Este documento discute vários tópicos relacionados ao envelhecimento incluindo: 1) o rápido crescimento da população idosa no Brasil e no mundo; 2) como a Bíblia mostra homens e mulheres que serviram fielmente a Deus mesmo em idade avançada; 3) os desafios de cuidar de pais idosos e a importância do apoio familiar.
1. Ano 22 • Maio–Junho/2014 • nº 178
Moda Retrô 2014
Desfile das belas da SMM, P. 4.
Pentecostes, de qual estamos falando?
Entenda mais com o texto do Bispo Josué Adam Lazier, P. 6 e 7.
Envelhecer
Susana Maia faz um tocante e impor-
tante relato sobre o envelhecer, com
informações significativas, destaques
bíblicos e dados de sua trajetória.
Página 3
Livro: Ester
A sócia Ester leu o livro sobre a per-
sonagem bíblica Ester e dá o seu tes-
temunho, o irmão Almir Maia faz a
resenha e você está convidado a lê-lo.
Página 10
Entre dois caminhos
Adeli Bacchi reflete sobre o livre-ar-
bítrio e sobre a importância dos ensi-
namentos bíblicos para a escolha do
caminho a ser seguido.
Página 12
2. EXPEDIENTE
É o órgão oficial de comunicação da Sociedade Metodista
de Mulheres da Catedral Metodista de Piracicaba.
Rosália Ometto, Adeli Bacchi, Rinalva Cassiano, Inayá Ometto e Cloris Alessi.
Corpo Editorial
EDITORA Rosália Toledo Veiga Ometto
rosaliaometto@uol.com.br
REDATORA Adeli Bacchi
CORPO EDITORIAL Cloris Alessi
Inayá Toledo Veiga Ometto
Rinalva Cassiano Silva
DIAGRAMAÇÃO Genival Cardoso
fi
Diretoria da SMM
Vera Lígia, Inayá Ometto, Cinira Cirillo, Sílvia Rolim, Nicéia Ramos e Carla Segabinazzi.
PRESIDENTE Inayá Toledo Veiga Ometto
VICE Vera Lígia Lavoura carvalho
SECRETÁRIA DE ATA Carla Barroso Segabinazzi
SEC. CORREPONDENTES Nicéia N. Ramos de Souza
TESOUREIRA Sílvia Novaes Rolim
AGENTE DA VOZ MISSIONÁRIA Cinira Cirillo Cesar
ROSÁLIAOMETTO
ORLANDOGUIMAROJR.
GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 2
F
iquei muito feliz com
o primeiro número da
Gaivota, desta nova
fase. Adeli, Rosália e Geni-
val – que chamarei de “Trio
de Ouro”– estão de para-
béns. A sintonia entre eles:
fantástica!
Eu vi Gaivota nascer.
Foi aqui, em minha casa.
Acompanhei seus primeiros passos e logo depois entrei, de-
finitivamente, para sua vida.
Como bem falou Vera, no artigo “Minha despedida
da Gaivota”, publicado no número anterior, o começo foi
bem difícil. A diagramação era feita artesanalmente. O re-
curso era pegar o carro, vir à cidade, ir ao Xerox e mandar
diminuir, textos e ilustrações, para, finalmente, concluir a
matéria. Depois de pronto esse trabalho, que em geral le-
vava vários dias, colocava-se tudo num envelope, que era
deixado na portaria do prédio da Vera. Então, ela e Gustavo,
trabalhavam, noite adentro, para finalizar a edição e enviar,
novamente, ao Xerox dessa vez para as cópias finais.
Acompanhei de perto a produção do número da Gai-
vota anterior. (Rosália e eu somos vizinhas). Quanta dife-
rença! Os textos chega-
vam para Rosália, ela lia,
mandava-os para Adeli que
fazia as correções necessá-
rias. Em seguida os textos
voltavam para Rosália e
com mais alguns acertos,
eram encaminhados ao
Genival, que logo devolvia
as páginas – para a apre-
ciação final – devidamente diagramadas e ilustradas.
O vai e vem? Tudo via internet. Nada de envelope em
portaria de prédio. Que maravilha a tecnologia e maior ma-
ravilha, ainda, é o “Trio de Ouro” dominar, com maestria
ímpar, as técnicas dessa modernidade.
Assim, mais uma vez me deparo com a grandeza da pro-
vidência Divina. Ele (Deus) está atento aos nossos clamores.
Vai tecendo as situações,de tal sorte,que ao“fechar um ciclo”
(VeraAlvim) tão profícuo, Ele abre outro, possibilitando repetir
a mesma trajetória, com grandes possibilidades de êxito!
Que Adeli, Rosália e Genival sejam, sempre, bafejados
pela graça divina e que ela os mantenha com a força neces-
sária para os novos tempos que se anunciam.
Inayá Toledo Veiga Ometto
P A L A V R A D A
Presidente
3. GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 3
ENVELHECER...
M
uito se tem falado sobre terceira idade. Há quem diga até que é a
“melhor idade”.Todavia vamos analisar melhor esse tema.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) faz um alerta preo-
cupante. Em 2050 haverá, na face da terra, cerca de 400 milhões de idosos
com mais de 80 anos, frente aos 14 milhões que havia em meados do sé-
culo XX. O envelhecimento da população está ocorrendo no mundo todo.
Embora, cada país esteja em uma fase diferente desta transição, segundo
um relatório da OMS divulgado recentemente, dentro em breve haverá, no
mundo todo, mais idosos de 60 anos do que crianças com menos de 5 anos.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IB-
GE), no Brasil, desde 1970, a população de idosos cresceu, em termos pro-
porcionais, mais do que qualquer outra faixa etária. Esse crescimento está
sendo tão rápido, que segundo dados levantados pelo IBGE, em 1990 essa
faixa da população que constituía 4,8% do total da população em 2012
evoluiu para 12,6 %, assim sendo, em 2012, já éramos 24,85 milhões de
brasileiros com mais de 60 anos. A preocupante perspectiva para o século
XXI é de que em 2025 o Brasil seja a sexta maior população de idosos do
mundo, com aproximadamente 32 milhões de pessoas neste grupo.
