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ELE VIVE
A Páscoa gera mudanças
Para um mundo imperfeito
a resposta é o amor
11 dicas
para superar a tristeza
M U D E S U A V I D A . M U D E O M U N D O .
Volume 14, Número 3
CONTATO PESSOAL
Até os 15 anos, minha experiência com religião ou
espiritualidade havia sido quase nenhuma. Sem enten-
der muito o convite, concordei em fazer uma oração
para aceitar Jesus no meu coração. Curioso sobre
esse personagem que, com pouquíssimos recursos,
havia rachado a história em duas, mas sobre o qual eu
praticamente nada sabia, passei a ler Sua biografia nos evangelhos.
Nem sempre entendia, mas gostava. Por isso, lia mais. Procurei compreen-
der melhor o contexto em que se deu Sua breve passagem pela Terra. Eram
dias difíceis para os moradores de Israel, reprimidos pelo poderoso Império
Romano, e as lideranças religiosas da época não foram nada favoráveis à
mensagem e à obra de Jesus.
Contudo, pareceu-me que Ele não dava muita importância às circunstân-
cias sociopolíticas de então nem às opiniões dos sacerdotes. O cerne de Sua
missão era derrotar a origem e essência de todos os males: o pecado. Seu foco,
contudo, não era a erradicação do pecado, mas o perdão. Ensinava que era
preciso perdoar e aceitar o perdão.
Aos poucos (muito aos poucos), pelo relacionamento que aprendi a ter com Ele
e pelo exercício de tentar praticar Seus ensinamentos, teceu-se em minha vida uma
certeza serena, uma confiança íntima de que sou amado de forma incondicional.
Sinto-me aceito como sou e isso me motiva a ser melhor. Melhorar não me faz ser
mais amado, mas gera mais felicidade para os que me cercam e para mim. Essa
felicidade não me cega para os problemas, fortalece-me para enfrentá-los.
Por isso, hoje não desejo nem temo a morte. Adoro aprender, sem me inco-
modar tanto por não entender a maioria das coisas. Hoje, parece-me natural
crer em milagres, apostar que as pessoas podem mudar para melhor e não me
decepcionar tanto com as fraquezas humanas, inclusive as minhas. E aprendi a
ter prazer em me reinventar sempre que preciso.
Acho que esta é a incansável mensagem da Páscoa: o mal está derrotado,
vire a página, comece outra história e ame melhor. Desejo que esta edição da
Contato ajude a plantar no seu coração essa certeza.
Mário Sant’Ana
Pela Contato
E
© 2012 Aurora Production AG.
www.auroraproduction.com
Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil.
Tradução: Mário Sant'Ana eTiago Sant'Ana
A menos que esteja indicado o contrário, todas as referências
às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia
Sagrada”— Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição
Contemporânea, Copyright © 1990, por EditoraVida.
Contamos com uma grande
variedade de livros, além de
CDs, DVDs e outros recursos
para alimentar sua alma, enlevar
seu espírito, fortalecer seus laços
familiares e proporcionar divertidos
momentos de aprendizagem para os
seus filhos.
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Contato Cristão
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Editor		 Mário Sant'Ana
Design		 Gentian Suçi
Diagramação		 Angela Hernandez
Produção		
Samuel Keating
2
Cresci em um lar cristão e
desde a infância conheço
a história da Páscoa. Foi
recentemente, porém, que descobri o
sentido que ela tem para mim.
Nessa comemoração, no ano
passado, meus pensamentos não se vol-
taram para a glória do ressurgimento
de Jesus, o triunfo do bem sobre o mal,
ou mesmo para a dourada manhã que
de minha janela pude assistir despon-
tar. Fazia uma semana que minha
melhor amiga me telefonara para dizer
que seu pai havia, repentinamente,
falecido durante a noite. Minha mente
ainda dava voltas com o choque e a
dor. Como a vida podia escapar assim
tão abruptamente, sem dar tempo para
últimas palavras e despedidas? Pensei
nos netos que cresceriam sem conhecer
o avô, na minha amiga que ficaria sem
o apoio e o conselho do pai, na viúva
que teria de conviver com a ausência de
um marido amoroso.
Conforme lia um estudo que
detalhava as últimas horas de Jesus, Sua
crucificação e ressurreição, ocorreu-
-me que a morte do Salvador deve ter
parecido aos Seus amigos e discípulos a
pior coisa que poderia ter acontecido.
Entretanto, transformou-se no mais
maravilhoso milagre que se poderia
esperar: o triunfo de Cristo sobre a
morte. Seria possível encontrar hoje a
esperança que emergiu daquele terrível
evento? Pensei na minha amiga e na
sua dor. Onde buscar esperança diante
de uma morte trágica e não anunciada?
Meus olhos recaíram no versículo
bíblico: “Deus nos deu uma nova
vida pela ressurreição de Jesus Cristo.
Por isso o nosso coração está cheio
de uma esperança viva.”1
Ao refletir
nessas palavras, percebi que o milagre
da Páscoa não terminara há dois mil
anos, com a ressurreição de Jesus. Ele
continuava, na mensagem de espe-
rança viva que desde então atravessa
as eras e chega ao nosso século 21.
Por mais escuras que pareçam as
coisas hoje, aponta no horizonte uma
gloriosa manhã. Quando Jesus fez
os preparativos para partir, deixou
com os discípulos a promessa de que
porque Ele vive, eles e nós também
viveremos.2
A Páscoa não é para ser uma
lembrança anual, mas uma esperança
viva e diária em nossos corações.
Assim como o Sol surge cada manhã,
podemos deixar para trás a dor e o
sofrimento que nos tomam de golpe,
para nos levantar e ressurgir com fé
renovada e confiança no eterno amor
de Deus.
Elena Sichrovsky é professora
de inglês e missionária volun-
tária em Taiwan. ■
Esperança
viva
1.	 1 Pedro 1:3 NTLH
2.	 Ver João 14:19.
Elena Sichrovsky
3
Fazia cerca de três anos
que haviam atendido ao
chamado para seguir
Jesus. Como isso aconteceu para
cada um eram histórias diferentes.
A Natanael foi dito que ele era
“um verdadeiro israelita, em quem
não havia nada falso”.1
Pedro e seu
irmão, André, ouviram as palavras
“Vinde após mim, e Eu vos farei
pescadores de homens”2
, quando
lançavam suas redes ao mar.
Mateus estava no guichê da cole-
toria.3
Aqueles anos desde então
haviam sido os mais fascinantes e
intensos de suas vidas. Jesus era a
pessoa mais incrível que conhe-
ciam e O amavam profundamente.
Eles testemunharam coisas
fantásticas: muitas curas milagrosas,
pessoas sendo libertas de forças
demoníacas,4
alguns pães e peixes se
multiplicarem para alimentar cinco
milhares de pessoas.5
Certo dia,
encontram um cortejo fúnebre na
rua e Jesus ficou tão sensibilizado
pela dor da mulher que pranteava a
morte do filho que parou a procissão,
tocou o esquife, o jovem recobrou
a vida e se sentou.6
Este não foi o
único ressuscitado. Em outra ocasião,
Jesus entrou no quarto onde estava o
1.	 João 1:47
2.	 Marcos 1:17
3.	 Ver Mateus 9:9.
4.	 Ver Mateus 4:23–24.
5.	 Ver Mateus 14:14–21;
15:32–38.
6.	 Ver Lucas 7:11–16.
7.	 Ver Marcos 5:35–42.
8.	 Ver João 11:38–44.
9.	 Ver Mateus 13:10–13.
10.	Ver João 6:15.
11.	Ver João 6:3.
12.	Ver Lucas 20:20.
13.	Ver Mateus 21:6–9.
14.	Ver João 11:47–48.
15.	Ver Lucas 23:55–56;
24:1–11; João 20:3–9.
vIVE!
Ele
Peter Amsterdam
4
corpo de uma menina e, quando saiu
de lá, a criança estava viva outra vez.7
Também houve Lázaro, que estava
morto fazia quarto dias quando Jesus
o chamou para fora da tumba, e ele
saiu.8
As histórias que Ele contava eram
reveladoras, cheias de verdades pro-
fundas e entendidas apenas pelos que
estavam abertos para a mensagem
que traziam.9
Às vezes, ensinava às
multidões que se reuniam para ouvir
Suas palavras e houve uma ocasião
em que as pessoas queriam, contra
Sua vontade, coroá-lO rei.10
Volta
e meia, Jesus levava Seus seguidores
mais próximos para algum lugar afas-
tado onde pudessem descansar e lhes
ensinava de forma mais pessoal.11
Dias incomparáveis, com certeza.
Mas nem todos eram repletos de
aventuras positivas. Não faltavam
opositores. Seus inimigos religiosos
discordavam dos Seus ensinamentos
e continuamente O contestavam,
mas Suas respostas eram cheias de
sabedoria, poder e, principalmente,
amor.12
Tudo nEle emanava do amor
e da compaixão.
Com o tempo, a oposição se
intensificou e Seus inimigos estavam
mais resolutos que nunca a detê-lO,
mas as multidões O receberam em
Jerusalém trazendo nas mãos ramos
de palmeiras e proclamando “Hosana
ao Filho de Davi”.13
Seus opositores
religiosos evitavam agir contra Ele
por causa da Sua popularidade e
por temerem uma intervenção das
autoridades civis, o que poderia lhes
custar seus cargos e prestígio.14
Aqueles foram dias extraordinários
—cheios de fascínio, esperança, aven-
turas e aprendizados. Seus seguidores
provavelmente imaginavam que
aquilo continuaria por muitos anos.
Então, de repente, tudo mudou.
Jesus foi preso e, menos de 24 horas
depois, executado como criminoso.
