1. ChAMADO CARMO
DE VIANA DO CASTELO
02 Tarde de Adoração eucarística.
02 Quarta-feira penitencial.
19:00 | Oração de vésperas.
19:30 | Sopa penitencial.
20:00 | Oração de Completas.
04 Sexta-feira IV da Quaresma.
08:30 | Via Sacra.
30 Domingo V da Quaresma.
17:15 | Via Sacra.
A Palavra
DOMINGO V DA QUARESMA (06 DE ABRIL)
• Ezequiel 37:12-14.
• Salmo 129: 1-8.
• Romanos 8:8-11.
• João 11:1-45.
Oração
LITURGIA DAS HORAS
• Semana IV do Saltério.
Avi sos
DOMINGO IV DA QUARESMA
ABRIL 06 2014
NS 222
PARÁGRAFOTERESIANOPARÁGRAFOTERESIANOPARÁGRAFOTERESIANOPARÁGRAFOTERESIANOPARÁGRAFOTERESIANO
Com isto nos fomos muito consoladas e
também porque algumas pessoas santas,
que nos costumavam ser contrárias, já
estavam mais aplacadas e algumas até nos
ajudavam.
Entre elas, uma era o cavalheiro santo, de
quem já tenho feito menção, o qual, como o
é, e lhe parecia levar caminho de tanta
perfeição, por ser a oração todo o nosso
fundamento, embora os meios lhe
parecessem muito dificultosos e sem
caminho, rendia seu parecer a que podia ser
coisa de Deus, o mesmo Senhor o devia
mover.
Assim fez com o Mestre, aquele clérigo
servo de Deus, de quem disse ter sido o
primeiro que me tinha falado, que é o
espelho de todo o lugar, como pessoa que
Deus tem nele para remédio e proveito de
muitas almas, que também já estava em me
ajudar no negócio.
Estando pois as coisas nestes termos, e
sempre com a ajuda de muitas orações,
comprámos uma casa em bom lugar. Era
pequena. Disto, a mim, não se me dava
nada, porquanto o Senhor me havia dito
que entrasse como pudesse; depois veria o
que Sua Majestade faria. E que bem o tenho
visto! E assim, embora visse ser pouca a
renda, tinha a certeza que o Senhor, por
outros meios, havia de prover e favorecer-
-nos
SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)
LIVRO DA VIDA (32:18)LIVRO DA VIDA (32:18)LIVRO DA VIDA (32:18)LIVRO DA VIDA (32:18)LIVRO DA VIDA (32:18)
c h a m a d o c a r m o . b l o g s p o t . c o m
Telefone 258 822 264 viana@carmelitas.pt
SAIR EM DIRECÇÃO AOS OUTROS
para chegar às periferias humanaspara chegar às periferias humanaspara chegar às periferias humanaspara chegar às periferias humanaspara chegar às periferias humanas
não significa correr pelo mundo semnão significa correr pelo mundo semnão significa correr pelo mundo semnão significa correr pelo mundo semnão significa correr pelo mundo sem
direcção nem sentido.direcção nem sentido.direcção nem sentido.direcção nem sentido.direcção nem sentido.
Muitas vezes é melhor diminuir oMuitas vezes é melhor diminuir oMuitas vezes é melhor diminuir oMuitas vezes é melhor diminuir oMuitas vezes é melhor diminuir o
ritmo, pôr de parte a ansiedaderitmo, pôr de parte a ansiedaderitmo, pôr de parte a ansiedaderitmo, pôr de parte a ansiedaderitmo, pôr de parte a ansiedade
para olhar nos olhos e escutar, oupara olhar nos olhos e escutar, oupara olhar nos olhos e escutar, oupara olhar nos olhos e escutar, oupara olhar nos olhos e escutar, ou
renunciar às urgências pararenunciar às urgências pararenunciar às urgências pararenunciar às urgências pararenunciar às urgências para
acompanhar quem ficou caído àacompanhar quem ficou caído àacompanhar quem ficou caído àacompanhar quem ficou caído àacompanhar quem ficou caído à
beira do caminho.beira do caminho.beira do caminho.beira do caminho.beira do caminho.
F R A N C I S C OF R A N C I S C OF R A N C I S C OF R A N C I S C OF R A N C I S C O
A Luz não abandona
a quem A busca
2. A Luz não abandona a quem A busca
Talvez devêssemos ler uma e outra vez calma e
demoradamente a narração do cego de
nascença que a liturgia deste domingo nos
propõe. É uma das páginas mais densas da
Bíblia. É uma das páginas onde mais
claramente se lê o confronto entre o bem e o
mal, entre a luz e as trevas. É uma das páginas
sagradas que mais trasparecem Deus como a
mais pura e luminosa das graciosidades.