As principais causas de longevidade estão relacionadas às grandes
inovações científicas e tecnológicas: descoberta de novos medicamentos
e tratamentos com diagnóstico precoce de algumas doenças, urbanização
adequada das cidades, melhoria nutricional, melhor higiene pessoal, melho-
res condições sanitárias em geral e, particularmente, condições ambientais
no trabalho e nas residências, proporcionando assim melhores condições
de vida. Entretanto, esse fato vem sendo motivo de preocupação, pelas im-
plicações que podem trazer no atendimento às necessidades básicas deste
segmento etário.
Envelhecer, entretanto, é o caminho que cada um de nós irá trilhar
num futuro próximo. Poderemos envelhecer com autonomia, se tivermos
condições financeiras e nossa saúde física e emocional nos permitir. Alguns
de nós, talvez, nos tornemos dependentes de familiares ou passemos a viver
em clínicas ou casas de repouso.
A Bíblia narra a trajetória de homens e mulheres, de muita fé, que,
embora em idade avançada, foram escolhidos por Deus para desempenhar
missões por Ele determinadas. Vamos citar dois exemplos muito significati-
vos:Abraão e Moisés.
Em GENESIS 12.4-5 Abrão é chamado por Deus, quando tinha 75 anos,
para sair de Ur, na Caldéia e ir com a família para a terra de Canaã.Abrão não
questionou essa ordem divina, apenas obedeceu o chamado de Deus, sem du-
vidar.Deus,ainda,prometeu aAbrão,que passou a serAbraão,que faria dele e
de seus descendentes uma grande nação. Essa promessa deve ter lhe causado
estranheza, pois sua esposa Sarai, posteriormente Sara, não podia ter filhos.
No entanto, Deus cumpre sua promessa e Sara dá à luz ao seu filho Isaque (GN
21.1-7). Deus prova novamente a fé deAbraão e pede a ele que sacrifique seu
único filho Isaque. Ele obedece a Deus e prepara tudo para o sacrifício. Deus,
no entanto, no último momento, intervém e poupa a vida de Isaque.
Lembramo-nos, também, da inabalável fé de Moisés que libertou o
povo israelita do Egito e conduzindo-o, como seu líder, pelo deserto por 40
anos. Foi homem fiel ao Senhor e realizou a missão que Deus lhe confiou
com eficiência e distinção. Preparou a Josué, seu sucessor, apresentando-o
ao sumo sacerdote na presença da congregação e lhe impôs as mãos e o
investiu no cargo que ele havia exercido. Tendo feito isso, subiu ao monte
Nebo e ali morreu. Embora em idade avançada, diz a Bíblia: “...não se lhe
escureceram os olhos, nem se lhe abateu o vigor” (DT 34.7).
Nesses dois relatos bíblicos vemos Deus chamando homens que de-
sempenharam suas missões com extrema dedicação e fidelidade ao Senhor,
no pleno gozo de suas forças físicas e mentais, mesmo em idade avançada.
Aqui paramos e nos perguntamos: poderemos também envelhecer
servindo ao Senhor com alegria e vigor?
A saúde, física e mental, pode ser conservada se desenvolvermos há-
bitos saudáveis de vida. Encarar a vida com otimismo, praticar atividades
físicas, rir, ler bons livros, assistir filmes, estar com os amigos, fazer nossas
meditações diárias e manter viva a nossa fé, são atitudes que podem nos
ajudar a termos dias mais saudáveis e felizes.
Em 2011, constatamos que meus pais, que residiam em Juiz de Fora,
Minas Gerais, já estavam idosos e com a saúde debilitada, não poderiam
mais ficar distantes e sós. Providenciamos, então, a mudança deles para Pira-
cicaba.Tivemos o cuidado de montar, para o casal, uma residência de forma
a mantê-lo em sua própria casa, com a sua privacidade e autonomia preser-
vadas. Minha mãe estava já com seu coração “bem fraquinho”, conforme já
nos tinha alertado seu cardiologista. Assim, enfrentamos a triste realidade
de seu falecimento, dois meses depois da mudança. Papai sentiu muito a
morte de sua companheira de 64 anos de vida conjugal!
Com essa ausência, meu pai foi ficando cada dia mais debilitado e
reduzindo suas atividades. Hoje, caminha com dificuldade, precisa de ajuda
para a sua higiene pessoal, para vestir-se e para alimentar-se. Está numa
situação de total dependência. Coube à mim atendê-lo nas suas atividades
diárias. É uma tarefa exigente e desgastante, porém a companhia do Senhor
me fortalece a cada dia. Sinto a Sua presença comigo diariamente a me
orientar, guiar e capacitar para as situações inusitadas.
A participação da família, com gestos de compreensão, de apoio, de
incentivo, de solidariedade, de cumplicidade, são atitudes imprescindíveis
para quem cuida do idoso. A companhia dos amigos de fé orando por nós,
telefonando, procurando nos apoiar com sua amizade, também nos anima e
conforta, pois sabemos que não estamos sozinhos.
Não há escola para nos ensinar a enfrentar todos os desafios que
a vida nos apresenta. Por isso as leituras, a orientação de um geriatra, as
conversas com pessoas que também passam pela mesma experiência são
de fundamental importância para descobrirmos novos caminhos na jornada.
Transcrevo a seguir a Oração do Idoso para juntos refletirmos sobre
essa etapa tão delicada da vida.
