1. c h a m a d o c a r m o . b l o g s p o t . c o m
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A v s o s
ChAMADO CARMO
DE VIANA DO CASTELO
10 Santo Anjo de Portugal.
Dia da Família Carmelita. Em Avessadas.
11 S. Barnabé (Séc. I).
12 São Afonso Maria Mazurek (1891-1944).
13 S. António de Lisboa (1191-1231).
14 Bem-aventurada Maria Cândida da
Eucaristia (1884-1949).
DOMINGO X DO TEMPO COMUM
JUNHO 09 2013
NS 192
A Palavra
DOMINGO XI DO TEMPO COMUM (09 DE JUNHO)
• II Samuel 12:7-10.
• Salmo 31:1-2.5.7.11.
• Gálatas 2:16.19-21.
• Lucas 7:36 - 8:3 ou 7: 36-50.
Oração
LITURGIA DAS HORAS
• Semana II do Saltério.
NO CORAÇÃO DE JESUS
HABITA A PLENITUDE DA DIVINDADE
[Breve meditação]
Há coisas que são mais para amar que para
compreender, para aderir que para explicar. Como
explicaríamos que um coração humano possa ser
infinito, divino, puro e de amor perfeito?
—Só contemplando, amando e adorando o Coração
de Jesus.
O Coração de Jesus é absolutamente divino e
desbordante pela humanidade, revelando o que
verdadeiramente Deus é: amor.
O Coração de Jesus é absoltutamente digno, nobre e
humano. É um coração capaz de amar, que conheceu
a ansiedade e o medo, o sofrimento e a aflição. É
um coração terno e compreensivo, um cofre interior
que guardou os segredos do Pai e dos seus amigos.
Guarda, ó cristão, este segredo: o Coração de Jesus
só ama! Ele ama-te como és, como anseias ser!
Quem poderia imaginar um coração divino que ame
o nosso coração de barro? — Eis o de Jesus!
Lembra-te, ó cristão, se tens um coração que te
ame, deixa-te amar, deixa-te querer, e a tua vida
transformar-se-á pelo Amor que te ama!
Não confies, porém, que basta saber que o Coração
de Jesus ama. Ama tu, esse amor incomparável!
Esse amor único! Ama esse abismo capaz de amar o
teu tão poucochinho, o teu nada!
O amor de Cristo é o nosso consolo e a esperança
durante a nossa peregrinação pela terra. O amor de
Cristo é a fonte da nossa alegria. Hoje e sempre, na
terra e no céu, Ele é a nossa alegria.
Quem ama sofre, espera, chora e reza. Assim, Jesus.
Não há momento que não pense, não ame, cada um
de nós. É certo que tem o coração rasgado e ferido
por tantas lanças e dardos. Mas só um coração
rasgado aceitaria que nos metêssemos Nele, para
Nele nos resguardarmos e defendermos até que se
curem as nossas feridas de desamor e O amemos
sem fim! Como merece.
AINDA SE PODE INSCREVER PARA A
PEREGRINAÇÃO
AO SANTUÁRIO DE FÁTIMA
nos dias 6 e 7 de Julho.
«Quero fazer companhia a Jesus
no seu estado de Eucaristia ,
o mais que me fôr possível.»
(B. Maria Cândida da Eucaristia)
Bem-aventurado
Afonso Maria Mazurek,
mártir do nazismo
2. Bem-aventurado Afonso Mazurek
Józef Mazurek nasceu no dia 1 de Março de 1891
na localidade de Baranówka, diocese de Lublin, a
leste da Polónia. Em 1908, depois de estudar no
Seminário Menor dos Carmelitas Descalços,
tomou o hábito no Carmo de Wadowice, onde
era Prior São Rafael Kalinowski; recebeu o nome
religioso de Frei Afonso Maria do Espírito Santo.
Iniciou ali os estudos filosófico-teológicos logo
concluídos em Viena, onde recebeu a ordenação
sacerdotal a 16 de Julho de 1916. As suas
qualidades organizacionais e pedagógicas
fizeram-no muito respeitado pela juventude que
muito o apreciava; foi, por isso, prefeito e
professor no Seminário de Wadowice até ao ano
de 1930. Durante a sua gestão conseguiu obter
do Estado o reconhecimento como escola
particular por ele convalidada. É um dos
educadores mais meritórios da história daquele
Seminário carmelitano.
