas e estraté- gias pedagógicas a serem desenvolvidas na Atividade Integradora Laboratório de Mate- mática com os estudantes do Ensino Fundamental em Tempo Integral. Nosso propósito é apresentar os direcionamentos básicos para que você, a partir da matriz curricular, da sua experiência e do seu conhecimento, elabore o planejamento das aulas tendo em vista as metodologias ativas. É fundamental que as práticas pedagógicas desenvolvidas sejam planejadas em conso- nância com os conteúdos trabalhados nas áreas do conhecimento. Nessa perspectiva é necessário o esforço de todos os envolvidos para planejar, organizar e executar as ativi- dades e os projetos interdisciplinares, incentivando a participação ativa dos estudantes e a utilização de outros espaços da escola além da sala de aula. Esperamos que este caderno possa ser um guia a partir do qual você irá discutir, estudar, pesquisar e ampliar as práticas pedagógicas referentes à Atividade Integradora, a fim de garantir o desenvolvimento integral do estudante em suas dimensões intelectual, física, emocional, social e cultural, assegurando o seu direito de aprender a conhecer, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a viver. Lembramos, que as considerações não devem ser lidas como prescrições, mas como referências que podem e devem ser adequadas a cada realidade escolar. Bom trabalho! Equipe do Ensino Fundamental em Tempo Integral
  • 5. 1 SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS 1. A EDUCAÇÃO INTEGRAL NO ENSINO FUNDAMENTAL A Secretaria de Estado de Educação, buscando aperfeiçoamento da política de Educa- ção Integral ofertada em Minas Gerais, propõe uma organização curricular composta pe- las Áreas do Conhecimento e Atividades Integradoras, a fim de possibilitar o desenvol- vimento integrado dos objetivos de aprendizagem previstos no Currículo Referência de Minas Gerais - CRMG, em articulação com a Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Diante desse contexto os componentes curriculares e Atividades Integradoras articu- lam-se de forma a garantir a formação integral, os direitos à aprendizagem e o pleno desenvolvimento do estudante. Nessa perspectiva conceituamos as Atividades Integradoras como um conjunto de ações pedagógicas as quais os conhecimentos e saberes se desenvolvem em concor- dância com os conceitos e conteúdos trabalhados nos componentes curriculares que compõem as áreas de conhecimento. Essas ações oportunizam novos métodos de ensi- no dentro dos processos de aprendizagem que estão em curso.
  • 6. 2 2. ATIVIDADE INTEGRADORA LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA A Atividade Integradora Laboratório de Matemática permitirá que os estudantes viven- ciem através da investigação e experimentação aquilo que a teoria não é capaz de de- monstrar. Por isso, é fundamental criar tempos e espaços diferenciados e interdiscipli- nares para a prática de observar, investigar, fazer e perceber os diferentes conceitos matemáticos de maneira autônoma. Portanto, é interessante estimular os estudantes a utilizarem seus próprios conheci- mentos e fornecer condições para expandir a criatividade e a curiosidade, que serão ele- mentos essenciais para desenvolvimento do raciocínio lógico e crítico. Ressaltamos, que esta prática pode ocorrer individual ou coletivamente por meio de jogos, brincadeiras, desafios, uso das tecnologias digitais ou materiais concretos que possibilitem: • Promover a compreensão, a interpretação e a utilização de representações mate- máticas (tabelas, gráficos, expressões e símbolos); • Ampliar os conceitos e procedimentos matemáticos por meio da resolução de problemas; • Desenvolver o raciocínio abstrato, evidenciando aspectos que não são diretamen- te observáveis através da experimentação. Assim, a Atividade Integradora Laboratório de Matemática, tem como objetivo fomentar a consolidação de habilidades matemáticas que estão em constante construção. Esse conhecimento é necessário para todos os estudantes, devido a sua grande aplicação na sociedade e suas potencialidades na formação de cidadãos críticos.