“Bem-aventurados aqueles que compreendem meus passos vacilan-
tes e minhas mãos trêmulas;
Bem-aventurados os que levam em conta que meus ouvidos captam
as palavras com dificuldade, por isso procuram falar mais alto e pau-
sadamente;
Bem-aventurados os que percebem que meus olhos já estão nublados
e minhas reações são lentas;
Bem-aventurados os que desviam o olhar, simulando não ter visto o
café por vezes derramado sobre a mesa;
Bem-aventurados os que nunca dizem ‘você já contou isso tantas vezes’;
Bem-aventurados os que sabem dirigir a conversa e as recordações às
coisas dos tempos passados;
Bem-aventurados os que me ajudam a atravessar a rua e não lamen-
tam o tempo que me dedicaram;
Bem-aventurados os que compreendem quanto me custa encontrar
forças para carregar minha cruz;
Bem-aventurados os que amenizam os meus últimos anos sobre a terra;
Bem-aventurados todos aqueles que me dedicam afeto e carinho, fa-
zendo-me, assim, pensar em Deus;
Quando entrar na Eternidade, lembrar-me-ei deles, junto ao Senhor”.(1)
Que o Senhor nos abençoe e nos torne cada dia mais disponíveis para
entender e cuidar dos idosos a nós confiados! Amém e amém!
Susana F. Ribeiro Maia
Sócia da SMM, coordenadora do Ministério de Acolhimento da CMP,
pedagoga (UFJF).
1
Aparecida Ferrer Lopes (Voz Missionária set./out. 2011)
4. GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 4
Desfile de Moda
R E T R Ô
Sócia da SMM, professora da classe Móisés da ED, cirurgiã dentista
com atuação hospitalar e clínica, odontopediatra, mestre (UNICAMP).
J
á tornou-se tradição o desfile de modas da SMM, com o
tema Retrô, este ano, na versão 2014.
O desfile aconteceu no dia 24 de maio de 2014
(sábado). Inayá se superou com sua organização impecável
e ampla experiência nesse evento. Contamos com a parti-
cipação do pianista Junior Fondello abrilhantando a tarde
de glamour.
As roupas estavam lindas! Verdadeiras obras de arte
temperadas com muitas lembranças de historias e signifi-
cados arrancando suspiros da platéia! Rosália, com muito
charme, dividiu com Inayá, o posto de apresentadora.
Há boatos, de que estava na plateia um agente de
uma famosa agência à procura de modelos para contra-
tação, porém nenhum contrato foi fechado até o término
dessa edição. Canais de televisão, também discutem a pos-
sibilidade de transmissão do próximo evento.
Entre as celebridades presentes estavam o Pastor Tar-
císio e pastora Márcia. Quem participou já garantiu a pre-
sença para o próximo ano. Se você não veio programe-se,
desde já, para não perder o próximo desfile.
Foram apresentadas, entre muitas preciosidades: ves-
tidos e blusas confeccionados em crochê na década de 70,
camisola e liseuse de cetim, bordados para o enxoval há 49
anos, bolsa usada na lua de mel de 1939 e vestido de crepe
de seda de 1980.
Desfilaram nesse evento, as modelos: Ana Carolina,
Marta, Cinira, Vera Ligia, Carla, Inayá, Raquel Kobayashi,
Luciana, Márcia, Maria Luiza, Maria Eduarda, Isabel, Dja-
nira, Noemi e Mariana.Todas, impecavelmente, maquiadas
por Carla, secretária da sociedade.
O coquetel de encerramento contou com a participa-
ção do já consagrado Buffett SMM.
Raquel de Oliveira Kobayashi
ROSÁLIAOMETTO
JULIANAFRANCO
ROSÁLIAOMETTOJULIANAFRANCO
5. GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 5
Memórias da SMM
Relatando o encontro realizado em 13/05/2014, com a sócia Dirce Freitas1
.
Foi um momento muito agradável, em uma
tarde na residência de sua filha Rachel, res-
ponsável pelos cuidados para com ela.
Dona Dirce estava disposta e contente,
porque iríamos conversar e recordar um tempo,
que ela qualifica como lembranças marcantes
na sua vida, pelo convívio e ação das mulheres
que faziam parte da SMM.
Ela nos relata que se tornou uma sócia
ativa. Foi secretária de atas em duas diretorias,
períodos estes de muito trabalho, cuja meta era
construir os banheiros do templo, projeto es-
te que mobilizou a igreja num todo. Disse ela
“Nossos talentos foram o marco para início des-
te projeto. Eu, meu marido Elias Freitas e Eunice
Manfrinato Hahn éramos os líderes na cozinha.
Na execução da obra, dona Ana Mariano e seu
esposo trabalharam muito. O ponto alto desse projeto foi o jardin-
zinho em frente ao banheiro feminino. Após o término dessa etapa,
estávamos tão envolvidas no trabalho, que logo a seguir, iniciamos
a construção da cozinha da igreja. Foi um longo período, mas aben-
çoado por Deus e pela dedicação de todos.
Ah! Os meus pasteizinhos surgiram nos talentos deste período.
Todos trabalhavam, não quero citar nomes, pois tenho receio esque-
cer de alguém. Esse grupo, se tornou uma família, dentro da Igreja
Metodista, que juntos, repartia alegrias, tristezas, derrotas e vitórias”
Dona Dirce hoje, com 91 anos, está debilitada pela idade, tem
dificuldade de locomoção, fala baixinho e bem devagar, mas está lú-
cida. O seu relacionamento com a Sociedade Metodista de Mulheres
foi de ações inesquecíveis e concretas.
Num dos momentos de nossa conversa eu lhe perguntei o que
ela ensinou e o que aprendeu durante seu
período de sócia ativa na SMM, ela com um
sorriso me respondeu: “aprendi muito neste
tempo, ensinei tudo que pude e guardei mui-
tas lembranças que me fortalecem até aqui”.
