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CONTEXTOS BILÍNGUES DE
APRENDIZAGEM: A ESCRITA DE SINAIS NA
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NAS AULAS
DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS
Flávia Roldan Viana - UFRN
Bárbara Pimenta de Oliveira – SME/Fortaleza
Fortaleza - CE, 13 a 15 de setembro de 2018.
13 a 15 de Setembro de 2018
INTRODUÇÃO
Este trabalho é parte de um projeto de extensão que foca a
Teoria dos Campos Conceituais e a Formação de
professores para o trabalho com estruturas aditivas no
contexto da surdez que se insere no campo de atuação na
realidade social, sendo de natureza acadêmica, com caráter
educativo e que visa investigar a prática de professores dos
anos iniciais do Ensino Fundamental no que tange às
Estruturas Aditivas no ensino de matemática para alunos
surdos.
Objetivo: Analisar o uso da escrita de sinais na resolução de
problemas no ensino de matemática para alunos surdos,
evidenciando a importância e a necessidade das escolas
adotarem um ensino diferenciado a esse alunado.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
P. 17 e 18
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
É preciso planejar aulas e ambientes
matematizadores que privilegiem os recursos visuais
e mnemônicos, para que o aluno surdo tenha
possibilidades de compreensão e apreensão dos
conteúdos matemáticos. Segundo Nunes et al.
(2011, p. 25), “os alunos surdos aprendem melhor
quando se usa recursos visuais, como objetos ou
figuras, para apoiar a apresentação de problemas de
Matemática, não importando se essa apresentação
seja feita usando a língua de sinais ou a língua oral”.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A escrita de sinais do SignWriting (SW), originado a partir de um sistema
de notação de dança desenvolvido por Sutton em 1974, é um sistema
alfabético de glifos que representa as línguas de sinais naturais
(WANDERLEY; STUMPF, 2016).
Entretanto, dentre os sistemas já apresentados a comunidade surda do
Brasil, o SignWriting (SW) se sobressai aos demais por trazer uma
exploração expressiva no espaço gráfico, “que é uma parte importante da
anotação icônica da forma material dos signos e contempla com riqueza a
anotação para os parâmetros não manuais, essencial à estrutura das
línguas de sinais” (WANDERLEY; STUMPF, 2016, p. 149).
Não obstante de ser considerada essencial para o processo de ensino e
aprendizagem dos alunos surdos (NOBRE, 2011; STUMPF, 2011;
BARRETO, BARRETO, 2012), ainda não têm encontrado ampla
aceitação por parte das pessoas surdas, usuárias da língua de sinais.
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA
O episódio de ensino analisado diz respeito a uma turma de 3º ano do
Ensino Fundamental, com 30 alunos ouvintes e 02 alunos surdos, em
processo de proficiência em Libras.
A situação-problema, escrita em língua portuguesa, foi elaborada
considerando que os recursos visuais e mnemônicos são importantes
para a compreensão conceitual do aluno surdo e foi entregue tanto aos
alunos surdos quanto aos alunos ouvintes (FIGURA 1).
Figura 1 – Situação-problema (Parte – Parte – Todo)
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA
Após o tempo inicial para que cada aluno lesse o solicitado, os estudantes
passaram, então, a discutir a situação-problema, pois a resolução está para além
de simplesmente ler, mas de interpretar. Vale ressaltar que, a situação-problema
foi interpretada em Libras para os alunos surdos. Além disso, a esses alunos foi
entregue a glosa de interpretação em Libras da situação-problema junto a escrita
de sinais da situação-problema, conforme é demonstrado na figura seguinte
(FIGURA 2).
Figura 2 – Glosa e Escrita de sinais da situação-problema
DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA
Observou-se, então, que o texto entregue com a glosa da
interpretação e a escrita de sinais, facilmente identificada
pelos alunos surdos, oportunizou a esses alunos pensar
matematicamente sobre os possíveis caminhos de resolução
dos problemas apresentados. Entretanto, apesar de ter sido
identificado elementos importantes, como: a escrita de sinais
como facilitador de leitura para alunos surdos, argumentos
relevantes nas discussões de respostas das situações-
problemas e, fundamentalmente, as análises consistentes por
parte dos alunos surdos, sabe-se das limitações que o uso da
escrita de sinais acarreta no contexto da sala de aula, que
estão para além do desconhecimento por parte do professor
e dos próprios alunos surdos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise deste estudo nos permitiu uma visão da Escrita de sinais e sua
aplicação na resolução, pelos alunos surdos, de situações-problema nas
aulas de matemática. Os resultados da pesquisa nos revelam caminhos
(“ensino diferenciado”) para possíveis desdobramentos de proposições
metodológicas de orientação bilíngue, em relação ao processo de ensino
e aprendizagem do estudante surdo.