Os sonhos daqueles homens foram
esmagados. Quem tanto amavam havia
morrido e tudo que viveram nos últi-
mos três anos havia, de uma hora para
a outra, chegado ao fim. Parecia que o
futuro do qual Jesus falara não havia
se concretizado como eles esperavam.
Jesus estava morto.
Tristes, confusos e temerosos,
esconderam-se atrás de portas
trancadas. Quão repentino fora o
fim de tudo —do trabalho em que
participavam e do amor que conhe-
ceram tão bem. De uma hora para
outra, tudo havia mudado e o futuro
parecia sombrio.
Três dias após Sua execução, logo
no início da manhã, algumas de
Suas seguidoras foram à Sua tumba
e a encontraram vazia. Quando
contaram aos outros discípulos, não
lhes deram ouvido, exceto Pedro
e João, que correram até onde Ele
fora sepultado e verificaram que
o relato era verdadeiro! Não o
encontraram. Não entendiam o que
havia acontecido, mas Seu corpo
não estava lá.15
De repente, Jesus surgiu na casa
em que vários de Seus seguidores se
escondiam, apesar de a porta estar
trancada. O homem que eles tanto
5
amavam e seguiam com devoção, que
fora brutalmente torturado e morto
estava diante deles.16
Estava vivo!
Havia ressurgido dos mortos
e voltara para eles. Sua presença
mudou tudo. Apesar de ter sido
executado como um criminoso, o
fato de que estava ali, vivo, validava
tudo que lhes dissera a Seu próprio
respeito: que era “a ressurreição e a
vida”17
, que seria morto e que ressus-
citaria ao terceiro dia.18
A verdade
daquelas palavras havia se tornado
evidente, porque Ele estava lá, vivo.
Sua presença mudou totalmente o
contexto dos dias anteriores e viram
que não haviam depositado sua fé em
um engano. O plano de Deus não
havia sido frustrado.
Quarenta dias depois, Jesus subiu
para o céu. Deixou-os fisicamente,
mas enviou o Espírito Santo para
ficar com eles —uma presença
constante que os guiava na verdade,
no amor e no partilhar de tudo que
Ele lhes havia ensinado e que eles
haviam testemunhado durante seu
tempo juntos.19
Os dias maravilhosos que
passaram vivendo e trabalhando com
Ele haviam chegado ao fim, para dar
início a um tempo de dispersão e
disseminação da mensagem. O fato
de Ele estar vivo lhes dava poder
para avançar além do que estavam
acostumados, a abrir mão dos
seus costumes para se dedicarem a
espalhar Seu amor e a mensagem da
salvação.
Foi preciso tempo e ajustes, mas
obedeceram às Suas instruções e
percorreram várias cidades e países,
conhecendo gente, fazendo amigos
e guiando as pessoas para Ele.
Construíram comunidades de fé,
ensinaram aos outros o que com Ele
haviam aprendido, dedicando-se à
missão dia após dia, ano após ano,
um coração de cada vez. Enfrentaram
dificuldades, provas, tribulações e,
alguns, o martírio. E tudo isso afetou
profundamente o mundo de seus
dias e desde então.
Apesar de as coisas haverem
mudado e de Jesus não estar mais
presente fisicamente, ainda realizava
milagres, ressuscitava, dava respostas
incríveis àqueles em necessidade,
mostrava amor, compaixão, mise-
ricórdia, trazia as boas novas da
salvação. A diferença é que em vez de
agir pessoalmente, passou a ter Seus
seguidores como intermediários. Ele
passou a viver neles e trabalhar por
intermédio deles. E é o que ainda faz
com aqueles que O amam e seguem.
A Páscoa celebra a ressurreição de
Jesus. Celebra Ele haver derrotado a
morte, o inferno e Satanás. Livrou-
nos dos nossos pecados. Jesus viveu,
amou e morreu por nós —cada um
de nós— e está conosco hoje da
mesma forma que estava com aqueles
com quem conviveu na Terra, há dois
mil anos.
Houve um tempo em que Seus
discípulos perderam a esperança,
depois de Jesus ser crucificado, mas
a crise durou pouco. A confusão, o
medo e a incerteza passaram quando
16.	Ver João 20:19–20.
17.	João 11:25
18.	Ver Marcos 8:31; João 2:19–21.
19.	Ver Atos 2:1–4; Mateus 28:19.
20.	1 Coríntios 15:55
6
Mostremos aos demais que
Ele vive, permitindo que ouçam
Suas palavras nas nossas, que
vivenciem-nO pelas nossas ações
amorosas, pela nossa compaixão
e pela nossa empatia. Vamos
lhes mostrar que Ele está vivo,
mesmo neste mundo confuso e
desorientado, ajudando-Os a se
conectarem a Ele.
Peter Amsterdam e sua esposa,
Maria Fontaine, são diretores
da Família Internacional, uma
comunidade cristã. ■
PERDÃO
CONCEDIDO
—Pensamentos sobre a Páscoa
David Brandt Berg
Não temos um Jesus pregado a uma
cruz. Ele deixou a cruz! Temos uma
cruz vazia. “Onde está, ó morte, o
teu aguilhão? Onde está, ó morte, a
tua vitória?”20
Não temos um Cristo
sepultado, mas um Jesus vivo, que
vive em nossos corações.
Ressurgiu na vitória, alegria e
liberdade, para nunca mais morrer,
para que pudesse também nos
remir, evitando que sofrêssemos a
agonia da morte do espírito. Que
dia de regozijo deve ter sido quando
Ele ressuscitou e tudo estava con-
sumado. Havia vencido e o mundo
estava salvo!
2
Este é o milagre da Páscoa: Jesus
não permaneceu no túmulo e será
assim conosco também. Não temos
de sofrer no Inferno para pagar
pelos nossos pecados ou sentir a
eterna separação de Deus. Ele fez
o pagamento por nós e ressuscitou
para uma nova vida. E esta pode
estar dentro de nós, dando-nos
esperança e paz, pois estamos cheios
com o Seu amor. ■
entenderam que Ele vivia, que Seu
amor, verdade, compaixão, palavras
e poder ainda estavam com eles,
apesar de sob outras circunstâncias
físicas.
Independentemente da nossa
situação, das mudanças e das
dificuldades, Ele também vive em
nós. Onde quer que estejamos, Seu
poder e Espírito estão conosco.
Sob quaisquer circunstâncias, em
qualquer situação, na nossa cidade
natal ou em algum país distante, Ele
está conosco e agirá em nossas vidas
tanto quanto Lhe deixarmos.
7
Tu me farás ver a vereda da vida;
na Tua presença me encherás de
alegria, com delícias perpétuas à
Tua direita. —Salmo 16:11
A consciência da tripla alegria
do Senhor é a alegria por Ele nos
haver remido, a alegria por Ele
viver em nós como nosso Salvador
enchendo-nos de poder para
produzir frutos, e a alegria de Ele
nos possuir como Sua noiva e Seu
deleite. É a consciência da Sua ale-
gria que é nossa força verdadeira.
Nossa alegria nEle pode flutuar,
mas Sua alegria em nós não muda.
—JamesHudsonTaylor5
Alegre-se! Mas alegre-se para
valer. A vida de um verdadeiro
cristão deveria ser um júbilo per-
pétuo, um prelúdio dos festivais
da eternidade .
—Théophane Vénard 6
Todos sabemos o que é
conviver com problemas.
Dificuldades financeiras, desconfortos
trazidos pelo clima ou até o trânsito
intenso podem afetar nossos espíritos.
Mas não tem de ser assim. O
Espírito Santo pode nos ajudar a
superar nossos problemas, grandes ou
pequenos e nos fazer felizes e alegres
apesar das circunstâncias.
O segredo para ter a alegria do
Senhor está em se abastecer com
a Palavra de Deus, e assim ter um
reservatório do Seu Espírito para
os momentos estressantes. "Tenho-
vos dito isso", Jesus disse aos Seus
discípulos, "para que o Meu gozo
esteja em vós, e o vosso gozo seja
completo".2
Então, caso se sinta desanimado
ou até deprimido, provavelmente só
precisa passar mais tempo com Jesus,
lendo e estudando a Sua Palavra. Ficará
surpreso com a diferença que isso fará!
Algo que ajuda muito é contar as
bênçãos e pensar em todas as coisas
boas que o Senhor lhe tem dado e feito
por você. "Quanto ao mais, irmãos,
tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
honesto, tudo o que é puro, tudo o que
é amável, tudo o que é de boa fama,
se há alguma virtude, e se há algum
louvor, nisso pensai.”3
“A alegria do
Senhor é a vossa força.”4
Rafael Holding é escritor e
mora na Austrália. “Alegria:
o fruto do sol” é um trecho
do livro da série Faça Contato,
intitulado Os Dons de Deus.
Para adquiri-lo, escreva para
revista@contato.org ■
ALEGRIA:
O FRUTO
DO SOL
1.	 Gálatas 5:22–23
2.	 João 15:11
3.	 Filipenses 4:8
4.	 Neemias 8:10
5.	 JamesHudsonTaylor(1832–1905),
missionáriobritâniconaChinae
fundadordaChinaInlandMission
(missãoparaointeriordaChina.)
6.	 Théophane Vénard (1829–1861) foi
um missionário católico nascido
na França, que se dedicou à
evangelização da Indochina, onde
morreu, mártir pela sua fé.
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz,
paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão
e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei”.1
Rafael Holding
8
Era um dia de verão par-
ticularmente quente e
úmido. Jeffrey e eu viajávamos havia
algumas horas quando sentamos exaus-
tos na abafada sala de espera de uma
estação rodoviária no norte da Itália.
