Este documento contém o calendário litúrgico e os eventos da Quaresma na paróquia de Chamado Carmo em Viana do Castelo, Portugal, incluindo datas para a Via Sacra, orações e uma sopa penitencial. Também fornece trechos bíblicos para o segundo domingo da Quaresma e informações sobre a Liturgia das Horas.
1. ChAMADO CARMO
DE VIANA DO CASTELO
09 Domingo I da Quaresma.
17:15 | Via Sacra.
12 Quarta-feira penitencial.
19:00 | Oração de Vésperas.
19:30 | Sopa penitencial.
20:00 | Oração de Completas.
14 Sexta-feira I da Quaresma.
17:15 | Via Sacra.
16 Domingo II da Quaresma.
17:15 | Via Sacra.
A Palavra
DOMINGO II DA QUARESMA (16 DE MARÇO)
• Genesis 12:1-4.
• Salmo 32: 4-5.18-19.20.22.
• 2 Timóteo 1:8-10.
• Mateus 17:1-9.
Oração
LITURGIA DAS HORAS
• Semana I do Saltério.
Avi sos
DOMINGO I DA QUARESMA
MARÇO 09 2014
NS 219
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Foi esta visão acompanhada de tão
grandes efeitos Ainda mal se tinha
começado a saber no lugar, quando veio
sobre nós a grande perseguição que não
se pode descrever em poucas palavras.
Foram ditos, risos, dizer-se que era
disparate. A mim diziam que estava bem
no meu mosteiro. À minha companheira,
tanta foi a perseguição, que a traziam
mortificada. Eu não sabia que fazer de
mim e, em parte, parecia-me que tinham
razão.
Foram tantos os ditos e o alvoroço do
meu próprio mosteiro, que, ao Provincial,
lhe pareceu difícil opor-se a todos e assim
mudou de parecer e não quis admitir a
fundação. Disse que a renda não era
segura e que era pouca e muita a
contradição. Em tudo parece que tinha
razão. E, enfim, desinteressou-se e não o
quis admitir. A nós já nos parecia que
tínhamos recebido os primeiros golpes e
deu-nos uma pena muito grande, em
especial a mim por ver o Provincial
contrário, porque, querendo-o ele, tinha
eu desculpa para todos. À minha
companheira já não a queriam absolver se
o não deixasse, porque, diziam, estava
obrigada a evitar o escândalo.
SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)SANTA TERESA DE JESUS (1515 - 1582)
LIVRO DA VIDA (32:14)LIVRO DA VIDA (32:14)LIVRO DA VIDA (32:14)LIVRO DA VIDA (32:14)LIVRO DA VIDA (32:14)
c h a m a d o c a r m o . b l o g s p o t . c o m
Telefone 258 822 264 viana@carmelitas.pt
RENÚNCIA QUARESMAL
A renúncia quaresmal dos cristãos da nossa
diocese de Viana do Castelo destina-se:
1. A apoiar as pessoas mais carenciadas da
nossa Diocese, via pastoral das Conferênci-
as Vicentinas;
2. Os cristãos da Síria.
Enriquecei-nos, Senhor!
[NA ABERTURA DA QUARESMA]
2. Pobreza. Sim, afinal o Filho era rico e fez-se pobre. Por nós. Era rico e herdeiro de todas as coisas. E pobre O
descobrimos e O conhecemos sem suspeitas de que era rico. A sua pobreza nos salvou, enchendo e preenchendo a
fartura dos nossos vazios e ausências.
Na mensagem para animar a Quaresma dos católicos o Papa Francisco convida ao reconhecimento da pobreza e
fragilidades dos que pecámos, dos que teimámos ser ricos, independentes, autosuficientes. No dizer de S.
Agostinho, a Quaresma é uma peregrinação que devemos ir caminhando «entre as perseguições do mundo e as
consolações de Deus». Do vazio para o preenchido, da pobreza para a riqueza. Sempre assim e não ao revés.
Quaresma é luta e glória, esforço e vitória. Contra nós, cada um contra si. Cada um procurando vencer-se para
se abrir ao Deus que se dá, se derrama e nos enche com a sua pobreza.
No presbitério, junto à cruz, encontram-se vários vasos vazios. Estão pobres, serão ricos. Estão vazios, ficarão
cheios. Pela graça que da cruz se derramou. Nem todos se encherão, por que alguns seguirão sendo ricos de si.
Faltar-nos-á tempo e sabedoria para sabermos lavar o interior e peregrinar mais uma Quaresma.
Enriquecei-nos, Senhor!
«Faz impressão ouvir o Apóstolo [Paulo] dizer que
fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo,
mas por meio da sua pobreza.
FRANCISCO
Mensagem para a Quaresma 2014
Há em mim, Senhor,
como que uma necessidade de fazer Quaresma.
Não só pelo tempo que rodou à volta de mim,
não só por ter engordado tanto assim:
preciso mesmo da Quaresma
como quem precisa do ar fresco da madrugada,
como quem à noitinha precisa de entrar
(se houver espaço) em casa.
Há em mim, Senhor,
uma precisão de espaço e de ausência,
de um oco fofo que aconchegue,
de um vazio para que entres e me preencha.
Há em mim, Senhor,
móveis a mais, quinquilharia de sobejo,
uma vontade de ferro que me ata ao erro
e também um desejo de libertação
de voar ao mais alto.
Há em mim, Senhor,
um império de não parar mesmo se cansar,
uma necessidade de abrir as mãos e doar,
uma ferida por suturar
por ainda não ter sido limpa com lágrimas.
Há em mim, Senhor,
uma precisão de ter as mãos vazias,
tão leves que as erga mais altas que o coração,
como asas sem cor e sem vizinhos,
leves da solidão do pôr do sol.
É Quaresma, Senhor.
Foi aqui que caí, mais uma vez caí,
outra vez precisarei de Ti para me levantar,
me erguer e encher minhas mãos
manchadas da ilusão de me bastar.
Vaza meu vazio e embriaga-me
porque sou como um crivo sem sementes,
desocupado, na eira:
enche-me, agita-me, joeira-me, alegra-me:
— oh dá-me sementes e dá-me pão
que parta e reparta ao irmão de cada hora do dia.
Cava meu bréu espesso e aquece-me
porque os caminhos me levam cansado,
escuro e desorientado:
preenche-me com a luz do teu olhar,
e afaga-me com teu rosto luminoso:
— oh dá-me o sossego do aconchego do perdão
que só teu olhar de vela me revela.
Purifica meu barro bruto, seco e duro
de meu tarro escuro,
e arranca-lhe o sujo e o sarro
que obscurece a suave limpidez da água fresca:
— oh dá-me o perfume das tuas mãos
que de barro ternamente me moldaram.
Anima o desmaio da chama da minha candeia
que semeia mais noite que luz,
que já não cintila nem tremeluz nem aviva
a torcida que já não comunica nem vida
nem seiva:
— oh dá-me a suave veludez do azeite
que cura, aquece, alumia e sacia.
Tu conheces-me, Senhor,
sabes quem sou e o número da minha camiseta,
sabes bem que gosto de hesitar, conter e pesar
se vale a pena perder para ganhar.
Esse vaso ali em cima e sem flores sou eu!
— oh dá-me a sede da terra crestada e vazia
que se refresca e sacia com a graça da tua mão,
e não tenha eu medo da tua ternura
nem desconfie que alguma vez desistes de mim.
Amen.