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Funções sintáticas
Ao nível da frase
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Internas ao GV
sujeito
predicado
vocativo
modificador de frase
complemento
predicativo
modificador do GV
direto
indireto
oblíquo
agente da passiva
do sujeito
do c. direto
modificador do nome 2.º ciclo
3.º ciclo
Uma alegria de vírgulas em fuga
de um texto mais difícil que uma purga!
Quando estou mal disposta
(e estou-o muitas vezes…)
mudo o sentido às frases,
complico tudo…
Alexandre O´Neill, Poesias Completas 1951/1986, 3. ed., IN-CM
O 2012
Frase complexa
Orações
coordenadas
copulativas
adversativas
disjuntivas
conclusivas
2.º ciclo
3.º ciclo
explicativas
Frase complexa
Orações
subordinadas
adverbiais
substantivas
adjetivas
relativas sem antecedente
temporais
causais
finais
condicionais
concessivas
consecutivas
comparativas
completivas
2.º ciclo
3.º ciclo
relativas restritivas
relativas explicativas [
O 2012
Constituição do sujeito:
 Grupo nominal (GN)
Paris é uma bela cidade.
Os três rapazes são meus alunos.
O livro que compraste é interessante.
 Oração subordinada relativa
Quem estuda tem bons resultados.
 Oração subordinada completiva
É verdade que ele falta às aulas.
Que ele falta às aulas é verdade.
Isso é verdade.
*É-o verdade.
 Ela é uma bela cidade.
 Eles são meus alunos.
 Ele é interessante.
 Ele tem bons resultados.
Regra 1
Regra 1  Não se separam os constituintes essenciais da
frase.
Constituintes essenciais
Sujeito | Predicado
(1) Saramago ganhou o prémio Nobel.
GN
(2) Todas as tentativas de venda da moradia dos meus avós paternos falharam.
GN
(3) Falharam todas as tentativas de venda da moradia dos meus avós paternos.
GN
(4) Quem chegar atrasado ao espetáculo não entra.
oração subordinada relativa
(5) Que isto acontecesse era previsível.
oração subordinada completiva
(6) Era previsível que isto acontecesse.
oração subordinada completiva
O 2012
Regra 1
Constituintes essenciais
Predicado
complemento
predicativo
direto  Ele encontrou uma pérola.
Ele disse que tinha sede.
oblíquo  Ele veio cá.
Ele mora em Setúbal.
Ele opôs-se a mudar de casa.
agente da passiva  Ele foi eleito por nós.
Ele foi eleito por quem votou.
do sujeito  Ele é do meu clube.
Ele está satisfeito.
Ele não é quem tu julgas.
do c. direto  Ele achou o filme divertido.
indireto  Ele resistiu à polícia.
Ele telefonou a quem esteve na festa.
Regra 1
Caso dos constituintes formados por elementos coordenados
(1) O Rui, a Clara, o Carlos e o Zé foram ao cinema.
sujeito
(2) Ele oferecer-lhe-á um CD, um relógio e/ou um livro.
complemento direto
(3) Não telefonaram ao Pedro nem à Rita.
complemento indireto
(4) Ele precisa de ajuda e de carinho.
complemento oblíquo
Mas:
(1) Trepadeiras, e ervas daninhas, e flores silvestres crescem neste jardim.
(2) Ou eu, ou o Pedro, ou o Simão tomaremos conta de ti.
(3) Nem o condutor, nem o peão, nem a seguradora assumiram o prejuízo.
Regra:
Quando cada um dos termos é introduzido pelas conjunções e, ou ou
nem, costuma-se separar por vírgula os elementos coordenados.
O 2012
Em síntese:
Não se separam os constituintes
essenciais da frase:
 sujeito / predicado
 predicado / sujeito
 verbo / complemento
 complemento / complemento
Regra 1
Regra 1
Caso de predicado construído com mais do que um complemento
(1) Ele emprestou os apontamentos ao colega.
c. direto c. indireto
(2) Ele introduziu as moedas na máquina.
c. direto c. oblíquo
(3) Ele falou do teu problema ao Pedro.
c. oblíquo c. indireto
(4) Ele considerou o exame muito difícil.
c. direto predicativo do c. direto
(5) O anel foi oferecido à Carolina pelo Ricardo.
c. indireto c. agente da passiva
Regra:
Quando há vários complementos, não se separa nenhum deles por vírgula.
O 2012
Regra 2  Separa-se o modificador quando está
a) colocado no início da frase;
b) encaixado entre o sujeito e o verbo;
c) encaixado entre o verbo e um complemento.
Ordem direta  sujeito + verbo + complemento(s) + modificador(es)
sujeito + verbo + predicativo do sujeito + modificador(es)
a) Na semana passada, eu e o Rui fomos a casa dos meus avós.
b) Eu e o Rui, na semana passada, fomos a casa dos meus avós.
c) Eu e o Rui fomos, na semana passada, a casa dos meus avós.
Mas:
 Eu e o Rui fomos a casa dos meus avós na semana passada.
ou
 Eu e o Rui fomos a casa dos meus avós, na semana passada.
Esta regra aplica-se ao modificador, independentemente da sua forma:
Na aldeia, o Guilherme era muito respeitado.
O Guilherme, na aldeia, era muito respeitado.
Diariamente, o meu irmão resolve as palavras cruzadas do jornal.
O meu irmão, diariamente, resolve as palavras cruzadas do jornal.
O meu irmão resolve, diariamente, as palavras cruzadas do jornal.
Regra 2
Regra 3Ver .
 Grupo preposicional (GPrep)
 Grupo adverbial (GAdv)
 Oração 
O 2012
Regra 4  Separam-se as orações coordenadas
assindéticas.
Ele pintou paredes, consertou o telhado, colocou vidros e limpou o jardim.
orações coordenadas assindéticas
Observação:
As orações coordenadas introduzidas pela conjunção e não se separam por
vírgula.
Mas:
Podem separar-se por vírgula as orações introduzidas pela conjunção e,
quando têm sujeitos diferentes.
O lixo acumulava-se na cidade, e o presidente da Câmara nada resolvia.
Regra 3  Separam-se as orações subordinadas
adverbiais que precedem ou estão encaixadas
nas subordinantes.
Enquanto o Simão trabalhava, a Rita preparou uma festa surpresa.
A Rita, enquanto o Simão trabalhava, preparou uma festa surpresa.
Caso queiras, passo pelo supermercado à saída do trabalho.
Passo, caso queiras, pelo supermercado à saída do trabalho.
Mas:
 A Rita preparou uma festa surpresa enquanto o Simão trabalhava.
ou
 A Rita preparou uma festa surpresa, enquanto o Simão trabalhava.
