O documento discute como o espaço influencia a dança. Aborda conceitos como cinesfera, níveis do espaço, planos espaciais e direções de movimento desenvolvidos por Laban para analisar o corpo no espaço. Também reflete sobre como diferentes tamanhos de cinesfera afetam o movimento e sobre usar o espaço de forma direta ou indireta na dança contemporânea.
2. Qual o tamanho do seu espaço individual?
Você já se sentiu desconfortável porque alguém se aproximou ou distanciou de você?
Isso muda dependendo da pessoa ou do lugar onde você está?
A palavra espaço pode referir-se ao espaço sideral, ao espaço entre as pessoas, ao espaço
delimitado das cidades.
A forma como nosso corpo se acomoda também tem a ver com o espaço quando dançamos
, sempre nos relacionamos com o espaço, mesmo que não tenhamos essa intenção, pois o
ocupamos e dançamos nele.
Quando o uso do espaço é intencional, ele se torna o foco da coreografia e da improvisação.
3. O ESPAÇO E A DANÇA
• Pensar no espaço onde se dança é
fundamental, pois, quando o corpo
dança, ele se relaciona com tudo aquilo
que o cerca.
• Podemos pensar no espaço como um
cenário que compõe a imagem de quem
dança para quem assiste, como fatores
de influenciação e de transformação da
dança.
4. O movimento possui diversas características e
qualidades.
Laban desenvolveu um método de descrição e
análise do movimento, aplicável
indistintamente a todas as atividades humanas.
Entende que todo movimento é funcional e
expressivo do pensamento e dos sentimentos.
O movimento possui diversas características e
qualidades.
Categorizou essas características para criar uma
linguagem comum e, com isso, expandir o
campo de estudo das ações corporais.
Divisão do espaço
5. • Nível alto: o mais longe do
chão.
• Nível baixo: próximo ao
chão.
• Nível médio: posições
intermediárias entre os
níveis alto e baixo.
NÍVEIS DO
ESPAÇO
6. • Estudo do movimento realizado
por Rudolf Laban.
• Ajuda a compreender melhor o
alcance do movimento de um
corpo no espaço.
• É a possibilidade de movimentar
partes do corpo sem que haja
um deslocamento, mantendo-se
a um ponto de apoio fixo.
• É a delimitação do espaço que o
nosso corpo ocupa.
Cinesfera
7. • A imagem do Homem Vitruviano,
uma das mais famosas de
Leonardo da Vinci (1452-1519),
nos dá uma dimensão da
Cinesfera.
• Leonardo usa seus estudos sobre
simetria e proporção do corpo
humano, do arquiteto Vitruvio,
tornando seus trabalhos mais
técnicos e realistas.
Cinesfera na imagem
do Homem Vitruviano
8. Cada pessoa possue essa cinesfera
em seu corpo
• Ajuda compreender os limites do espaço
individual e como podemos lidar com suas
variações em situações coletivas.
• Desenvolve mais consciência do nosso corpo
e daquilo que sentimos.
• Algumas pessoas podem sentir cinesfera
pequena quando se sentem tristes, ou em
uma situação de conforto/acolhimento.
• Refletir sobre este espaço, pode nos levar a
descobertas importantes.
• Possibilita compreender melhor o que é
contorno, limite e o espaço do outro.
9. Cinesfera Pequena
• Alcance próximo, espaço bem perto,
ao redor do nosso corpo.
• Exemplos: Um abraço aconchegante,
caminhar com passos bem
pequenos ou deslocar em um
espaço lotado de pessoas, limitando
nossos movimentos.
10. Cinesfera média
• É o espaço um pouco maior,
que está entre a pequena e
a grande.
• Os movimentos podem se
expandir um pouco mais
que o espaço anterior.
11. Cinesfera grande
• Uma area que se expande ao
redor do corpo.
• Os movimentos de alcance
distante. Exemplo: jogador
de basquete se estica para
colocar a bola na cesta;
esticar ao máximo para
colher uma fruta, quando
pulamos e ao mesmo tempo
abrimos os braços e as
pernas.
12. • Há uma infinidade de combinações de movimento
dentro da cinesfera.
• Planos são combinações específicas nas quais
realizamos movimentos cotidianos, divididas em:
Plano
da roda
Plano da
porta
Plano da
mesa
1. PLANO DA PORTA: compreende os pares frente e trás.
2. PLANO DA MESA: compreende os pares cima e baixo.
3. PLANO DA RODA: compreende os pares direita e
esquerda.
