No painel III sobre a Integração Modal, a BRG apresenta sua visão da importância da integração dos modais de transporte, os desafios para esta integração no Brasil, a experiência de outros países e as propostas para alavancar o valor de projetos em sistemas de informação e infraestrutura que destravem e viabilizem as soluções logísticas integradas no Brasil.
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2. Saídas de exportação concentradas no Sudeste, modal rodoviário predominante, herança
histórica dos modelos de transporte adotados ao longo da história, e que opera a um
custo mais alto.
Panorama Atual do Brasil
3. Saídas de exportação concentradas no Sudeste, modal rodoviário predominante, herança
histórica dos modelos de transporte adotados ao longo da história, e que opera a um
custo mais alto.
Panorama Atual do Brasil
Fonte: ILOS, 2015
Comparativo da Matriz de Transporte
Matriz de Transporte Brasileira 2012
4. A qualidade da infraestrutura de transporte no Brasil é uma das piores da América Latina
e comparável a diversos países da África, com reflexos no custo de exportação.
Panorama Atual do Brasil
Fonte: World Risk Report 2016
Fonte: The World Bank, 2014
5. A qualidade da infraestrutura de transporte no Brasil é uma das piores da América Latina
ficando isolado se comparado a países de dimensão territorial similar.
Panorama Atual do Brasil
Fonte: Usnews, 2016
6. Cada modal apresenta vantagens e desvantagens...
Aplicação dos Modais
Menor investimento
Melhor opção para distâncias < 300 km
Em geral, não requer terminais especializados
Flexibilidade
Rodoviário
Alto custo de frete - pedágios e combustível
Baixa capacidade unitária de carga
Roubo de Cargas
Combustível varia com mercado internacional
Margem Reduzida
Número de Ocorrências de Roubos de Cargas
Roubo de Carga (valores em MM R$)
Fonte: Firjan, 2016
7. Cada modal apresenta vantagens e desvantagens...
Aplicação dos Modais
Aquaviário
Longas distâncias com menor custo variável;
Grande capacidade de carga unitária;
Segurança
Ferroviário
Flexibilidade reduzida
Intensivo em capital
Custo de manutenção elevados
No Brasil, diferença de bitolas e baixa conexão com ferrovias
existentes
Problemas de confiabilidade podem elevar o tempo de viagem
Combustível varia com mercado internacional
Longas distâncias com menor custo variável
Riscos de Acidentes reduzidos
Baixo custo de frete
Tempo de viagem elevado
Em alguns casos, atraso para desembaraço
Flexibilidade Reduzida
Necessita de estações de transbordo
Combustível varia com mercado internacional
Comparação de Capacidade entre modais. CNT, 2013
8. Cada modal apresenta vantagens e desvantagens...
Aplicação dos Modais
Dutoviário
Aéreo
Frete elevado
Pode depender de outro modal
Longas distâncias
Tempo em trânsito reduzido – perecíveis,
pedidos de emergência, etc.
Flexível
Longas distâncias
Grande volume a taxa constante
Segurança e confiabilidade
Alto investimento e custo fixo
Trajeto fixo com baixa flexibilidade
Limitado a granel gás, líquido ou polpa
Energia elétrica varia com tarifa regulada
Transportador
de Longa
Distância
Investimento e custo variável reduzido;
Distâncias intermediárias (< 100 km) com baixos
custos operacionais
Capacidade para grandes lotes
Pode ser expandido sem aumentar faixa de domínio
Reduzido impacto sobre áreas de preservação
Confiabilidade depende do padrão de manutenção
Limitado a granel sólido
Energia elétrica varia com tarifa regulada
9. No Brasil o conceito de Intermodalidade e Multimodalidade é o mesmo utilizado pela Europa –
Multimodalidade refere-se à integração total da cadeia de transporte, de modo a permitir um
gerenciamento integrado dos modais utilizados, bem como das operações de transferência, com a
aplicação de um único documento de controle, este sendo executado sob a responsabilidade única de
um OTM – Operador de Transporte Multimodal.