Ele mal falava comigo. “Será que eu
realmente tinha de vir?” —reclamou.
Como é que fui ter esta ideia,
afinal de contas? —perguntei-me.
Arrastar um rapaz de 14 anos para
longe de seus amigos para visitar os
avós com sua mãe não é bem o que
um adolescente considera diversão.
Esperaríamos mais uma hora para
pegar o ônibus para nosso destino
final. Eu não sabia o que era pior: o ar
viciado na sala de espera ou a atmosfera
pesada entre nós dois. Estava come-
çando a me incomodar. “Quer tomar
um sorvete?” —perguntei.
Isso geralmente funcionava —ou
pelo menos costumava funcionar.
Não dessa vez. “Não!” veio a resposta
seca. “Não preciso disso.” Meu
menino estava crescendo.
Minha paciência estava se esgo-
tando. “Bom, vou comprar um para
mim”. Peguei a bolsa e, a caminho
da lanchonete, pedi a Jesus para
restaurar a boa comunicação entre
Jeffrey e eu.
Quandovoltei,eleconversavacom
umrapazumoudoisanosmaisvelho.
“Emmanueléromeno,”—explicouao
nosapresentar—“masfalabemitaliano.
Viveemumtraileraquipertocom
suamãeeduasirmãsmenores.Elefaz
biscatesparaajudarasustentarafamília,
masquerconseguirumvistodetraba-
lhoparaarrumarumempregoestável.”
Emmanuelerainteligente,tinhaboas
maneirasesemostravadispostoafazer
quasequalquertipodetrabalho.
Continuaramsuaconversaanimada
queminhachegadahaviainterrompido.
Falaramsobreescola,músicaesobrea
Romênia.QuandoJeffreycontouque
foraaumacampamentodeverãoem
Timisoara,Emmanuelficouradiante.
“Eusoudelá!”—disse.Davaparanotar
queorapazestavafelizporencontrar
outromaisoumenosdasuaidade
comquemconversarerelaxar.Jeffrey
tambémpareciamuitointeressadona
vidadaquelejovemeprovavelmente
ficousurpresoquealguémdesuaidade
sustentasseamãeeasirmãs.
Quando chegou a hora de
tomarmos o ônibus, Jeffrey orou por
Emmanuel, sua família, deu-lhe um
folheto cristão e algum dinheiro.
“Mãe” —sussurrou enquanto nos
acomodávamos em nossos assentos
no ônibus— “isso foi cem vezes
melhor do que sorvete!”
Às vezes, quando estamos
chateados ou desanimados, tudo que
precisamos é dar um pouco de nós,
para nos sentirmos melhor. É renova-
dor como um alento de ar fresco.
Anna Perlini é cofundadora da
organização humanitária Per
un Mondo Migliore (http://
www.perunmondomigliore.
org/), com atuação na região da
antiga Iugoslávia, desde 1995. ■
Um alento
de ar fresco
Anna Perlini
9
Foi só o sorriso de um bebê,
uma coisinha de nada, mas mudou
minha perspectiva de vida.
Acordou e olhou para mim. À
sua frente, tinha o que havia de mais
importante no mundo para ele: eu!
Não se importava que as peças de
pijama que eu estava vestindo não
combinassem e que eu estivesse desca-
belada. Ele apenas me amava e gostava
de ficar comigo. Ele não precisava de
perfeição, pois o amor acertava todas
as coisas. Aquele instante com ele nos
braços em que sorvi aqueles raios de
amor me trouxe a resposta para algo
que estivera pensando antes.
A falta de perfeição na vida
sempre me incomodou. Quando
alguém dizia ou fazia algo que me
contrariava, eu muitas vezes ficava
remoendo: Por que tem de existir
coisas como incompatibilidade
de gênios, falta de consideração,
injustiça, pessimismo, humilhações?
Essas coisas existem mesmo e são
erradas! Gostaria que não existissem.
Se todos, inclusive eu mesma,
entrássemos nos eixos, minha vida
seria uma perfeição maravilhosa. Na
minha maneira de ver, a perfeição
era a única coisa que poderia aliviar
minhas irritações. Mas eu sabia que
era impossível. A vida tem imperfei-
ções e eu precisava de outra opção.
Quanto mais pensava nisso, mais
percebia que o que eu realmente queria
era que o mundo girasse em torno de
mim —dos meus desejos, sentimentos,
preferências e prioridades. As coisas
não podiam continuar como estavam
e parecia que, dessa vez, era a minha
vez de mudar, sem me importar com as
culpas dos outros. Mas como? Já havia
tentado antes.
E naquela manhã, com meu bebê
no colo, um pensamento me veio:
Você gostaria que seu bebê já tivesse
nascido perfeito?	
Depois de ponderar sobre isso,
vi que nada poderia ser menos
desejável. Se, ao nascer, meu filho
já soubesse andar e correr, eu jamais
teria visto a emoção e o senso de rea-
lização estampados em seu rostinho
quando desse os primeiros passos
nem teria conhecido aquela sensação
especial de tê-lo nos meus braços,
sabendo que ele dependia completa-
mente de mim. Se ele tivesse nascido
falando perfeitamente, eu não teria
vivenciado a alegria de ouvi-lo dizer
a primeira palavra. Se, ao nascer,
meu bebê soubesse tanto quanto um
adulto, eu não testemunharia a fasci-
nação com que faz suas descobertas
nem teria a realização de lhe ensinar
algo. Eu perderia muito. Não... sua
imperfeição o torna perfeito. Eu não
gostaria que ele fosse nada diferente
do que é!
O que, então, perguntei-me, faz a
imperfeição dele diferente das outras
que me cercam?
Um
Mundo
Imperfeito
Chalsey Dooley
1.	 Mateus 7:7
10
A resposta não demorou: O amor
faz a diferença.
Claro! Era o que estava faltando, o
que eu precisava para poder enfrentar
com coragem e alegria os problemas
que eu preferia que não existissem.
Entendi tudo que perderia se eu
e todos ao meu redor tivéssemos
nascido perfeitos. Faltaria a imprevi-
sibilidade da vida que dá um senso
de surpresa às coisas; a alegria de
perdoar e ser perdoado; os laços for-
tes da amizade atados na adversidade
e os traços de personalidade positivos
formados da mesma maneira.
Aprendi que pensar negativa-
mente sobre uma situação negativa
jamais produz resultados positivos.
Determinei-me, então, a procurar
as oportunidades e as experiências
positivas ocultas sob a máscara da
imperfeição.
Quando meu bebê teve dificulda-
des para dormir naquele dia, decidi
me esforçar ao máximo para pôr em
prática a lição que havia aprendido.
Deixei um pouco de lado o que eu
achava ser o melhor para ele e, com
meu marido, cantei e brinquei com
meu pequeno. Foi um momento per-
feitamente feliz que todos teríamos
perdido se tudo tivesse sido “perfeito”
naquele dia.
As situações e as pessoas que
encontramos podem encher nossas
vidas com alegrias e surpresas,
se conseguirmos enxergar além.
As dificuldades, as perdas, os
sofrimentos e as falhas podem ser
vistos como as pistas de um jogo de
caça ao tesouro, ou a porta de um
cofre que guarda os lindos tesouros
de Deus: “Pedi, e dar-se-vos-á;
buscai, e encontrareis; batei, e
abrir-se-vos-á.”1
Chalsey Dooley é escritora
de literatura para inspiração
infantil e para cuidadores de
crianças. Mora na Austrália.■
Quando paramos de esperar
que as pessoas sejam perfeitas,
podemos gostar delas do jeito
que são. —Donald Miller
Quem busca a perfeição jamais
encontra contentamento.
—Leo Tolstoy
Há dois tipos de perfeição: a
que jamais é alcançada e a que
encontramos quando somos
nós mesmos. —Lauren King
Detesto a ideia de um mundo
perfeito. É a coisa mais
monótona em que posso
pensar. —Shelby Foote
Ser feliz não significa que tudo
é perfeito. Significa que você
decidiu enxergar além das
imperfeições. —Autor anônimo
11
Por conta do nosso tra-
balho voluntário, meu
marido, Andrew, Angelina,
minha filha, e eu nos mudamos da
Europa para a América Central.
Certa vez, tivemos a maravilhosa
oportunidade de nos sentar à beira
de um tranquilo lago na Guatemala,
centro da rica cultura maia de tempos
remotos. Em meio àquela serenidade,
o principal acontecimento do dia para
os moradores locais e turistas é assistir
ao Sol se pôr atrás de três vulcões que
se erguem à margem oeste do lago.
Naquelas bandas, os prazeres da vida
são simples, como nadar onde as fontes
vulcânicas de águas quentes jorram no
lago, criando uma curiosa mistura de
água gelada, morna e quentíssima.
Não bebo café, mas fiquei fasci-
nada por observar como seus grãos
crescem, são secos, torrados, moídos
para finalmente se converterem em
uma deliciosa xícara de café quente.
O aroma era inebriante e o sabor,
garantiram Andrew e Angelina, divino:
uma verdadeira xícara de café caseiro.
Era uma cena interessante — turis-
tas dando um tempo em suas vidas
corridas, estressantes e supostamente
“civilizadas”, ao lado de mulheres maias
pacificamente produzindo seus lindos
tecidos multicolores, algumas com um
bebê, neto ou talvez bisneto dormindo
tranquilamente preso às costas por uma
faixa, ou brincando tranquilamente ali
perto. Que contraste!
Apesar de hoje em dia os maias
precisarem vender seus produtos aos
estrangeiros para se manterem, não
permitiram que o mundo moderno
poluísse suas vidas. Habilidosos e
pelejadores, trabalham em cadência,
do nascer ao pôr do sol, produzindo
encantadoras roupas tradicionais. Não
se deixando levar pelos modismos,
orgulhosamente usam o que fabricam.