Em 1930 foi eleito Prior do Carmo de Czerna,
ofício que ocupou atá ao fim da vida, com a
excepção dos anos de 1936-1939. Dedicou à sua
comunidade carmelita toda as suas energias
físicas e espirituais, conseguindo em seus dias
reavivar a vida apostólico-pastoral da igreja do
convento, que se situava no meio de uma floresta
consideravelmente afastada da aldeia. Organizava
momentos de oração especiais, em conformidade
com o carisma do Carmelo. Amava a música e
Mártir Carmelita. Frei Afonso Maria Mazurek não é um nome maior na vida do Carmo. Mas só por
desconhecimento, porque um mártir, qualquer que ele seja, merece todo o relevo. Ao trazê-lo hoje para
a Chama queremos iluminar um pouco a simplicidade da sua vida discreta dedicada ao claustro, ao
ensino da juventude, ao estudo e à Eucaristia. Creia-se, a sua vida foi discreta mesmo quando se
dedicou a salvar os perseguidos do Nazismo e os desafortunados da II Guerra Mundial. A sua discrição
agrada-me, como me agrada que tenha conhecido e convivido com o já velho São Rafael Kalinowski,
outro carmelita polaco. A santidade também tem genealogia. Talvez hoje precisemos muito dela. Como
quem precisa de sinais. A sua memória litúrgica ocorre a 12 de Junho.
dedicou-se à direção do coro da Ordem Secular,
tanto em Czerna como na vizinha Silésia.
Com o aproximar do fim da II Guerra Mundial
recrudesceu a hostilidade dos partidários nazistas
contra os Descalços de Czerna.
O mês de Agosto de 1944 foi o mais terrível.
No dia 24 a comunidade carmelita saiu de
passeio. Durante a caminhada o noviço Frei
Francisco Powiertowski foi fuzilado. Quatro dias
depois, um comando militar nazi entrou no
convento e obrigou os Carmelitas a exclaustrar-se
e deslocar-se para a aldeia Rudawa, a mais de 10
quilómetros de distância, a fim de cavar urgentes
trincheiras defensivas. Nesse altura, P. Afonso
Maria, foi violentamente separado da sua
comunidade. E de seguida forçado pelos militares
a subir para um camião. Uns quilómetros depois,
num bosque da aldeia de Góra Nawojowa, foi
descido, após o que foi brutalmente maltratado e
torturado, mesmo quando já estava meio morto.
Atirado inconsciente para o chão, dispararam
sobre ele e abandonaram-no sem o senteciar.
Era o dia 28 de Agosto de 1944, vésperas da
comemoração litúrgica do martírio de São João
Baptista, que tanto amava.
Durante todo o tempo em que foi humilhado e
torturado manteve o terço na mão, pelo qual
sempre rezava, e que guardou atá ao último
suspiro, como testemunharam aqueles que o
encontraram o seu cadáver.
Em sua vida viveu sempre a lealdade e a
confiança, que incutia aos seus confrades. O fim
heróico de Frei Afonso Mazurek foi o último
testemunho de sua fidelidade à graça da vocação
e da sua confiança filial na Rainha e Formosura
do Carmo. Algumas das frases dos seus escritos
revelam a sua sensibilidade mariana; dizia:
«Nas aflições, nas necessidades, nas angústias
e tentações, sempre me refugiei perto da minha
Mãe amantíssima, a Virgem Maria. A ela
consagrei todas as minhas forças e as minhas
coisas. Fielmente quero permanecer ao lado da
Bem-aventurada Virgem Maria, minha Mãe,
junto à cruz de Jesus.»
O nosso irmão B. Afonso Maria fundou a sua vida
na profundidade da fé, expressa no fiel
cumprimento dos seus deveres religiosos e no
serviço apostólico, especialmente na celebração
consciente e digna da Eucaristia, promovendo a
beleza da fidelidade à vida de oração
contemplativa. Muitas vezes se recolhia diante do
Santíssimo Sacramento, recebendo luz e força
para a sua vida e seus trabalhos. Uma
testemunha declarou que Frei Afonso Maria
«era um homem de profunda fé, uma fé
prática. Serviu a sua Ordem em espírito de fé,
bem como as suas funções e ministério
sacerdotal. Celebrava devotamente a Santa
Missa, com uma devoção que não era artificial.»
A sua fé fê-lo permanecer firme e sem medo na
sua missão pastoral durante a ocupação nazi,
sem se intimidar com as ameaças de represálias.
Uma dessas acções em que se destacou foi o de
sempre receber os jovens corajososos como
aspirantes à Ordem. Durante a Guerra, expondo-
-se aos ocupantes nazis, ajudou os que se viam
deserdados e expatriados. Enfrentou sempre
essas situações com paz e serenidade, como
servisse e consolasse neles o próprio Jesus.