  • 7. 3 3. CONTEXTUALIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS BNCC E ATIVIDADE INTEGRADORA A BNCC considera que competência é a mobilização de conhecimentos, atitudes, habili- dades e valores para resolver demandas da vida cotidiana, do exercício da cidadania e do mundo do trabalho. A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e inclusivo às questões centrais do processo educativo: o que aprender, para que aprender, como en- sinar, como promover redes de aprendizagem colaborativa e como avaliar o aprendizado. Diante disso, dentro da perspectiva da matriz curricular da Educação Integral, as dez competências gerais indicam o que deve ser aprendido pelos estudantes e descrevem a finalidade como cada competência deve ser desenvolvida. Considerando esses pressupostos e a articulação com as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular - BNCC, na área de conhecimento da Matemática do Currí- culo Referência de Minas Gerais - CRMG, é necessário refletir sobre quais aspectos a Ati- vidade Integradora Laboratório de Matemática contribui para o desenvolvimento dessas dez competências e incluí-los, com intencionalidade, no planejamento das aulas. Disponível em: http://portal.educacao.rs.gov.br/novo-ensino-medio. Acesso em 26 jan. 2022. Adaptada
  • 8. 4 A articulação entre os professores da turma é fundamental para que as atividades se- jam integradas e significativas, evitando uma prática fragmentada e descontextualizada. Apresentamos neste caderno algumas estratégias que podem contribuir para o desenvol- vimento das competências gerais da BNCC, visando à formação integral dos estudantes. 3.1 COMPETÊNCIA 1 – CONHECIMENTO Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, so- cial, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colabo- rar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Essa competência é essencial para compreender como se constrói os diversos sabe- res, possibilitando ao estudante perceber-se capaz de se tornar sujeito de sua própria aprendizagem, aprendendo sempre e buscando informações dentro e fora do espaço da escola, na construção do conhecimento. Os conhecimentos historicamente construídos pela humanidade fazem parte do cotidia- no dos estudantes e as operações básicas ou cálculos mais complexos são constante- menteutilizadosnasdiferentessituações-problema.Diantedessaafirmativa,aAtividade Integradora Laboratório de Matemática vem possibilitar aos estudantes fazer conexões, atribuir significados e organizar os conhecimentos adquiridos, através de estratégias, para dar conta da própria aprendizagem e ser capaz de entender e avaliar o conhecimen- to construído. Na Atividade Integradora Laboratório de Matemática o trabalho pode ser desenvolvido com projetos e com metodologias baseadas em problemas, que prevê aulas que inte- gram ciências, tecnologia, engenharia, arte e matemática. A ideia central de todas essas estratégias é que o professor planeje as aulas não pensando no conteúdo específico que precisa ensinar, mas nas situações de aprendizagem que pode proporcionar para que os estudantes possam experimentar diversas formas de acesso ao conhecimento. Pense nisto: Você já observou que problemas matemáticos fazem parte do nosso cotidiano e às vezes não paramos para pensar nisso? Estimular o estudante a elaborar problemas aguça a curiosidade e mobiliza para a re- solução do problema, aumentando assim o seu conhecimento de mundo. 3.2 COMPETÊNCIA 2 – PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
  • 9. 5 causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclu- sive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. O objetivo dessa competência é favorecer a criatividade, a reflexão e a análise crítica, oportunizando aos estudantes desenvolverem a curiosidade científica, o questionamen- to e a apropriação necessária para intervir nas diferentes áreas. Essa é uma proposta pe- dagógica baseada na investigação que oportuniza experiências científicas, exploração de combinações e geração de ideias para a solução de problemas acerca do universo em que o estudante se insere. O uso do pensamento crítico e criativo materializa-se por meio da adoção de múltiplas estratégias para encontrar respostas para um mesmo problema, juntamente com a ca- pacidade de refletir sobre as estratégias criadas, analisando-as, questionando-as e in- terpretando-as, a fim de apresentar a melhor solução possível. Dentro dessa perspecti- va, o professor deve elaborar atividades para que os estudantes tenham uma formação que extrapole a perspectiva tecnicista e exercitem sua curiosidade intelectual com cri- ticidade e criatividade, preparando-os para o exercício da cidadania. Na Atividade Integradora Laboratório de Matemática, o planejamento deve acontecer de forma interdisciplinar utilizando materiais concretos, como o Tangram, Torre de Hanoy, Material Dourado, entre outros, que apresentam ao estudante os desafios necessários para o desenvolvimento dessa competência. Pense nisto: Explorar o enunciado de um problema pode ser uma estraté- gia para levar o estudante a investigar o objeto de estudo, permitindo que eles exponham suas teorias e ideias, discutam e cheguem a conclusões assertivas sobre as diversas situações-problema. 3.3 COMPETÊNCIA 3 – REPERTÓRIO CULTURAL Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. Essa competência é essencial para o desenvolvimento humano e para a cidadania, e é no ambiente escolar que se constrói a base para esse conhecimento, visto que, trocas cul- turais, possibilitam a interação entre diferentes pessoas, de modo a propagar e integrar a cultura e o conhecimento. Utilizando a criatividade, beleza, universalidade, simetria, dinamismo, podemos relacio- nar essas qualidades quando nos referimos quer à Arte quer à Matemática. Beleza e rigor