É possível constituir ferramentas didático-pedagógicas para ampliar as
funções cognoscitivas desses sujeitos.
Por fim, é preciso pensar a prática inclusiva da sala de aula embasada em
teorias que facilitem a mediação do professor. Tal reflexão possibilita-nos
compreender que novos olhares precisam ser gestados a partir da ruptura
com ideias engessadas e moldadas historicamente, para que se possa
verdadeiramente caminhar em direção a uma educação inclusiva que dê
suporte a uma formação para alunos críticos, participativos e criativos,
independentemente de suas peculiaridades de aprendizagem que fogem
aos padrões estabelecidos de “normalidade”.
REFERÊNCIAS
BARRETO, M.; BARRETO, R. Escrita de sinais sem mistérios. Vol. I. Belo Horizonte:
edição do autor, 2012.
BENASSI, C. A.; DUARTE, A. S.; SOUZA, S. A.; PADILHA, S. de J. VisoGrafia: uma
proposta de grafia para as línguas de sinais. In.: IV Círculo – Rodas de conversa
Bakhtiniana: literatura, cidade e cultura popular. São Carlos Pedro & João Editores, 2016.
GLAT, R; BLANCO, L. de M. V. Educação Especial no contexto de uma escola inclusiva. In:
GLAT, R. Educação inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: Sette Letras,
2007. p. 15-35.
MACHADO, P. C. A política educacional de integração/inclusão: um olhar do egresso
surdo. Florianópolis: UFSC, 2008.
MANTOAN. M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna,
2003. — (Coleção cotidiano escolar).
NOBRE, R. S. Processo de grafia da língua de sinais: uma análise fono-morfológica da
escrita em signwriting. Dissertação. Mestrado em Linguística. Programa de Pós-Graduação
em Linguística. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2011.
NUNES, T.; CAMPOS, T. M. M.; MAGINA, S; BRYANT, P. Educação Matemática: números
e operações numéricas. São Paulo: Cortez, 2005.
______; BRYANT, P; BARROS, R; SYLVA, K. The relative importance of two different
mathematical abilities to mathematical achievement. Oxford: British Journal of Educational
Psychology, 2011.
REFERÊNCIAS
SACKS, O. W. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. Trad. Laura Teixeira Mota. São Paulo:
Cia. Das Letras, 1998.
SALES, E. R. Refletir no silêncio: um estudo das aprendizagens na resolução de problemas aditivos
com alunos surdos e pesquisadores ouvintes. 2008. 162 f. Dissertação (Mestrado em Educação em
Educação em Ciências e Matemáticas) - Universidade Federal do Pará, Belém, 2008.
SASSAKI, R. K. Vida independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos.
São Paulo: RNR, 2003, p. 12-16.
SPINILLO, A. G; LAUTERT, S. L. O diálogo entre a psicologia do desenvolvimento cognitivo e a
educação matemática. In: MEIRA, L. L.; SPINILLO, A. G. (Org). Psicologia cognitiva – cultura,
desenvolvimento e aprendizagem. Recife: Ed Universitária da UFPE, 2006.
STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008.
STUMPF, M. Escrita da língua brasileira de sinais. Indaial: UNIASSELVI, 2011.
VERGNAUD, G. A classification of cognitive tasks and operations of thought involved in addition and
subtraction problems. In Carpenter, T., Moser, J. & Romberg, T. A cognitive perspective. Hillsdale, N.J.:
Lawrence Erlbaum, 1991, p. 39-59.
______. A Criança, a matemática e a Realidade. Trad. De Maria Lucia Faria Moro. Curitiba: Editora
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VIANA, F. R; BARRETO, M. C. O Ensino de Matemática para alunos com surdez: desafios docentes,
aprendizagens discentes. 1. ed. CURITIBA: Editora CRV, 2014. v. 1. 142p.
WANDERLEY, D. C; STUMPF, G. A marcação do plural no sistema Signwriting: Uma abordagem
morfológica. Revista Leitura – Línguas de Sinais: abordagens teóricas e aplicadas. V.1 nº 57 – jan/jun
2016, p. 147 – 171.

