Frei Bartolomeu dos Mártires, modelo de renovação da Igreja
1. ChAMADO CARMO
DE VIANA DO CASTELO
11 Dia Mundial de oração pelas vocações.
Início da Semana de oração pela vida.
Domingo do Bom Pastor.
16:00 | Chegada ao Carmo das relíquias
do Bem-aventurado Frei Bartolomeu dos
Mártires, o Arcebispo Santo.
12 Partida das relíquias.
13 Nossa Senhora de Fátima.
14 S. Matias, Apóstolo.
16 São Simão Stock (1165-1265).
Dia de oração pelas missões.
A Palavra
DOMINGO V DE PÁSCOA (18 DE MAIO)
•Actos dosApóstolos 6:1-7.
• Salmo 33: 1-2.4-5.18-19.
• 1Pedro 2:4-9.
• João 14:1-12.
Avi sos
DOMINGO IV DA PÁSCOA
MAIO 11 2014
NS 228
c h a m a d o c a r m o . b l o g s p o t . c o m
Telefone 258 822 264 viana@carmelitas.pt
Oração
LITURGIA DAS HORAS
• Semana IV do Saltério.
do ministério episcopal, e ao referir-se às visitas
pastorais do Beato Bartolomeu na Exortação
Apostólica Pós-sinodal Pastores Gregis (n.º 46).
A sua vida e obra transpiram aquele dinamismo
missionário sem fronteiras, aquela profunda
convicção cristã que nascem da «Alegria do
Evangelho» e são muito acentuadas pelo Papa
Francisco: «O entusiasmo na Evangelização
funda-se nesta convicção. Temos à disposição um
tesouro de vida e de amor que não pode enganar,
a mensagem que não pode manipular nem
desiludir. É uma resposta que desce ao mais
fundo do ser humano e pode sustentá-lo e elevá-
lo. É a verdade que não passa de moda, porque é
capaz de penetrar onde nada mais pode chegar. A
nossa tristeza infinita só se cura com um amor
infinito» (Evangelii Gaudium, n.º 265).
4. Que os 500 anos que decorrem sobre o
nascimento desta grande figura da Igreja e do
nosso País, que foi o Bem-aventurado Bartolomeu
dos Mártires, sejam uma oportunidade para
mais o conhecermos e darmos a conhecer. Há
pessoas que, pelos princípios e valores que
pautaram as suas vidas, são permanentes
modelos de referência de todos os tempos. O
Beato Bartolomeu, tendo vivido em tempos de
uma enorme crise epocal, dentro e fora da Igreja,
pode e deve ser visto como testemunha para
acreditarmos que a evangelização e as reformas
na Igreja não só são necessárias como possíveis.
Conhecendo-o e imitando-o cada vez mais,
invoquemos também a sua proteção para a Igreja
e para o nosso País. E peçamos a Deus, de um
modo especial, a graça da sua canonização, que o
pode projetar, para além das nossas fronteiras
nacionais, para aquela dimensão eclesial que,
afinal, mais corresponde ao bem que Deus, por
seu intermédio, fez e quer fazer pela sua Igreja.
Fátima, 1 de maio de 2014
Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa FREI BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES,
MODELO DE RENOVAÇÃO DA IGREJA
SE EXISTEM BOAS OVELHAS,
há também bons pastores, porque das boas
ovelhas se fazem os bons pastores. Mas todos os
bons pastores coincidem e são uno. Quando eles
apascentam, Cristo apascenta… É Ele mesmo
quemapascentaquandoelesapascentam.
(S.AGOSTINHO)
2. Jubileu. Cumpriram-se no dia 3 de Maio os 500 anos do nascimento B. Frei Bartolomeu dos Mártires. A data foi
entre nós condignamente recordada e continuará a sê-lo ao longo do Ano Jubilar entretanto iniciado, por que a memória
que temos do Arcebispo Santo perdura luminosa entre nós. Viana deve-lhe o convento de São Domingos e em troco
recompensou-o com um carinho nunca silenciado, porque foi aqui que o Santo escolheu repousar os últimos anos da
sua vida, aqui calcorreou as ruas da velha Ribeira, aqui se condoeu da precariedade das vidas das suas gentes, aqui,
fielmente, e até à última, contou a cantou as Horas. Os pobres foram a sua gente preferida e entre a sua gente quis
plantar o túmulo para seu descanso. Na Chama publicamos hoje a Notal Pastoral da CEP que estimula ao nosso
reconhecimento e gratidão pela testemunho de vida santa do Bem-aventurado Frei Bartolomeu dos Mártires.