Tampouco dependem do sistema
farmacêutico, pois encontram os medi-
camentos que precisam nas árvores e
plantas que crescem na sua região. Até
produzem seus próprios cosméticos.
(Meu cabelo está bem melhor desde
que comecei a usar o xampu à base de
ervas que comprei deles, em compa-
ração a quando usava os de fabricação
industrial, quer de ervas ou outro, que
alguma vez experimentei!)
Sentada sob as palmeiras que sua-
vemente balançavam as folhas, ouvia
as ondas suaves se revezarem na praia
do lago, enquanto me encantava
vendo o Sol se esconder do outro
lado dos vulcões. Era como se fora
levada para o reino celestial de Deus
e descoberto uma das razões de eu ter
sido criada: desfrutar tudo aquilo!
Os adeptos da correria insana,
da competição sem fim e outros
do gênero consideram os maias
atrasados. Discordo. A velocidade e
o estresse roubam a nossa alegria de
viver, mas ir mais devagar e alinhar
nossa prioridades com as de Deus
conserta todas as coisas.
Anna Wormus é cofundadora e
diretora da organização Hea-
ling Hearts Balkans [curando
corações nos Balcãs) (http://
healingheartsbalkans.org/).
Ela e o marido vivem atual-
mente na Sérvia e trabalham
na região da antiga Iugoslá-
via, castigada pela guerra,
desde 1995. ■
A CIVILIZAÇÃO
MAIA
Anna Wormus
12
1Conte suas bênçãos.
Expressar gratidão faz mara-
vilhas para animar o seu espírito.
Existe poder espiritual no louvor,
o qual pode compensar o que lhe
pesar no coração.
9Melhore o ambiente.
Um quarto limpo, uma
vista bonita, uma pequena
melhoria no lar, ou até
mesmo boa iluminação,
podem deixá-lo mais “para
cima”.
1.	 Provérbios 17:22
2.Faça contato com Jesus.
Ele o ama e Se preocupa
com você, além de ter a solução
para todo problema. Conte
para Ele como se sente; leia a
Palavra; e ampare sua fé com
Suas promessas.
3Faça algo bom para
alguém. Estender a mão
a quem precisa não só ajuda a
pessoa, mas também anima o
seu próprio espírito.
4Faça um intervalo. Pare tudo
e faça uma pequena cami-
nhada. Sente-se em um local onde
vai relaxar, ou contemple uma
foto da natureza que lhe agrade.
Medite nas coisas lindas da vida.
5Cante ou ouça uma canção
feliz. Pode alegrá-lo e deixá-
-lo mais animado. Uma canção
de louvor a Jesus pode encher o
seu coração de gratidão e paz.
6Exercite-se. O exercício
físico libera endorfina, que
o faz se sentir bem, ajuda a
acalmar e redirecionar os pensa-
mentos, afastando suas energias
das preocupações e pesares.
7Ria alto. “O coração alegre
serve de bom remédio”1
.
Não leve a vida ou a si mesmo a
sério demais. Leia ou assista uma
comédia, pense em algo engra-
çado, ou converse com alguém
que normalmente o anime.
8Passe tempo com os seus
filhos. As crianças têm muito
amor para dar, e sua alegria,
flexibilidade e simplicidade
podem ajudá-lo a lembrar o que é
realmente importante.
10Durma o suficiente.
É mais fácil enfrentar
qualquer situação quando se está
bem descansado. Um grande
déficit de sono, além de aumentar
os problemas, geralmente o deixa
se sentindo muito mal.
11Sorria. A alegria no seu
sorriso não precisa ser sua
própria. Basta ser um reflexo da
alegria que Jesus dá. Vai fazê-lo se
sentir melhor e ver o mundo sob
um prisma mais positivo.
11 dicas
-Para acabar com a tristeza
Samuel Keating
Samuel Keating é
coordenador de produção
da Activated (Contato em
inglês) e vive atualmente
em Milão, na Itália. ■
13
Ensina o ditado popular
que “o bom é inimigo do melhor”.
Em outras palavras, acomodar-se
a algo que seja meramente bom
pode fazer que não alcancemos algo
melhor. Parece ser um imperativo
cultural dos nossos dias jamais nos
contentarmos com nada inferior ao
que acreditamos ser indiscutivel-
mente o melhor para nós. Mas estou
chegando a outra conclusão.
Porcausadaminhabuscapessoal
pelomelhorresultadopossívelemtodae
qualquersituação,viquedeixavapassar
boaspossibilidades,porimaginarque,
aovirardapróximaesquina,encontraria
oqueeurealmente,masrealmente
queria.Comisso,não aproveitavaas
oportunidadesquetinhaàmão.Foram
casosemquepareciaque“omelhor”
tornou-seinimigodo“bom”.Nabusca
dolendáriopotedeouronofimdo
arco-íris,nãoviabelezadoarco-íris.
Euprovavelmenteficariamaisfelizse
desfrutasseaviagememvezdeficartão
obcecadoemchegaraodestino.
Enquanto pensava nisso, lembrei-
-me que Pedro disse que Jesus havia
andado por toda a parte fazendo o
bem.1
Jesus aproveitava para fazer
o bem sempre que surgia uma
oportunidade.
Existe também a passagem clássica
da Carta de Paulo aos Romanos, em
que escreve que “todas as coisas con-
correm para o bem daqueles que amam
a Deus, daqueles que são chamados
segundo o Seu propósito.”2
Muitas
vezes recorri a esse versículo quando
não parecia que as coisas estivessem
indo tão bem. Contudo, ultimamente,
tenho pensado com mais profundidade
sobre esse trecho das Escrituras e como
as coisas cooperam para o bem, não
necessariamente para o melhor. Não
acho que esteja na melhor situação
agora mesmo, mas sei que estou bem e,
em vez de me apoquentar pelo que não
tenho, posso encontrar alegria e prazer
nas coisas positivas das minhas atuais
circunstâncias.
Salomãoaparentementechegou
aumaconclusãosemelhante,pois
escreveu:“Entãopercebiumaboaebela
coisa:alguémcomerebeber,egozar
cadaumdobemdetodooseutrabalho,
[…]poisestaésuaporção.”3
Sendo
assim,umabuscaconstanteporalgo
melhorpodefazercomquedeixemos
devalorizarascoisasboasquejátemos.
O que acha então de nos con-
tentarmos com o bom? Talvez não
sempre, mas acho que seríamos
mais felizes de uma maneira geral
se fizéssemos isso com frequência.
Afinal, algo bom não é ruim!
Phillip Lynch é romancista e
comentador sobre assuntos
espirituais e questões escato-
lógicas. Mora em Atlantic, no
Canadá. ■
Quando o bom é
preferível ao melhor
1.	 Ver Atos 10:38.
2.	 Romanos 8:28, ênfase acrescentada.
3.	 Eclesiastes 5:18
Phillip Lynch
14
O gorjeio dos pássaros, o som da
música, a voz da pessoa amada ao
telefone têm o poder de nos fazer
sorrir. Que sons lhe trouxeram prazer
hoje? Agradeça a Deus por eles.
Quando proveu alimento para os
israelitas nos 40 anos que passaram
no deserto, Deus deu a entender que
não apenas se preocupava com o sus-
tento das pessoas, mas queria lhes dar
algo saboroso. Tempos depois, o rei
Davi chamou o maná, essa comida
misteriosa que surgia no solo a cada
manhã de “pão dos anjos”.1
Em outra
passagem, lemos que o maná “tinha
gosto de pão assado com azeite”2
Pense no que você comeu e bebeu
hoje. Que sabores e texturas você
desfrutou? Agradeça a Deus por eles.
Enxergamos com os olhos, cheiramos
com o nariz, sentimos sabores em
nossas bocas e ouvimos com os
ouvidos, mas o tato é transmitido
por minúsculas terminações nervosas
que nos cobrem da cabeça aos pés.
Uma única ponta de dedo tem cerca
de 2.500 receptores.
Nossos dias são cheios de toques.
Penteamos o cabelo de nossa filha e
sentimos sua suavidade. Sentimos o
calor de uma xícara de café ou chá.
Jogamos água fria no rosto quando o
dia está quente. Que experiências espe-
ciais você teve hoje graças ao sentido
do tato? Agradeça a Deus por elas.
Gratidao dos cinco sentidos
—Um exercício espiritual
Abi May
1.	 Salmo 78:25
2.	 Números 11:8 NTLH
Cada dia é repleto de momentos felizes pelos quais podemos
dar graças a Deus, se fizermos uma pausa para reconhecê-los. Este exercício
de gratidão se baseia no que percebemos com nossos cinco sentidos.
Muitas coisas são belas ao olhar, sejam
paisagens naturais, árvores ou flores,
criadas com grande arte e destreza
arquitetônica, o reencontro com um
amigo ou avistar nossa casa depois de
um período de ausência. Que prazeres
o esperam nesta jornada? Agradeça a
Deus por eles.
O olfato é provocador. O cheiro da grama recém-
-cortada nos lembra do verão. Um determinado
perfume pode remeter à pessoa amada ou um amigo.
O aroma de uma comida pode evocar a lembrança de
lugares e experiências de um passado distante.
Que bons odores você experimentou hoje? Que
pensamentos felizes lhe trouxeram? Agradeça a Deus
por eles.
Vá além com este exercício e, quem
sabe, comece um caderno de gratidão
sensorial. A cada noite, escreva as
experiências daquele dia relacionadas
a cada sentido. Basta uma palavra ou
duas. É o momento de reflexão que
torna o exercício valioso.
Abi F. May é educadora, escri-
tora e articulista da Contato.