Vantagens:
• Melhor utilização da capacidade disponível da matriz de transporte;
• Utilização de combinações de modais mais eficientes energicamente;
• Melhor utilização da tecnologia de informação;
• Ganhos no processo, considerando todas as operações entre origem e destino, já que no serviço porta-a-
porta, o OTM pode agregar valor oferecendo serviços adicionais;
• Melhor utilização da infraestrutura para as atividades de apoio, tais como armazenagem e manuseio;
• A responsabilidade da carga, perante o cliente, entre origem e destino, é de apenas uma empresa, o OTM.
Qual o conceito de Multimodalidade?
10. A B
O transporte multimodal de cargas é aquele que, regido por um único contrato, utiliza
duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino, e é executado
sob a responsabilidade única de um Operador de Transporte Multimodal - OTM. O
objetivo é o aumento da competitividade da logística de cargas.
Vantagem da Multimodalidade
A
C
B
US$ 82/ton
US$ 93/ton
- 12%
1700 km
300 km1400 km
11. 1. Infraestrutura
2. Regulatório
Para a integração de modais no Brasil, existem desafios...
Barreiras para a Integração dos Modais
Decreto 1563
(19 jul 95)
Lei 9611 (19
fev 98)
Decreto 3411
(12 abr 2000)
Decreto 5276
(19 nov 2004)
Resolução 794
(22 nov 2004)
Dispõe sobre a execução do Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte Multimodal de
Mercadorias entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, de 30 de dezembro de 1994
Dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas e dá outras providências
Regulamenta a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998
Altera os Artigos 2º e 3º do Decreto nº 3.411, de 12 de abril de 2000
Dispõe sobre a habilitação do Operador de Transporte
Multimodal, de que tratam a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro
de 1988, e o Decreto º 1.563, de 19 de julho de 1995.
Os procedimentos para
uma pessoa jurídica
habilitar-se a OTM estão
regulamentados
Resolução ANTT 794 de
22 de novembro de 2004
Fonte: Boletim Estatístico CNT
- Em muitos casos, condição, confiabilidade
e segurança das vias e equipamentos
- Pouca conexão entre vias de diferentes
modais e, até, do mesmo modal
- Limitada oferta de terminais multimodais
12. 3. Trâmites e sistema de informação
- Baixa integração entre os sistemas dos agentes reguladores, destes com operadores e
entre operadores, elevando o ciclo de transporte para desembaraços, autorizações e
fiscalizações.
Para a integração de modais no Brasil, existem desafios...
Barreiras na Integração de Modais
Tempo estimado para procedimentos de
exportação
Custo estimado para procedimentos de
exportação
Fonte: US Commerce Department, 2017
13. O Banco Mundial publica regularmente o LPI – Logistics Performance Index (Índice de
Desempenho em Logística ). US, Europeus e alguns asiáticos lideram o ranking.
Funciona em outros países?
Fonte: Logistics Performance Index 2016
14. Forte integração entre rodovias, ferrovias e hidrovias
Integração entre hidrovias e rodovias. As rodovias e ferrovias são construídas em paralelo,
funcionando em sinergia, mesmo sendo competitivas entre si, com facilidade burocrática. O Foco do
transporte está na regularidade e confiabilidade do transporte.
Ganham os produtores, ao reduzir os custos, e a sociedade, ao adquirir produtos mais baratos.
Mesmo os norte-americanos, dependem do apoio do setor público para viabilizar as obras de
infraestrutura de transportes. A iniciativa privada faz muito por lá, mas não consegue sozinha garantir
a competitividade entre os modais.
Funciona em outros países?