1. Celebramos, já no próximo dia 3 de maio, os
500 anos do nascimento do Bem- aventurado
Bartolomeu dos Mártires, um dos mais insignes
promotores da renovação da Igreja nos tempos
modernos. Mergulhado em Deus e conduzido pelo
Espírito, ele soube, num período particularmente
conturbado da vida da Igreja, intercetar
caminhos de grande degradação de costumes e
encetar vias de rejuvenescida evangelização.
Dom Frei Bartolomeu nasceu em Lisboa, em 1514,
na freguesia de Nossa Senhora dos Mártires, e
entrou na Ordem Dominicana em 1528. Foi
professor nos Conventos de S. Domingos de
Benfica, Batalha e Évora. Foi depois também
Prior do Convento de Benfica e finalmente
Arcebispo de Braga (1559 1582). Encontra-se
sepultado em Viana do Castelo no Convento de S.
Domingos que ele próprio mandou construir e
onde se recolheu até à sua morte em 16 de julho
de 1590.
Foi decisiva a sua contribuição, na última sessão
do Concílio de Trento (1561 1563), para reformas
na Igreja que, no seu dizer, «estava para cair».
Entre as Petições que apresentou neste Concílio,
destacam-se duas, pela sua atualidade: a
FREI BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES,
MODELO DE RENOVAÇÃO DA IGREJA
obrigação dos Pastores permanecerem próximos
dos fiéis que lhes estão confiados, um dever para
o qual o Papa Francisco repetidamente tem
chamado a atenção; a criação de seminários,
como obrigatórios para a formação humana e
espiritual, teológica e pastoral dos sacerdotes, tão
urgente naquela época e necessária nos dias de
hoje.
O próprio Papa Pio IV, que ele visitou
pessoalmente em Roma durante uma interrupção
da sessão conciliar, qualificou assim, em carta
enviada ao Cardeal Dom Henrique, a sua
participação no Concílio: «Tal satisfação nos deu,
no tempo em que participou, com a sua bondade,
religião e devoção, que o ficámos tendo em
grande conta, com tamanho conceito da sua
honra e virtude que não poderão alterá-lo
queixumes de ninguém».
2. Regressado à sua Arquidiocese, prosseguiu
com reformas já antes iniciadas e, pelo menos
algumas delas, confirmadas e oficializadas por
decisões conciliares:
– Fundou o Seminário, o primeiro em toda a
cristandade, para a formação dos presbíteros,
uma novidade que o Papa S. João Paulo II fez
questão de mencionar na celebração da sua
beatificação.
– Para formação e uso dos sacerdotes,
designadamente no seu ministério de instruir os
fiéis e os consolidar na fé e prática de vida,
escreveu o «Catecismo ou Doutrina Cristã e
Práticas Espirituais», dois anos antes de ter sido
publicado o Catecismo do Concílio de Trento pelo
Papa S. Pio V.
– Promoveu e impôs uma rigorosa administração
dos bens eclesiásticos, para os repartir
equitativamente, «sem entesourar nada», como
ele escreveu, fomentando e pondo em prática
uma especial solicitude para com os mais pobres
e desprotegidos. Costumava dizer que «em sua
casa só ele era o estranho e os pobres eram os
verdadeiros e naturais senhores dela».
– A sua proximidade ao povo que lhe estava
confiado levou-o a calcorrear repetidamente toda
a Arquidiocese de Braga, em periódicas visitas
pastorais, percorrendo, com os limitados meios
de então, um território cuja extensão
compreendia também a atual Diocese de Viana
do Castelo e partes das atuais Dioceses de Vila
Real e Bragança-Miranda.
– Primariamente para sua própria orientação
espiritual e pastoral, escreveu o famoso
«Estímulo dos Pastores» que viria a ser editado
por S. Carlos Borromeu, seu discípulo e apreciado
amigo, e que, séculos mais tarde, iria ser oferecido
pelo Papa Paulo VI a cada um dos bispos no
encerramento do II Concílio do Vaticano.
3. Em todas estas e outras iniciativas e atividades
mostrou a audácia, o ardor apostólico, a
generosidade, a simplicidade e a santidade que
fizeram dele um pastor exemplar para todos os
tempos, incluindo os nossos. Assim o reconheceu
explicitamente o Papa S. João Paulo II, ao
beatificá-lo, a 4 de novembro de 2001, isto é,
poucos dias depois de terminar o Sínodo dos
Bispos que se dedicou à reflexão sobre a vivência