 Passo pelo supermercado à saída do trabalho caso queiras.
ou
 Passo pelo supermercado à saída do trabalho, caso queiras.

O 2012
Regra 5  Separam-se as conjunções adversativas,
explicativas e conclusivas (mas, pois, logo) e os
advérbios conectivos/locuções adverbiais com
valor idêntico.
(1) Ele experimentou várias calças, mas nenhumas lhe serviam.
Ele experimentou várias calças, porém nenhumas lhe serviam.
Ele experimentou várias calças, contudo nenhumas lhe serviam.
Ele experimentou várias calças, no entanto nenhumas lhe serviam.
(2) Ele não vai à estreia, pois sente-se adoentado.
(3) Ele deita-se sempre tardíssimo, logo está desconcentrado nas aulas.
Ele deita-se sempre tardíssimo, portanto está desconcentrado nas aulas.
Ele deita-se sempre tardíssimo, por isso está desconcentrado nas aulas.
Ele deita-se sempre tardíssimo, por consequência está desconcentrado
nas aulas.
Conjunção coordenativa
 adversativa: mas
 conclusiva: logo
Advérbio/locução adverbial conectivo
 porém, todavia, contudo, no entanto
 pois, portanto, assim, por isso, por
consequência, por conseguinte
Regra 5Observação:
O que os distingue?
Os advérbios/locuções adverbiais conectivos podem:
a) ocupar outra posição na frase:
Chove muito, mas vou ao cinema.
*Chove muito, vou, mas, ao cinema.
*Chove muito, vou ao cinema, mas.
Chove muito, porém vou ao cinema.
Chove muito, vou, porém, ao cinema.
Chove muito, vou ao cinema, porém.
b) coocorrer com conjunções:
*Ele tem tudo e, mas, é infeliz. Ele tem tudo e, no entanto, é infeliz.
O 2012
Regra 6
O modificador do nome
Características:
 Não é selecionado pelo nome.
 Pode apresentar diferentes formas (GAdj, GPrep, GN, oração relativa
restritiva ou oração relativa explicativa).
Modificador apositivo
 Não restringe a realidade referida pelo nome que modifica.
 É separado obrigatoriamente por vírgulas do nome a que se refere.
[O meu pai [, um homem pacífico,]] viveu rodeado de amigos.
[Sérgio Godinho [, autor de belos poemas,]] lançou mais um CD.
[A maçã [, que é um fruto saudável,]] é vendida todo o ano.
Regra 6  Separa-se o modificador apositivo do nome.
Schulz, Snoopy e o Desporto,
Meribérica/Liber
GN
Nós, que tocamos piano,
temos de cuidar dos
nossos dedos!
oração subordinada
relativa explicativa
O 2012
Regra 6
O modificador do nome (cont.)
Modificador restritivo
§ Restringe a realidade referida pelo nome que modifica.
§ Não pode ser separado por vírgulas do nome a que se refere.
Ele gosta [de peixe [grelhado]].
Ofereceram-lhe [uma pulseira [de prata]].
[O meu vizinho [que vive no rés do chão]] tem a casa inundada.
Sugestão:
Exercícios com pares de frases com orações subordinadas relativas
explicativas e restritivas para verificação da alteração de sentido.
]
Regra 7 ¨ Separa-se o vocativo.
Ó Rita, aperta o cordão das sapatilhas.
Podes chegar-me esses papéis, António?
Sinto-me feliz, queridos amigos, pela vossa presença!
Sugestão:
§ Trabalhar o “par” vocativo / sujeito. [2.º ciclo]
§ Trabalhar o “par” vocativo / modificador do nome. [3.º ciclo]
]
O 2012
Em síntese: Uso da vírgula
 Não se separam os constituintes essenciais da frase.
Regra 2  Separa-se o modificador quando está
a) colocado no início da frase;
b) encaixado entre o sujeito e o verbo;
c) encaixado entre o verbo e um complemento.
Regra 3  Separam-se as orações subordinadas adverbiais que precedem ou estão
encaixadas nas subordinantes.
Regra 4  Separam-se as orações coordenadas assindéticas.
Regra 5  Separam-se as conjunções adversativas, explicativas e conclusivas (mas,
pois, logo) e os advérbios conectivos/locuções adverbiais com valor
idêntico.
Regra 6  Separa-se o modificador apositivo do nome.
Regra 7  Separa-se o vocativo.
 Assinala uma elipse.
Regra 1
Regra 2
Regra 3
Regra 4
Regra 5
Regra 6
Regra 7
Regra 8
Regra 8  Assinala uma elipse.
A tarde esteve chuvosa e cinzenta; a noite, tranquila e luminosa.
[esteve]
Francamente interessante, aquele filme.
[é]
Pela frente dele passavam automóveis a brilhar, corredores de linda
estampa, muito airosos na manhã; e no mar, tocados pelo vento, barcos.
(José Cardoso Pires) [passavam]
Sugestão:
Exercícios para uso da elipse como forma de evitar repetições de palavras.

O 2012
Exercícios de pontuação

Vocativo vs. Sujeito [2.º ciclo]
1. Presta atenção às palavras sublinhadas nestas frases:
a. Companheiros, o peixe gigantesco vai afundar-nos!
b. Alá, salva-me!
1.1. As palavras sublinhadas indicam
 quem fala.  de quem se fala.  com quem se fala.
1.2. Reescreve as frases mudando a posição do constituinte sublinhado.
O peixe gigantesco vai afundar-nos, companheiros! / Salva-me, Alá!
1.3. Os constituintes sublinhados estão separados por que sinal de pontuação?
1.4. Indica o sujeito da frase a., substituindo-o pelo pronome ele.
Companheiros, ele vai afundar-nos!
1.5. Indica o pronome que pode recuperar o sujeito nulo da frase b.
Alá, Tu salva-me!
X
O 2012
sujeito vocativo
a. Caro leitor, este é o relato da primeira viagem de
Sindbad.
b. Durante a viagem, Sindbad foi parar em cima de um
peixe.
c. Foge, Sindbab, isto não é uma ilha!
d. Ó capitão, não parta sem mim – gritou Sindbad.
e. Infelizmente, o capitão não ouviu os gritos de
Sindbad.
2. Assinala a função sintática do elemento sublinhado em cada frase.
X
X
X
X
X
in Diálogos, 6.º ano, Porto Editora
Vocativo vs. modificador do nome [3.º ciclo]
3. O constituinte sublinhado na frase abaixo pode desempenhar a
função sintática de vocativo ou de modificador do nome.
A Rita, minha amiga, é uma rapariga divertida.
3.1. Prova que “minha amiga” pode ser um vocativo.
Ó minha amiga, a Rita é uma rapariga divertida.