• Podemos dizer que os planos são bidimensionais,
porque são a soma de duas dimensões.
Planos espaciais
13. Dimensões do movimento
• PLANO DA PORTA
• As dimensões do comprimento e a amplitude,
combinadas com as direções de cima , baixo e
lateais.
• Neste plano, a fundamentação consiste em ter a
experiencia da postura no eixo vertical (em pé) e ao
movimento de dobrar a coluna lateralmente.
Delimitamos a amplitude, profundidade e
comprimento, através da combinação de duas das
três dimensões que existem no plano.
14. PLANO DA MESA:
• As dimensões de amplitude e de profundidade
são combinadas, direcionando-se para as laterais
do corpo, frente e trás.
• Nessa situação, predominam os movimentos de
abrir e fechar em relação ao corpo e o
movimento de torcer a coluna.
Dimensões do movimento
15. Dimensões do movimento
PLANO DA RODA
• As dimensões de profundidade e comprimento estão
nos movimentos para frente e trás; cima e baixo.
• Observa-se movimentos com os braços e pernas e a
posssibilidade de arquear a coluna ou arredondar
para frente e para trás.
16. • Na dança contemporânea, nos
deslocamos no espaço de diferentes
formas: saltando, andando, correndo,
sendo carregado, se arrastando, girando,
entre outras.
• Esses deslocamentos podem se dar por
meio de “caminhos” retos ou curvos, e
serem feitos individual ou coletivamente.
• Podemos usar o espaço de maneira
• DIRETA
• INDIRETA
ESPAÇO COMO FATOR
DE MOVIMENTO
17. DIRETA
Uso mais restrito do
espaço que o
movimento deve
percorrer
Movimentos lineares,
sem envolver torções
no corpo
INDIRETA
Os movimentos tendem a ser
ondulados ou arredondados, podendo
utilizar varias partes do corpo,
direcionado para diversos pontos ao
mesmo tempo.
Movimentos de maneira mais ampla e
flexível, permitindo mais movimentos
com torçoes
MULTIFOCAL
DIFUSA
18. • Laban cria simbolos das direções
espaciais, para identificar os
movimentos através da imagem.
• Indica o sentido para onde o
movimento segue, partindo sempre do
centro do corpo.
• Direções (sentido; aonde se vai):
Frente, trás, lado, diagonais, em cima,
em baixo.
Sinais de direção
21. ATV2 da II unidade – Nono ano
• Wassily Kandinsky foi um pintor
russo que apesar da formação no
curso de Direito pela Universidade de
Moscou, demostrou grande interesse
e inclinação para Artes Visuais após
conferir uma exposição de pintores
impressionistas e ficar deslumbrado
por aquelas pinturas.
• Foi pioneiro do Movimento
Abstracionista, relacionado ao lírico,
intuitivo e emocional.
“Curvas da dança”
22. • Durante suas experimentações
de desenho e em seu processo
criativo, Kandinsky praticou seu
olhar e desenvolveu formas a
partir da observação do mundo
que o cercava.
• Na obra “Curvas da Dança”, o
artista traçou linhas a partir
dos gestos da dança, unindo os
conceitos de movimento, linha,
ponto e plano do desenho a
uma dinâmica constante da
dança.
23. • Depois de criar seus traços
com essa observação,
Wassily criou uma série de
quadros que incrementaram
ainda mais o seu conceito e
o tornou um artista tão
criativo e influenciador.
25. • A Dança é a arte de mexer o corpo, através de
uma cadência de movimentos e ritmos,
criando uma harmonia própria.
• Não é somente através do som de uma música
que se pode dançar, pois os movimentos
podem acontecer independentes do som que
se ouve, e até mesmo sem ele.
• A história da dança retrata que seu surgimento
se deu ainda na Pré-História, quando os
homens batiam os pés no chão.
• Aos poucos, foram dando mais intensidade
aos sons, descobrindo que podiam fazer
outros ritmos, conjugando os passos com as
mãos, através das palmas.
26. ATV2
II unidade
• Observando as imagens acima, vamos fazer como Kandinsky.
• Escolha algumas delas e crie linhas a partir dos movimentos das diferentes
danças apresentadas.
• Use a técnica de sua preferencia, exemplo: recorte e colagem, arte digital,
lápis de cor, aquarela, etc.)
• Depois de criar as linhas e pontos, você produzirá uma composição abstrata
com os elementos que formou, representando a dança através da imagem.