1.
pagar pela restauro da imagem do Menino Jesus.
Mais eis que naquele dia, inesperadamente,
apareceu no convento o coronel Wolf. Vinha
triste e abatido. Estava angustiado com uma
terrível situação que vivia. Aproximou-se do
Divino Reizinho e clamou por milagre. Dias
depois, mais leve, retornou o coronel, para
agradecer ao Menino Jesus a graça alcançada. Em
troca ofereceu-se para restaurar a imagem e
restituir-lhe a mãozinha.
Os dias sucederam aos dias e incontáveis foram
as graças derramadas pelo Menino Jesus. E o
culto ao Menino difundia-se ao longe e ao largo,
cada vez mais e mais pela Boémia e pelo Império
Germânico. Num certo dia estando o padre Cirilo
em oração, apareceu-lhe a Santíssima Virgem,
que lhe disse:
– Desejo que o oratório do meu filho seja colocado ali!
E apontou para o lugar.
Não estavam ainda encerradas as dificuldades do
caminho. Agora fora roubada a imagem do
Menino e por fim restituída. Que sobressalto!
No dia 13 de Janeiro de 1741, a imagem foi por
fim entronizada na Igreja de Nossa Senhora da
Vitória, e desde ali acolhe os seus devotos e as
graças foram abundantemente derramadas.
Quatro anos depois, em 1675, aos 85 anos de
idade, o padre Cirilo foi para a casa do pai.
Cansado e santo morria o apóstolo do Divino
Menino Jesus de Praga.
A família do Carmo é o berço do Menino Jesus. A
nossa confiança no Menino Jesus é sem medida,
pois nele tudo é grandioso e majestoso, e, afinal
Ele é, simplesmente, o nosso Reizinho. Menino e
Rei, homem e Deus!
Ó Divino Menino Jesus, abençoai-nos!
Hoje e sempre, Divino Menino Jesus, defendei-nos
e guardai-nos.
Amén!
Avi s o s
18 Início do Oitavário de oração pela unidade
19 Festividade do Menino Jesus de Praga.
21 Santa Inês (291 - 304).
ChAMA
FESTIVIDADE DO DIVINO MENINO JESUS DE PRAGA
DO CARMO
NS 212
JANEIRO 19 2014
DE VIANA DO CASTELO
24 S. Francisco de Sales (1567 - 1622)
25 Festa da Conversão de São Paulo.
26 Domingo das bênçãos do Menino Jesus.
chamadocarmo.blogspot.com
Telefone 258 822 264
viana@carmelitas.pt
DURANTE A SEMANA DE ORAÇÃO
PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS TOMEMOS BOA
NOTA DA PERTURBADORA PERGUNTA DO
APÓSTOLO PAULO: «ESTARÁ CRISTO
DIVIDIDO?»
(1 C ORÍNTIOS 1:13)
A EXPOSIÇÃO «AS FUNDAÇÕES»
Nos próximos dias pode visitar nos Claustros
do nossso Convento uma exposição
dedicada às Fundações de Santa Teresa.
Venha visitá-la. Nem precisa de pedir licença.
Oração
LITURGIA DAS HORAS
• Semana II do Saltério.
A Palavra
DOMINGO III DO TEMPO COMUM
• Isaías 8:23 - 9:3.
• Salmo 26.
• I Coríntios 1:10-13.17.
• Mateus 4:12-23.
( 26 DE JANEIRO )
O menino da Princesa
2. Reizinho. As legendas são tão reais tão reais que fincam as raízes na alma dum povo. Como esta raramente hoje se
entrevê muito facilmente se negam ambas. É o que sucede com a história do Divino Menino Jesus de Praga para onde
já peregrinaram muitas vezes os nossos pés e muitas mais vezes as nossas almas. Já o Setecentos ia bem lançado
quando a história do Reizinho tomou forma, embora, em boa verdade, ela nos chegue desde bem antanho, desde os
fundos da gruta de Belém e das quentes palhas da manjedoira.
O Menino da Princesa
Corria o ano de 1628. Na brilhante cidade de
Praga vivia viúva e voltada para os seus dois
meninos, a princesa Polixena Lobkowitz.
Certo dia, ao chegar em casa, o príncipe
Wenceslau encontrou a jovem mãe, extasiada, em
oração diante da imagem do outro Menino.
Ao aproximar-se de sua mãe, ficou encantado
com a cena e exclamou: Mamá! Mamá! Como
estás linda rezando ao Menino! Pareces a própria
Virgem Maria em adoração ao seu Filho.