Mora na Grã-Bretanha.■
v i s ã o
a u d i ç ã o
p a l a d a r
t a t o
o l f a t o
15
A habilidade de ver o lado positivo é um dom. Melhora
os momentos felizes e torna os difíceis mais toleráveis. É
o caminho para alegrias maiores, que é um dos tesouros
que você encontrou ao Me conhecer. Amor, fé, paz, alegria
—estes e muitos outros dons vêm das Minhas mãos para o
enlevar e inspirar.
Quero que você partilhe da Minha completa alegria,1
mas
há algo que você deve fazer antes que isso possa acontecer:
aceitar quem ou o que você é, acreditar que foi criado
para um propósito maravilhoso, com um conjunto ímpar
de talentos, dons e atributos que o ajudarão a encontrar e
ocupar um lugar no mundo que é especial e criado só para
você.
Concedo-lhe o dom da alegria, para aliviar o sofrimento;2
felicidade, para secar suas lágrimas;3
amor, para lançar fora
o temor.4
A perspectiva ilumina o momento para lembrar
você que Meu amor e desvelo são constantes e posso gerar
benefícios a partir de qualquer problema que ameaçar
derrotar você.5
1.	 Ver João 15:11.
2.	 Ver Isaías 61:3.
3.	 Ver Salmo 30:5.
4.	 Ver 1 João 4:18.
5.	 Ver Romanos 8:28; 37–39.

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Contato: Ele vive

  • 1. ELE VIVE A Páscoa gera mudanças Para um mundo imperfeito a resposta é o amor 11 dicas para superar a tristeza M U D E S U A V I D A . M U D E O M U N D O .
  • 2. Volume 14, Número 3 CONTATO PESSOAL Até os 15 anos, minha experiência com religião ou espiritualidade havia sido quase nenhuma. Sem enten- der muito o convite, concordei em fazer uma oração para aceitar Jesus no meu coração. Curioso sobre esse personagem que, com pouquíssimos recursos, havia rachado a história em duas, mas sobre o qual eu praticamente nada sabia, passei a ler Sua biografia nos evangelhos. Nem sempre entendia, mas gostava. Por isso, lia mais. Procurei compreen- der melhor o contexto em que se deu Sua breve passagem pela Terra. Eram dias difíceis para os moradores de Israel, reprimidos pelo poderoso Império Romano, e as lideranças religiosas da época não foram nada favoráveis à mensagem e à obra de Jesus. Contudo, pareceu-me que Ele não dava muita importância às circunstân- cias sociopolíticas de então nem às opiniões dos sacerdotes. O cerne de Sua missão era derrotar a origem e essência de todos os males: o pecado. Seu foco, contudo, não era a erradicação do pecado, mas o perdão. Ensinava que era preciso perdoar e aceitar o perdão. Aos poucos (muito aos poucos), pelo relacionamento que aprendi a ter com Ele e pelo exercício de tentar praticar Seus ensinamentos, teceu-se em minha vida uma certeza serena, uma confiança íntima de que sou amado de forma incondicional. Sinto-me aceito como sou e isso me motiva a ser melhor. Melhorar não me faz ser mais amado, mas gera mais felicidade para os que me cercam e para mim. Essa felicidade não me cega para os problemas, fortalece-me para enfrentá-los. Por isso, hoje não desejo nem temo a morte. Adoro aprender, sem me inco- modar tanto por não entender a maioria das coisas. Hoje, parece-me natural crer em milagres, apostar que as pessoas podem mudar para melhor e não me decepcionar tanto com as fraquezas humanas, inclusive as minhas. E aprendi a ter prazer em me reinventar sempre que preciso. Acho que esta é a incansável mensagem da Páscoa: o mal está derrotado, vire a página, comece outra história e ame melhor. Desejo que esta edição da Contato ajude a plantar no seu coração essa certeza. Mário Sant’Ana Pela Contato E © 2012 Aurora Production AG. www.auroraproduction.com Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana eTiago Sant'Ana A menos que esteja indicado o contrário, todas as referências às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia Sagrada”— Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por EditoraVida. Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos. Para adquirir nossos produtos, obter mais informações, ou se tornar um assinante da Revista Contato, visite nossos sites, escreva-nos ou ligue gratuitamente para nossa central de atendimento. Assinaturas, informações e produtos: www.contato.org ou www.lojacontato.com.br E-mail: revista@contato.org Ligue grátis: 0800-557772 Endereço postal: Contato Cristão Caixa Postal 66345 São Paulo — SP CEP 05311-970 Editor Mário Sant'Ana Design Gentian Suçi Diagramação Angela Hernandez Produção Samuel Keating 2
  • 3. Cresci em um lar cristão e desde a infância conheço a história da Páscoa. Foi recentemente, porém, que descobri o sentido que ela tem para mim. Nessa comemoração, no ano passado, meus pensamentos não se vol- taram para a glória do ressurgimento de Jesus, o triunfo do bem sobre o mal, ou mesmo para a dourada manhã que de minha janela pude assistir despon- tar. Fazia uma semana que minha melhor amiga me telefonara para dizer que seu pai havia, repentinamente, falecido durante a noite. Minha mente ainda dava voltas com o choque e a dor. Como a vida podia escapar assim tão abruptamente, sem dar tempo para últimas palavras e despedidas? Pensei nos netos que cresceriam sem conhecer o avô, na minha amiga que ficaria sem o apoio e o conselho do pai, na viúva que teria de conviver com a ausência de um marido amoroso. Conforme lia um estudo que detalhava as últimas horas de Jesus, Sua crucificação e ressurreição, ocorreu- -me que a morte do Salvador deve ter parecido aos Seus amigos e discípulos a pior coisa que poderia ter acontecido. Entretanto, transformou-se no mais maravilhoso milagre que se poderia esperar: o triunfo de Cristo sobre a morte. Seria possível encontrar hoje a esperança que emergiu daquele terrível evento? Pensei na minha amiga e na sua dor. Onde buscar esperança diante de uma morte trágica e não anunciada? Meus olhos recaíram no versículo bíblico: “Deus nos deu uma nova vida pela ressurreição de Jesus Cristo. Por isso o nosso coração está cheio de uma esperança viva.”1 Ao refletir nessas palavras, percebi que o milagre da Páscoa não terminara há dois mil anos, com a ressurreição de Jesus. Ele continuava, na mensagem de espe- rança viva que desde então atravessa as eras e chega ao nosso século 21. Por mais escuras que pareçam as coisas hoje, aponta no horizonte uma gloriosa manhã. Quando Jesus fez os preparativos para partir, deixou com os discípulos a promessa de que porque Ele vive, eles e nós também viveremos.2 A Páscoa não é para ser uma lembrança anual, mas uma esperança viva e diária em nossos corações. Assim como o Sol surge cada manhã, podemos deixar para trás a dor e o sofrimento que nos tomam de golpe, para nos levantar e ressurgir com fé renovada e confiança no eterno amor de Deus. Elena Sichrovsky é professora de inglês e missionária volun- tária em Taiwan. ■ Esperança viva 1. 1 Pedro 1:3 NTLH 2. Ver João 14:19. Elena Sichrovsky 3
  • 4. Fazia cerca de três anos que haviam atendido ao chamado para seguir Jesus. Como isso aconteceu para cada um eram histórias diferentes. A Natanael foi dito que ele era “um verdadeiro israelita, em quem não havia nada falso”.1 Pedro e seu irmão, André, ouviram as palavras “Vinde após mim, e Eu vos farei pescadores de homens”2 , quando lançavam suas redes ao mar. Mateus estava no guichê da cole- toria.3 Aqueles anos desde então haviam sido os mais fascinantes e intensos de suas vidas. Jesus era a pessoa mais incrível que conhe- ciam e O amavam profundamente. Eles testemunharam coisas fantásticas: muitas curas milagrosas, pessoas sendo libertas de forças demoníacas,4 alguns pães e peixes se multiplicarem para alimentar cinco milhares de pessoas.5 Certo dia, encontram um cortejo fúnebre na rua e Jesus ficou tão sensibilizado pela dor da mulher que pranteava a morte do filho que parou a procissão, tocou o esquife, o jovem recobrou a vida e se sentou.6 Este não foi o único ressuscitado. Em outra ocasião, Jesus entrou no quarto onde estava o 1. João 1:47 2. Marcos 1:17 3. Ver Mateus 9:9. 4. Ver Mateus 4:23–24. 5. Ver Mateus 14:14–21; 15:32–38. 6. Ver Lucas 7:11–16. 7. Ver Marcos 5:35–42. 8. Ver João 11:38–44. 9. Ver Mateus 13:10–13. 10. Ver João 6:15. 11. Ver João 6:3. 12. Ver Lucas 20:20. 13. Ver Mateus 21:6–9. 14. Ver João 11:47–48. 15. Ver Lucas 23:55–56; 24:1–11; João 20:3–9. vIVE! Ele Peter Amsterdam 4
