1) Uma pesquisa mostra que 94% das mulheres ganham peso no pós-parto, ao invés de perder, devido ao consumo de mais calorias do que o necessário durante a amamentação.
2) O documento fornece dicas para ajudar a controlar o ganho de peso no pós-parto, como não comprar guloseimas caso seja o primeiro filho e colocar alimentos calóricos em locais de difícil acesso.
3) São apresentados resumos de dois livros sobre gravidez e dicas para organizar gastos com it
1. 91j u n h o / 2 0 1 0 c r e s c e r
ideias para curtir ainda mais os nove meses e o pós-parto
Com o nascimento do bebê, vão-se os quilos a mais que você ganhou na gravidez.
Quem já não ouviu essa promessa? Mas isso não é realidade para todas as mulheres – ainda que você fique na
dúvida toda vez que uma celebridade aparece linda (e magra) menos de um mês depois do parto. Uma nova pes-
quisa da Universidade de Granada (Espanha) mostra que, em vez de perder peso no pós-parto, 94% das mulheres
ganham quilos a mais. Sim, durante a fase de amamentação você precisa consumir 300 calorias extras, só que
as novas mães acabam comendo muito mais do que o necessário. Bastaria comer duas colheres a mais de arroz
e tomar dois copos de leite todo dia. Mas dá para fazer mais. Se é seu primeiro filho, não compre guloseimas. Vai
ser bom para você e para a alimentação dele. Se você já tiver um, coloque os alimentos mais calóricos em um armá-
rio (bem no alto, para a tentação ser menor). Fonte: Cleverton Cesar Spautz, obstetra da Paraná Clínicas (PN)
Foto:jaimegrill/corbis
seu corpode volta
Por Thais Lazzeri
Reportagem Bruna Menegueço
e Fernanda Carpegiani
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2. 92 c r e s c e r j u n h o / 2 0 1 0
no site
da crescer
Dicas de
produtos para
fazer essa
maquiagem
Pré-natal
Pesquisas mostram que algumas reco-
mendaçõespodemmudarparagestan-
tes. Eduardo Cordioli, ginecologista e
obstetra do Hospital Albert Einstein,
adiantou três delas à CRESCER:
PARto Com fóRCEPS: A anestesia
aumenta as chances de usar o fór-
ceps e, assim, lesionar o períneo (re-
gião que começa na parte de baixo
da vulva e vai até o ânus). o vácuo
extrator, um novo aparelho, poderia
impedir que isso aconteça, já que as
peças se desmontam quando o médi-
co faz a pressão limite para tirar o
bebê.
PRé-EClâmPSiA: o diagnóstico ho-
je é feito no terceiro trimestre. Um no-
vo teste de sangue, ainda em pesqui-
sa, indicaria se a mulher tem chances
de desenvolver a doença. Vai ser rea-
lidade entre cinco e dez anos.
DiAbEtES: aplicar insulina é a ma-
neira que se trata o diabetes na ges-
tação. Estudos mostram que as picadi-
nhas poderiam ser substituídas por
um remédio via oral. ia ser mais fácil.
A causa ainda é desconhecida, mas
a insuficiência ovariana primária é
um problema grave e pode causar
infertilidade. os principais sintomas
são a interrupção da menstruação
e da ovulação com sinais de
menopausa precoce. A boa notícia é
que pesquisadores norte-americanos
descobriram que cerca de 73% das
mulheres com esse problema ainda têm
desenvolvimento folicular, ou seja, elas
podem engravidar com tratamentos. e
mais: 10% das mulheres engravidaram
inesperadamente. “Para o futuro, existe
a expectativa de tratamento com
células-tronco ovarianas”, diz Abner
Lobão neto, ginecologista e obstetra.
novos estudos
Mais chances
para engravidar
truques
PArA AfinAr o rosto
não tem jeito. o seu rosto vai inchar, ainda que um pouquinho, no terceiro trimestre. Al-
gumas pinceladas podem fazer maravilhas. confira as dicas do maquiador erick santos:
Pré-maquiagem: primeiro passe um produto para preparar a pele para receber a
maguiagem. eles tiram o brilho e reduz o tamanho dos poros.
maçã do rosto e queixo: a regra é clássica. Para esconder, basta escurecer. faça
um biquinho com os lábios. A parte que saltar da maçã do rosto deve ser pincelada com
um dos dois produtos nessa tonalidade. Passe também bem rente ao queixo. depois, na
parte de cima da maçã do rosto, retoque com um blush rosa-claro para dar um brilho.