– Não blasfemeis, Wenceslau! Eu estava a rezar e a meditar
e pareceu-me ouvir a voz de uma criança fazendo-me um
pedido!
– E o que pedia, mamá?
– O Menino recordava-me todas as bênçãos derramadas
sobre a nossa família, desde os tempos em que a imagem
estava na casa de minha mãe; de quem, aliás, O recebi...
Sabe, Wenceslau, eu senti em meu coração, que o Menino
desejava ser venerado por todos, e que as graças
derramadas deveriam ser para todos.
O Menino deseja ser o consolo dos aflitos, o alívio dos
angustiados, o remédio para os doentes.
E a Princesa lá foi revelando ao menino do seu
seio a intenção de levar o Menino do seu coração
para o Carmo de Praga, onde tivesse um oratório
na Igreja de Nossa Senhora da Vitória.
O Carmo de Praga passava sérias dificuldades: o
que os Padres Carmelitas dispunham para comer
era tão pouco, que viviam em constante espírito
de jejum e penitência. Confiantes, aguardavam
um sinal do céu.
E naquele mesmo dia a Princesa Polixena
encaminhou-se para o Carmo, com o rico e
adorado Menino Jesus em suas mãos.
Quando Frei João Luis da Assunção abriu a porta
do convento, caiu por terra de joelhos diante da
bela imagem do Menino Jesus. Sentiu em seu
coração o sinal do céu, a tão esperada resposta de
Deus.
– Padre!, disse-lhe a Princesa, eu vos ofereço o que de
mais precioso tenho no mundo!, e acrescentou: Honrai esta
imagem do Menino Jesus e tende a certeza de que
enquanto Ele aqui for venerado, nada vos faltará!
– Bem sei, Princesa, respondeu o Prior, o quanto esta
imagem é valiosa para vós e vossa família! Tenho a plena
certeza de que a oferta que nos fazeis é uma inspiração
divina!
A chegada da milagrosa imagem do Menino Jesus
trouxe alegria e júbilo ao convento. Muitas e
incontáveis foram, entretanto, as graças
alcançadas. As parreiras que há tempos não
davam frutos, ficaram carregadas. Dia após dia a
providência divina manifestava a sua bondade.
Com o Menino chegaram os tempos da fartura e
da abundância.
No Natal do ano de 1629 vivia no convento o
Padre Cirilo da Mãe de Deus que por aquele
tempo sofria por uma terrível crise de fé. Como
última tentativa, lançou-se aos pés da imagem e
em prantos implorou que o Divino Menino lhe
devolvesse a fé perdida.
De repente, o padre Cirilo viu-se envolto numa
nuvem de luz: o Menino tornara-se menino,
menino vivo e luminoso. E no mesmo instante um
sentimento de paz envolveu o piedoso Carmelita,
e um banho de fé lhe inflamou o coração.
O Menino Jesus escolhera, a partir daquele
momento, o seu fiel e dedicado apóstolo. Pouco
tempo depois estoirou uma guerra sangrenta: os
hereges invadiram a cidade de Praga. E na
embriaguez da fúria destruíram conventos,
igrejas, oratórios. Os Carmelitas houveram de
fugir apressados e tudo ficou para trás, até
mesmo o Menino!
Os altares foram destruídos e saqueados, as
imagens foram profanadas e mutiladas. Os novos
senhores, o fogo e a destruição, impuseram a
dura lei das cinzas e dos escombros.
Foi somente no ano de 1635 que foi firmado o
acordo de paz. E então todos os monges, frades e
sacerdotes alcançaram licença para regressar. Era
um tempo novo, de esperança e de paz. Os
Carmelitas retornaram ao seu convento. Eram
tempos difíceis, aqueles. Frei Cirilo tardou ainda
dois anos, e que desespero quando não encontrou
a imagem do Reizinho! Bateu de lés a lés, cada
recanto do convento. Encontrou cinzas,
escombros e por fim a imagem do Menino sem a
mão que abençoa. Em lágrimas exclamou:
– Quanta maldade, cortaram a mão do Menino Jesus!
De novo se prostrou-se de joelhos e implorou
perdão ao Menino, por tantas ofensas e ultrajes
cometidos. Por fim, o padre Cirilo ouviu a voz do
Menino, uma voz triste! Implorava que lhe fosse
restituída a sua mão amputada, e disse:
– Quanto mais me honrardes, mais Eu vos favorecerei!
Correu o padre Cirilo a contar ao superior o
pedido do Menino, porém o que dele ouviu não
lhe agradou. Explicou-lhe o superior a real
situação do convento e o quanto seria custoso