Também pedi que ela deixasse uma fra-
se para as sócias que hoje compõem a SMM
e ela respondeu: “fala para as sócias de ho-
je se envolverem na convivência e no amor;
aproveitarem bastante a amizade sincera, nas
atividades da SMM, pois esses momentos são
os que ficam na lembrança.As minhas únicas
e melhores amigas foram da igreja. Estudáva-
mos a Bíblia, orávamos, trabalhávamos na co-
zinha e com isso construímos uma verdadeira
convivência cristã na casa de Deus.”
Foi um momento bom estar ali ao lado
de dona Dirce e sua filha Rachel, além da fé que nos une ficou para
mim uma reflexão de convivência e vida no convívio das pessoas
que, por seguirem a Cristo compõem a SMM. O relacionamento
entre os cristãos deve ser sincero, acolhedor e renovador, gerando
satisfação e alegria. Estar comprometido com o outro, com o obje-
tivo de estreitar laços de amizade tudo com base no amor, na graça
e na paz de Deus. Meus agradecimentos a dona Dirce por repartir
conosco suas lembranças.
“Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos.” FILIPENSES 4.5
Joana D’Arc Bicudo da Silva
1
91 anos, é uma das sócias mais antigas da SMM da CMP.
Sócia da SMM da CMP, professora e orientadora educacional
aposentada.
Visita ao Lar Betel
Sócia e tesoureira da SMM.
Sócia da SMM, professora da classe Wesleyana da CMP.
Na quinta-
feira, dia 15.05,
um grupo de
sócias da Socie-
dade Metodista
de Mulheres fez
sua primeira vi-
sita, deste ano, ao Lar Betel. Integrando a comitiva visitante, estavam
ainda, a pastora Márcia, o pastor Artêmio e o Rev.Tarcísio.
Já na chegada, o pastor Artêmio, com seu violão, nos convidou
a todos para entoarmos corinhos alegres e fáceis de aprender como:
“É bom, é muito bom ter Jesus no coração; andar com Ele, juntinho
Dele. É bom, é muito bom ter Jesus no coração”.
Nesse clima alegre os idosos foram se aproximando e che-
gando à capela do lar. Começando a meditação, o pastor Tarcísio
leu o Salmo 95 e em seguida Coríntios 13. Falou em Jesus andando
e curando. Olhando para a multidão se compadeceu dela, porque
para ele eram como ovelhas sem pastor. Jesus se coloca então como
pastor dessas ovelhas demonstrando seu infinito amor. E devemos
nos regozijar desse fato, pois, o infinito amor de Deus é para todos.
Foi entoa-
do novo cântico
de acordo com o
tema:Nós temos
um amigo que
nos ama, seu
nome é Jesus.
A pastora Márcia se dirige com carinho a todas, que a seguir
distribuem como presentes travesseiros novos para os moradores.
D. Ana Módolo, que hoje mora no Lar, mandou um recadinho:
“Digam à todos que estou muito feliz aqui e daqui só sairei quando
for ao encontro de Nosso Pai Celeste”.
Uma oração feita pela pastora Márcia encerra a visita que, sem
dúvida, foi uma tarde abençoada de alegria e muito amor.
Ester Siqueira Bezerra
Sílvia Rolim
REV.TARCÍSIOSANTOS
REV.TARCÍSIOSANTOS
JOANAD’ARCBICUDODASILVA
6. GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 6
Introdução
O livro de ATOS DOS APÓSTOLOS relata três Pentecostes en-
tre os primeiros cristãos. O primeiro encontra-se relatado
no capítulo dois do livro e é, por certo, o texto mais lido e
conhecido de Atos dos Apóstolos. O texto do capítulo 2.1-4
registra o vento, o fogo e as línguas estranhas neste primei-
ro momento da experiência dos discípulos. Como decorrên-
cia da presença do Espírito Santo, o livro destaca os con-
tornos da comunidade cristã: perseverança na doutrina dos
apóstolos; comunhão no partir do pão e nas orações; sinais
que acompanhavam a fé; solidariedade através da oferta de
bens; socorro aos necessitados; partilha do pão de casa em
casa; alegria e singeleza de coração e acolhida dos novos
convertidos (2.42-47).
O segundo é relatado no capítulo 4.23-31, onde está
inserida uma oração dos cristãos da época. É a única ora-
ção comunitária relatada pelo livro de ATOS DOS APÓSTOLOS.
Por certo os primeiros discípulos tiveram diversos momentos
de oração e de intercessão. Mas a única que foi relatada
pelo livro de Atos dos Apóstolos é esta do texto 4.23-31.
Por quê? Porque esta oração causou um grande impacto
na vida e na missão dos primeiros cristãos. Ela demonstra
o ardor pela missão presente na vida dos apóstolos e dos
primeiros discípulos e nos deixa esta grande lição: teste-
munhar o ardor da missão por meio da oração. No capítulo
quatro também se encontra um breve sumário da Igreja Pri-
mitiva, a exemplo do capítulo 2.
O terceiro é relatado no texto do capítulo 10.44-48,
quando os gentios convertidos são batizados e acolhidos
pela comunidade cristã como fruto da presença do Espírito
Santo em suas vidas. Foi um momento de ruptura na com-
preensão dos cristãos judeus, que entendiam que os gentios
teriam que ser circuncidados antes de receberem o batismo
cristão.
De qual Pentecostes estamos falando? Ao fazer esta
pergunta consideramos que há várias interpretações ou ma-
neiras de se ler a chegada do Espírito Santo na vida dos
cristãos. O Pentecostes está sempre presente, renovando e
fortalecendo a Igreja para o cumprimento da missão. Sendo
assim, de qual compreensão estamos falando?
GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 7
1. Pentecostes das línguas estranhas, das experiên-
cias extáticas e sobrenaturais, que transformam as
pessoas em semideuses? Pentecostes das profe-
cias, das revelações, dos adoradores, dos adornos
espirituais e dos estereótipos pentecostalizados?
2. Pentecostes da convivência que se expressa no
partilhar do pão, na fraternidade, na solidarieda-
de, no socorro, na consolação, no compartilhar
da vida, etc.?
3. Pentecostes dos estigmatizados como os “gen-
tios”,“pagãos”que,afastados do convívio religio-
so e social dos eleitos, são alcançados e incluídos
pela ação da graça e do Espírito Santo de Deus?
4. Pentecostes que aproxima Deus da nossa reali-
dade e que nos aproxima da gratuidade da Graça
de Deus que é transformadora e capacitadora do
caráter cristão?
Ao se falar em Pentecostes relembramos as expe-
riências extáticas, da convivência, da inserção de pes-
soas discriminadas e da transformação do caráter da
pessoa, porque Pentecostes não é verniz da vida cristã.
Assim, o Pentecostes como fruto do Espírito Santo, con-
fere o dom, ou os carismas, o caráter cristão como fruto
da transformação na vida da pessoa e da caridade ou
do amor como forma de expressão da presença de Deus,
pois Pentecostes significa que Deus nos alcançou e en-
trou em nossas vidas.
Hoje somos chamados a experimentar um novo Pen-
tecostes em nossa vida, fruto da nossa experiência com o
Deus Trino. Talvez não seja adequado falar em um novo
Pentecostes, mas sim na continuidade daquele que os pri-
meiros cristãos experimentaram e que tem acompanhado
os cristãos ao longo da história. Portanto, um Pentecostes
amplo, integral e santificador, que impulsiona a igreja a
cumprir com sua missão e que nos transforma em cristãos
enraizados nos valores do Reino de Deus. Qual Pentecostes
você está vivenciando?
Bispo Josué Adam Lazier
bispo honorário da Igreja Metodista, teólogo (UMESP), mestre em
teologia bíblica (ISET – Argentina), doutor em educação (UNIMEP),
coordenador de extensão e assuntos comunitários da UNIMEP.
7. GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 8
Você é importante para mim
1 – Daniela, conte-nos um pouco sobre
você. O que anda fazendo? Quais são
suas preocupações atuais?
Atualmente estou estudando Comércio Exte-
rior, e tenho me dedicado à família e á igreja.
2 – Você acha difícil conciliar sua vida de
mãe, esposa, dona de casa e profissional?
Acho difícil sim, mas graças a Deus, tenho uma
boa equipe em casa, que me ajuda na adminis-
tração do meu lar.
3 – O que mais lhe agrada na vida em
família?
É saber que estamos juntos,e que cada um pode
contar com o outro, lembrando que o amor e o
companheirismo são fatores essenciais.
4 – Como é ser mãe de dois pré-adolescentes? Quais
são os maiores desafios que você enfrenta?
É maravilhoso ser mãe de meus pré-adolescentes, pois são ex-
celentes filhos. Temos desafios, como todas as famílias têm.
Entretanto, temos enfrentado todos os problemas juntos.
Quando surgem os naturais questionamentos, temos procu-
rado esclarecer da melhor maneira possível, e quando não os
sabemos resolver, procuramos ajuda para obtermos respostas.
5 – Que conselho você acharia impor-
tante que seus filhos soubessem para
num futuro serem bons pais?
Procuro mostrar para eles a importância da edu-
cação como um todo, e aconselhá-los a serem
sempre presentes,em tudo,na vida familiar.
6 – O que é preciso, em sua opinião,
para uma mulher se sentir realizada?
Não só para a mulher, mas de uma forma
geral, para todo ser humano se sentir reali-
zado eu diria, que é muito importante viver
com muito amor, carinho, confiança, respeito,
diálogo e cumplicidade.
7 – Qual mensagem você pode deixar
para as amigas da SMM?
Além de parabenizá-las pelo excelente trabalho de muitos e
muitos anos, deixo a minha admiração por todas, e quando
vejo o trabalho de vocês, esforço e a dedicação com que to-
das tem se dedicado, eu diria, sem dúvida alguma: “Vocês
são Diamantes lapidados por Deus em todo o tempo”.
Daniela Marques Augusti de Melo,
sócia da SMM e aluna da classe Esperança.
ELE é o nos-
so CRIADOR, tudo
nos concede, SEU
PERDÃO, GRAÇA,
AMOR são infin-
dáveis. O único sa-
crifício que DEUS
espera de nós é
o LOUVOR em es-
pirito e verdade.
(SALMO 116.17)
(SALMO 50.14 E 23)
Cantar para mim é
uma alegria e pra-
zer inigualáveis.
Penso, que mesmo
antes de nascer, já
ouvia meus pais no culto doméstico (há-
bito de toda uma vida) cantarem cânticos
e hinos. Que trazem a minha memória e
coração um grande desejo de glorificar e
bendizer o meu DEUS. Quero sempre can-
tar e louvar o SEU nome SANTO aqui e
eternamente!
Escolhi o hino 270 H.E. , apesar de
ter, ainda, muitos outros preferidos.
“Vontade Soberana.”
1.Tua vontade, 2.Tua vontade
Faze, ó Senhor! Faze ó meu Deus!
Eu sou feitura, Sonda e corrige
Tu és o Autor. Os passos meus.
Molda e refaze Torna-me santo
Todo o meu ser, Como tu és,
Segundo as normas Ouve os meus rogos;
Do teu querer. Eis-me a teus pés!