Boca: deixe o gloss de férias em casa e aposte nos batons tons de boca ou os que
são um pouco mais escuros. eles vão fazer sucesso no inverno.
cílios: agora que sua maquiagem está perfeita, e o volume do seu rosto parece me-
nor, use um rímel para dar volume e alongar – e deixar seu olhar mais expressivo.
fotos:shutterstock
1
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3. 9 3
barriga Redonda, barriga Pontuda, de Ana Paula Brasil
e Ricardo Lopes Pontes, Ed. Casa da Palavra (R$ 34)
As resPostAs PArA todos os Mitos e crendices dA GrAvideZ
se coçar a barriga, vai ter estrias? Mentira. Pode coçar à vontade. o que causa o
aparecimento das estrias é o aumento do volume da massa do corpo.
A barriga do segundo filho é sempre maior? não é regra, mas é possível. o útero
pode estar menos rígido, e a parede abdominal e a pele, mais elásticas.
comer do fundo da panela prejudica o parto? Mentira. não acredite nisso.
Aproveite a panela de brigadeiro – mas sem exagerar.
olha Quem Está Poupando, da Maria Fernanda Delmas,
Ed. Campus (R$ 37)
coMo orGAniZAr os novos GAstos que vocÊ vAi ter
decoração do quarto: você não precisa comprar tudo novo. você pode dar uma
repaginada numa cômoda antiga de alguém da família ou de um antiquário.
chá de bebê: opte por um chá de fraldas – lembrando que, em uma conta básica,
você vai gastar cerca de r$ 3.500 em fraldas até seu filho completar dois anos.
carrinho: os preços são muito variados. o indispensável é ter um com travel
system – vem com bebê conforto, que também serve de cadeirinha para o carro.
Lidar com a gravidez no trabalho
não foi fácil para a norte-
americana Lisa Belkin, jornalista
da revista The New York Times,
que escreveu no blog Motherlode
como foi desgastante esperar
três meses para comunicar sua
primeira gestação aos chefes,
que estavam ausentes no
período. ela conta que gastava
tanta energia fingindo não estar
grávida que mal curtiu o primeiro
trimestre. Mas, qual é a melhor
hora para falar sobre a gravidez
no trabalho? “Para nós, médicos,
o ideal é que seja dito o quanto
antes, mas uma referência para
a mulher pode ser o início dos
batimentos cardíacos, que ocorre
por volta dos dois meses”, diz o
ginecologista jonathas soares,
diretor clínico do Projeto Alfa
de reprodução Assistida. Além
do seu bem-estar, que vem em
primeiro lugar, avalie a relação
com seus superiores, seu status
no trabalho e seus objetivos
profissionais. o mais importante
é estar tranquila quando
decidir falar sobre o assunto.
Será menino
ou menina?
...que seriA
difÍciL
fALAr PArA
o Meu chefe
que estou
GrÁvidA
me contou...
ninguém
foto:nononononono
1
2 Livros + 6 dicAs
se coçar a barriga, vai ter estrias? Mentira. Pode coçar à vontade. o que causa o
2 Livros + 6 dicAs
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4. 94 c r e s c e r j u n h o / 2 0 1 0
P: como aliviar a tosse seca alérgica? estou na sé-
tima semana. Simone merli, Por e-mail
Dr.Inalação com soro fisiológico para umidificar
a faringe ou usar spray com própolis e mel
podem ajudar a combater o sintoma enquanto você
aguarda a consulta do pré-natal. O ideal é que a ges-
tante não utilize qualquer remédio entre seis e oito
semanas, momento crítico no processo de formação
do embrião. Nenhuma medicação deve ser utilizada
sem prescrição médica durante toda a gravidez. O
médico vai realizar um exame clínico para avaliar a
necessidade de tratamento da tosse e diagnosticar a
origem. Tosse seca é um sintoma comum a diferentes
problemas como infecções respiratórias ou bronquite
crônica, com tratamentos completamente diferentes.
P:Tive um aborto completo da quarta para a quinta
semana. uso um medicamento para ovular e quero
tentardenovo.Mastenhomedodequepossadarproblema.
o que devo fazer? carolina S. neveS, rioDejaneiro,rj
Dr.Não existe problema em retomar o uso logo
após um aborto espontâneo, mas você tam-
bém pode aguardar um pouco, dois ou três meses
após o retorno das menstruações normais, para
reiniciar o tratamento. Assim seu útero estará bem
recuperado e emocionalmente você irá se sentir me-
lhor. De toda maneria, essa decisão cabe ao seu mé-
dico e a você. A estratégia de induzir a ovulação com
medicamentos deve ser sempre precedida por uma
investigação médica especializada sobre as possíveis
causas de infertilidade, incluindo a avaliação do par-
ceiro. O fato de ter engravidado logo no primeiro ci-
clodamedicaçãoéumaexcelentenotícia,poisindica
boa reserva funcional dos ovários e maior chance de
engravidar novamente.