  • 5. corpo de uma menina e, quando saiu de lá, a criança estava viva outra vez.7 Também houve Lázaro, que estava morto fazia quarto dias quando Jesus o chamou para fora da tumba, e ele saiu.8 As histórias que Ele contava eram reveladoras, cheias de verdades pro- fundas e entendidas apenas pelos que estavam abertos para a mensagem que traziam.9 Às vezes, ensinava às multidões que se reuniam para ouvir Suas palavras e houve uma ocasião em que as pessoas queriam, contra Sua vontade, coroá-lO rei.10 Volta e meia, Jesus levava Seus seguidores mais próximos para algum lugar afas- tado onde pudessem descansar e lhes ensinava de forma mais pessoal.11 Dias incomparáveis, com certeza. Mas nem todos eram repletos de aventuras positivas. Não faltavam opositores. Seus inimigos religiosos discordavam dos Seus ensinamentos e continuamente O contestavam, mas Suas respostas eram cheias de sabedoria, poder e, principalmente, amor.12 Tudo nEle emanava do amor e da compaixão. Com o tempo, a oposição se intensificou e Seus inimigos estavam mais resolutos que nunca a detê-lO, mas as multidões O receberam em Jerusalém trazendo nas mãos ramos de palmeiras e proclamando “Hosana ao Filho de Davi”.13 Seus opositores religiosos evitavam agir contra Ele por causa da Sua popularidade e por temerem uma intervenção das autoridades civis, o que poderia lhes custar seus cargos e prestígio.14 Aqueles foram dias extraordinários —cheios de fascínio, esperança, aven- turas e aprendizados. Seus seguidores provavelmente imaginavam que aquilo continuaria por muitos anos. Então, de repente, tudo mudou. Jesus foi preso e, menos de 24 horas depois, executado como criminoso. Os sonhos daqueles homens foram esmagados. Quem tanto amavam havia morrido e tudo que viveram nos últi- mos três anos havia, de uma hora para a outra, chegado ao fim. Parecia que o futuro do qual Jesus falara não havia se concretizado como eles esperavam. Jesus estava morto. Tristes, confusos e temerosos, esconderam-se atrás de portas trancadas. Quão repentino fora o fim de tudo —do trabalho em que participavam e do amor que conhe- ceram tão bem. De uma hora para outra, tudo havia mudado e o futuro parecia sombrio. Três dias após Sua execução, logo no início da manhã, algumas de Suas seguidoras foram à Sua tumba e a encontraram vazia. Quando contaram aos outros discípulos, não lhes deram ouvido, exceto Pedro e João, que correram até onde Ele fora sepultado e verificaram que o relato era verdadeiro! Não o encontraram. Não entendiam o que havia acontecido, mas Seu corpo não estava lá.15 De repente, Jesus surgiu na casa em que vários de Seus seguidores se escondiam, apesar de a porta estar trancada. O homem que eles tanto 5
  • 6. amavam e seguiam com devoção, que fora brutalmente torturado e morto estava diante deles.16 Estava vivo! Havia ressurgido dos mortos e voltara para eles. Sua presença mudou tudo. Apesar de ter sido executado como um criminoso, o fato de que estava ali, vivo, validava tudo que lhes dissera a Seu próprio respeito: que era “a ressurreição e a vida”17 , que seria morto e que ressus- citaria ao terceiro dia.18 A verdade daquelas palavras havia se tornado evidente, porque Ele estava lá, vivo. Sua presença mudou totalmente o contexto dos dias anteriores e viram que não haviam depositado sua fé em um engano. O plano de Deus não havia sido frustrado. Quarenta dias depois, Jesus subiu para o céu. Deixou-os fisicamente, mas enviou o Espírito Santo para ficar com eles —uma presença constante que os guiava na verdade, no amor e no partilhar de tudo que Ele lhes havia ensinado e que eles haviam testemunhado durante seu tempo juntos.19 Os dias maravilhosos que passaram vivendo e trabalhando com Ele haviam chegado ao fim, para dar início a um tempo de dispersão e disseminação da mensagem. O fato de Ele estar vivo lhes dava poder para avançar além do que estavam acostumados, a abrir mão dos seus costumes para se dedicarem a espalhar Seu amor e a mensagem da salvação. Foi preciso tempo e ajustes, mas obedeceram às Suas instruções e percorreram várias cidades e países, conhecendo gente, fazendo amigos e guiando as pessoas para Ele. Construíram comunidades de fé, ensinaram aos outros o que com Ele haviam aprendido, dedicando-se à missão dia após dia, ano após ano, um coração de cada vez. Enfrentaram dificuldades, provas, tribulações e, alguns, o martírio. E tudo isso afetou profundamente o mundo de seus dias e desde então. Apesar de as coisas haverem mudado e de Jesus não estar mais presente fisicamente, ainda realizava milagres, ressuscitava, dava respostas incríveis àqueles em necessidade, mostrava amor, compaixão, mise- ricórdia, trazia as boas novas da salvação. A diferença é que em vez de agir pessoalmente, passou a ter Seus seguidores como intermediários. Ele passou a viver neles e trabalhar por intermédio deles. E é o que ainda faz com aqueles que O amam e seguem. A Páscoa celebra a ressurreição de Jesus. Celebra Ele haver derrotado a morte, o inferno e Satanás. Livrou- nos dos nossos pecados. Jesus viveu, amou e morreu por nós —cada um de nós— e está conosco hoje da mesma forma que estava com aqueles com quem conviveu na Terra, há dois mil anos. Houve um tempo em que Seus discípulos perderam a esperança, depois de Jesus ser crucificado, mas a crise durou pouco. A confusão, o medo e a incerteza passaram quando 16. Ver João 20:19–20. 17. João 11:25 18. Ver Marcos 8:31; João 2:19–21. 19. Ver Atos 2:1–4; Mateus 28:19. 20. 1 Coríntios 15:55 6
  • 7. Mostremos aos demais que Ele vive, permitindo que ouçam Suas palavras nas nossas, que vivenciem-nO pelas nossas ações amorosas, pela nossa compaixão e pela nossa empatia. Vamos lhes mostrar que Ele está vivo, mesmo neste mundo confuso e desorientado, ajudando-Os a se conectarem a Ele. Peter Amsterdam e sua esposa, Maria Fontaine, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. ■ PERDÃO CONCEDIDO —Pensamentos sobre a Páscoa David Brandt Berg Não temos um Jesus pregado a uma cruz. Ele deixou a cruz! Temos uma cruz vazia. “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó morte, a tua vitória?”20 Não temos um Cristo sepultado, mas um Jesus vivo, que vive em nossos corações. Ressurgiu na vitória, alegria e liberdade, para nunca mais morrer, para que pudesse também nos remir, evitando que sofrêssemos a agonia da morte do espírito. Que dia de regozijo deve ter sido quando Ele ressuscitou e tudo estava con- sumado. Havia vencido e o mundo estava salvo! 2 Este é o milagre da Páscoa: Jesus não permaneceu no túmulo e será assim conosco também. Não temos de sofrer no Inferno para pagar pelos nossos pecados ou sentir a eterna separação de Deus. Ele fez o pagamento por nós e ressuscitou para uma nova vida. E esta pode estar dentro de nós, dando-nos esperança e paz, pois estamos cheios com o Seu amor. ■ entenderam que Ele vivia, que Seu amor, verdade, compaixão, palavras e poder ainda estavam com eles, apesar de sob outras circunstâncias físicas. Independentemente da nossa situação, das mudanças e das dificuldades, Ele também vive em nós. Onde quer que estejamos, Seu poder e Espírito estão conosco. Sob quaisquer circunstâncias, em qualquer situação, na nossa cidade natal ou em algum país distante, Ele está conosco e agirá em nossas vidas tanto quanto Lhe deixarmos. 7
  • 8. Tu me farás ver a vereda da vida; na Tua presença me encherás de alegria, com delícias perpétuas à Tua direita. —Salmo 16:11 A consciência da tripla alegria do Senhor é a alegria por Ele nos haver remido, a alegria por Ele viver em nós como nosso Salvador enchendo-nos de poder para produzir frutos, e a alegria de Ele nos possuir como Sua noiva e Seu deleite. É a consciência da Sua ale- gria que é nossa força verdadeira. Nossa alegria nEle pode flutuar, mas Sua alegria em nós não muda. —JamesHudsonTaylor5 Alegre-se! Mas alegre-se para valer. A vida de um verdadeiro cristão deveria ser um júbilo per- pétuo, um prelúdio dos festivais da eternidade . —Théophane Vénard 6 Todos sabemos o que é conviver com problemas. Dificuldades financeiras, desconfortos trazidos pelo clima ou até o trânsito intenso podem afetar nossos espíritos. Mas não tem de ser assim. O Espírito Santo pode nos ajudar a superar nossos problemas, grandes ou pequenos e nos fazer felizes e alegres apesar das circunstâncias. O segredo para ter a alegria do Senhor está em se abastecer com a Palavra de Deus, e assim ter um reservatório do Seu Espírito para os momentos estressantes. "Tenho- vos dito isso", Jesus disse aos Seus discípulos, "para que o Meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo".2 Então, caso se sinta desanimado ou até deprimido, provavelmente só precisa passar mais tempo com Jesus, lendo e estudando a Sua Palavra. Ficará surpreso com a diferença que isso fará! Algo que ajuda muito é contar as bênçãos e pensar em todas as coisas boas que o Senhor lhe tem dado e feito por você. "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”3 “A alegria do Senhor é a vossa força.”4 Rafael Holding é escritor e mora na Austrália. “Alegria: o fruto do sol” é um trecho do livro da série Faça Contato, intitulado Os Dons de Deus. Para adquiri-lo, escreva para revista@contato.org ■ ALEGRIA: O FRUTO DO SOL 1. Gálatas 5:22–23 2. João 15:11 3. Filipenses 4:8 4. Neemias 8:10 5. JamesHudsonTaylor(1832–1905), missionáriobritâniconaChinae fundadordaChinaInlandMission (missãoparaointeriordaChina.) 6. Théophane Vénard (1829–1861) foi um missionário católico nascido na França, que se dedicou à evangelização da Indochina, onde morreu, mártir pela sua fé. “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei”.1 Rafael Holding 8