  • 10. 6 são comuns a ambas. E é justamente esta capacidade de enriquecer o imaginário, de forma estruturada, que o professor da Atividade Integradora Laboratório de Matemática, deve estimular os estudantes a potencializarem-se a criar, para colaborar com o desen- volvimento deles como sujeitos e cidadãos. Ao produzir arte, o estudante amplia sua for- ma de perceber o mundo e de opinar sobre ele. A Atividade Integradora Laboratório de Matemática é um espaço de descobertas, e opor- tuniza aos estudantes a preparação e participação em exposições, projetos didáticos e feiras, que propiciam vivências fundamentais para o desenvolvimento dessa competên- cia, aliado à aprendizagem e consolidação de conceitos e procedimentos matemáticos. Pense nisto: Você sabia que muitos pintores se utilizam da geometria para criar suas obras de arte? Trabalhar a Geometria aliada a Arte, oportuniza ao estudante a releitura e a confecção de trabalhos artísticos, promoven- do a escuta, a organização de ideias, a convivência e a participação. 3.4 COMPETÊNCIA 4 – COMUNICAÇÃO Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), cor- poral, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artísticas, mate- mática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sen- timentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. A competência comunicação tem um sentido amplo, e abrange a capacidade de escuta e diálogo visando ao entendimento mútuo. Sua importância se reafirma no cotidiano e utiliza os conhecimentos de mundo e aqueles adquiridos na escola para criar e utilizar novas formas de se comunicar. Para que o desenvolvimento da competência comunica- tiva seja efetivo é necessário que o estudante, ao utilizar as diferentes linguagens, seja capaz de: entender, realizar análise crítica e se expressar. Ao relacionarmos a Matemática com o cotidiano, observamos sua presença em jornais, revistas e panfletos de propaganda. O professor do Ensino Fundamental em Tempo Inte- gral, nesse contexto de múltiplas linguagens, é um articulador e mediador desses conhe- cimentos e deve criar mecanismos capazes de explorar e conduzir práticas reflexivas e analíticas das informações disponíveis nesses materiais auxiliares. ÉimportantequenaAtividadeIntegradoraLaboratóriodeMatemática,osestudantesse- jam encorajados a se comunicarem matematicamente uns com os outros, com o profes- sor e com os pais, para que eles tenham a oportunidade de explorar, organizar e conectar
  • 11. 7 seus pensamentos, novos conhecimentos e diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto, pois quanto mais os estudantes têm oportunidade para refletir sobre determi- nados assuntos – falando, escrevendo ou representando – mais eles o compreendem. Pense nisto: Os conhecimentos da linguagem matemática são fundamen- tais para a compreensão de um texto matemático, o que certamente con- tribuirá para o raciocínio lógico. Expressões como “metade”, “quinta parte”, “dobro”, “soma”, “diferença”, “quociente”, por exemplo, possuem finalidade bem definida. 3.5 COMPETÊNCIA 5 – CULTURA DIGITAL Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de forma crítica, significativa e ética. Co- municar-se, acessar e produzir informações e conhecimentos, resolver problemas e exer- cer protagonismo e autoria. A utilização das tecnologias digitais com compreensão e análise crítica favorece a inser- ção social e é um recurso pedagógico que contribui significativamente para o proces- so de aprendizagem. A tecnologia permeia todos os aspectos da vida do estudante, por isso, saber resolver problemas do dia a dia, utilizando os diferentes recursos digitais, é uma habilidade que precisa ser trabalhada e incentivada no estudante. A era digital mudou drasticamente a forma como nos relacionamos na sociedade e trou- xe uma agilidade/facilidade nunca vista às inúmeras ações do cotidiano. Essas mudan- ças podem colaborar no processo de aprendizagem dos estudantes. O professor da Ati- vidade Integradora Laboratório de Matemática, deve mediar esse processo através de uma proposta pedagógica que leve em conta o uso de tecnologias digitais (aplicativos, softwares, ambientes virtuais de aprendizagem, simuladores, planilhas eletrônicas, en- tre outros), dessa forma ele irá incentivar o trabalho cooperativo entre os estudantes, estimulando a constituição de comunidades de aprendizagem. Dentro dessa perspectiva, o professor pode implementar trabalhos baseados em pro- gramação, também conhecidos como projetos de coding (termo em inglês que faz refe- rência à programação), potencializa o ensino e a aprendizagem, favorece a prática e pos- sibilita aos estudantes colocar a mão na massa, estudando, interpretando e refletindo sobre determinados conceitos e, com base neles, cria cenários, personagens e histórias para criar um jogo, por exemplo.