P: Tenho lúpus e faço tratamento com ciclosporina.
existe algum problema se eu engravidar agora?
Patricia Pimentel alveS ribeiro, atibaia, SP
Dr.Os poucos estudos publicados sobre os efeitos
da ciclosporina na gravidez geralmente envol-
vem mulheres que realizaram transplantes renais
ou cardíacos e engravidaram logo a seguir. Os dados
sugerem que o remédio cruza facilmente a placenta
e passa para o feto, mas não causa malformações ou
danosespecíficos.Geralmente,otratamentodolupús
na gravidez utiliza ácido acetil salicílico ou heparina.
P: Tenho medo do parto. sou alérgica à maioria
dos medicamentos. só uso paracetamol. existe
algum risco? miriam bernardeS, São vicente, SP
Dr.O paracetamol é um excelente analgésico
para as gestantes. Resolve a maioria dos des-
confortos, como dores nas costas e na região do bai-
xoventre,semmaioresriscosparaobebê.Étambém
um antitérmico eficiente para tratar os sintomas de
gripes e resfriados. Durante o parto normal ou ce-
sariana os médicos geralmente optam por anestesia
peridural ou raque, que utilizam anestésicos locais
associados a derivados de morfina, com excelente
resultado. Não tenha medo do parto, converse com
o seu médico sobre as suas preocupações e também
com o anestesista da equipe para relatar o seu histó-
rico médico, identificando os medicamentos que já
provocaram alguma reação alérgica no passado.
Pergunte tudo
Escreva
para Crescer/
Dr. Taborda
Cartas:
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resPonde
Wladimir Taborda Médico ginecologista, obstetra e doutor em Medicina pela
Universidade Federal de São Paulo. Autor do livro “A Bíblia da Gravidez”
FoTo:ricArdocorrêA
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6. 96 c r e s c e r j u n h o / 2 0 1 0
“A quele 1o
de julho já era um dia para se come-
morar: meu marido fazia aniversário e o Bra-
sil enfrentaria a França em uma das partidas da Copa
do Mundo de 2006. Nós somos fanáticos por futebol
e a Alemanha, onde morávamos na época, era o país
que sediava da Copa. O clima era esse. Como ainda
faltavam 15 dias para o meu segundo bebê nascer –
meu filho mais velho tinha 5 anos –, saímos os três, a
pé, para almoçar, devidamente uniformizados. Mas
eu não veria o jogo daquele dia.
No restaurante, comecei a sentir um certo des-
conforto. A barriga endureceu. No banheiro, perce-
bi um sangramento. Como na minha primeira ges-
tação a bolsa estourou, tudo aquilo era novidade.
Resolvemos então passar na maternidade. Chegando
lá, a hebamme (uma espécie de doula que toda ges-
tante na Alemanha precisa ter) me preparou para
fazer um exame de toque. Antes dela começar, fui
logo contando: ‘Minha filha não pode nascer hoje
porque tem jogo do Brasil!’ Estava muito animada e
queria ver a partida. A hebamme então fez o toque e
respondeu: ‘A senhora não vai assistir à partida, não’.
A mala da maternidade estava pronta, mas em casa.
Por sorte, minha mãe, que tinha chegado do Brasil
dois dias antes, levou tudo para o hospital.
De lá, fui para uma sala especial onde seria o
meu parto. Havia uma cama imensa, confortável.
Meu marido, minha mãe e meu filho ficaram comi-
go até quase a hora H. Quando vi que as contrações
estavam fortes demais, pedi para que ela levasse o
Victor para a sala de recreação. Ele ainda estava com
a camiseta da Seleção Brasileira.
Do momento em que cheguei ao hospital até o nas-
cimento da Sofia foram apenas quatro horas e meia.
Meu marido ajudou o tempo todo. Quando Sofia nas-
ceu, veio direto para o meu peito. A hebamme pediu
que meu marido cortasse o cordão umbilical da So-
fia. Era um presente de aniversário.
Confesso que durante o trabalho de parto fiquei
pensando no jogo. Será que a Seleção Brasileira ven-
ceu? Como Sofia chegou no fim da tarde e às 20 ho-
ras ninguém pode permanecer na maternidade, dor-
mi sem saber o resultado. No dia seguinte, acordei
pensando no jogo. A equipe médica comentava so-
bre a Copa – a Alemanha tinha sido desclassificada.
Despretenciosamente, perguntei sobre o Brasil. Uma
enfermeira logo respodeu: ‘Ah, perdeu também’. Fi-
quei chocada (risos): como alguém dá uma notícia
tão ruim, daquele jeito, para alguém que acabou de
ter um bebê? Para nossa família, mandamos uma
mensagem que resumia a correria do dia anterior:
“Perdemos a Copa mas ganhamos a Sofia”.
