SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 32
Gênero Lírico
Construção – chico buarque
 Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
 Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
 Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
 Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
 Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado
MÚSICA – MEU GURI – CHICO
BUARQUE
Quando, seu moço
Nasceu meu rebento
Não era o momento
Dele rebentar
Já foi nascendo
Com cara de fome
E eu não tinha nem nome
Prá lhe dar
Como fui levando
Não sei lhe explicar
Fui assim levando
Ele a me levar
E na sua meninice
Ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega suado
E veloz do batente
Traz sempre um presente
Prá me encabular
Tanta corrente de ouro
Seu moço!
Que haja pescoço
Prá enfiar
Me trouxe uma bolsa
Já com tudo dentro
Chave, caderneta
Terço e patuá
Um lenço e uma penca
De documentos
Prá finalmente
Eu me identificar
Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega no morro
Com carregamento
Pulseira, cimento
Relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar
Cá no alto
Essa onda de assaltos
Tá um horror
Eu consolo ele
Ele me consola
Boto ele no colo
Prá ele me ninar
De repente acordo
Olho pro lado
E o danado já foi trabalhar
Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega estampado
Manchete, retrato
Com venda nos olhos
Legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente
Seu moço!
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato
Acho que tá rindo
Acho que tá lindo
De papo pro ar
Desde o começo eu não disse
Seu moço!
Ele disse que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí
Olha aí!
E o meu guri!...(3x)
QUAL A FUNÇÃO DA MÚSICA NA
VIDA DO HOMEM?
POESIA - MÚSICA
HÁ MUSICALIDADE NA POESIA
A MÚSICA É POÉTICA
Vamos ouvir?
 A Banda Chico Buarque
 Estava à toa na vida / O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor
 A minha gente sofrida / Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor
 O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
 A moça triste que vivia calada sorriu
 A rosa triste que vivia fecha se abriu
 E a meninada toda se animou
 Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor
 Uma sílaba poética
 Serenata sintética - Cassiano Ricardo
Rua
Torta.
Lua
Morta
Tua
Porta.
Duas sílabas poéticas – dissílabo
“A valsa” – Casimiro de Abreu
Na valsa
Cansaste;
Ficaste
Prostrada,
Turbada!
Pensavas,
Cismavas,
E estavas
Tão pálida
três sílabas poéticas – trissílabo
“Trem de ferro – Manuel Bandeira”
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pato
Passa boi
Passa boiada
Quatro sílabas poéticas –
Tetrassílabos – quebrados de
redondilha menor
“A casa” – Vinícius de Moraes
Era uma casa
muito engraçada
Não tinha teto,
não tinha nada
a.
cinco sílabas poéticas -
redondilha menor
Tempo Celeste” – Cecília Meireles
Dorme o pensamento.
Riram-se? Choraram?
Ninguém mais recorda
 Gênero Lírico.
 Seu nome vem de lira, instrumento
musical que acompanhava os cantos dos gregos.
 POESIA s.f. (Do gr. poiesis, criação, pelo
lat. poesis) Forma de expressão lingüística destinada a
evocar sensações, impressões e emoções, por meio
da união de sons, ritmos e harmonia e utilizando
uma seleção de vocábulos essencialmente
metafórica.
 EU-LÍRICO
 MUSICALIDADE
RIMAS- INTERPOLADAS (ABBA)– ALTERNADAS- (ABAB) EMPARELHADAS
(AABB)
RICAS
POBRES
ESDRÚXULAS
 RITMO- SÍLABAS POÉTICAS
 REDONDILHA MENOR/ REDONDILHA MAIOR VERSOS DECASSÍLABOS /
ALEXANDRINOS/ LIVRES/ BRANCOS
 ESTROFAÇÃO: DÍSTICOS/ TERCETO/ QUARTETO/QUINTETO/
SEXTEXTO/SÉTIMA/ OITAVA/NOVENA/DÉCIMA
 REFRÃO
 OURO PRETO
Ouro branco! Ouro preto! Ouro poder! De cada
Ribeirão trepidamente e de cada recosto
De montanha o metal rolou da cascalhada
Para o fausto d´El Rei, para a glória do imposto.
Que resta do esplendor de outrora? Quase nada.
Pedras... templos que são fantasmas ao sol-posto.
Esta agência postal era a Casa-de-Entrada...
Este escombro foi um solar... Cinza e desgosto. (Manuel
Bandeira)
 TIPOS
Quanto ao conteúdo, os poemas líricos se caracterizam pelo predomínio dos sentimentos,
das emoções, o que os torna subjetivos. A poesia em geram pertence a estes gêneros:
 Ode e hino: (Grécia) significam “canto”. Ode é uma poesia
entusiástica, de exaltação. Hino é a poesia destinada a glorificar a pátria ou louvar divindades.
 Elegia: é uma poesia em tom triste. Fala de acontecimentos tristes ou da morte de alguém.
 Epitalâmio: é uma poesia em homenagem às núpcias de alguém.
 Idílio e écloga: ambas são poesias bucólicas ( relativo à vida dos pastores, à vida
campestre).
 Sátira: poesia que se propõe corrigir os defeitos humanos,mostrando o ridículo de
determinada situação.
 HAICAI- 17 sílabas e 3 versos
 POESIA VISUAL
 BALADA – baseia-se na repetição para gravação do texto. São compostas de três oitavas
EPITALAMMIUM – PEDRO XISTO
Figuras de efeito sonoro
Aspectos Fonéticos
 Aliteração
“Vozes veladas, veludosas vozes / Volúpia dos violões , vozes
veladas...” (Cruz e Souza)
 Assonância
 a onda anda/ aonde anda a onda? Ainda onda/ ainda anda/
aonde?
 Onomatopéia
O tic-tac do relógio atrapalha meu sono
Esta figura de linguagem é o TROCADILHO
 Polissíndeto “trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua” (Olavo
 Assíndeto : Vim, vi, venci.
 Anáfora: “Vi uma estrela tão alta / vi uma estrela tão fria!/ Vi uma
estrela luzindo.
Vamos ouvir- Pra Você Guardei o Amor -
Nando Reis
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim
vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar
 REFRÃO
Gênero Lírico na Poesia e Música de Chico Buarque

