[1] O documento descreve um experimento sobre movimento retilíneo uniforme (MRU) realizado por um grupo de estudantes. Eles usaram um plano inclinado, uma esfera e cronômetro para medir a posição da esfera em intervalos de tempo e calcular sua velocidade média. [2] Os resultados mostraram que a velocidade permaneceu constante, confirmando o MRU. Gráficos de posição x tempo e velocidade x tempo também confirmaram o MRU. [3] Eles concluíram que apesar de erros, os resultados
Movimento retilíneo uniforme e suas características
1. Grupo:
Ellen Leslie Santos
Jairo Braga da Silva
José Roberto Vieira Santos
José Tiago Jesus de Souza Teles
Rafael Campos de Oliveira
Física experimental I - Curso Licenciatura em Matemática – 2015/2
2. Movimento retilíneo uniforme (M.R.U.)
Este tipo de movimento se define por variações de espaços iguais em intervalos de
tempo iguais, em outras palavras a velocidade é constante. Ou seja, é o movimento
no qual o móvel percorre uma trajetória retilínea com uma velocidade constante e
diferente de zero.
A velocidade média é dada por:
Vm= ∆S / ∆t
Onde:
∆S = variação do espaço (S – S0)
∆t = variação do tempo (t – t0)
Essa é grandeza que representa a velocidade que um móvel percorre uma
determinada distância. Como a velocidade é sempre constante em MRU V=Vm.
Já para encontrar a posição de um objeto em um determinado momento t,
conhecendo a sua posição inicial e a sua velocidade, utilizamos a função horária do
MRU, dada por:
S= S0 + v * ∆t
3. Materiais utilizados
Os seguintes materiais foram utilizados na execução deste experimento:
01 base de sustentação principal com um plano inclinado articulável com escala
de0º a 45º (figura 1);
01 tubo lacrado, contendo óleo, uma esfera de aço e bolha;
01 ímã;
01 cronômetro de pulso (na falta deste foi utilizado cronômetro do aparelho
telefônico);
01 nível de bolha para superfície.
Figura 1: Plano inclinado Kersting III
4. Metodologia e objetivos
Para a realização do experimento, a esfera de aço dentro do cilindro com óleo foi
posicionada na parte superior do planto inclinado utilizando-se de um imã. Na
posição 0mm a esfera era solta afastando o imã que a matinha em repouso, no
mesmo momento foi acionado o cronômetro que, por sua vez eram registradas as
parciais a cada instante que a esfera percorria as posições desejadas. Esse
procedimento foi repetido por três vezes e foi calculada a média das três medições
para chegar a valores que diminuíssem o erro de precisão o máximo possível.
O experimento teve como objetivos:
Caracterizar um movimento retilíneo e uniforme (M.R.U.);
Calcular a velocidade de um móvel em MRU;
Prever a posição futura de um móvel que se desloca em MRU;
Construir gráficos:
posição (S) versus tempo (t)
velocidade (v) versus tempo (t)
5. Resultados
Com o plano inclinado em 15º, foram obtidos os seguintes resultados:
Tabela 1:
Posição Ocupada
(mm)
Espaço Percorrido (mm)
Intervalo de
tempo (s)
Velocidade Média
(mm/s)
X0 = 0mm ∆xn ∆tn ∆vn = ∆xn / ∆tn
X1 = 100mm ∆x1 = X1 - X0 =100mm ∆t1 = 1,67 ∆v1 = 59,88
X2 = 200mm ∆x2 = X2 - X0 =200mm ∆t2 = 3,40 ∆v2 = 58,82
X3 = 300mm ∆x3 = X3 - X0 =300mm ∆t3 = 5,03 ∆v3 = 59,64
X4 = 400mm ∆x4 = X4 - X0 =400mm ∆t4 = 6,56 ∆v4 = 60,97
6. Resultados
De acordo com os valores registrados na Tabela 1, obteve-se os gráficos de x versus t e
v versus t:
Figura 2 - Gráfico x versus t:
A figura geométrica encontrada no gráfico
x versus t obtido a partir dos dados da
tabela 1, aproxima-se de uma reta
inclinada, assim levando em conta a falta
de precisão na marcação dos tempos,
podemos considerar a validade dos dados,
ou seja, o gráfico x versus t é característico
do MRU, pois a posição varia de forma
linear com o decorrer do tempo.
7. Resultados
Figura 3 - Gráfico v versus t: O gráfico v versus t obtido através dos
resultados do laboratório aproxima-se
do gráfico ideal, que seria uma reta
horizontal característica do MRU, pois a
velocidade permanece sempre
constante em relação a qualquer tempo.
Assim as declividades encontradas no
gráfico v versus t representam
fisicamente a taxa de variação da
velocidade em relação ao tempo. Sendo
esta inclinação nula, temos que a
velocidade não se altera conforme o
tempo muda.
8. Resultados
Portanto temos que a área sob o gráfico v versus t representa a distancia percorrida
(∆S) pelo móvel, e pode ser calculada por:
A = v * ∆t
Assim temos:
A = ∆S = v * ∆t
A = 60,97 * 6,56
A = 399,96 mm2
Aaprox = ∆S = 400 mm
Sendo a função horária do MRU S = S0 + v * ∆t e V = Vm temos:
Vm = (S – S0) / ∆t
Vm = (400 – 0) / 6,56
Vm = 400 / 6,56
Vm = 60,97 m/s
9. Resultados
Sabendo-se que no MRU a velocidade permanece constante em qualquer intervalo de
tempo e utilizando a função horária do MRU, podemos calcular a posição que o móvel
ocupará no t = 10 segundos.
AssimV= Vm= 60,97 m/s e t = 10 segundos, temos:
S = S0 + v * ∆t
S = 0 + 60,97 * 10
S = 609,7 mm
Esta posição não pode ser checada pois não fizemos a medição em laboratório como
pedido no experimento. Assim não foi possível verificar se haveria diferença entre a
posição calculada e a posição medida.
10. Conclusões
No experimento realizado verificamos que o tempo de reação de cada pessoa e os
equipamentos utilizados para fazer as medições, especialmente o cronometro,
acabam gerando algumas distorções nos resultados obtidos em relação aos resultados
esperados. Mesmo assim foi possível verificar que os resultados se mantiveram
relativamente próximos, o que esta de acordo com a bibliografia, onde a velocidade
no MRU é sempre constante em qualquer tempo observado.
11. Aplicações do M.R.U.
Apesar de ser o movimento mais simples que se possa imaginar, ele não é muito
frequente na natureza. O que impede um objeto de manter-se em velocidade
constante, são as forças que atuam sobre ele como por exemplo atrito.
Alguns moveis podem manter-se em velocidades praticamente constantes, como por
exemplo um trem longe das estações e em trechos retos. Ou ainda um paraquedas
aberto, embora inicialmente realize um movimento acelerado, dada a resistência do
ar, logo entra em movimento uniforme e, exatamente por isso, a velocidade não
aumenta demasiadamente.
12. Referências
HALLIDAY, D. Fundamentos de Física: Mecânica, vol1. 7 ed. LTC, 2006.
ALONSO, Marcelo; FINN, Edward J. Fundamental university physics. Vol. 1: Machanics
and thermodynamics. Reading, Ma.: Addison-Wesley, 1980, 2nd ed., v. 1, 1980.