3.Tua vontade, 4.Tua vontade,
Faze, ó meu Pai! Boa e sem par,
Por ela o crente Quero na vida
Vive e não cai Realizar
Guia-me a vida Vive, triunfa,
Com tua luz; Domina, enfim
Poder e graça Reina supremo,
Dá-me em Jesus. Meu Deus, em mim!
Foi traduzido para o português em
(1920) pelo Reverendo Antônio de Al-
meida (1879-1969), pastor presbiteriano,
nasceu em Sergipe, foi professor e pastor
do SeminárioTeológico do Norte em Reci-
fe e por sua coragem, cultura, presença e
fé, marcou a história da igreja. Escreveu e
traduziu diversos hinos (cerca de 200) os
quais, estão incluídos em vários Hinários
brasileiros.
Ficha técnica desse hino: 1ª música
autor: Alfred Legge (1843-1919). Único
hino desse autor no H.E. “Hino de Santi-
ficação”. (Natureza dos assuntos) confor-
me o mesmo hinário.
Letra: Adelaide A. Pollard (1862-
1934). Música: George Coles Steblins
(1907).
Índice Métrico da melodia-Theodo-
ra 5.4.5.4.D.
Júnia Helena Lopes Sucasas
Sócia da SMM, professora e coralista.
“Nascemos
para louvar e
adorar a DEUS.”
ARQUIVOPESSOAL
ROSÁLIAOMETTO
8. GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 9
Mantendo a intenção da coluna, em deixar a sócia atua-
lizada com os acontecimentos que ocorrerão na SMM, nesta
edição destacamos o encerramento da Campanha dos Talentos
2014.A reunião será no sábado, dia 28.06.14, às 15h30.
O encerramento está a cargo da mesma comissão: pasto-
ra Márcia, Vera Lígia, Susana, Claudinéia e Zoé. Nesse dia tam-
bém serão comemorados os aniversários das sócias nascidas
em abril, maio e junho.
Venha, participe, traga seu talento para ser consagrado,
lembrando-nos, que é desse trabalho, de nossas mãos, que mul-
tiplicamos os frutos, os quais fazem com que a SMM da CMP
tenha recursos para os mais diversos trabalhos durante o ano.
Campanha dos Talentos 2014
Fique por dentro
ENCERRAMENTO DA
Campanha dos
Talentos 2014
Por Rosália Ometto
A primeira reunião do ano
foi no dia 29 de março.A comissão
responsável – pastora Márcia,Vera
Lígia, Susana, Claudinéia, e Zoé –
preparou um lindo programa, com
enfoque nas mãos, no novo e no
companheirismo, uma vez que a Campanha dosTalentos iniciava-
-se naquele dia.
A reunião foi no templo, já uma novidade.A comissão escolheu
a andorinha como símbolo da campanha. Essa ave, voando sozinha,
não chama a atenção,mas,em bando...que maravilha! O desenhar do
seu trajeto no céu e a sintonia do seu vôo em bando,são belíssimos!
Susana nos levou a refletir sobre o que fazer com nossas
mãos (talentos físicos) e também com nossos dons (talentos espi-
rituais). Durante os próximos três meses estaremos trabalhando,
multiplicando nossos talentos e nos preparando para o momento
da doação daquilo que arrecadaremos com nosso trabalho.
A pastora Márcia refletiu
sobre o texto de ROM. 12.5, en-
focando a união. Assim como as
andorinhas, devemos andar juntas,
unidas, encorajando umas as ou-
tras e nos apoiando mutuamente.
Que sejamos movidas a procurar
o novo nesta campanha.
Cezar Sarmento, com seu
violão, nos acompanhou nos mo-
mentos de louvor.
Enquanto Claudinéia distri-
buía os envelopes, lideradas por Zezé e Adeli, todas entoaram
o cântico “Que dirás ao Senhor do teu talento”. Ficamos muito
felizes com a presença da Adeli que é autora desse singelo cori-
nho, composto por ela há décadas atrás, especialmente para uma
campanha como essa.
No final Vera Lígia distribuiu uma loção cremosa, que todas
passaram nas mãos e com o perfume dela exalado, demos as
mãos e em duplas oramos umas pelas outras.
Zoé anunciou as aniversariantes dos três primeiros meses
do ano, dedicando uma oração especial pela vida dessas irmãs.
Num entusiasmado “Parabéns a você” foi cantado e em
meio a muita alegria e conver-
sa nos deliciamos com uma bela
mesa de salgadinhos e um sabo-
roso bolo, feito, com carinho, por
Sônia Marcuz.
Inayá Ometto
INAYÁOMETTO
INAYÁOMETTO
INAYÁOMETTO
INAYÁOMETTO
INAYÁOMETTO
INAYÁOMETTO
INAYÁOMETTO
9. GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 10
Inaugurando a série Resenhas, a Gaivota escolheu o livro Ester – Uma mulher de sensibilidade e co-
ragem (16ª Edição-2013), cujo autor é Charles R. Swindoll. Pastor, foi professor no Seminário Teoló-
gico de Dallas,Texas, EUA. É autor de mais de 40 livros. Esse livro está disponível na Biblioteca da ED.
• 10
ensibilidade e co-
Seminário Teoló-
Biblioteca da ED.
RESENHA
ESTER
Uma mulher de sensibilidade e coragem
Ester é um dos livros históricos do Antigo Testamento
e recebe o nome de sua figura central, a Rainha Ester da
Pérsia, que atuou para salvar o povo judeu, este espalhado
pelo mundo antigo e exilado na Pérsia. O livro de dez capí-
tulos é escrito na forma de narrativa. Segun-
do os estudiosos, seu autor é desconhecido
e deve ter sido escrito após 465 a.C.
