O documento descreve diferentes técnicas de limpeza e desinfecção utilizadas em ambientes hospitalares, incluindo a remoção de sujeira, assepsia, desinfecção, esterilização, degermação e classificação de equipamentos em críticos, semicríticos e não críticos.
Limpeza, desinfecção e esterilização em cuidados de saúde
1. Limpeza:
Remoção de toda sujeira (por exemplo, material orgânico e inorgânico)
de objetos e superfícies. No geral a limpeza envolve o uso de ação
química e ação mecânica com detergentes/sabão ou produtos
enzimáticos.
2. Assepsia:
Consiste em minimizar o aparecimento e disseminação de infecção. A
assepsia é a ausência de patógenos produtores de doenças. Existem
dois tipos de técnica asséptica:
3. Desinfecção:
Envolve o processo de eliminação de quase todos os microrganismos de
objetos inanimados, com exceção de esporos bacterianos. Existem dois
tipos de desinfecção, a desinfecção de superfícies e a desinfecção de
alto nível, que é necessário para objetos de cuidados ao paciente, tais
como endoscópios e broncoscópios.
A desinfecção pode ser realizada com um desinfetante químico ou pela
pasteurização úmida (usada para equipamento de terapia respiratória).
Exemplos de desinfetantes: álcoois, cloretos, gluteraldeídos, peróxido de
hidrogênio e fenóis.
4. Esterilização: é a eliminação completa ou a destruição de todos os
microrganismos, incluindo esporos. O vapor sob pressão, o gás de etileno
(ETO), o plasma de peróxido de hidrogênio, dentre outros produtos
químicos, são os agentes mais comunas utilizados na esterilização. Além
disso, o uso da autoclave (vapor úmido), de estufas (vapor seco) são
métodos físicos comuns na esterilização. A decisão de limpar ou limpar e
desinfetar ou esterilizar depende da intenção do uso do equipamento em
questão.
5. Podemos classificar os equipamentos em três tipos: Críticos: itens
que penetram nos tecidos estéreis ou no sistema vascular. Apresentam
alto risco de infecção se estiverem contaminados por microrganismos,
especialmente esporos bacterianos. Itens críticos devem ser estéreis.
Exemplos: instrumentos cirúrgicos, cateteres cardíacos ou
intravasculares, implantes.
6. Semicríticos: itens que entram em contato com mucosas ou pele não
intacta. Esses itens também apresentam risco de infecção e precisam
estar livres de todos os microrganismos, exceto esporos bacterianos.
Itens semicríticos devem ser submetidos à desinfecção de alto nível ou
esterilizados. Exemplos: cânulas endotraqueais, endoscópios,
endoscópios gastrointestinais.
7. Não críticos: são itens que entram em contato com pele intacta, mas
não com as mucosas. Esses itens precisam ser limpos e desinfetados.
Exemplos: comadres, estetoscópios, mobílias do quarto.
8. Degermação: envolve a remoção ou redução no número de
microrganismos por meio de método químico (uso de antisséptico) ou
mecânico (escovação). Realizada principalmente nas mãos e antebraços
(por exemplo: no preparo pré-operatório).
9. Limpeza diária ou concorrente: é limpeza realizada diariamente para
manutenção de um ambiente hospital limpo.
Limpeza geral ou terminal: é a limpeza realizada após o paciente
receber alta, ser transferido de setor, após óbito ou suspensão de
medidas de isolamento.
10. Antissepsia (pintura) sítio operatório • Utilização de produtos
(microbiocidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o
objetivo de reduzir os microrganismos em sua superfície • Clorexidina
alcoólica 0,5%, PVPI 10%.