  • 12. 8 Pense nisto: Nas ferramentas de programação podem ser trabalhados vários conceitos matemáticos, pois é preciso usar conhecimentos algé- bricos para determinar os comandos que movimentam as peças do jogo e conceitos de igualdade e desigualdade algébrica para construir placares. 3.6 COMPETÊNCIA 6 – TRABALHO E PROJETO DE VIDA Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. Esta competência alia-se ao desenvolvimento de atitudes de determinação, esforço, perseverança, auto avaliação, compreensão e preparo para o mundo do trabalho. É im- portante direcionar os conhecimentos prévios dos estudantes e incentivar o autoconhe- cimento, a organização, a definição de metas, a superação de dificuldades e a reflexão. O Projeto de Vida promove atividades reflexivas que levam o estudante a reconhecer sua identidade, suas dificuldades e suas possibilidades de ação de acordo com seus próprios anseios e o auxiliá-lo a tomar decisões, resolver problemas e lidar com situações ines- peradas. Dentro dessa perspectiva, o professor deve oferecer oportunidades para que o estudante adquira ou aprimore um conjunto de competências e habilidades para racioci- nar, justificar conclusões e expressar ideias de maneira clara, o que se alcança por meio de atividades matemáticas problematizadas. Neste contexto, na Atividade Integradora Laboratório de Matemática, o professor poderá trabalhar a educação financeira, que ajudará os estudantes, desde cedo, a desenvolver a capacidade de planejar sua vida, sua família e tomar boas decisões. Pense nisto: Os jogos de estratégia são importantes para analisar situa- ções e tomar decisões, com base no que o adversário apresenta. Os jogos de tabuleiro “Dama” ou “Xadrez”, ou ainda, jogos de estratégia como “War” ou “Banco Imobiliário” demandam operações cognitivas complexas e am- pliam as possibilidades de encontrar alternativas para alcançar os objeti- vos propostos.
  • 13. 9 3.7 COMPETÊNCIA 7 – ARGUMENTAÇÃO Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regio- nal e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Os dias atuais e também o futuro demandam que o estudante adquira essa competência de posicionar-se diante de situações, negociar, defender ideias ou pontos de vista, com base em fatos, dados e informações confiáveis. Portanto, o conhecimento e a vivência de estratégias de argumentação tornará o estudante mais preparado para participar das interações sociais e exercitar a cidadania. Ao mesmo tempo, terá a oportunidade de compreender e respeitar a opinião alheia, aprender a escutar com interesse o posiciona- mento do outro e até mesmo, se necessário, mudar de opinião. O letramento matemático é definido como as competências e habilidades de raciocinar, representar, comunicar e argumentar matematicamente, de modo a favorecer a formu- lação e a resolução de problemas, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferra- mentas matemáticas. Dentre estas habilidades, o processo de argumentação está na essência do fazer matemático. O estudante ser um questionador ativo de suas hipóteses é importante para a construção do pensamento profundo. O professor deve proporcio- nar aos estudantes momentos em que possam discutir e formular soluções diante dos desafios apresentados e, para que isso ocorra, é importante que o professor tenha uma postura flexível, assumindo as funções de aprendiz, mediador, orientador e pesquisador no decorrer da atividade apresentada. Diante disso, na Atividade Integradora Laboratório de Matemática, o professor pode- rá disponibilizar desafios matemáticos com diferentes possibilidades de solução, com dados a mais ou insuficiente (que pode possuir ou não solução numérica), que ajudam a desenvolver a capacidade argumentativa dos estudantes. Os estudantes necessitam aprender a analisar os números e o contexto, serem desafiados a pensar e não somente fazer contas. Pense nisto: Os desafios matemáticos, também chamados de charadas, fazem parte da cultura popular e é uma forma de trabalhar a matemática com ludicidade e numa perspectiva interdisciplinar que estimula o racio- cínio lógico.