A Rita é uma rapariga divertida, minha amiga.
3.2. Observa a alteração que introduzimos na frase:
– A Rita, minha amiga, é uma rapariga divertida – disse a Isabel
ao José.
3.2.1. O que te permite afirmar que o constituinte sublinhado
não é um vocativo?
O vocativo indica o ser a quem nos dirigimos. Neste
contexto, Isabel dirige-se ao José (e não à “minha amiga”).
O 2012
O modificador restritivo e apositivo e a vírgula
5. Indica a diferença de sentido entre cada par de frases.
a. Os cientistas que trabalham para o bem da humanidade merecem
todo o apoio.
Os cientistas, que trabalham para o bem da humanidade, merecem
todo o apoio.
b. Todos os candidatos que vieram de gravata foram admitidos.
Todos os candidatos, que vieram de gravata, foram admitidos.
c. Os livros que têm belas ilustrações venderam-se bem.
Os livros, que têm belas ilustrações, venderam-se bem.
d. Os alunos que já não têm testes vão ao passeio.
Os alunos, que já não têm testes, vão ao passeio.

A elipse
4. Reescreve as frases seguintes, eliminando a repetição dos verbos
sublinhados.
a. A Raquel pintou um campo florido atravessado por um riacho de
água azul; a Sílvia pintou uma praia de areia branca.
… a Sílvia, uma praia de areia branca.
b. Ela chama-se Francisca; ele chama-se Diogo.
… ele, Diogo.
c. Como temos duas televisões em casa, o meu irmão viu o telejornal;
eu vi um filme de terror.
… eu, um filme de terror.
d. Os alunos da turma B foram ao Gerês; os da turma A foram à serra
da Estrela.
… os da turma A, à serra da Estrela.

O 2012
Exercícios de escolha múltipla (continuação)
7. Assinala, em cada alínea, a frase corretamente pontuada.
a. £ O cão, o gato, o peixe e o periquito vivem com eles.
£ O cão, o gato, o peixe, e o periquito vivem com eles.
£ O cão, o gato, o peixe e o periquito, vivem com eles.
b. £ Os amigos do meu tio Afonso, foram visitá-lo ao hospital.
£ Os amigos, do meu tio Afonso, foram visitá-lo ao hospital.
£ Os amigos do meu tio Afonso foram visitá-lo ao hospital.
c. £ Nós oferecemos, dois pares de sapatos à Gabriela.
£ Nós oferecemos dois pares de sapatos, à Gabriela.
£ Nós oferecemos dois pares de sapatos à Gabriela.
X
X
X
Exercícios de escolha múltipla
6. Assinala, em cada par de frases, a que está corretamente pontuada.
a. £ O meu tio é professor, jornalista e escritor.
£ O meu tio é professor, jornalista, e escritor.
b. £ Rita, nós vamos ao cinema. Queres vir?
£ Rita nós vamos ao cinema. Queres vir?
c. £ Todos os alunos do 6.º ano, fizeram um teste.
£ Todos os alunos do 6.º ano fizeram um teste.
d. £ Aquela senhora apresentou, uma reclamação.
£ Aquela senhora apresentou uma reclamação.
e. £ O diretor da escola telefonou, ao pai do Ricardo.
£ O diretor da escola telefonou ao pai do Ricardo.
f. £ Na sua infância, o meu avô morou em Castelo Branco.
£ Na sua infância, o meu avô morou, em Castelo Branco.
X
in Diálogos, 6.º ano, Porto Editora
X
X
X
X
X
O 2012
Exercícios com vários sinais de pontuação/sinais auxiliares de escrita
Texto analisado: “Claralinda” (romance tradicional), de Almeida Garrett
8. Pontua os enunciados seguintes, de forma a obteres frases com sentidos
diferentes.
Atenção: não podes acrescentar palavras, apenas sinais auxiliares de escrita ou
de pontuação.
a. Conde Claros gosta de Claralinda não está apaixonado por outra
donzela
Conde Claros gosta de Claralinda. Não está apaixonado por outra donzela.
Conde Claros gosta de Claralinda? Não! Está apaixonado por outra donzela.
b. El-rei disse este pajem é mexeriqueiro e vai ser degolado
El-rei disse: “Este pajem é mexeriqueiro e vai ser degolado.”
– El-rei – disse este pajem – é mexeriqueiro e vai ser degolado.
c. Claralinda acha que o conde merece perdão nunca foi demasiado
atrevido
Claralinda acha que o conde merece perdão. Nunca foi demasiado atrevido.
Claralinda acha que o conde merece perdão? Nunca! Foi demasiado atrevido.
in Diálogos, 8.º ano, Porto Editora
Claralinda
Meia-noite já é dada,
Os galos querem cantar,
O conde Claros na cama
Não podia repousar.
Chamou pajens e escudeiros,
Que se quer já levantar;
Que lhe tragam de vestir,
Que lhe tragam de calçar.
Deram-lhe uma alva camisa,
Que el-rei a não tinha tal;
Deram-lhe saio de seda,
Cintura de oiro e firmal.
Trazem-lhe esporas doiradas
Para com elas montar;
Cavalgou no seu cavalo,
Pôs-se logo a caminhar.
– “Deus te salve, Claralinda,
Tão cedo estás a bordar?”
– “Salva-te Deus, conde Claros!
Donde vais a caminhar?”
– “Aos moiros me vou, senhora,
Grandes guerras guerrear.”
– “Que belo corpo que tendes
Para com eles brigar!”
Mas pois tão alto falaste,
Alto hás de ir a enforcar.”
Castigar os chocalheiros5
Boa justiça real:
Mas o pobre conde Claros
Também vai a degolar.
– “Vinde, vinde, Claralinda...
Como estais a descansar!
Vinde ver o conde Claros
Que el-rei o manda matar.”
– “Acudi, minhas donzelas,
Vinde-me acompanhar:
Que se el-rei lhe não perdoa,
Com ele quero acabar.”
– “Deus vos salve, senhor rei,
E a vossa c’roa real!
Que vos fez o conde Claros
Para o mandardes matar?”
– “Se eu tivera outra filha
Para em meu reino reinar,
Juro-te, ó Claralinda,
Que o ias acompanhar.
Mas toma-o tu por marido,
Por genro o quero eu tomar;
E ninguém mais nesta corte
Se atreva a mexericar.”
Almeida Garrett, Romanceiro,
Círculo de Leitores, 1997
– “Melhor o tenho, senhora,
Para convosco folgar...”
Palavras não eram ditas
Um pajem que ia a passar:
– “As palavras que são ditas,
A el-rei vou já contar.”