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CONTEXTOS BILÍNGUES DE APRENDIZAGEM: A ESCRITA DE SINAIS NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NAS AULAS DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS

  • 1. CONTEXTOS BILÍNGUES DE APRENDIZAGEM: A ESCRITA DE SINAIS NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NAS AULAS DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS Flávia Roldan Viana - UFRN Bárbara Pimenta de Oliveira – SME/Fortaleza Fortaleza - CE, 13 a 15 de setembro de 2018. 13 a 15 de Setembro de 2018
  • 2. INTRODUÇÃO Este trabalho é parte de um projeto de extensão que foca a Teoria dos Campos Conceituais e a Formação de professores para o trabalho com estruturas aditivas no contexto da surdez que se insere no campo de atuação na realidade social, sendo de natureza acadêmica, com caráter educativo e que visa investigar a prática de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental no que tange às Estruturas Aditivas no ensino de matemática para alunos surdos. Objetivo: Analisar o uso da escrita de sinais na resolução de problemas no ensino de matemática para alunos surdos, evidenciando a importância e a necessidade das escolas adotarem um ensino diferenciado a esse alunado.
  • 4. P. 17 e 18 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
  • 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA É preciso planejar aulas e ambientes matematizadores que privilegiem os recursos visuais e mnemônicos, para que o aluno surdo tenha possibilidades de compreensão e apreensão dos conteúdos matemáticos. Segundo Nunes et al. (2011, p. 25), “os alunos surdos aprendem melhor quando se usa recursos visuais, como objetos ou figuras, para apoiar a apresentação de problemas de Matemática, não importando se essa apresentação seja feita usando a língua de sinais ou a língua oral”.
  • 6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A escrita de sinais do SignWriting (SW), originado a partir de um sistema de notação de dança desenvolvido por Sutton em 1974, é um sistema alfabético de glifos que representa as línguas de sinais naturais (WANDERLEY; STUMPF, 2016). Entretanto, dentre os sistemas já apresentados a comunidade surda do Brasil, o SignWriting (SW) se sobressai aos demais por trazer uma exploração expressiva no espaço gráfico, “que é uma parte importante da anotação icônica da forma material dos signos e contempla com riqueza a anotação para os parâmetros não manuais, essencial à estrutura das línguas de sinais” (WANDERLEY; STUMPF, 2016, p. 149). Não obstante de ser considerada essencial para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos surdos (NOBRE, 2011; STUMPF, 2011; BARRETO, BARRETO, 2012), ainda não têm encontrado ampla aceitação por parte das pessoas surdas, usuárias da língua de sinais.
  • 7. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA O episódio de ensino analisado diz respeito a uma turma de 3º ano do Ensino Fundamental, com 30 alunos ouvintes e 02 alunos surdos, em processo de proficiência em Libras. A situação-problema, escrita em língua portuguesa, foi elaborada considerando que os recursos visuais e mnemônicos são importantes para a compreensão conceitual do aluno surdo e foi entregue tanto aos alunos surdos quanto aos alunos ouvintes (FIGURA 1). Figura 1 – Situação-problema (Parte – Parte – Todo)
  • 8. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA Após o tempo inicial para que cada aluno lesse o solicitado, os estudantes passaram, então, a discutir a situação-problema, pois a resolução está para além de simplesmente ler, mas de interpretar. Vale ressaltar que, a situação-problema foi interpretada em Libras para os alunos surdos. Além disso, a esses alunos foi entregue a glosa de interpretação em Libras da situação-problema junto a escrita de sinais da situação-problema, conforme é demonstrado na figura seguinte (FIGURA 2). Figura 2 – Glosa e Escrita de sinais da situação-problema
  • 9. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA Observou-se, então, que o texto entregue com a glosa da interpretação e a escrita de sinais, facilmente identificada pelos alunos surdos, oportunizou a esses alunos pensar matematicamente sobre os possíveis caminhos de resolução dos problemas apresentados. Entretanto, apesar de ter sido identificado elementos importantes, como: a escrita de sinais como facilitador de leitura para alunos surdos, argumentos relevantes nas discussões de respostas das situações- problemas e, fundamentalmente, as análises consistentes por parte dos alunos surdos, sabe-se das limitações que o uso da escrita de sinais acarreta no contexto da sala de aula, que estão para além do desconhecimento por parte do professor e dos próprios alunos surdos.