  • 14. 10 3.8 COMPETÊNCIA 8 – AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. Os estudantes devem desenvolver o autoconhecimento e o autocuidado, aprendendo a respeitar a si mesmos, sendo capazes de identificar seus pontos fortes e suas fragili- dades, lidar com suas emoções e manter a saúde física e o equilíbrio emocional. Essa competência deve ser desenvolvida em todas as atividades integradoras e componentes curriculares de forma interdisciplinar. O estudante necessita interpretar as próprias emoções, entender o que elas, de fato, querem dizer, fazer conexões com outros traços da sua personalidade, e, então, lidar da melhor forma com elas. Esta capacidade bem estruturada, irá permitir ao estudan- te identificar suas potencialidades fraquezas e dificuldades, possibilitando desenvolvi- mento das habilidades que não foram consolidadas. Dentro dessa perspectiva, o profes- sor deve propor atividades desafiadoras com um trabalho planejado e sistemático que estimule o autoconhecimento, como também o favorecimento da construção de valores e de uma identidade. Afinal, quanto mais complexos e desafiantes forem os problemas que os alunos conseguem resolver, mais eles desenvolvem autoestima e autoconfiança. Desmistificar a visão de que a matemática é uma área complexa e difícil para a maio- ria, é uma excelente estratégia a ser trabalhada na Atividade Integradora Laboratório de Matemática. O professor ao promover desafios matemáticos, deve apoiar e incentivar a realização dos mesmos, possibilitando que o estudante se perceba capaz de superar esses desafios, mesmo que em ritmos diferentes. Pense nisto: A conquista de autoestima e autoconfiança e a consciência sobre os cuidados com a própria saúde física e emocional não pode ficar restrito à sala de aula. É fundamental um ambiente escolar que proporcio- ne à criança e ao jovem vivenciar situações e construir relações baseadas em respeito, tolerância e solidariedade. O cotidiano precisa estar livre de preconceitos e violências e os adultos da escola devem ter a consciência de que ensinam pelo exemplo.
  • 15. 11 3.9 COMPETÊNCIA 9 – EMPATIA E COOPERAÇÃO Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respei- tar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valoriza- ção da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. É importante trabalhar a empatia e a cooperação com o estudante numa visão mais am- pla e completa da escola, como um sistema integrado por diferentes pessoas e ativida- des, ou seja, como uma engrenagem, exercitando o diálogo e a resolução de conflitos. O exercício da empatia, diálogo, resolução de conflitos e cooperação, deve ser desen- volvido dentro da perspectiva de convivência das pessoas na comunidade, seja ela, no bairro, no país e no mundo, com o intuito de mediação e da construção de uma cultura de paz. Nesse sentido, o professor da Atividade Integradora Laboratório de Matemática, deve construir um planejamento que contempla o aprendizado socioemocional, como um trabalho intencional e estruturado, que quando bem desenvolvido impacta positiva- mente os estudantes e suas famílias. Trabalhos em grupo através de experimentos favorece a compreensão e a junção da teo- ria e prática, possibilita aos estudantes o convívio com os colegas, o respeito às diferen- ças e o empenho de todos em busca de um objetivo comum. O professor da Atividade Integradora Laboratório de Matemática poderá abordar a estatística, tendo os próprios estudantes como personagens e realizar um debate sobre o que é preciso para chegar- mos a uma divisão igualitária dos direitos dos cidadãos. Pense nisto: Trabalhos em grupo, feiras do conhecimento e jogos auxiliam o desenvolvimento da cooperação, autonomia e do processo investigativo dos estudantes. 3.10 COMPETÊNCIA 10 – RESPONSABILIDADE E CIDADANIA Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusi- vos, sustentáveis e solidários. Para garantir a boa formação dos estudantes, é preciso a conscientização de que eles podem ser agentes transformadores na construção de uma sociedade mais democrá- tica, justa, solidária e sustentável. A autonomia, a tomada de decisões, a ética e a boa