– “Palavras que ditas são,
A el-rei não vás levar:
Dar-te-ei de oiro e de prata
Quanto possas carregar.”
– “Não quero oiro nem prata,
Se oiro e prata me heis de dar;
Quero guardar lealdade
A quem na devo guardar:
As palavras que são ditas,
A el-rei as vou contar.”
Foi dali o bom do pajem
Andando de bom andar
À casa da estudaria,
Onde el-rei estava a estudar:
– “Deus vos salve, senhor rei,
E a vossa c’roa real!
Lá deixei o conde Claros
Com a princesa a folgar.”
– “Se à puridade o dissesses,
Tença te havia de dar;
O 2012
10. Pontua adequadamente as frases seguintes de forma a obteres
sentidos diferentes.
a. Matar o rei não é crime
Matar o rei não é crime.
Matar o rei? Não, é crime.
Matar o rei, não! É crime!
b. Se ajudar o mundo fica melhor
Se ajudar, o mundo fica melhor.
Se ajudar o mundo, fica melhor.
c. A culpa é do Luís não é nossa
A culpa é do Luís; não é nossa.
A culpa é do Luís? Não, é nossa.
d. Se todos continuam eu não desisto
Se todos continuam, eu não desisto.
Se todos continuam, eu não: desisto.
9. Na Grécia antiga, em Delfos, havia o hábito de
consultar os deuses que proferiam oráculos,
isto é, sentenças.
Conta-se que certo rei quis saber se
regressaria vivo da guerra, tendo recebido
como resposta as seguintes palavras:
Irás voltarás não morrerás
Confiante, o rei partiu para a guerra, mas morreu.
9.1. Pontua a frase da forma como o rei terá interpretado a mensagem.
Irás, voltarás, não morrerás.
9.2. Pontua, agora, a frase de forma a atribuir-lhe o sentido adequado
ao final da história.
Irás. Voltarás? Não, morrerás.
in Diálogos (Caderno de Atividades), 8.º ano, Porto Editora
inhttp://www.philosophy.pro.br/
O 2012
11. Pontua adequadamente as frases seguintes, tornando claro o seu
sentido.
a. Maria quando toma banho sua mãe grita tenho medo de água fria.
Maria, quando toma banho, sua. “Mãe!”, grita, “Tenho medo de
água fria!”
b. Maria toma banho porque sua mãe disse ela dá-me a toalha.
Maria toma banho porque sua. “Mãe, disse ela, dá-me a toalha.”
c. Um lavrador tinha um bezerro e a mãe do lavrador era também o
pai do bezerro.
Um lavrador tinha um bezerro e a mãe; do lavrador era, também, o
pai do bezerro.
d. Certo rei querendo perdoar um condenado despachou assim o
tribunal condenou eu não discordo.
Certo rei, querendo perdoar um condenado, despachou assim: “O
tribunal condenou; eu não: discordo.”
12. A minha mochila desapareceu não está no quarto
Ouve a frase acima, dita com diferentes entoações, e pontua-a de várias
maneiras possíveis. Há casos em que temos apenas uma pessoa a falar;
noutros casos, temos diálogo.
a. A minha mochila desapareceu. Não está no quarto.
b. – A minha mochila desapareceu?
– Não, está no quarto.
c. – A minha mochila desapareceu, não?
– Está no quarto!
d. A minha mochila desapareceu! Não está no quarto!
e. – A minha mochila desapareceu!
– Não está no quarto?
f. A minha mochila desapareceu… Não está no quarto…
O 2012
14. Reescreve a anedota seguinte,
§ reconstituindo os parágrafos;
§ utilizando maiúsculas sempre que necessário;
§ introduzindo a pontuação.
quando a mãe chegou a casa viu que o João tinha acabado com um
bolo de chocolate então chamou o filho e disse-lhe será possível que
tenhas comido o bolo sem pensar no teu irmão respondeu o rapaz
estive sempre a pensar nele mamã estava com tanto medo que ele
aparecesse antes de eu o acabar
Quando a mãe chegou a casa, viu que o João tinha acabado com um
bolo de chocolate. Então chamou o filho e disse-lhe:
– Será possível que tenhas comido o bolo sem pensar no teu irmão?
Respondeu o rapaz:
– Estive sempre a pensar nele, mamã! Estava com tanto medo que ele
aparecesse antes de eu o acabar!...
in Diálogos (Caderno de Atividades), 6.º ano, Porto Editora
Pontuar textos
Corre corre corredor
Era uma vez um corredor atravancado de cadeiras vasos
prateleiras mesas Era um corredor muito triste
Ó corredor por que é que estás tão triste
Porque não me deixam correr respondeu o corredor
Mário Castrim, Histórias com Juízo, 4.ª ed., Caminho, 1993
13. Coloca, nos £, os sinais de pontuação que retirámos desta breve
história:
Corre, corre, corredor!
Era uma vez um corredor atravancado de cadeiras, vasos, prateleiras,
mesas. Era um corredor muito triste.
– Ó corredor, porque é que estás tão triste?
– Porque não me deixam correr – respondeu o corredor.
Mário Castrim, Histórias com Juízo, 4. ed., Caminho, 1993
in Diálogos (Caderno de Atividades), 6.º ano, Porto Editora
O 2012
15. Escuta o excerto de uma reportagem que abaixo reproduzimos sem
quaisquer sinais de pontuação. À medida que vais ouvindo,
 indica, no texto, com traços oblíquos [ / ], a localização das pausas;
 sublinha as palavras que o jornalista realça para atrair a atenção do
ouvinte.
A pobreza em Portugal é um problema social grave e o seu não
reconhecimento tem-se revelado ultimamente um dos maiores entraves
à sua erradicação lê-se num manifesto preparado pela Associação Cais e
Fundação AMI entre outras organizações no manifesto citam-se por
exemplo dados de 2004 desde 1999 e 2000 o número de pessoas sem
abrigo aumentou 20 a 25 por cento sobretudo em cidades como o Porto
Coimbra Lisboa e Almada o documento assinala ainda que na União
Europeia Portugal é o país com mais desigualdade entre ricos e pobres
in “Público na Escola”, n.º 3, 2005/06 (texto adaptado e com supressões)
15.1. Reescreve o texto, pontuando-o.
15.2. Lê-o, em voz alta, como se fosses o jornalista. Não te esqueças de
acentuar distintamente as palavras que sublinhaste anteriormente.