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Gênero Lírico na Poesia e Música de Chico Buarque

CANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdf
CANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdfCANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdf
CANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdfJoyCosta6
 
Tipos de poesias
Tipos de poesiasTipos de poesias
Tipos de poesiasklauddia
 
Moda de viola tonico tinoco 50 anos sertaneja
Moda de viola tonico tinoco 50 anos sertanejaModa de viola tonico tinoco 50 anos sertaneja
Moda de viola tonico tinoco 50 anos sertanejaNome Sobrenome
 
CANTE COM A GENTE - CARNAVAL 2013
CANTE COM A GENTE - CARNAVAL 2013CANTE COM A GENTE - CARNAVAL 2013
CANTE COM A GENTE - CARNAVAL 2013Thiago Vergete
 
Modernismo brasileiro – 1ª fase
Modernismo brasileiro – 1ª faseModernismo brasileiro – 1ª fase
Modernismo brasileiro – 1ª faseAires Jones
 
Língua Portuguesa - O que é literatura
Língua Portuguesa - O que é literaturaLíngua Portuguesa - O que é literatura
Língua Portuguesa - O que é literaturacursinhoembu
 
Slide aniversário de recife
Slide   aniversário de recifeSlide   aniversário de recife
Slide aniversário de recifeSandra Cavalcanti
 
Tropicalia caetano veloso
Tropicalia caetano velosoTropicalia caetano veloso
Tropicalia caetano velosoNome Sobrenome
 
Tropicalia caetano veloso
Tropicalia caetano velosoTropicalia caetano veloso
Tropicalia caetano velosoElvis Live
 
Oficina Sons e Vínculos - A música na escola
Oficina Sons e Vínculos - A música  na escolaOficina Sons e Vínculos - A música  na escola
Oficina Sons e Vínculos - A música na escolaZRG SONS&VÍNCULOS
 
Novo álbum FATO_Claro_Movimento
Novo álbum FATO_Claro_MovimentoNovo álbum FATO_Claro_Movimento
Novo álbum FATO_Claro_MovimentoOQ Produções
 