  • 16. 12 convivência com o outro são aspectos importantes para o desenvolvimento dessa com- petência. Isso precisa ser trabalhado em todos os momentos pelos professores dentro da escola, para que seja vivenciado também fora dela. A cidadania é o conjunto de direitos e deveres exercidos por um indivíduo que vive em sociedade e a capacidade de poder intervir e transformá-lo. Uma educação voltada para os moldes da cidadania, contribui intensamente para a formação de estudantes capazes de promover mudanças. O professor pode apresentar variadas situações do cotidiano que envolvam dados numéricos, como, tributação fiscal, impacto ambiental, economia e política, entre outras temáticas, desenvolvendo no estudante uma formação integral como cidadão, com senso de justiça, de autonomia, de solidariedade, de respeito às di- ferenças individuais e à dignidade humana. Na Atividade Integradora Laboratório de Matemática, esta competência pode ser desen- volvida com os estudantes elaborando cartilhas, folders e vídeos de conscientização a partir de dados e informações coletadas na comunidade local, sobre temáticas sociais como: preconceito, hábitos sustentáveis, consumo consciente, reciclagem, etc e divul- gar na comunidade local. Pense nisto: O ambiente escolar é um ótimo campo de pesquisa, em que os estudantes poderão levantar informações e dados, tirar fotos e fazer entre- vistas a fim de apresentar propostas para sensibilizar os colegas da neces- sidade de ações coletivas, que podem contribuir para uma sociedade mais responsável e cidadã. Você já pensou em ter um Jornal na sua escola?
  • 17. 13 4. ESTRATÉGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM As estratégias de ensino são um conjunto de ações que os professores realizam, de ma- neira planejada, para alcançar a consecução de objetivos específicos de aprendizagem dos estudantes. Nessa perspectiva a Atividade integradora Laboratório de Matemática é o exercício da curiosidade intelectual do estudante através da investigação, da análise crítica, da ima- ginação, da criatividade, da formulação de hipóteses e da resolução dos problemas, com base nos conhecimentos das diferentes áreas. Esse propósito nos remete ao papel da escola e, especialmente, do professor, no que se refere a uma aprendizagem fundamen- tal para o desenvolvimento humano: o aprender a aprender. É imprescindível que o professor utilize várias estratégias de ensino e tenha um olhar atento sobre as habilidades dos estudantes quanto aos aspectos cognitivos da aprendi- zagem, sejam eles, linguagem, pensamento, memória, atenção, percepção e raciocínio lógico, bem como aqueles relacionados às múltiplas inteligências. Diante disso, as estratégias de ensino sugeridas a seguir, se fundamentam na compreen- são de que o planejamento e as ações pedagógicas do professor da Atividade Integradora Laboratório de Matemática precisam estar bem articuladas com o trabalho do professor das áreas de conhecimento. Essa parceria vai contribuir para que o trabalho pedagógico dos professores em sala de aula obtenha resultados positivos para a consolidação das aprendizagens. 4.1 JOGOS São considerados como atividades lúdicas mais estruturadas, com regras definidas. Possibilitam a interação entre os estudantes, e oportuniza ao professor, observar e ava- liar o desempenho e o raciocínio lógico. Propiciam a construção de novos conhecimen- tos e aprofundam o que já foi trabalhado, podendo também, ser uma oportunidade de autoavaliação do estudante. Jogos de tabuleiro: permitem que os estudantes vivenciem ludicamente situações do cotidiano, desenvolvem o raciocínio lógico e favorecem o desenvolvimento na resolução de problemas. É importante fazer adaptação nos referidos jogos observando a necessi- dade dos estudantes e o ano de escolarização em que estão matriculados.