“A pobreza em Portugal é um problema social grave e o seu não
reconhecimento tem-se revelado, ultimamente, um dos maiores entraves
à sua erradicação”, lê-se num manifesto preparado pela Associação Cais e
Fundação AMI, entre outras organizações. No manifesto, citam-se, por
exemplo, dados de 2004: desde 1999 e 2000, o número de pessoas sem
abrigo aumentou 20 a 25 por cento, sobretudo em cidades como o Porto,
Coimbra, Lisboa e Almada. O documento assinala ainda que, na União
Europeia, Portugal é o país com mais desigualdade entre ricos e pobres.
Associação Brasileira de Imprensa
http://www.youtube.com/watch?v=JxJrS6augu0
O

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  • 1. Semear vírgulas A sintaxe e o uso da vírgula O Contamos consigo. Conte connosco. 2012
  • 2.
  • 3. O 2012 Semear vírgulas A sintaxe e o uso da vírgula Fernanda Costa
  • 4. O 2012 Funções sintáticas Ao nível da frase Internas ao GN Internas ao GV sujeito predicado vocativo modificador de frase complemento predicativo modificador do GV direto indireto oblíquo agente da passiva do sujeito do c. direto modificador do nome 2.º ciclo 3.º ciclo Uma alegria de vírgulas em fuga de um texto mais difícil que uma purga! Quando estou mal disposta (e estou-o muitas vezes…) mudo o sentido às frases, complico tudo… Alexandre O´Neill, Poesias Completas 1951/1986, 3. ed., IN-CM
  • 5. O 2012 Frase complexa Orações coordenadas copulativas adversativas disjuntivas conclusivas 2.º ciclo 3.º ciclo explicativas Frase complexa Orações subordinadas adverbiais substantivas adjetivas relativas sem antecedente temporais causais finais condicionais concessivas consecutivas comparativas completivas 2.º ciclo 3.º ciclo relativas restritivas relativas explicativas [
  • 6. O 2012 Constituição do sujeito:  Grupo nominal (GN) Paris é uma bela cidade. Os três rapazes são meus alunos. O livro que compraste é interessante.  Oração subordinada relativa Quem estuda tem bons resultados.  Oração subordinada completiva É verdade que ele falta às aulas. Que ele falta às aulas é verdade. Isso é verdade. *É-o verdade.  Ela é uma bela cidade.  Eles são meus alunos.  Ele é interessante.  Ele tem bons resultados. Regra 1 Regra 1  Não se separam os constituintes essenciais da frase. Constituintes essenciais Sujeito | Predicado (1) Saramago ganhou o prémio Nobel. GN (2) Todas as tentativas de venda da moradia dos meus avós paternos falharam. GN (3) Falharam todas as tentativas de venda da moradia dos meus avós paternos. GN (4) Quem chegar atrasado ao espetáculo não entra. oração subordinada relativa (5) Que isto acontecesse era previsível. oração subordinada completiva (6) Era previsível que isto acontecesse. oração subordinada completiva
  • 7. O 2012 Regra 1 Constituintes essenciais Predicado complemento predicativo direto  Ele encontrou uma pérola. Ele disse que tinha sede. oblíquo  Ele veio cá. Ele mora em Setúbal. Ele opôs-se a mudar de casa. agente da passiva  Ele foi eleito por nós. Ele foi eleito por quem votou. do sujeito  Ele é do meu clube. Ele está satisfeito. Ele não é quem tu julgas. do c. direto  Ele achou o filme divertido. indireto  Ele resistiu à polícia. Ele telefonou a quem esteve na festa. Regra 1 Caso dos constituintes formados por elementos coordenados (1) O Rui, a Clara, o Carlos e o Zé foram ao cinema. sujeito (2) Ele oferecer-lhe-á um CD, um relógio e/ou um livro. complemento direto (3) Não telefonaram ao Pedro nem à Rita. complemento indireto (4) Ele precisa de ajuda e de carinho. complemento oblíquo Mas: (1) Trepadeiras, e ervas daninhas, e flores silvestres crescem neste jardim. (2) Ou eu, ou o Pedro, ou o Simão tomaremos conta de ti. (3) Nem o condutor, nem o peão, nem a seguradora assumiram o prejuízo. Regra: Quando cada um dos termos é introduzido pelas conjunções e, ou ou nem, costuma-se separar por vírgula os elementos coordenados.
  • 8. O 2012 Em síntese: Não se separam os constituintes essenciais da frase:  sujeito / predicado  predicado / sujeito  verbo / complemento  complemento / complemento Regra 1 Regra 1 Caso de predicado construído com mais do que um complemento (1) Ele emprestou os apontamentos ao colega. c. direto c. indireto (2) Ele introduziu as moedas na máquina. c. direto c. oblíquo (3) Ele falou do teu problema ao Pedro. c. oblíquo c. indireto (4) Ele considerou o exame muito difícil. c. direto predicativo do c. direto (5) O anel foi oferecido à Carolina pelo Ricardo. c. indireto c. agente da passiva Regra: Quando há vários complementos, não se separa nenhum deles por vírgula.
  • 9. O 2012 Regra 2  Separa-se o modificador quando está a) colocado no início da frase; b) encaixado entre o sujeito e o verbo; c) encaixado entre o verbo e um complemento. Ordem direta  sujeito + verbo + complemento(s) + modificador(es) sujeito + verbo + predicativo do sujeito + modificador(es) a) Na semana passada, eu e o Rui fomos a casa dos meus avós. b) Eu e o Rui, na semana passada, fomos a casa dos meus avós. c) Eu e o Rui fomos, na semana passada, a casa dos meus avós. Mas:  Eu e o Rui fomos a casa dos meus avós na semana passada. ou  Eu e o Rui fomos a casa dos meus avós, na semana passada. Esta regra aplica-se ao modificador, independentemente da sua forma: Na aldeia, o Guilherme era muito respeitado. O Guilherme, na aldeia, era muito respeitado. Diariamente, o meu irmão resolve as palavras cruzadas do jornal. O meu irmão, diariamente, resolve as palavras cruzadas do jornal. O meu irmão resolve, diariamente, as palavras cruzadas do jornal. Regra 2 Regra 3Ver .  Grupo preposicional (GPrep)  Grupo adverbial (GAdv)  Oração 
  • 10. O 2012 Regra 4  Separam-se as orações coordenadas assindéticas. Ele pintou paredes, consertou o telhado, colocou vidros e limpou o jardim. orações coordenadas assindéticas Observação: As orações coordenadas introduzidas pela conjunção e não se separam por vírgula. Mas: Podem separar-se por vírgula as orações introduzidas pela conjunção e, quando têm sujeitos diferentes. O lixo acumulava-se na cidade, e o presidente da Câmara nada resolvia. Regra 3  Separam-se as orações subordinadas adverbiais que precedem ou estão encaixadas nas subordinantes. Enquanto o Simão trabalhava, a Rita preparou uma festa surpresa. A Rita, enquanto o Simão trabalhava, preparou uma festa surpresa. Caso queiras, passo pelo supermercado à saída do trabalho. Passo, caso queiras, pelo supermercado à saída do trabalho. Mas:  A Rita preparou uma festa surpresa enquanto o Simão trabalhava. ou  A Rita preparou uma festa surpresa, enquanto o Simão trabalhava.  Passo pelo supermercado à saída do trabalho caso queiras. ou  Passo pelo supermercado à saída do trabalho, caso queiras. 