  • 9. Era um dia de verão par- ticularmente quente e úmido. Jeffrey e eu viajávamos havia algumas horas quando sentamos exaus- tos na abafada sala de espera de uma estação rodoviária no norte da Itália. Ele mal falava comigo. “Será que eu realmente tinha de vir?” —reclamou. Como é que fui ter esta ideia, afinal de contas? —perguntei-me. Arrastar um rapaz de 14 anos para longe de seus amigos para visitar os avós com sua mãe não é bem o que um adolescente considera diversão. Esperaríamos mais uma hora para pegar o ônibus para nosso destino final. Eu não sabia o que era pior: o ar viciado na sala de espera ou a atmosfera pesada entre nós dois. Estava come- çando a me incomodar. “Quer tomar um sorvete?” —perguntei. Isso geralmente funcionava —ou pelo menos costumava funcionar. Não dessa vez. “Não!” veio a resposta seca. “Não preciso disso.” Meu menino estava crescendo. Minha paciência estava se esgo- tando. “Bom, vou comprar um para mim”. Peguei a bolsa e, a caminho da lanchonete, pedi a Jesus para restaurar a boa comunicação entre Jeffrey e eu. Quandovoltei,eleconversavacom umrapazumoudoisanosmaisvelho. “Emmanueléromeno,”—explicouao nosapresentar—“masfalabemitaliano. Viveemumtraileraquipertocom suamãeeduasirmãsmenores.Elefaz biscatesparaajudarasustentarafamília, masquerconseguirumvistodetraba- lhoparaarrumarumempregoestável.” Emmanuelerainteligente,tinhaboas maneirasesemostravadispostoafazer quasequalquertipodetrabalho. Continuaramsuaconversaanimada queminhachegadahaviainterrompido. Falaramsobreescola,músicaesobrea Romênia.QuandoJeffreycontouque foraaumacampamentodeverãoem Timisoara,Emmanuelficouradiante. “Eusoudelá!”—disse.Davaparanotar queorapazestavafelizporencontrar outromaisoumenosdasuaidade comquemconversarerelaxar.Jeffrey tambémpareciamuitointeressadona vidadaquelejovemeprovavelmente ficousurpresoquealguémdesuaidade sustentasseamãeeasirmãs. Quando chegou a hora de tomarmos o ônibus, Jeffrey orou por Emmanuel, sua família, deu-lhe um folheto cristão e algum dinheiro. “Mãe” —sussurrou enquanto nos acomodávamos em nossos assentos no ônibus— “isso foi cem vezes melhor do que sorvete!” Às vezes, quando estamos chateados ou desanimados, tudo que precisamos é dar um pouco de nós, para nos sentirmos melhor. É renova- dor como um alento de ar fresco. Anna Perlini é cofundadora da organização humanitária Per un Mondo Migliore (http:// www.perunmondomigliore. org/), com atuação na região da antiga Iugoslávia, desde 1995. ■ Um alento de ar fresco Anna Perlini 9
  • 10. Foi só o sorriso de um bebê, uma coisinha de nada, mas mudou minha perspectiva de vida. Acordou e olhou para mim. À sua frente, tinha o que havia de mais importante no mundo para ele: eu! Não se importava que as peças de pijama que eu estava vestindo não combinassem e que eu estivesse desca- belada. Ele apenas me amava e gostava de ficar comigo. Ele não precisava de perfeição, pois o amor acertava todas as coisas. Aquele instante com ele nos braços em que sorvi aqueles raios de amor me trouxe a resposta para algo que estivera pensando antes. A falta de perfeição na vida sempre me incomodou. Quando alguém dizia ou fazia algo que me contrariava, eu muitas vezes ficava remoendo: Por que tem de existir coisas como incompatibilidade de gênios, falta de consideração, injustiça, pessimismo, humilhações? Essas coisas existem mesmo e são erradas! Gostaria que não existissem. Se todos, inclusive eu mesma, entrássemos nos eixos, minha vida seria uma perfeição maravilhosa. Na minha maneira de ver, a perfeição era a única coisa que poderia aliviar minhas irritações. Mas eu sabia que era impossível. A vida tem imperfei- ções e eu precisava de outra opção. Quanto mais pensava nisso, mais percebia que o que eu realmente queria era que o mundo girasse em torno de mim —dos meus desejos, sentimentos, preferências e prioridades. As coisas não podiam continuar como estavam e parecia que, dessa vez, era a minha vez de mudar, sem me importar com as culpas dos outros. Mas como? Já havia tentado antes. E naquela manhã, com meu bebê no colo, um pensamento me veio: Você gostaria que seu bebê já tivesse nascido perfeito? Depois de ponderar sobre isso, vi que nada poderia ser menos desejável. Se, ao nascer, meu filho já soubesse andar e correr, eu jamais teria visto a emoção e o senso de rea- lização estampados em seu rostinho quando desse os primeiros passos nem teria conhecido aquela sensação especial de tê-lo nos meus braços, sabendo que ele dependia completa- mente de mim. Se ele tivesse nascido falando perfeitamente, eu não teria vivenciado a alegria de ouvi-lo dizer a primeira palavra. Se, ao nascer, meu bebê soubesse tanto quanto um adulto, eu não testemunharia a fasci- nação com que faz suas descobertas nem teria a realização de lhe ensinar algo. Eu perderia muito. Não... sua imperfeição o torna perfeito. Eu não gostaria que ele fosse nada diferente do que é! O que, então, perguntei-me, faz a imperfeição dele diferente das outras que me cercam? Um Mundo Imperfeito Chalsey Dooley 1. Mateus 7:7 10
  • 11. A resposta não demorou: O amor faz a diferença. Claro! Era o que estava faltando, o que eu precisava para poder enfrentar com coragem e alegria os problemas que eu preferia que não existissem. Entendi tudo que perderia se eu e todos ao meu redor tivéssemos nascido perfeitos. Faltaria a imprevi- sibilidade da vida que dá um senso de surpresa às coisas; a alegria de perdoar e ser perdoado; os laços for- tes da amizade atados na adversidade e os traços de personalidade positivos formados da mesma maneira. Aprendi que pensar negativa- mente sobre uma situação negativa jamais produz resultados positivos. Determinei-me, então, a procurar as oportunidades e as experiências positivas ocultas sob a máscara da imperfeição. Quando meu bebê teve dificulda- des para dormir naquele dia, decidi me esforçar ao máximo para pôr em prática a lição que havia aprendido. Deixei um pouco de lado o que eu achava ser o melhor para ele e, com meu marido, cantei e brinquei com meu pequeno. Foi um momento per- feitamente feliz que todos teríamos perdido se tudo tivesse sido “perfeito” naquele dia. As situações e as pessoas que encontramos podem encher nossas vidas com alegrias e surpresas, se conseguirmos enxergar além. As dificuldades, as perdas, os sofrimentos e as falhas podem ser vistos como as pistas de um jogo de caça ao tesouro, ou a porta de um cofre que guarda os lindos tesouros de Deus: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.”1 Chalsey Dooley é escritora de literatura para inspiração infantil e para cuidadores de crianças. Mora na Austrália.■ Quando paramos de esperar que as pessoas sejam perfeitas, podemos gostar delas do jeito que são. —Donald Miller Quem busca a perfeição jamais encontra contentamento. —Leo Tolstoy Há dois tipos de perfeição: a que jamais é alcançada e a que encontramos quando somos nós mesmos. —Lauren King Detesto a ideia de um mundo perfeito. É a coisa mais monótona em que posso pensar. —Shelby Foote Ser feliz não significa que tudo é perfeito. Significa que você decidiu enxergar além das imperfeições. —Autor anônimo 11
  • 12. Por conta do nosso tra- balho voluntário, meu marido, Andrew, Angelina, minha filha, e eu nos mudamos da Europa para a América Central. Certa vez, tivemos a maravilhosa oportunidade de nos sentar à beira de um tranquilo lago na Guatemala, centro da rica cultura maia de tempos remotos. Em meio àquela serenidade, o principal acontecimento do dia para os moradores locais e turistas é assistir ao Sol se pôr atrás de três vulcões que se erguem à margem oeste do lago. Naquelas bandas, os prazeres da vida são simples, como nadar onde as fontes vulcânicas de águas quentes jorram no lago, criando uma curiosa mistura de água gelada, morna e quentíssima. Não bebo café, mas fiquei fasci- nada por observar como seus grãos crescem, são secos, torrados, moídos para finalmente se converterem em uma deliciosa xícara de café quente. O aroma era inebriante e o sabor, garantiram Andrew e Angelina, divino: uma verdadeira xícara de café caseiro. Era uma cena interessante — turis- tas dando um tempo em suas vidas corridas, estressantes e supostamente “civilizadas”, ao lado de mulheres maias pacificamente produzindo seus lindos tecidos multicolores, algumas com um bebê, neto ou talvez bisneto dormindo tranquilamente preso às costas por uma faixa, ou brincando tranquilamente ali perto. Que contraste! Apesar de hoje em dia os maias precisarem vender seus produtos aos estrangeiros para se manterem, não permitiram que o mundo moderno poluísse suas vidas. Habilidosos e pelejadores, trabalham em cadência, do nascer ao pôr do sol, produzindo encantadoras roupas tradicionais. Não se deixando levar pelos modismos, orgulhosamente usam o que fabricam. Tampouco dependem do sistema farmacêutico, pois encontram os medi- camentos que precisam nas árvores e plantas que crescem na sua região. Até produzem seus próprios cosméticos. (Meu cabelo está bem melhor desde que comecei a usar o xampu à base de ervas que comprei deles, em compa- ração a quando usava os de fabricação industrial, quer de ervas ou outro, que alguma vez experimentei!) Sentada sob as palmeiras que sua- vemente balançavam as folhas, ouvia as ondas suaves se revezarem na praia do lago, enquanto me encantava vendo o Sol se esconder do outro lado dos vulcões. Era como se fora levada para o reino celestial de Deus e descoberto uma das razões de eu ter sido criada: desfrutar tudo aquilo! Os adeptos da correria insana, da competição sem fim e outros do gênero consideram os maias atrasados. Discordo. A velocidade e o estresse roubam a nossa alegria de viver, mas ir mais devagar e alinhar nossa prioridades com as de Deus conserta todas as coisas. Anna Wormus é cofundadora e diretora da organização Hea- ling Hearts Balkans [curando corações nos Balcãs) (http:// healingheartsbalkans.org/). Ela e o marido vivem atual- mente na Sérvia e trabalham na região da antiga Iugoslá- via, castigada pela guerra, desde 1995. ■ A CIVILIZAÇÃO MAIA Anna Wormus 12