  • 18. 14 Bingo Matemático: é um ótimo recurso na construção e consolidação do conhecimento. Além de ser uma maneira diferente de ensinar, essa estratégia pode motivar o estudan- te, auxiliando no desenvolvimento da autonomia, atenção, concentração e socialização com a turma. Torre de Hanoi: constitui em um jogo estratégico capaz de contribuir no desenvolvimento da memória, do planejamento e solução de problemas através de técnicas estratégicas. Compra e Venda (cédulas, cheques e cartões fictícios): possibilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico, dos cálculos mentais e da resolução de problemas. Permitem que os estudantes vivenciem situações de compra e venda com utilização de cédulas, cartões e cheques fictícios. Outra sugestão, é a simulação de bazar, supermercado, feira e outros, para favorecer o desenvolvimento da autonomia financeira, e a consciência crítica do uso correto do dinheiro no dia a dia. 4.2 GINCANAS São consideradas competições lúdicas organizadas a partir de tarefas diversificadas e envolvem todos os estudantes. Esse tipo de atividade desperta o interesse do es- tudante para a resolução de problemas, possibilita o trabalho em equipe e o espírito de competitividade. 4.3 OFICINAS São consideradas um espaço de experimentação, onde os estudantes podem vivenciar os conhecimentos aprendidos nas diversas áreas e componentes curriculares. Construção de Croquis: possibilita o trabalho envolvendo as unidades de medida e ma- nuseio dos instrumentos como a trena, fita métrica, régua e outros. Elaboração de Gráficos e tabelas: podem ser usados de forma interdisciplinar, usando textos de outros componentes curriculares para subsidiar a construção, sendo funda- mental desenvolver as habilidades de leitura e interpretação das informações. Receitas: gênero textual excelente para desenvolver atividades com frações, unidades de medida, medições convencionais e não convencionais, proporcionalidade, estimativa de custo dos ingredientes e tempo gasto para o preparo do alimento. Mapas: utilizar aplicativos de deslocamento e localização, possibilitando aos estudantes desenvolver habilidades sobre posição geográfica, escalas e resolução de problemas de consumo médio e tempo de deslocamento.
  • 19. 15 Confecção de roupas: utilizar formas geométricas na confecção de roupas com TNT, retalhos, EVA e jornais, para identificar e nomear figuras planas (círculo, quadrado, re- tângulo e triângulo) em diferentes disposições. Dança: favorece a socialização, além de ser uma atividade divertida para se aprender Matemática. Na oficina de dança poderão ser estudados os passos de uma dança, divi- são do tempo da música (frações de tempo) e marcação do espaço. Sólidos geométricos: essa oficina permite que o estudante aprenda a geometria no es- paço tridimensional. Podendo ser trabalhado na representação de vistas de uma figura, planificação do sólido, nomeação de vértices, arestas e faces, cálculo de área de uma figura plana, entre outros.
  • 20. 16 5. PARA SABER MAIS Mentalidade Matemática Aberta e Criativa. https://www.youcubed.org/pt-br/ Programação digital http://programae.org.br/ Jogo do bafo http://pibid.icmc.usp.br/arquivos/Jogo%20do%20Bafo.pdf? Batalha de Matemática http://pibid.icmc.usp.br/arquivos/jogoBatalhamatematica.pdf? “Dominó das frações” http://pibid.icmc.usp.br/arquivos/jogo%20domino.pdf? Boliche Matemático http://pibid.icmc.usp.br/arquivos/BOLICHE%20MATEM%C3%81TICO.pdf? Ensinando medidas com instrumentos não convencionais https://mathema.com.br/jogos-e-atividades/ensinando-medidas-com-instrumentos- -nao-convencionais/) Jogos no Ensino da Matemática para o 6º ano http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_ pde/2013/2013_uepg_mat_pdp_maria_de_fatima_vidal.pdf Adedonha matemática https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/adedonha-matematica- -no-ensino-Algebra.htm
  • 21. 17 6. REFERÊNCIAS BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017 MINAS GERAIS. Diretriz pedagógica educação integral ensino fundamental. _____________. Currículo Referência de Minas Gerais, 2021. SCHEFFER, Nilce Fátima; PASIN, Pietra. A argumentação de professores de matemática suscitada pelo uso de softwares dinâmicos: construindo significados. VIDYA, v. 33, n. 1, p.9-17, jan./jun., 2013 - Santa Maria, 2013.