  • 11. O 2012 Regra 5  Separam-se as conjunções adversativas, explicativas e conclusivas (mas, pois, logo) e os advérbios conectivos/locuções adverbiais com valor idêntico. (1) Ele experimentou várias calças, mas nenhumas lhe serviam. Ele experimentou várias calças, porém nenhumas lhe serviam. Ele experimentou várias calças, contudo nenhumas lhe serviam. Ele experimentou várias calças, no entanto nenhumas lhe serviam. (2) Ele não vai à estreia, pois sente-se adoentado. (3) Ele deita-se sempre tardíssimo, logo está desconcentrado nas aulas. Ele deita-se sempre tardíssimo, portanto está desconcentrado nas aulas. Ele deita-se sempre tardíssimo, por isso está desconcentrado nas aulas. Ele deita-se sempre tardíssimo, por consequência está desconcentrado nas aulas. Conjunção coordenativa  adversativa: mas  conclusiva: logo Advérbio/locução adverbial conectivo  porém, todavia, contudo, no entanto  pois, portanto, assim, por isso, por consequência, por conseguinte Regra 5Observação: O que os distingue? Os advérbios/locuções adverbiais conectivos podem: a) ocupar outra posição na frase: Chove muito, mas vou ao cinema. *Chove muito, vou, mas, ao cinema. *Chove muito, vou ao cinema, mas. Chove muito, porém vou ao cinema. Chove muito, vou, porém, ao cinema. Chove muito, vou ao cinema, porém. b) coocorrer com conjunções: *Ele tem tudo e, mas, é infeliz. Ele tem tudo e, no entanto, é infeliz.
  • 12. O 2012 Regra 6 O modificador do nome Características:  Não é selecionado pelo nome.  Pode apresentar diferentes formas (GAdj, GPrep, GN, oração relativa restritiva ou oração relativa explicativa). Modificador apositivo  Não restringe a realidade referida pelo nome que modifica.  É separado obrigatoriamente por vírgulas do nome a que se refere. [O meu pai [, um homem pacífico,]] viveu rodeado de amigos. [Sérgio Godinho [, autor de belos poemas,]] lançou mais um CD. [A maçã [, que é um fruto saudável,]] é vendida todo o ano. Regra 6  Separa-se o modificador apositivo do nome. Schulz, Snoopy e o Desporto, Meribérica/Liber GN Nós, que tocamos piano, temos de cuidar dos nossos dedos! oração subordinada relativa explicativa
  • 13. O 2012 Regra 6 O modificador do nome (cont.) Modificador restritivo § Restringe a realidade referida pelo nome que modifica. § Não pode ser separado por vírgulas do nome a que se refere. Ele gosta [de peixe [grelhado]]. Ofereceram-lhe [uma pulseira [de prata]]. [O meu vizinho [que vive no rés do chão]] tem a casa inundada. Sugestão: Exercícios com pares de frases com orações subordinadas relativas explicativas e restritivas para verificação da alteração de sentido. ] Regra 7 ¨ Separa-se o vocativo. Ó Rita, aperta o cordão das sapatilhas. Podes chegar-me esses papéis, António? Sinto-me feliz, queridos amigos, pela vossa presença! Sugestão: § Trabalhar o “par” vocativo / sujeito. [2.º ciclo] § Trabalhar o “par” vocativo / modificador do nome. [3.º ciclo] ]
  • 14. O 2012 Em síntese: Uso da vírgula  Não se separam os constituintes essenciais da frase. Regra 2  Separa-se o modificador quando está a) colocado no início da frase; b) encaixado entre o sujeito e o verbo; c) encaixado entre o verbo e um complemento. Regra 3  Separam-se as orações subordinadas adverbiais que precedem ou estão encaixadas nas subordinantes. Regra 4  Separam-se as orações coordenadas assindéticas. Regra 5  Separam-se as conjunções adversativas, explicativas e conclusivas (mas, pois, logo) e os advérbios conectivos/locuções adverbiais com valor idêntico. Regra 6  Separa-se o modificador apositivo do nome. Regra 7  Separa-se o vocativo.  Assinala uma elipse. Regra 1 Regra 2 Regra 3 Regra 4 Regra 5 Regra 6 Regra 7 Regra 8 Regra 8  Assinala uma elipse. A tarde esteve chuvosa e cinzenta; a noite, tranquila e luminosa. [esteve] Francamente interessante, aquele filme. [é] Pela frente dele passavam automóveis a brilhar, corredores de linda estampa, muito airosos na manhã; e no mar, tocados pelo vento, barcos. (José Cardoso Pires) [passavam] Sugestão: Exercícios para uso da elipse como forma de evitar repetições de palavras. 
  • 15. O 2012 Exercícios de pontuação  Vocativo vs. Sujeito [2.º ciclo] 1. Presta atenção às palavras sublinhadas nestas frases: a. Companheiros, o peixe gigantesco vai afundar-nos! b. Alá, salva-me! 1.1. As palavras sublinhadas indicam  quem fala.  de quem se fala.  com quem se fala. 1.2. Reescreve as frases mudando a posição do constituinte sublinhado. O peixe gigantesco vai afundar-nos, companheiros! / Salva-me, Alá! 1.3. Os constituintes sublinhados estão separados por que sinal de pontuação? 1.4. Indica o sujeito da frase a., substituindo-o pelo pronome ele. Companheiros, ele vai afundar-nos! 1.5. Indica o pronome que pode recuperar o sujeito nulo da frase b. Alá, Tu salva-me! X
  • 16. O 2012 sujeito vocativo a. Caro leitor, este é o relato da primeira viagem de Sindbad. b. Durante a viagem, Sindbad foi parar em cima de um peixe. c. Foge, Sindbab, isto não é uma ilha! d. Ó capitão, não parta sem mim – gritou Sindbad. e. Infelizmente, o capitão não ouviu os gritos de Sindbad. 2. Assinala a função sintática do elemento sublinhado em cada frase. X X X X X in Diálogos, 6.º ano, Porto Editora Vocativo vs. modificador do nome [3.º ciclo] 3. O constituinte sublinhado na frase abaixo pode desempenhar a função sintática de vocativo ou de modificador do nome. A Rita, minha amiga, é uma rapariga divertida. 3.1. Prova que “minha amiga” pode ser um vocativo. Ó minha amiga, a Rita é uma rapariga divertida. A Rita é uma rapariga divertida, minha amiga. 3.2. Observa a alteração que introduzimos na frase: – A Rita, minha amiga, é uma rapariga divertida – disse a Isabel ao José. 3.2.1. O que te permite afirmar que o constituinte sublinhado não é um vocativo? O vocativo indica o ser a quem nos dirigimos. Neste contexto, Isabel dirige-se ao José (e não à “minha amiga”).