Esseanovaiserbemmaisfácilacompanharosjogos.
Voltamos a morar no Brasil, estamos preparadíssimos
para vibrar com nossos conterrâneos e minha torcida
ganhou mais um integrante, Henrique.”
Fotos:arquivopessoal
Depoimento a thais lazzeri
Gisele lánGaro
soares é mãe
de Victor,
9 Anos, de sofia,
que fAz 4 em
1o
de julho, e de
henrique, 1
Histórias de parto
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jogo Do Brasil”
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7. 98 c r e s c e r j u n h o / 2 0 1 0
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8. 9 9
Sim, é bem difícil falar
abertamente com o
obstetra sobre assuntos
que você tenta esconder
até da sua sombra, como a
dependência de drogas. Mas
contar o que acontece na
sua vida é importante para
não colocar a saúde do seu
bebê em risco. Aqui, histórias
de mulheres que tinham
algum vício ao engravidar,
o que fazer se você estiver
em uma dessas situações
e como superar o medo de
contar tudo ao seu médico
S
e você planeja engravidar ou se já conseguiu, sabe
que o seu obstetra, além de um check-up comple-
to, vai precisar de algumas informações sobre o seu
passado e os seus hábitos que são importantes pa-
ra cuidar melhor da sua gestação e do bebê. E vo-
cê também quer perguntar tudo. Afinal, quantas
preocupações inéditas não aparecem? Até a tinta
do cabelo causa dúvidas. Mas, e quando algumas
coisas (muito) importantes não são contadas? E
quando há segredos como uma história ligada a bebidas, drogas ou
fumo? Deixar de falar com o médico sobre isso pode colocar em risco
a sua saúde e a do seu filho. E não dá para dizer que fumar cinco ci-
garros por dia, por exemplo, é um vício mais leve do que consumir o
maço inteiro ou achar que beber um pouquinho a mais não fará mal
ao bebê. “O uso crônico de drogas e álcool pode gerar problemas co-
mo malformações fetais e insuficiência placentária”, diz Luís Fernan-
do Aguiar, obstetra do Hospital Albert Einstein (SP).
Todos esses vícios podem fazer mal para vocês dois e o melhor
caminho para tentar se livrar deles, como você já imagina, é con-
versar com o médico, sem medo de preconceitos ou de ser julgada.
Todo mundo sabe que não é fácil falar abertamente sobre essas in-
quietações em nenhum momento da vida, mas agora você tem um
estímulo a mais (e o mais importante) para tentar: o seu filho. En-
contre uma brecha para tocar no assunto – pode ser o resultado de
um exame, queixas que levem o médico a fazer a pergunta que vo-
cê quer ouvir (como fadiga em excesso por conta do cigarro quando
você sobe um lance de escada curto) – ou vá direto ao ponto: colo-
que o maço de cigarro em cima da mesa dele, e pronto! Mas, se pa-
ra você é difícil encarar o olhar do obstetra, mande um e-mail con-
tanto tudo, assim você não sente aquela pressão. Isso vai
Mergulhada
emsegredos
Por chantal Brissac
Problemas que você não conta
Foto:henrikWeis/corBis/corBis(Dc)/Latinstock
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9. c r e s c e r j u n h o / 2 0 1 01 0 0
Problemas que você não conta
BeBidas alcoólicas
QuandoacomercianteSilmaraDias*,29anos,en-
gravidou, sentiu uma alegria tão grande que o dese-
jo maior era um só: zerar a sua história e recomeçar
comosenadativesseacontecido.Elaerausuáriacrô-
nicadeálcoolhaviadezanos.“Comoplanejavaparar
comabebida,acheiquenãotinhaporquecontarpa-
raomédico”,diz.Oqueafezconfessarseupontofra-
co foram os primeiros exames de sangue e de urina
dopré-natal,queindicaramdiabeteseproblemasno
rim. “Foi o que me salvou, porque sozinha eu não te-
ria conseguido. A partir da conversa, ele me alertou
sobre os riscos e eu, que tomava duas doses de vod-
ca por dia, consegui, com a ajuda dele, da terapia e
de reuniões em Alcoólicos Anônimos, a passar toda
a gravidez sem tocar no copo. O Mateus nasceu sau-
dável, embora com baixo peso. Nunca mais coloquei
nem um bombom de licor na boca.”
Comovocêsabe,oconsumodeálcooléprejudicial
tanto para a mãe quanto para o bebê e não há quan-
tidade segura. “A substância atravessa facilmente a
placenta e pode causar vários danos ao feto, sendo a
Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que causa retardo
mental, um dos mais sérios”, afirma Patrícia Hoch-
graf, psiquiatra, coordenadora do programa de aten-
çãoàmulherdependentequímicadoInstitutodePsi-
quiatria do Hospital das Clínicas (SP).