O autor resgata o contexto histórico e
os acontecimentos de um período da vida do
povo judeu onde Ester ocupou papel estra-
tégico. Ela “[...] saiu da condição de exiliada
e desconhecida para a posição de rainha e
mulher mais influente do reino da Pérsia”.
O livro está organizado em doze capítu-
los, além da introdução e conclusão. Uma das
marcas do texto é o registro dos acontecimen-
tos nos quais Ester atuou de forma protago-
nista, diante de enormes desafios nas esferas
de poder e nos palácios, e a atuação de Deus
em meio a todas aquelas circunstâncias e nos dias hoje.
Swindoll destaca a vida de cinco personagens dessa
história que retratam bem a complexa realidade humana e
como foram usados por Deus para realização de Sua obra:
o rei Assuero, poderoso, governava o vasto império persa; a
rainha Vasti, uma mulher segura e independente, não temia
as vontades do rei; Hamã, um oficial rico e influente no
palácio, antissemita; Mordecai, piedoso judeu que vivia na
Pérsia e que cuidou de Ester após a morte
de seus pais; Ester (“estrela”, nome persa),
personalidade central da história e razão do
livro aqui comentado.
Entre as virtudes destacadas, como
lealdade, sabedoria e prudência, Swindoll
aponta seis características de coragem e
sensibilidade na vida de Ester: encanto
e elegância; discrição e controle; espírito
sempre pronto a aprender; modéstia e au-
tenticidade; bondade e simpatia, etc.
O livro é escrito em estilo agradável,
leve e didático o que estimula e facilita o(a)
leitor(a) a conhecer a vida e obra de Ester que
teve papel decisivo junto ao rei Assuero para
impedir a operação de extermínio de judeus.
Almir de Souza Maia
Coordenador da ED da CMP, educador, ex-reitor da UNIMEP, coordenador
do CDP – Centro de Documentação e Pesquisa.
A sócia Ester Siqueira Bezerra1
contou à Gaivota que sentiu um prazer muito grande em ler o livro, que, de tão contagiante só conseguiu
larga-lo quando acabou de ler. Destaca, especialmente, a maneira como o autor enriquece o texto, contando outras histórias paralelas a partir da sua
vivência. Essa narrativa atrai o leitor para essa história que marcou o povo de Deus. A sócia afirma, ainda, que se sentiu abençoada com a leitura do
livro, extraindo como sua grande mensagem o fato da confiança, da certeza da presença e da ajuda de Deus que é nossa fortaleza nas nossas vidas.
Da leitura sintetisa o seguinte: “Embora o nome de Deus não conste do livro de Ester, a mão do Senhor está dirigindo toda a história a fim de
promover a salvação do seu povo.”
Não foi por acaso que Mordecai estava à porta do rei, quando dois eunucos do palácio, Bigtã e Teres, sobremodo revoltados, tramavam a morte
de Assuero.
Mordecai, com o propósito de se aproximar do palácio, denuncia a trama contra o rei e à Ester, que o faz chegar ao rei, em nome de Mordecai.
O enfoque seguinte é Hamã. Ele odeia Mordecai, não só por ser judeu, mas porque Mordecai não se curva diante dele. Então Hamã com um plano
perverso, convence o rei a aceitar seu projeto de livrar-se dos judeus e ainda promete aumentar seu tesouro.
Mordecai fica sabendo do golpe de Hamã e resolve contar à Ester, já rainha da Pérsia, para que intervenha em favor do seu povo. E ainda lhe
adverte de que, ela havia sido elevada a rainha para enfrentar tal conjuntura.
Ester age com sabedoria e coragem. E consegue falar ao rei do plano diabólico de Hamã.
Hamã que tramara enforcar Mordecai, acaba sendo enforcado na forca que ele mesmo preparou.”
Deus continua agindo na vida de Ester e Mordecai e salvando seu povo da destruição.”
1
Sócia da SMM, professora da classe Wesleyana da CMP
10. GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 11
A Igreja tem uma nova secretária:
Késia P. do Lago. Na reunião de
oração (22.04) tivemos a alegria de
ouvi-la quando nos trouxe a reflexão
daquela tarde. O enfoque dado por
ela foi a gratidão, levando-nos a
refletir o quanto devemos ser agra-
decidos a Deus pelas inúmeras bênçãos que recebemos
diariamente. Bem-vinda ao nosso convívio Késia.
Sempre que a Campanha dos Talentos é lançada as
dinâmicas e animadas, Naly, Zenaide e Mercedes,
literalmente põem as mãos na massa, fazendo deliciosos
pães e rocamboles,
para nosso deleite,
pois os mesmos são
prá lá de deliciosos.
Parabéns a elas!
Nasceu o 1º neto de Ana Maria
Rossi e José Osvaldo Rossi.
O pequeno Matheus é filho
de Karina e Bruno.Ao casal,
aos avós e familiares, nossos
cumprimentos por tão auspicio-
so acontecimento. Que o lindo
bebê cresça como Jesus,
em estatura e graça.
Nossa querida Gaivota é subsidiada pela SMM,
entretanto seu custo é muito alto, devido a excelência de
sua apresentação. Estamos lançando uma campanha de
doações para ajudar nos custos de cada exemplar. Para
colaborar procure alguém do corpo editorial e contribua.
Agradecemos antecipadamente.
A filha da D. Dirce Freitas, Raquel, divulga a todas
as sócias, que está fazendo deliciosas empanadas
argentinas, o que ajuda no sustento da família.
Quem quiser conferir é só encomedar pelo
telefone: (19) 3041-0503.
O dia do pastor
foi comemorado de
forma singela, mas
com muito carinho.
Todos os pastores
presentes ganharam
um cartão e um porta-lápis confeccionado pelas crianças
do departamento infantil e suas esposas um vasinho de
violetas. O pastor Tarcísio, a pastora Márcia e o
pastor Artêmio também ganharam presentes e flores.