  • 17. O 2012 O modificador restritivo e apositivo e a vírgula 5. Indica a diferença de sentido entre cada par de frases. a. Os cientistas que trabalham para o bem da humanidade merecem todo o apoio. Os cientistas, que trabalham para o bem da humanidade, merecem todo o apoio. b. Todos os candidatos que vieram de gravata foram admitidos. Todos os candidatos, que vieram de gravata, foram admitidos. c. Os livros que têm belas ilustrações venderam-se bem. Os livros, que têm belas ilustrações, venderam-se bem. d. Os alunos que já não têm testes vão ao passeio. Os alunos, que já não têm testes, vão ao passeio.  A elipse 4. Reescreve as frases seguintes, eliminando a repetição dos verbos sublinhados. a. A Raquel pintou um campo florido atravessado por um riacho de água azul; a Sílvia pintou uma praia de areia branca. … a Sílvia, uma praia de areia branca. b. Ela chama-se Francisca; ele chama-se Diogo. … ele, Diogo. c. Como temos duas televisões em casa, o meu irmão viu o telejornal; eu vi um filme de terror. … eu, um filme de terror. d. Os alunos da turma B foram ao Gerês; os da turma A foram à serra da Estrela. … os da turma A, à serra da Estrela. 
  • 18. O 2012 Exercícios de escolha múltipla (continuação) 7. Assinala, em cada alínea, a frase corretamente pontuada. a. £ O cão, o gato, o peixe e o periquito vivem com eles. £ O cão, o gato, o peixe, e o periquito vivem com eles. £ O cão, o gato, o peixe e o periquito, vivem com eles. b. £ Os amigos do meu tio Afonso, foram visitá-lo ao hospital. £ Os amigos, do meu tio Afonso, foram visitá-lo ao hospital. £ Os amigos do meu tio Afonso foram visitá-lo ao hospital. c. £ Nós oferecemos, dois pares de sapatos à Gabriela. £ Nós oferecemos dois pares de sapatos, à Gabriela. £ Nós oferecemos dois pares de sapatos à Gabriela. X X X Exercícios de escolha múltipla 6. Assinala, em cada par de frases, a que está corretamente pontuada. a. £ O meu tio é professor, jornalista e escritor. £ O meu tio é professor, jornalista, e escritor. b. £ Rita, nós vamos ao cinema. Queres vir? £ Rita nós vamos ao cinema. Queres vir? c. £ Todos os alunos do 6.º ano, fizeram um teste. £ Todos os alunos do 6.º ano fizeram um teste. d. £ Aquela senhora apresentou, uma reclamação. £ Aquela senhora apresentou uma reclamação. e. £ O diretor da escola telefonou, ao pai do Ricardo. £ O diretor da escola telefonou ao pai do Ricardo. f. £ Na sua infância, o meu avô morou em Castelo Branco. £ Na sua infância, o meu avô morou, em Castelo Branco. X in Diálogos, 6.º ano, Porto Editora X X X X X
  • 19. O 2012 Exercícios com vários sinais de pontuação/sinais auxiliares de escrita Texto analisado: “Claralinda” (romance tradicional), de Almeida Garrett 8. Pontua os enunciados seguintes, de forma a obteres frases com sentidos diferentes. Atenção: não podes acrescentar palavras, apenas sinais auxiliares de escrita ou de pontuação. a. Conde Claros gosta de Claralinda não está apaixonado por outra donzela Conde Claros gosta de Claralinda. Não está apaixonado por outra donzela. Conde Claros gosta de Claralinda? Não! Está apaixonado por outra donzela. b. El-rei disse este pajem é mexeriqueiro e vai ser degolado El-rei disse: “Este pajem é mexeriqueiro e vai ser degolado.” – El-rei – disse este pajem – é mexeriqueiro e vai ser degolado. c. Claralinda acha que o conde merece perdão nunca foi demasiado atrevido Claralinda acha que o conde merece perdão. Nunca foi demasiado atrevido. Claralinda acha que o conde merece perdão? Nunca! Foi demasiado atrevido. in Diálogos, 8.º ano, Porto Editora Claralinda Meia-noite já é dada, Os galos querem cantar, O conde Claros na cama Não podia repousar. Chamou pajens e escudeiros, Que se quer já levantar; Que lhe tragam de vestir, Que lhe tragam de calçar. Deram-lhe uma alva camisa, Que el-rei a não tinha tal; Deram-lhe saio de seda, Cintura de oiro e firmal. Trazem-lhe esporas doiradas Para com elas montar; Cavalgou no seu cavalo, Pôs-se logo a caminhar. – “Deus te salve, Claralinda, Tão cedo estás a bordar?” – “Salva-te Deus, conde Claros! Donde vais a caminhar?” – “Aos moiros me vou, senhora, Grandes guerras guerrear.” – “Que belo corpo que tendes Para com eles brigar!” Mas pois tão alto falaste, Alto hás de ir a enforcar.” Castigar os chocalheiros5 Boa justiça real: Mas o pobre conde Claros Também vai a degolar. – “Vinde, vinde, Claralinda... Como estais a descansar! Vinde ver o conde Claros Que el-rei o manda matar.” – “Acudi, minhas donzelas, Vinde-me acompanhar: Que se el-rei lhe não perdoa, Com ele quero acabar.” – “Deus vos salve, senhor rei, E a vossa c’roa real! Que vos fez o conde Claros Para o mandardes matar?” – “Se eu tivera outra filha Para em meu reino reinar, Juro-te, ó Claralinda, Que o ias acompanhar. Mas toma-o tu por marido, Por genro o quero eu tomar; E ninguém mais nesta corte Se atreva a mexericar.” Almeida Garrett, Romanceiro, Círculo de Leitores, 1997 – “Melhor o tenho, senhora, Para convosco folgar...” Palavras não eram ditas Um pajem que ia a passar: – “As palavras que são ditas, A el-rei vou já contar.” – “Palavras que ditas são, A el-rei não vás levar: Dar-te-ei de oiro e de prata Quanto possas carregar.” – “Não quero oiro nem prata, Se oiro e prata me heis de dar; Quero guardar lealdade A quem na devo guardar: As palavras que são ditas, A el-rei as vou contar.” Foi dali o bom do pajem Andando de bom andar À casa da estudaria, Onde el-rei estava a estudar: – “Deus vos salve, senhor rei, E a vossa c’roa real! Lá deixei o conde Claros Com a princesa a folgar.” – “Se à puridade o dissesses, Tença te havia de dar;