Antes, os médicos pensavam que a SAF ocorria
apenas entre mães que consumiam álcool de forma
pesada.Maspesquisasmostraramqueelapodeocor-
rer mesmo se a grávida tomar pequenas doses. Acre-
dita-se que a síndrome e outros transtornos ligados
à bebida afetem cerca de 40 mil crianças em todo o
mundo – mais do que a Síndrome de Down, segun-
doaNationalOrganizationonFetalAlcoholSyndro-
me,dosEstadosUnidos.Aestimativaédequeumem
cada cinco casos de crianças com deficiência mental
no mundo seja causado pelo álcool ingerido duran-
te a gestação.
Esse é apenas um dos problemas. Soma-se a ele
baixo peso ao nascer, alterações cardíacas, neuroló-
gicas(hiperatividade,impulsividade,problemascom
a visão espacial) e faciais. Também não é incomum
a associação dessas alterações com autismo. O pe-
diatra Hermann Grinfeld, que pesquisa há mais de
40 anos os efeitos do consumo de álcool na gravidez,
afirmaqueproblemascomodificuldadesdeaprendi-
zado, memorização e atenção podem repercutir pa-
ra a vida toda.
Como tratar: Segundo os médicos, a única saída é
parar o álcool imediatamente. Pode ser útil o apoio
de um psicoterapeuta ou a adesão a um grupo, como
oAlcoólicosAnônimos.Medicamentosnãosãoreco-
mendados, mas, dependendo do caso, o obstetra po-
de recomendar o uso de antidepressivos.
Fumo
Todomundojásabedecorosmalefíciosqueocigar-
ro pode causar – quem não se lembra das fotos estam-
padas no maço de cigarro, mostrando bebês prematu-
“eu, que tomava Duas
Doses De voDca Por Dia,
consegui, com a ajuDa
DeLe (o oBstetra), Da
teraPia e De aLcoóLicos
anônimos, a Passar toDa
graviDez sem tocar
no coPo. nunca mais
coLoquei nem um BomBom
De Licor na Boca.”
Silmara DiaS*, Mãe de MAteuS, foi
AlCoólAtrA por dez AnoS
trazer tranquilidade e garantir uma gestação mais
saudável, porque o médico vai ajudar você a lidar
com o problema e a encontrar uma saída. Aqui, os
segredos mais difíceis de contar e os problemas
que, quando não tratados, eles podem causar du-
rante a gravidez.
ros? Além da criança nascer antes do tempo, ela pode
ter doenças cardíacas, respiratórias e até retardo men-
tal. Uma nova pesquisa norte-americana mostrou que
crianças cujas mães fumaram durante a gravidez têm
mais problemas de sono durante os primeiros 12 anos
devida.Éporissoqueamaioriadosmédicoséradicale
*osnomesForamtrocaDosaPeDiDoDosPersonagens
CF199_98-101.indd 100 20/5/2010 21:14:55
10. dizqueamelhoropçãoéparardefumarporcompleto,
depreferência,antesdeengravidar. “Umúnicocigarro
tem4.500substânciasnocivasquesãoassimiladaspelo
feto, já que a placenta não consegue barrar a passagem
de moléculas como a nicotina”, afirma Jaqueline Sholz
Issa, cardiologista, coordenadora do Ambulatório de
Tratamento de Tabagismo do Instituto do Coração da
Faculdade de Medicina da USP (Incor-SP).
AesteticistaAnettePires*,de38anos,nãocontou
ao obstetra que fumava um maço por dia. “Fiquei en-
vergonhada, me sentia uma péssima mãe. Só que foi
pior porque não tive a chance de fazer um tratamen-
to e tentar parar”. A filha, Laura*, nasceu com baixo
peso e hoje, aos 6 anos, sofre com infecções respira-
tórias e bronquite asmática.
Comotratar:Adesivosegomasdemascartêmsubs-
tâncias nocivas para o feto, assim como medicamen-
tos, e por isso não podem ser usados durante a gesta-
ção. Procure apoio especializado ou peça ajuda à sua
família.Seseucompanheirotambémfuma,podeser
umprojetoadoisparar,ouelepodepassarafumarfo-
ra de casa e quando você não está por perto.
drogas
Veronica Miller, 45 anos, usou drogas pesadas du-
rantetodaagestação.Maselanemimaginavaqueisso
poderiaacontecerquandosecasou,há12anos,comum
“não contei ao méDico.