  • 13. 1Conte suas bênçãos. Expressar gratidão faz mara- vilhas para animar o seu espírito. Existe poder espiritual no louvor, o qual pode compensar o que lhe pesar no coração. 9Melhore o ambiente. Um quarto limpo, uma vista bonita, uma pequena melhoria no lar, ou até mesmo boa iluminação, podem deixá-lo mais “para cima”. 1. Provérbios 17:22 2.Faça contato com Jesus. Ele o ama e Se preocupa com você, além de ter a solução para todo problema. Conte para Ele como se sente; leia a Palavra; e ampare sua fé com Suas promessas. 3Faça algo bom para alguém. Estender a mão a quem precisa não só ajuda a pessoa, mas também anima o seu próprio espírito. 4Faça um intervalo. Pare tudo e faça uma pequena cami- nhada. Sente-se em um local onde vai relaxar, ou contemple uma foto da natureza que lhe agrade. Medite nas coisas lindas da vida. 5Cante ou ouça uma canção feliz. Pode alegrá-lo e deixá- -lo mais animado. Uma canção de louvor a Jesus pode encher o seu coração de gratidão e paz. 6Exercite-se. O exercício físico libera endorfina, que o faz se sentir bem, ajuda a acalmar e redirecionar os pensa- mentos, afastando suas energias das preocupações e pesares. 7Ria alto. “O coração alegre serve de bom remédio”1 . Não leve a vida ou a si mesmo a sério demais. Leia ou assista uma comédia, pense em algo engra- çado, ou converse com alguém que normalmente o anime. 8Passe tempo com os seus filhos. As crianças têm muito amor para dar, e sua alegria, flexibilidade e simplicidade podem ajudá-lo a lembrar o que é realmente importante. 10Durma o suficiente. É mais fácil enfrentar qualquer situação quando se está bem descansado. Um grande déficit de sono, além de aumentar os problemas, geralmente o deixa se sentindo muito mal. 11Sorria. A alegria no seu sorriso não precisa ser sua própria. Basta ser um reflexo da alegria que Jesus dá. Vai fazê-lo se sentir melhor e ver o mundo sob um prisma mais positivo. 11 dicas -Para acabar com a tristeza Samuel Keating Samuel Keating é coordenador de produção da Activated (Contato em inglês) e vive atualmente em Milão, na Itália. ■ 13
  • 14. Ensina o ditado popular que “o bom é inimigo do melhor”. Em outras palavras, acomodar-se a algo que seja meramente bom pode fazer que não alcancemos algo melhor. Parece ser um imperativo cultural dos nossos dias jamais nos contentarmos com nada inferior ao que acreditamos ser indiscutivel- mente o melhor para nós. Mas estou chegando a outra conclusão. Porcausadaminhabuscapessoal pelomelhorresultadopossívelemtodae qualquersituação,viquedeixavapassar boaspossibilidades,porimaginarque, aovirardapróximaesquina,encontraria oqueeurealmente,masrealmente queria.Comisso,não aproveitavaas oportunidadesquetinhaàmão.Foram casosemquepareciaque“omelhor” tornou-seinimigodo“bom”.Nabusca dolendáriopotedeouronofimdo arco-íris,nãoviabelezadoarco-íris. Euprovavelmenteficariamaisfelizse desfrutasseaviagememvezdeficartão obcecadoemchegaraodestino. Enquanto pensava nisso, lembrei- -me que Pedro disse que Jesus havia andado por toda a parte fazendo o bem.1 Jesus aproveitava para fazer o bem sempre que surgia uma oportunidade. Existe também a passagem clássica da Carta de Paulo aos Romanos, em que escreve que “todas as coisas con- correm para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito.”2 Muitas vezes recorri a esse versículo quando não parecia que as coisas estivessem indo tão bem. Contudo, ultimamente, tenho pensado com mais profundidade sobre esse trecho das Escrituras e como as coisas cooperam para o bem, não necessariamente para o melhor. Não acho que esteja na melhor situação agora mesmo, mas sei que estou bem e, em vez de me apoquentar pelo que não tenho, posso encontrar alegria e prazer nas coisas positivas das minhas atuais circunstâncias. Salomãoaparentementechegou aumaconclusãosemelhante,pois escreveu:“Entãopercebiumaboaebela coisa:alguémcomerebeber,egozar cadaumdobemdetodooseutrabalho, […]poisestaésuaporção.”3 Sendo assim,umabuscaconstanteporalgo melhorpodefazercomquedeixemos devalorizarascoisasboasquejátemos. O que acha então de nos con- tentarmos com o bom? Talvez não sempre, mas acho que seríamos mais felizes de uma maneira geral se fizéssemos isso com frequência. Afinal, algo bom não é ruim! Phillip Lynch é romancista e comentador sobre assuntos espirituais e questões escato- lógicas. Mora em Atlantic, no Canadá. ■ Quando o bom é preferível ao melhor 1. Ver Atos 10:38. 2. Romanos 8:28, ênfase acrescentada. 3. Eclesiastes 5:18 Phillip Lynch 14
  • 15. O gorjeio dos pássaros, o som da música, a voz da pessoa amada ao telefone têm o poder de nos fazer sorrir. Que sons lhe trouxeram prazer hoje? Agradeça a Deus por eles. Quando proveu alimento para os israelitas nos 40 anos que passaram no deserto, Deus deu a entender que não apenas se preocupava com o sus- tento das pessoas, mas queria lhes dar algo saboroso. Tempos depois, o rei Davi chamou o maná, essa comida misteriosa que surgia no solo a cada manhã de “pão dos anjos”.1 Em outra passagem, lemos que o maná “tinha gosto de pão assado com azeite”2 Pense no que você comeu e bebeu hoje. Que sabores e texturas você desfrutou? Agradeça a Deus por eles. Enxergamos com os olhos, cheiramos com o nariz, sentimos sabores em nossas bocas e ouvimos com os ouvidos, mas o tato é transmitido por minúsculas terminações nervosas que nos cobrem da cabeça aos pés. Uma única ponta de dedo tem cerca de 2.500 receptores. Nossos dias são cheios de toques. Penteamos o cabelo de nossa filha e sentimos sua suavidade. Sentimos o calor de uma xícara de café ou chá. Jogamos água fria no rosto quando o dia está quente. Que experiências espe- ciais você teve hoje graças ao sentido do tato? Agradeça a Deus por elas. Gratidao dos cinco sentidos —Um exercício espiritual Abi May 1. Salmo 78:25 2. Números 11:8 NTLH Cada dia é repleto de momentos felizes pelos quais podemos dar graças a Deus, se fizermos uma pausa para reconhecê-los. Este exercício de gratidão se baseia no que percebemos com nossos cinco sentidos. Muitas coisas são belas ao olhar, sejam paisagens naturais, árvores ou flores, criadas com grande arte e destreza arquitetônica, o reencontro com um amigo ou avistar nossa casa depois de um período de ausência. Que prazeres o esperam nesta jornada? Agradeça a Deus por eles. O olfato é provocador. O cheiro da grama recém- -cortada nos lembra do verão. Um determinado perfume pode remeter à pessoa amada ou um amigo. O aroma de uma comida pode evocar a lembrança de lugares e experiências de um passado distante. Que bons odores você experimentou hoje? Que pensamentos felizes lhe trouxeram? Agradeça a Deus por eles. Vá além com este exercício e, quem sabe, comece um caderno de gratidão sensorial. A cada noite, escreva as experiências daquele dia relacionadas a cada sentido. Basta uma palavra ou duas. É o momento de reflexão que torna o exercício valioso. Abi F. May é educadora, escri- tora e articulista da Contato. Mora na Grã-Bretanha.■ v i s ã o a u d i ç ã o p a l a d a r t a t o o l f a t o 15
  • 16. A habilidade de ver o lado positivo é um dom. Melhora os momentos felizes e torna os difíceis mais toleráveis. É o caminho para alegrias maiores, que é um dos tesouros que você encontrou ao Me conhecer. Amor, fé, paz, alegria —estes e muitos outros dons vêm das Minhas mãos para o enlevar e inspirar. Quero que você partilhe da Minha completa alegria,1 mas há algo que você deve fazer antes que isso possa acontecer: aceitar quem ou o que você é, acreditar que foi criado para um propósito maravilhoso, com um conjunto ímpar de talentos, dons e atributos que o ajudarão a encontrar e ocupar um lugar no mundo que é especial e criado só para você. Concedo-lhe o dom da alegria, para aliviar o sofrimento;2 felicidade, para secar suas lágrimas;3 amor, para lançar fora o temor.4 A perspectiva ilumina o momento para lembrar você que Meu amor e desvelo são constantes e posso gerar benefícios a partir de qualquer problema que ameaçar derrotar você.5 1. Ver João 15:11. 2. Ver Isaías 61:3. 3. Ver Salmo 30:5. 4. Ver 1 João 4:18. 5. Ver Romanos 8:28; 37–39.