Produção musical uma época de ouro da mpb jr sarsano e banda
Produção musical uma época de ouro da mpb   jr sarsano e bandaProdução musical uma época de ouro da mpb   jr sarsano e banda
Produção musical uma época de ouro da mpb jr sarsano e banda+ Aloisio Magalhães
 
Poesias afro-brasileiras
Poesias afro-brasileiras Poesias afro-brasileiras
Poesias afro-brasileiras Mary Alvarenga
 

Semelhante a Gênero Lírico na Poesia e Música de Chico Buarque (20)

CANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdf
CANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdfCANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdf
CANTIGAS_LIRICAS_E_SATIRICAS_(e__MPB).pdf
 
Tipos de poesias
Tipos de poesiasTipos de poesias
Tipos de poesias
 
Moda de viola tonico tinoco 50 anos sertaneja
Moda de viola tonico tinoco 50 anos sertanejaModa de viola tonico tinoco 50 anos sertaneja
Moda de viola tonico tinoco 50 anos sertaneja
 
CANTE COM A GENTE - CARNAVAL 2013
CANTE COM A GENTE - CARNAVAL 2013CANTE COM A GENTE - CARNAVAL 2013
CANTE COM A GENTE - CARNAVAL 2013
 
Sessão leitura poética 2014
Sessão leitura poética 2014Sessão leitura poética 2014
Sessão leitura poética 2014
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Construção de poemas
Construção de poemasConstrução de poemas
Construção de poemas
 
O samba
O sambaO samba
O samba
 
Modernismo brasileiro – 1ª fase
Modernismo brasileiro – 1ª faseModernismo brasileiro – 1ª fase
Modernismo brasileiro – 1ª fase
 
Revist'A Barata - 01
Revist'A Barata - 01Revist'A Barata - 01
Revist'A Barata - 01
 
Língua Portuguesa - O que é literatura
Língua Portuguesa - O que é literaturaLíngua Portuguesa - O que é literatura
Língua Portuguesa - O que é literatura
 
Slide aniversário de recife
Slide   aniversário de recifeSlide   aniversário de recife
Slide aniversário de recife
 
Tropicalia caetano veloso
Tropicalia caetano velosoTropicalia caetano veloso
Tropicalia caetano veloso
 
Tropicalia caetano veloso
Tropicalia caetano velosoTropicalia caetano veloso
Tropicalia caetano veloso
 
Oficina Sons e Vínculos - A música na escola
Oficina Sons e Vínculos - A música  na escolaOficina Sons e Vínculos - A música  na escola
Oficina Sons e Vínculos - A música na escola
 
Novo álbum FATO_Claro_Movimento
Novo álbum FATO_Claro_MovimentoNovo álbum FATO_Claro_Movimento
Novo álbum FATO_Claro_Movimento
 
literatura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.pptliteratura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.ppt
 
literatura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.pptliteratura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.ppt
 
Produção musical uma época de ouro da mpb jr sarsano e banda
Produção musical uma época de ouro da mpb   jr sarsano e bandaProdução musical uma época de ouro da mpb   jr sarsano e banda
Produção musical uma época de ouro da mpb jr sarsano e banda
 
Poesias afro-brasileiras
Poesias afro-brasileiras Poesias afro-brasileiras
Poesias afro-brasileiras
 

Último

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 

Último (20)