  • 20. O 2012 10. Pontua adequadamente as frases seguintes de forma a obteres sentidos diferentes. a. Matar o rei não é crime Matar o rei não é crime. Matar o rei? Não, é crime. Matar o rei, não! É crime! b. Se ajudar o mundo fica melhor Se ajudar, o mundo fica melhor. Se ajudar o mundo, fica melhor. c. A culpa é do Luís não é nossa A culpa é do Luís; não é nossa. A culpa é do Luís? Não, é nossa. d. Se todos continuam eu não desisto Se todos continuam, eu não desisto. Se todos continuam, eu não: desisto. 9. Na Grécia antiga, em Delfos, havia o hábito de consultar os deuses que proferiam oráculos, isto é, sentenças. Conta-se que certo rei quis saber se regressaria vivo da guerra, tendo recebido como resposta as seguintes palavras: Irás voltarás não morrerás Confiante, o rei partiu para a guerra, mas morreu. 9.1. Pontua a frase da forma como o rei terá interpretado a mensagem. Irás, voltarás, não morrerás. 9.2. Pontua, agora, a frase de forma a atribuir-lhe o sentido adequado ao final da história. Irás. Voltarás? Não, morrerás. in Diálogos (Caderno de Atividades), 8.º ano, Porto Editora inhttp://www.philosophy.pro.br/
  • 21. O 2012 11. Pontua adequadamente as frases seguintes, tornando claro o seu sentido. a. Maria quando toma banho sua mãe grita tenho medo de água fria. Maria, quando toma banho, sua. “Mãe!”, grita, “Tenho medo de água fria!” b. Maria toma banho porque sua mãe disse ela dá-me a toalha. Maria toma banho porque sua. “Mãe, disse ela, dá-me a toalha.” c. Um lavrador tinha um bezerro e a mãe do lavrador era também o pai do bezerro. Um lavrador tinha um bezerro e a mãe; do lavrador era, também, o pai do bezerro. d. Certo rei querendo perdoar um condenado despachou assim o tribunal condenou eu não discordo. Certo rei, querendo perdoar um condenado, despachou assim: “O tribunal condenou; eu não: discordo.” 12. A minha mochila desapareceu não está no quarto Ouve a frase acima, dita com diferentes entoações, e pontua-a de várias maneiras possíveis. Há casos em que temos apenas uma pessoa a falar; noutros casos, temos diálogo. a. A minha mochila desapareceu. Não está no quarto. b. – A minha mochila desapareceu? – Não, está no quarto. c. – A minha mochila desapareceu, não? – Está no quarto! d. A minha mochila desapareceu! Não está no quarto! e. – A minha mochila desapareceu! – Não está no quarto? f. A minha mochila desapareceu… Não está no quarto…
  • 22. O 2012 14. Reescreve a anedota seguinte, § reconstituindo os parágrafos; § utilizando maiúsculas sempre que necessário; § introduzindo a pontuação. quando a mãe chegou a casa viu que o João tinha acabado com um bolo de chocolate então chamou o filho e disse-lhe será possível que tenhas comido o bolo sem pensar no teu irmão respondeu o rapaz estive sempre a pensar nele mamã estava com tanto medo que ele aparecesse antes de eu o acabar Quando a mãe chegou a casa, viu que o João tinha acabado com um bolo de chocolate. Então chamou o filho e disse-lhe: – Será possível que tenhas comido o bolo sem pensar no teu irmão? Respondeu o rapaz: – Estive sempre a pensar nele, mamã! Estava com tanto medo que ele aparecesse antes de eu o acabar!... in Diálogos (Caderno de Atividades), 6.º ano, Porto Editora Pontuar textos Corre corre corredor Era uma vez um corredor atravancado de cadeiras vasos prateleiras mesas Era um corredor muito triste Ó corredor por que é que estás tão triste Porque não me deixam correr respondeu o corredor Mário Castrim, Histórias com Juízo, 4.ª ed., Caminho, 1993 13. Coloca, nos £, os sinais de pontuação que retirámos desta breve história: Corre, corre, corredor! Era uma vez um corredor atravancado de cadeiras, vasos, prateleiras, mesas. Era um corredor muito triste. – Ó corredor, porque é que estás tão triste? – Porque não me deixam correr – respondeu o corredor. Mário Castrim, Histórias com Juízo, 4. ed., Caminho, 1993 in Diálogos (Caderno de Atividades), 6.º ano, Porto Editora
  • 23. O 2012 15. Escuta o excerto de uma reportagem que abaixo reproduzimos sem quaisquer sinais de pontuação. À medida que vais ouvindo,  indica, no texto, com traços oblíquos [ / ], a localização das pausas;  sublinha as palavras que o jornalista realça para atrair a atenção do ouvinte. A pobreza em Portugal é um problema social grave e o seu não reconhecimento tem-se revelado ultimamente um dos maiores entraves à sua erradicação lê-se num manifesto preparado pela Associação Cais e Fundação AMI entre outras organizações no manifesto citam-se por exemplo dados de 2004 desde 1999 e 2000 o número de pessoas sem abrigo aumentou 20 a 25 por cento sobretudo em cidades como o Porto Coimbra Lisboa e Almada o documento assinala ainda que na União Europeia Portugal é o país com mais desigualdade entre ricos e pobres in “Público na Escola”, n.º 3, 2005/06 (texto adaptado e com supressões) 15.1. Reescreve o texto, pontuando-o. 15.2. Lê-o, em voz alta, como se fosses o jornalista. Não te esqueças de acentuar distintamente as palavras que sublinhaste anteriormente. “A pobreza em Portugal é um problema social grave e o seu não reconhecimento tem-se revelado, ultimamente, um dos maiores entraves à sua erradicação”, lê-se num manifesto preparado pela Associação Cais e Fundação AMI, entre outras organizações. No manifesto, citam-se, por exemplo, dados de 2004: desde 1999 e 2000, o número de pessoas sem abrigo aumentou 20 a 25 por cento, sobretudo em cidades como o Porto, Coimbra, Lisboa e Almada. O documento assinala ainda que, na União Europeia, Portugal é o país com mais desigualdade entre ricos e pobres. Associação Brasileira de Imprensa http://www.youtube.com/watch?v=JxJrS6augu0
  • 24. O