Sincromodalidade
TKI-Dinalog, Instituto Avançado de Logística da Holanda - Projeto de Sincromodalidade abordando
três grandes desafios:
1. Estabelecer a integração da malha logística europeia;
2. Melhorar a eficiência e a sustentabilidade dos serviços logísticos;
3. Mudar a mentalidade dos embarcadores e operadores logísticos para uma abordagem holística e
sincronizada de multimodalidade, a qual introduz o conceito de postergação na decisão do modal
de transporte a ser utilizado em cada etapa do percurso até o último momento, permitindo
flexibilidade máxima no roteamento, melhoria do serviço e sustentabilidade.
15. Alavancas para a integração modal
1. Trâmites e sistemas de informação:
• Organização de comitê gestor, composta pelos operadores associados para
o Estabelecimento de protocolos para troca de dados
o Operação de um sistema nacional integrado para operação multimodal
• Interfaces (HW/SW) para troca de dados em tempo real entre operadores e
agentes fiscalizadores, antecipando e agilizando os trâmites – Serviços 4.0
• Algoritmos para suporte a tomada de decisão
Trazendo estas experiências para nossa atual realidade, dentro do que é possível realizar a
curto e médio prazo, nossa recomendação de alavancas para a integração modal:
16. 2. Infraestrutura:
Fonte: Banco Mundial, 2016
Entradas líquidas de Investimentos Estrangeiros Diretos (US$)
Alavancas para a integração modal
O Brasil, com ou sem crise, é um dos 10 destinos do capital internacional. O investidor
procura ativos operacionais aproveitando a oportunidade de preço e evitando os riscos de
projetos no Brasil. Entretanto, existe “apetite” manifesto para bons projetos de
infraestrutura.
17. 2. Infraestrutura:
• Planejar negócios competitivos e resilientes:
o Solução integrada – Não um projeto de ferrovia, ou uma rodovia, ou um galpão. Uma
solução logística completa!
o Multinegócio – Planejado igualmente para inbound e outbound, que explora a oportunidade
logística e a oportunidade imobiliária, serviços acessórios, turística, etc.
o Faseamento – Bons projetos são faseados com critérios financeiros objetivos para: (1)
Investimento gradual e redução da necessidade total de capital; (2) Assegurar a viabilidade
Comercial, já nas fases iniciais; (3) Proporcionar ao investidor pontos sequenciais de decisão
na forma de opções reais.
• Project finance elaborado, considerando complementaridade de funding com fontes
alternativas:
o Participações de grande número de minoritários, por cotas
o Recebíveis, etc.
• Construtibilidade – Uso de técnica estruturada de planejamento da construção, com base em
dados reais de campo, seleção de métodos e tecnologias de execução e análise de riscos, para
reduzir o tempo total da construção com fundamento seguro! (oposto a contratar a partir de
projeto de engenharia baseado em dados de campo limitados e premissas de cronograma...)
Alavancas para a integração modal
Não falta dinheiro... Faltam “bons projetos”. Para “bons projetos”:
18. 2. Infraestrutura:
• Controles da construção – Governança que confere, a todas partes (operador, investidor,
financiador, clientes, comunidade, autoridades, etc.) a transparência do avanço, a partir de análise
independente dos dados primários da construção, para antecipação e decisões de comitê gestor
responsável pelo projeto.
• Controles da operação – O processo de governança independente se estende no ciclo
operacional do empreendimento
• Operação logística com foco no nível de serviço – Adoção de padrões de gestão do ciclo de
vida dos ativos com foco na confiabilidade, disponibilidade e manutenabilidade, desde a fase de
projeto, como, por exemplo, os processos propostos na IEC 60.300 Gestão da Dependabilidade.
Alavancas para a integração modal
Não falta dinheiro... Faltam “bons projetos”. Para “bons projetos”:
19. BONS PROJETOS CRIAM SEGURANÇA PARA:
• PROPRIETÁRIO
• INVESTIDOR
• USUÁRIO
Quais são as alavancas de valor?
20. Claudio Graeff
Diretor
D 5511 3728.9370 | M 5511 9.4550.3892
cgraeff@thinkbrg.com
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Tito Cardoso
Diretor Associado
D 55 11 3728.9340 | M 55 11 9.4456.1821
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