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 

Gênero Lírico na Poesia e Música de Chico Buarque

  • 2. Construção – chico buarque  Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo tímido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima
  • 3.  Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou como se ouvisse música E tropeçou no céu como se fosse um bêbado E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido Agonizou no meio do passeio público Morreu na contramão atrapalhando o tráfego  Amou daquela vez como se fosse o último Beijou sua mulher como se fosse a única E cada filho seu como se fosse o pródigo E atravessou a rua com seu passo bêbado Subiu a construção como se fosse sólido Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
  • 4.  Tijolo com tijolo num desenho lógico Seus olhos embotados de cimento e tráfego Sentou pra descansar como se fosse um príncipe Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo Bebeu e soluçou como se fosse máquina Dançou e gargalhou como se fosse o próximo E tropeçou no céu como se ouvisse música E flutuou no ar como se fosse sábado E se acabou no chão feito um pacote tímido Agonizou no meio do passeio náufrago Morreu na contramão atrapalhando o público
  • 5.  Amou daquela vez como se fosse máquina Beijou sua mulher como se fosse lógico Ergueu no patamar quatro paredes flácidas Sentou pra descansar como se fosse um pássaro E flutuou no ar como se fosse um príncipe E se acabou no chão feito um pacote bêbado Morreu na contramão atrapalhando o sábado
  • 6. MÚSICA – MEU GURI – CHICO BUARQUE Quando, seu moço Nasceu meu rebento Não era o momento Dele rebentar Já foi nascendo Com cara de fome E eu não tinha nem nome Prá lhe dar Como fui levando Não sei lhe explicar Fui assim levando Ele a me levar E na sua meninice Ele um dia me disse Que chegava lá Olha aí! Olha aí! Olha aí! Ai o meu guri, olha aí! Olha aí! É o meu guri e ele chega! Chega suado E veloz do batente Traz sempre um presente Prá me encabular
  • 7. Tanta corrente de ouro Seu moço! Que haja pescoço Prá enfiar Me trouxe uma bolsa Já com tudo dentro Chave, caderneta Terço e patuá Um lenço e uma penca De documentos Prá finalmente Eu me identificar Olha aí! Olha aí! Ai o meu guri, olha aí! Olha aí! É o meu guri e ele chega! Chega no morro Com carregamento Pulseira, cimento Relógio, pneu, gravador Rezo até ele chegar Cá no alto Essa onda de assaltos Tá um horror Eu consolo ele Ele me consola Boto ele no colo
  • 8. Prá ele me ninar De repente acordo Olho pro lado E o danado já foi trabalhar Olha aí! Olha aí! Ai o meu guri, olha aí! Olha aí! É o meu guri e ele chega! Chega estampado Manchete, retrato Com venda nos olhos Legenda e as iniciais Eu não entendo essa gente Seu moço! Fazendo alvoroço demais O guri no mato Acho que tá rindo Acho que tá lindo De papo pro ar Desde o começo eu não disse Seu moço! Ele disse que chegava lá Olha aí! Olha aí! Olha aí! Ai o meu guri, olha aí Olha aí! E o meu guri!...(3x)
  • 9. QUAL A FUNÇÃO DA MÚSICA NA VIDA DO HOMEM?
  • 10. POESIA - MÚSICA HÁ MUSICALIDADE NA POESIA A MÚSICA É POÉTICA
  • 11. Vamos ouvir?  A Banda Chico Buarque  Estava à toa na vida / O meu amor me chamou Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor  A minha gente sofrida / Despediu-se da dor Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor  O homem sério que contava dinheiro parou O faroleiro que contava vantagem parou A namorada que contava as estrelas parou Para ver, ouvir e dar passagem  A moça triste que vivia calada sorriu  A rosa triste que vivia fecha se abriu  E a meninada toda se animou  Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor
  • 12.
  • 13.  Uma sílaba poética  Serenata sintética - Cassiano Ricardo Rua Torta. Lua Morta Tua Porta.
  • 14. Duas sílabas poéticas – dissílabo “A valsa” – Casimiro de Abreu Na valsa Cansaste; Ficaste Prostrada, Turbada! Pensavas, Cismavas, E estavas Tão pálida
  • 15.