Uma oração de gratidão foi proferida em favor da vida
destes servos de Deus, que não medem esforços
para levar avante o ministério que abraçaram.
Comemoraram 50 anos
de casados o querido casal
Sílvia e Éldio Rolim.
Cercados pelos filhos, netos
e amigos celebraram com
muita alegria esta data tão
significativa. Rogamos a Deus
chuvas de bênçãos em suas
vidas e de todos os seus
queridos.
O prof. Almir de Souza Maia
(coordenador da ED da Igreja local) foi escolhido
pela Associação Internacional de Escolas, Faculdades e
Universidades Metodistas
para receber o prêmio
Ken Yamada para
Liberanças Notáveis,
simbolizado na Chama da
Excelência, em Hiroshima,
no Japão, sendo o pri-
meiro latino-americano a
receber tal honraria.
Ao ilustre amigo nossas
felicitações pela merecida
homenagem.
Por Inayá Ometto
ARQUIVOPESSOALFABIOMAULE
KARINAROSSI
INAYÁOMETTO
INAYÁOMETTO
INAYÁOMETTO
11. GAIVOTA • Maio/Junho • 2014 • 12
L
ivre-arbítrio é a expressão usada para significar a vontade
livre de escolha, as decisões livres.
O livre arbítrio, que quer dizer, o juízo livre, é a capaci-
dade de escolha pela vontade humana entre o bem e o mal, entre
o certo e o errado, conscientemente conhecidos. Ele é uma crença
religiosa ou uma proposta filosófica que defende que a pessoa
tem o poder de decidir suas ações e pensamentos segundo seu
próprio desejo e crença.
Paulo , na “EPÍSTOLA AOS ROMANOS” 9:21, põe a questão da
responsabilidade moral da seguinte maneira: “Porventura não é
o oleiro senhor do barro para poder fazer da mesma massa um
vaso para uso honroso e outro para uso vil?”
Livre-arbítrio
- é a condição que
Deus dá ao homem
para agir e ser livre,
com capacidade pa-
ra fazer as suas pró-
prias escolhas, inclu-
sive aquelas que não
estão de acordo com
a vontade divina. O
Eterno tem poder
para impedir que o
homem faça o bem
e o mal, no entanto
deixa o caminho li-
vre, cabendo ao ho-
mem decidir, sendo
ele responsável por
seus próprios atos.
Fiz esse preâmbulo apenas como introdução dos meus
pensamentos sobre a dificuldade que sempre encontrei com a
questão do livre arbítrio, até que meus filhos cresceram e eu ama-
dureci na fé.
Quando tinha meus filhos na “barra de minha saia”, um
agarrado às minhas pernas e outra acolhida em meus braços,
eu me sentia dona de seus destinos. Fazia todas as escolhas
por eles. “Meu filho isso é muito bom, pode comer você vai
gostar!”. “Filha ballet é uma arte que deixa a menina elegan-
te, com gestos delicados, vamos a aula vai começar daqui a
pouco!” Nem me passava pela cabeça que espinafre não des-
cia guela abaixo do meu pequeno e que minha filha preferia a
natação ao ballet. Afinal, eu tinha meus conceitos de certo e
errado, do que era bom ou mal e mais que tudo eu os amava e
queria o melhor para eles.
O tempo passou muito rápido, aliás mais rápido do que
gostaria ou esperava que passasse. Com a perda desse convívio
infantil e amoroso vieram os problemas a serem enfrentados
próprios dos adolescentes e mais tarde dos filhos já adultos.
Já não era mais cara feia diante de um prato com espinafre ou
um choramingar numa aula de ballet. Eram discussões sobre
pontos de vista diferentes. Eram argumentações que me faziam
pensar e estar preparada para mudar meu ponto de vista ou
convence-los de minhas razões. Mas, sem jamais tolhe-los da
sua liberdade de escolha. Afinal, eu os havia criado para serem
adultos responsáveis e não meros robots. Eu queria poder me
orgulhar das suas decisões e ter a felicidade de compartilhar
do sucesso de suas vidas, que não eram as meras repetições
da minha.
Foi então que me dei conta que o tempo havia passado e com
esse passar eu ama-
durecera minha fé.
“foi Deus quem
dotou o ser humano
da livre-vontade (GN
3)”.
Passei a me
perguntar: “Quem
nos ama mais que
nosso Pai eterno?”
Se Ele nos amou de
tal maneira que deu
o seu Filho unigêni-
to para nos salvar, o
que eu preciso saber
para ser feliz? O que
eu preciso fazer para
viver em paz e tran-
qüila sem andar, as-
soberbada, temendo o dia de amanhã?
Cheguei à simples conclusão: “Tenho dois caminhos a es-
colher: o caminho do bem ou o do mal.” Eu percebi que, muitas
vezes, até sem nos apercebermos, fazemos a escolha errada, co-
mo forçar meu filho a comer brócolis e minha filha fazer ballet.
Nosso Pai eterno não comete tal engano. Ele nos deixa livres para
decidirmos qual a melhor escolha e com essa decisão também
nos regozijarmos dos resultados, coisa que jamais aconteceria se
não pudéssemos decidir por nós mesmos.
Assim entendi que a Bíblia me dá os ensinamentos de que
preciso para fazer a escolha certa. Entendi, que para tanto, eu
teria que aprender cada vez mais sobre a palavra divina. Entendi,
finalmente, que eu era ainda uma criança na fé e com esse en-
tendimento, voltei às aulas na Escola Dominical. Escolhi o meu
caminho!
Adeli Bacchi
sócia da SMM, aluna da classe Esperança;ex-vereadora; professora
e diretora da escola de idiomas PARTNERS.
Entre dois caminhos