Ao lermos hoje a narração do Evangelho
verificamos que Jesus foi causa de uma grande
alegria para aquele cego de nascimento, a
quem outorgou a vista corporal e a luz
espiritual. Por que acreditou o cego recebeu a
luz de Cristo. Porém, tal não sucedeu com os
que se cuidavam sábios e religiosos: eles
permaneceram cegos, e até ficaram mais cegos!,
por causa da dureza do seu coração e pelo seu
pecado. De facto, os judeus não acreditavam
que ele tivesse sido cego e que de uma hora
para a outra tivesse começado a ver, até que
chamaram os pais para o confirmar.
É curioso verificar que por seis vezes o
Evangelho refere que o cego o era desde
Olhos. Na nossa caminhada para a Páscoa chegamos hoje ao quarto Domingo. Depois das Tentaçaões e da Transfiguração, o
Ciclo A em que nos encontramos propõe-nos três narrações do Evangelho de João: a da Samaritana (lida no domingo passado), do
cego de nascença e a ressurreição de Lázaro, de sabor tão claramente pascal. Nelas brilha a água, a luz e a vitória sobre a morte e
desta forma o Evangelista nos mostra quem verdadeiramente é Jesus Cristo, e ao mesmo tempo, quem é o cristão. Isto é, que cada
cristão é um iluminado pelo Senhor; que cada cristão e cada cristã passa da morte para a vida através do Baptismo e através do
Baptismo recebe a sua verdadeira identidade.
O quarto domingo de Quaresma que hoje celebramos chama-se Domingo “Alegrai-vos”, porque toda a liturgia deste domingo nos
convida a experimentar uma alegria profunda, um grande gozo pela proximidade da Páscoa. Neste quarto domingo a chave da
Palavra de Deus que nos disporemos a escutar é a luz.
(O olhar e) A luz é ainda hoje uma das mais fortes imagens para expressar a experiência religiosa. Deus é luz e a humanidade é
convidada a fazer experiência de Deus, isto é, porque vive em trevas a humanidade é convidada a abrir-se para a luz. Acolhamos.
nascença. (Incrível repetição! Refrão?) E de
facto ele fora-o como todos o testemunham.
Porém, a mudança começou com um olhar.
O relato do evangelista João começa
exactamente com um encontro inesperado no
qual se cruzam o olhar de Jesus e a cegueira
do cego. A luz e a noite onde o cego não vê e é
visto. O cego, como um mudo, é incapaz de
falar e nada pede, e a Luz é-lhe oferecida.
A primeira perplexidade é esta: o cego nada
pede e a luz é-lhe concedida!
Mas o revolteio está apenas a começar.
Depois de untar-ungir os olhos com barro
Jesus manda o cego lavar-se na piscina de
Siloé. E o milagre da iluminação acontece.
(Cuidado: aqueles cristãos para quem João
escreveu o Evangelho sabem bem que ungir e
banhar-se na piscina é igual a baptizar-se!)
O milagre acontece no Baptismo e é ele que
(nos) abre para a Luz! É o Baptismo que nos
faz ver Jesus, confessar Jesus, aderir ao seu
Evangelho e passar a ser seus anunciadores.
Os que não são ungidos nem baptizados não
O vêem, não confessam Jesus, não aderem à
sua Palavra, não são missionários de Jesus.
Esse é o tal revolteio e confusão entre o que
fora cego e agora é discípulo e os que eram
religiosos e sábios mas não perceberam Jesus e
portanto não podem aderir ao seu projecto!
Acreditar dá trabalho a todo o cego, mas
sobretudo é um dádiva gratuita de Deus.
Aquele homem, pobre, pedinte, pontapeado
para a berma do caminho da vida nada valia
nem para os homens muito religiosos e sábios,
mas valeu para Jesus que nele colocou o tão
indelével sinal da luz até ao ponto de agora só
poder dizer: Eu (já) sou alguém! Jesus
acreditou em mim, eu acredito que ele é o
Senhor!
Como imaginar maior oposição entre os que
julgam ver e o que afinal vê mesmo? Aquele
que vê tem (obrigatoriamente) um caminho
empinado para trilhar. Os que (julgavam que)
viam, afinal não viam. E se outrora haviam
pontapeado o cego para a berma (porque era
cego, isto é, pecador) agora escorraçam-no e
maldizem-no por que vê (julgam eles) pela
acção de um pecador. E se antes estava na
margem, agora também permanece à margem
dos que julgam ver. Os pantapés que lhe dão
nas canelas e na cabeça são os mesmos, mas a
diferença é que agora o cego vê e os que vêem
(batem mas) são cegos!
Há apesar de tudo uma diferença: o cego é o
único que vê! E então, sabendo Jesus, nossa
Luz, que é o responsável pelas caneladas que
os cegos dão aos que agora vêem, vai (de
novo) ao seu encontro e confirma-o na luz da
fé. E se no primeiro encontro o cego acolheu o
milagre da luz, agora acolhe o da fé e confessa
Jesus como o Senhor.
Confessar Jesus, dá trabalho e custa caneladas.
Mas jamais a Luz deixa em solidão quem se
Lhe abandona e Lhe abre os olhos da alma.