  • 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise deste estudo nos permitiu uma visão da Escrita de sinais e sua aplicação na resolução, pelos alunos surdos, de situações-problema nas aulas de matemática. Os resultados da pesquisa nos revelam caminhos (“ensino diferenciado”) para possíveis desdobramentos de proposições metodológicas de orientação bilíngue, em relação ao processo de ensino e aprendizagem do estudante surdo. É possível constituir ferramentas didático-pedagógicas para ampliar as funções cognoscitivas desses sujeitos. Por fim, é preciso pensar a prática inclusiva da sala de aula embasada em teorias que facilitem a mediação do professor. Tal reflexão possibilita-nos compreender que novos olhares precisam ser gestados a partir da ruptura com ideias engessadas e moldadas historicamente, para que se possa verdadeiramente caminhar em direção a uma educação inclusiva que dê suporte a uma formação para alunos críticos, participativos e criativos, independentemente de suas peculiaridades de aprendizagem que fogem aos padrões estabelecidos de “normalidade”.
  • 11. REFERÊNCIAS BARRETO, M.; BARRETO, R. Escrita de sinais sem mistérios. Vol. I. Belo Horizonte: edição do autor, 2012. BENASSI, C. A.; DUARTE, A. S.; SOUZA, S. A.; PADILHA, S. de J. VisoGrafia: uma proposta de grafia para as línguas de sinais. In.: IV Círculo – Rodas de conversa Bakhtiniana: literatura, cidade e cultura popular. São Carlos Pedro & João Editores, 2016. GLAT, R; BLANCO, L. de M. V. Educação Especial no contexto de uma escola inclusiva. In: GLAT, R. Educação inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: Sette Letras, 2007. p. 15-35. MACHADO, P. C. A política educacional de integração/inclusão: um olhar do egresso surdo. Florianópolis: UFSC, 2008. MANTOAN. M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. — (Coleção cotidiano escolar). NOBRE, R. S. Processo de grafia da língua de sinais: uma análise fono-morfológica da escrita em signwriting. Dissertação. Mestrado em Linguística. Programa de Pós-Graduação em Linguística. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2011. NUNES, T.; CAMPOS, T. M. M.; MAGINA, S; BRYANT, P. Educação Matemática: números e operações numéricas. São Paulo: Cortez, 2005. ______; BRYANT, P; BARROS, R; SYLVA, K. The relative importance of two different mathematical abilities to mathematical achievement. Oxford: British Journal of Educational Psychology, 2011.
  • 12. REFERÊNCIAS SACKS, O. W. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. Trad. Laura Teixeira Mota. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998. SALES, E. R. Refletir no silêncio: um estudo das aprendizagens na resolução de problemas aditivos com alunos surdos e pesquisadores ouvintes. 2008. 162 f. Dissertação (Mestrado em Educação em Educação em Ciências e Matemáticas) - Universidade Federal do Pará, Belém, 2008. SASSAKI, R. K. Vida independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos. São Paulo: RNR, 2003, p. 12-16. SPINILLO, A. G; LAUTERT, S. L. O diálogo entre a psicologia do desenvolvimento cognitivo e a educação matemática. In: MEIRA, L. L.; SPINILLO, A. G. (Org). Psicologia cognitiva – cultura, desenvolvimento e aprendizagem. Recife: Ed Universitária da UFPE, 2006. STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008. STUMPF, M. Escrita da língua brasileira de sinais. Indaial: UNIASSELVI, 2011. VERGNAUD, G. A classification of cognitive tasks and operations of thought involved in addition and subtraction problems. In Carpenter, T., Moser, J. & Romberg, T. A cognitive perspective. Hillsdale, N.J.: Lawrence Erlbaum, 1991, p. 39-59. ______. A Criança, a matemática e a Realidade. Trad. De Maria Lucia Faria Moro. Curitiba: Editora UFPR, 2009. 322p. VIANA, F. R; BARRETO, M. C. O Ensino de Matemática para alunos com surdez: desafios docentes, aprendizagens discentes. 1. ed. CURITIBA: Editora CRV, 2014. v. 1. 142p. WANDERLEY, D. C; STUMPF, G. A marcação do plural no sistema Signwriting: Uma abordagem morfológica. Revista Leitura – Línguas de Sinais: abordagens teóricas e aplicadas. V.1 nº 57 – jan/jun 2016, p. 147 – 171.