  • 16. três sílabas poéticas – trissílabo “Trem de ferro – Manuel Bandeira” Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pato Passa boi Passa boiada
  • 17. Quatro sílabas poéticas – Tetrassílabos – quebrados de redondilha menor “A casa” – Vinícius de Moraes Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada a.
  • 18. cinco sílabas poéticas - redondilha menor Tempo Celeste” – Cecília Meireles Dorme o pensamento. Riram-se? Choraram? Ninguém mais recorda
  • 19.  Gênero Lírico.  Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos.  POESIA s.f. (Do gr. poiesis, criação, pelo lat. poesis) Forma de expressão lingüística destinada a evocar sensações, impressões e emoções, por meio da união de sons, ritmos e harmonia e utilizando uma seleção de vocábulos essencialmente metafórica.  EU-LÍRICO
  • 20.  MUSICALIDADE RIMAS- INTERPOLADAS (ABBA)– ALTERNADAS- (ABAB) EMPARELHADAS (AABB) RICAS POBRES ESDRÚXULAS  RITMO- SÍLABAS POÉTICAS  REDONDILHA MENOR/ REDONDILHA MAIOR VERSOS DECASSÍLABOS / ALEXANDRINOS/ LIVRES/ BRANCOS  ESTROFAÇÃO: DÍSTICOS/ TERCETO/ QUARTETO/QUINTETO/ SEXTEXTO/SÉTIMA/ OITAVA/NOVENA/DÉCIMA  REFRÃO
  • 21.  OURO PRETO Ouro branco! Ouro preto! Ouro poder! De cada Ribeirão trepidamente e de cada recosto De montanha o metal rolou da cascalhada Para o fausto d´El Rei, para a glória do imposto. Que resta do esplendor de outrora? Quase nada. Pedras... templos que são fantasmas ao sol-posto. Esta agência postal era a Casa-de-Entrada... Este escombro foi um solar... Cinza e desgosto. (Manuel Bandeira)
  • 22.  TIPOS Quanto ao conteúdo, os poemas líricos se caracterizam pelo predomínio dos sentimentos, das emoções, o que os torna subjetivos. A poesia em geram pertence a estes gêneros:  Ode e hino: (Grécia) significam “canto”. Ode é uma poesia entusiástica, de exaltação. Hino é a poesia destinada a glorificar a pátria ou louvar divindades.  Elegia: é uma poesia em tom triste. Fala de acontecimentos tristes ou da morte de alguém.  Epitalâmio: é uma poesia em homenagem às núpcias de alguém.  Idílio e écloga: ambas são poesias bucólicas ( relativo à vida dos pastores, à vida campestre).  Sátira: poesia que se propõe corrigir os defeitos humanos,mostrando o ridículo de determinada situação.  HAICAI- 17 sílabas e 3 versos  POESIA VISUAL  BALADA – baseia-se na repetição para gravação do texto. São compostas de três oitavas
  • 24.
  • 26. Aspectos Fonéticos  Aliteração “Vozes veladas, veludosas vozes / Volúpia dos violões , vozes veladas...” (Cruz e Souza)  Assonância  a onda anda/ aonde anda a onda? Ainda onda/ ainda anda/ aonde?  Onomatopéia O tic-tac do relógio atrapalha meu sono
  • 27. Esta figura de linguagem é o TROCADILHO  Polissíndeto “trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua” (Olavo  Assíndeto : Vim, vi, venci.  Anáfora: “Vi uma estrela tão alta / vi uma estrela tão fria!/ Vi uma estrela luzindo.
  • 28. Vamos ouvir- Pra Você Guardei o Amor - Nando Reis Pra você guardei o amor Que nunca soube dar O amor que tive e vi sem me deixar Sentir sem conseguir provar Sem entregar E repartir Pra você guardei o amor Que sempre quis mostrar O amor que vive em mim vem visitar Sorrir, vem colorir solar Vem esquentar E permitir
  • 29. Quem acolher o que ele tem e traz Quem entender o que ele diz No giz do gesto o jeito pronto Do piscar dos cílios Que o convite do silêncio Exibe em cada olhar Guardei Sem ter porque Nem por razão Ou coisa outra qualquer Além de não saber como fazer Pra ter um jeito meu de me mostrar
  • 30. Achei Vendo em você E explicação Nenhuma isso requer Se o coração bater forte e arder No fogo o gelo vai queimar Pra você guardei o amor Que aprendi vendo meus pais O amor que tive e recebi E hoje posso dar livre e feliz Céu cheiro e ar na cor que arco-íris Risca ao levitar
  • 31. Vou nascer de novo Lápis, edifício, tevere, ponte Desenhar no seu quadril Meus lábios beijam signos feito sinos Trilho a infância, terço o berço Do seu lar  REFRÃO