Fiquei envergonhaDa, me
sentia uma Péssima mãe.
só que Foi Pior Porque
não tive a chance De
Fazer um tratamento
e tentar Parar. minha
FiLha, De 6 anos,
soFre com ProBLemas
resPiratórios.”
anette pireS*, Mãe de lAurA*,
fuMAvA uM MAço de CigArroS por diA
inglêsefoimoraremBirmingham(Inglaterra).Ospro-
blemasconjugaislogoapareceram,asaudadedafamí-
liaqueficounoBrasilcresceueelateveumadepressão
crônica.Esseconjuntodefatoresalevaramacomeçara
usarmaconhaecocaína,alémdeálcool.Nocomeço,era
“recreativo”,comoeladiz.Depois,nãoconseguiamais
parar. Nesse período, engravidou, mas não disse nada
ao médico. “Minha dependência e o meu desespero
foram aumentando. Meu casamento acabou e vim ao
Brasil ter o bebê. Aí já era tarde.” John, 7 anos, nasceu
prematuro,tevefaltadeoxigenaçãoeficounaUTIpor
30dias.“Comseismeses,elenãotinhasustentaçãono
pescoço e o neurologista diagnosticou um tipo de au-
tismo.Eletevedificuldadeparafalareandar.Hojefaz
tratamento com fonoaudiólogo, psicólogo e fisiotera-
peuta. Eu me arrependo de não ter procurado ajuda.”
Provavelmente a maconha seja a substância ilícita
mais utilizada na gestação. Pelo fato de ela ser usada
em conjunto com outras drogas, ainda é difícil deter-
minarasconsequênciasdiretassobreofeto.Jáocon-
sumo de cocaína pode causar deslocamento prema-
turo da placenta, além de outras complicações para a
mãe, como hipertensão arterial, taquicardia e arrit-
mia. O bebê pode ter malformação cardiovascular e
do sistema nervoso central.
O uso do crack também cresceu entre as mulhe-
res. Por um ano, a Clínica Pública de Recuperação
de Dependentes Químicos de São Bernardo do Cam-
po (SP), por exemplo, registrou 233 casos de depen-
dência,sendo18%demulheres(nãohádadosdeges-
tantes). Essa droga é devastadora e deixa sequelas no
cérebrodagestanteedobebê,comotranstornosemo-
cionais e depressão.
Como tratar: Não há um tratamento específico,
mas o médico pode avaliar a relação risco e bene-
fício e indicar medicamentos, como antidepressi-
vos, que podem ajudar a controlar a ansiedade da
grávida dependente. O que pode auxiliar, segundo
especialistas, é a adesão a grupos de apoio (Narcó-
ticos Anônimos, por exemplo) e recursos como
acupuntura e terapia.
fonte: Dartiu Xavier Da siLveira,
Psiquiatra Da universiDaDe FeDeraL De
são PauLo; Laura BernarDi, ginecoLogista
e oBstetra; Patrícia hochgraF, Psiquiatra
Do hosPitaL Das cLínicas (sP); aLessanDra
DiehL, Psiquiatra e Diretora Da cLínica
PúBLica De recuPeração De DePenDentes
químicos De são BernarDo Do camPo (sP)
no site
da crescer
A importância
da relação
entre médico
e paciente
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11. 102c r e s c e r j u n h o / 2 0 1 0
A caminhada é a melhor pedida na gestação, tanto para
Siga
emfrente
Por Paula Brandão fotos claus Lehman
Produção Fátima santos
moda + esportes
quem quer começar uma atividade física quanto para
as mulheres que já fazem exercícios. Veja como se
planejar e manter o ritmo a cada trimestre
“Você pratica alguma atividade física?”
A pergunta, que você provavelmente já ouviu em
algum outro momento da vida, vai ser feita de no-
vo, sim, numa das primeiras consultas com o obs-
tetra. E seja a resposta positiva ou não, provavel-
mente, ele vai sugerir que você faça caminhada.
Afinal, andar é um dos exercícios mais indicados
para as gestantes, sejam elas sedentárias ou atletas.
Com tantas novas preocupações e mudanças físi-
cas e hormonais (que podem incluir desde enjoos
até sonolência), porém, a tentação de deixar todo e
qualquer esporte de lado é grande. Resista! As grá-
vidas que se mantêm ativas evitam o aparecimen-
to de doenças como hipertensão, diabetes gesta-
cional e depressão. E os benefícios se estendem ao
bebê também. Pesquisadores das universidades de
Auckland e do norte do Arizona (EUA) revelaram
que filhos de gestantes que fazem pelo menos 40
minutos de exercícios semanais nascem com pe-
so normal, ou seja, evitam complicações no parto
por causa do sobrepeso. O estudo se soma a evidên-
cias cada vez maiores de que até o desenvolvimento
neurológico da criança pode ser melhor.
É importante alertar: se você era uma sedentária
convicta antes de engravidar, é bom que não se arris-
que em exercícios pesados. Prefira caminhada, yoga,
alongamentoetc.Nopaís,segundoumestudodoMi-
nistério da Saúde divulgado em abril deste ano, ape-
nas 14,7% dos adultos fazem atividades físicas com a
regularidadenecessária.Porisso,sevocêvaicomeçar
apraticaragora,éimportanterespeitarseuslimites.Já
acorridaéindicadaapenasparaquemjáeraadeptada
atividade e, ainda assim, com orientação médica.
Paraajudarvocênessanovafase,CRESCERprepa-
rou,comaajudadeespecialistas,umplanodeexercí-
ciosparainiciantes,intermediáriaseavançadas,divi-
didosportrimestre.Tambémmostramososcuidados
quevocêprecisaterparapraticá-los,daescolhadotê-
nis à alimentação.
Se você nunca sentiu aquela sensação de bem-estar
(impagável)quebatequandoagenteestánofimdoper-
curso,prepare-se.Esseestadodeespíritoestárelaciona-
do a liberação de endorfina. Além de fazer você se sen-
tir mais animada, esse hormônio torna seu fiho mais
resistente aos efeitos colaterais do estresse. Corra para
as próximas páginas!
agradecimentos:autodromodeinterLagos
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12. 1 0 3
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13. c r e s c e r j u n h o / 2 0 1 01 0 4
InIcIanTeS
10TRIMESTRE
20TRIMESTRE
30TRIMESTRE
caminhada caminhada e corrida
(alternadas nos dias)
InTeRMedIáRIaS
(para mulheres que se exercitavam
entre duas e três vezes por semana)
se você era sedentária antes de engravidar,
busque uma orientação profissional para
seguir um programa individualizado.
com as mudanças gestacionais, mesmo
um aumento de 5 minutos pode
tornar a atividade mais intensa.
Plano: 2 a 3 vezes na semana
(em dias intercalados)
iniciar com 10 minutos e aumentar
5 minutos a cada duas semanas, até
chegar a, no máximo, 20 minutos.
como as náuseas e os desconfortos já passaram,
você pode aumentar o treino. Faça um dia a
mais por semana até chegar a seis – e por dois
dias tente caminhadas mais longas. exemplo:
Plano: até 6 dias na semana
segunda - 15 minutos
terça – 30 minutos
Quarta – 15 minutos
Quinta – 25 minutos
sexta – 30 minutos
sábado - 15 minutos
Plano: de 4 até 6 vezes na semana
com o avançar da gravidez, você pode
sentir mais cansaço. Por isso o tempo
de caminhada (e a quantidade de vezes
que você pratica) pode ser mantido ou
reduzido (até pela metade) para que a
atividade seja confortável para você.
Plano: 6 vezes na semana
se você estiver bem e disposta, faça entre 30
a 40 minutos de exercícios – um dia caminhada
e o outro de corrida. mas mantenha o ritmo.
Plano: de 4 até 6 vezes na semana
Veja se não é preciso reduzir a distância e
a velocidade. caminhe mais, corra menos.
Faça entre 20 e 30 minutos de exercícios.
se você corria ou fazia caminhada por
cerca de 60 minutos, a duração de treino
deve ser reduzida em 30% a 50%.
Para quem corria:
Plano: 2 a 3 vezes na semana
seg – 30 minutos de caminhada
Qua – 20 minutos de corrida
sex – 30 minutos de caminhada
Para quem fazia caminhada:
Plano: 2 a 3 vezes na semana
Você pode praticar por até três vezes. Veja
se consegue aumentar um pouco o ritmo.
programadetreinamentocriadoporgizelemonteirodométodomaisVida
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14. caminhada e corrida
(alternadas nos dias)
aVanÇadaS
(para mulheres que já corriam
grandes distâncias todos os dias)
Plano: 6 vezes por semana
Faça entre 35 e 45 minutos, sempre
intercalando. Você pode aumentar o ritmo se
sentir que aguenta. deixe a caminhada mais
longa, com até 60 minutos, para o sábado ou o
domingo, quando você está mais descansada.
Plano: 6 vezes por semana
agora o ritmo vai depender do conforto que
você sentir. Pratique entre 30 e 40 minutos.
Você pode reduzir a quantidade dos treinos
de corrida e aumentar as caminhadas.
reduza em até 40% o tempo dos treinos de
corrida que você fazia. Pratique, no máximo,
de 30 a 40 minutos. desista de planos
mirabolantes de fitness. desacelere, mesmo.
Plano: 3 a 5 vezes na semana
seg – 40 minutos de caminhada
ter – 20 a 30 minutos de corrida ou caminhada
Qui – 40 minutos de caminhada
sex – 20 a 30 minutos de corrida ou caminhada
Você pode praticar exercícios
até o oitavo mês se fizer tudo
direitinho. e isso inclui estar
acompanhada por um especialista,
ter o aval do seu médico e ficar
comprometida com uma série de
cuidados, como manter uma boa
alimentação.
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calcanhar ao dedão e
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crescer, deixe o
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apertar}apertar}apertar
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15. c r e s c e r j u n h o / 2 0 1 01 0 6
se você for corredora,
evite parar um treino
bruscamente. o organismo
tem um mecanismo natural
de defesa que pode levar
a uma queda de pressão e
até a um desmaio.
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16. 1 0 7
FrequênciA cArdíAcA: há um aumento
significativo do fluxo de sangue, o que exige mais vi-
gor do coração. E não descuide da pressão.
o que mudar: use um frequencímetro (que mede a
quantidade de batimentos. Muitos médicos limitam
a intensidade do treino a 140 batimentos cardíacos,
no máximo, por minuto). de qualquer maneira, con-
sulte seu médico. Para evitar problemas com a pres-
são, modere o consumo de sal.
reFlexos: a sensação de viver em slow motion
é sua companheira de todos os dias? De fato, os re-
flexos ficam mais lentos, o que significa que você
não terá as reações rápidas o suficiente para se pro-
teger numa queda, por exemplo.
o que mudar: prefira percursos asfaltados que você
conheça. Esqueça a ideia de correr em pista de terra.
“A partir do sexto mês é interessante que a gestante dê
preferênciaàsesteiras,terrenosacidentadossãoumpe-
rigo”,afirmaCristinadeCarvalho,coordenadoraMais
Mulher Consultoria Esportiva.
TemperATurA: ela vai estar mais alta.
o que mudar: presteatençãonocalorquevocêsente
durante os exercícios para não passar por algum mal
estar e até desmaiar durante o treino. Evite horários
em que o sol está a pino e beba muita água.
HidrATAção:você vai precisar consumir mais
líquido (cerca de 250ml a mais).
o que mudar: significaesvaziarumsqueezedeágua
a mais do que o costume.
AlimenTAção: comer coisas pesadas e de
difícil digestão antes e durante o treino gera
desconforto gástrico, assim como comidas gor-
durosas e proteínas.
o que mudar: antes do exercício consuma uma fonte
decarboidrato,comopãointegral.Apósoexercício,se
tiver fome e de acordo com a recomendação do seu
médico, tome um pequeno lanche com fontes de pro-
teína (queijo branco e peito de peru, por exemplo),
uma de carboidrato e um suco. Se sentir tontura du-
rante o treino pare devagar, e não bruscamente, e
coma uma fonte de carboidrato ou fruta.
Lembra quando você passava a mão num par de tê-
nisesimplesmenteiacaminhar,semnenhumapreocu-
pação? Nem sonhe em fazer isso agora. “Os exercícios
para a grávida necessitam de maior planejamento, já
queacontecemmudançasfisiológicasebiomecânicas”,
afirma Gizele Monteiro, professora de educação física
daMétodoMaisVida(SP),programadeexercíciosfoca-
do em gestantes. Veja o que merece sua atenção:
impAcTo: os quilos a mais que você vai ganhar,
somados ao inchaço, vão aumentar o impacto da ati-
vidade sobre os joelhos, coluna e quadril.
oquemudar:tenhaumsupertênis,ummodeloideial
paraseutipodepisadaecomamortecimentoperfeito
(seus pés estarão inchados também!). Antes de esco-
lher um novo par, veja qual é o seu tipo de pisada. Se
é pronada (a parte de fora do calcanhar, aquela con-
trária da parte mais próxima da outra perna, toca o
chão, o pé inicia uma rotação para dentro e a pisada
termina no dedão), se é supinada (o contrário da pro-
nada:ocalcanhartocaosoloeiniciaumarotaçãopa-
ra fora e a pisada termina no dedinho) e a normal (a
parteexternadocalcanhartocaosolo,opéinciauma
rotação discreta para dentro e a pisada termina com
a ponta do pé inteira tocando o chão). Algumas lojas
possuem aparelhos que dão esta resposta, mas vale
consultar um ortopedista.
musculATurA: os hormônios relaxina e pro-
gesteronacausamumaespéciedefrouxidãodosmús-
culos e ligamentos para que o corpo se torne mais
elástico. O saldo, para quem pratica atividade física,
no entanto, é uma maior fragilidade muscular. Em
bom português: ficam mais suscetíveis a sofrer uma
lesão séria, como romper um ligamento de joelho,
caso não haja preparação adequada.
o que mudar: se você corre, precisa fortale-
cer a musculatura por meio de exercícios loca-
lizados ou musculação. Outro conselho que va-
le para qualquer gestante é se manter em dia com
as sessões de alongamento, assim seu corpo se
prepara para suportar o impacto da atividade.
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