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O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
O
Senhor dos
Fios e
das Navalhas
Diegho Courtenbitter
2018
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Prefacio
O senhor das navalhas é uma expressão maleável e psicótica de um instinto predador
incorporadaem umjovemque matadesde de quandoeraumacriança. Uma infânciadifícil que
lhe permitiudesenvolver uma antipatia irregular e fria com as vítimas que atravessaram o seu
caminho, ou escolhidas por ele.
Um criminosode mentedestrutivae doentiaqueaperfeiçoouassuasmatançasapósterpassado
por uma forte desilusão amorosa com uma jovem de apenas 25 anos chamada de Ana pelo
misterioso “Serial killer” que não tem o seu nome divulgado na trama.
As váriasAna´s mortaspeloassassinomisterioso,sugeremque todas elasforamescolhidaspor
um motivo obvio e determinante. As jovens possuíam o nome de sua ex-paixão e muitas
detinhamcaracterísticasfísicas similarese até parecidas com a garota que o assassino amava.
Todas elas eram mulheres inteligentes, jovens, bonitas, morenas e com estatura de até um
metro e sessenta. Todos os crimes acontecem em 2019 e acumulam inúmeras manchetes de
jornais,oterrorinvade ailhadoamor,omedofazcomque asruasfiquemvaziase apolícialocal
não consegue coloca atrás das grades o estranho homem das flores, que mais parece um
fantasma.
Ana Carla
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
“Uma Flor Simplesmente Exógena
Um filete de água esquia
Uma Arajana em meio as Oliveiras”
Roosevelt F. Abrantes
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
“O desejoestáocultosobre asHortênsias....UmaArajanase esconde dentrode mim... Uma
milagrosatulipase fazrefémemmeuensejo....Amarnãoficouparao amor....Foi o amor que
nos dispensou....”
João Justina Liberto
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Livro: O Senhor dos Fios e das Navalhas
Gênero: Conto
Ano: 2018
Autor: Diegho Courtenbitter Mello Neto de Abrantes
Titularidade: Este é um Heterônimo de Roosevelt F. Abrantes
Editora: Editora Lascivinista / Produção e Publicação Independente
Coletânea: Uma Arte Lascivinista
Ano de Finalização Escritural da Obra: 2018
Data da Primeira Publicação deste Livro: 26 de Dezembro de 2018
Contatos:
End.: Rua das Palmeiras, n° 09
Residencial Parque das Palmeiras
Vila Embratel – São Luís - Maranhão
Cep.: 65080140 – São Luís – Ma
País.: Brasil / Região.: Nordeste
Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8545-4918
WhatsApp.: (98) 9 8545-4918
E-mail.: rooseveltabrantes@gmail.com
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Site.: http://movimentolascivinista.com
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Autobiografia
Nome: Diegho Courtenbitter Mello Neto de Abrantes
Data de Nascimento: 04/06/1979
Cidade Natal: Rio de Janeiro
Estado: Rio de Janeiro
País: Brasil
Nome do Pai: Joelson Courtenbitter Mello Filho de Abrantes
Nome da Mãe: Leticia Courtenbitter Mello Araújo de Abrantes
Cônjuge: Claudia Courtenbitter Mello Silva de Abrantes
Ocupação: Poeta, Escritor, Cronista, Contista, Grafista, Fotografo e
Iluminarista
Profissão: Comerciante e Chefe do Gabinete de Oficio do Rio de Janeiro
Bairro onde Morou na Infância: Rio de janeiro
Locais onde Trabalhou: Centro de Niterói e na Prefeitura do Rio de Janeiro
Formação Acadêmica: Pós-Graduado em Ciências Politicas
Lugares onde Morou: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais
Ideologia Política: Extrema Direita
Gosto Musical: Modas Portuguesas e Bolero Argentino
Gosto Gastronômico: Bacalhau, Arroz Branco, Feijão e Azeite
Religião: Católica Apostólica Romana
Altura: 1,85 Mts
Etnia / Raça: Branco
Cor da Pele: Branca
Cor dos Olhos: Verdes Claros e Pequenos
Cor dos Cabelos: Castanhos Claros, Lisos e Curtos
Postura Física: Esguio e Levemente Curvado para Esquerda
Tipo Físico: Magro, Dedos longos, Pés Grandes e Pernas Compridas
Tipo Físico Facial: Nariz Grande e Afilado, Cabeça Retangular e Queixo
Quadrado
Trajes Habituais: Chapéu de Linho Preto, Ternos Azul Escuro e Sapatos de
Couro
Idade Atual: 40 anos
Orientação Sexual: Homossexual
Heterônimo: Diegho Courtenbitter Mello
Escritor: Roosevelt Ferreira Abrantes
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Capitulo I
AprisionadO
O QUARTO
Quando acordei naquela suposta manhã de quinta-feira, achei realmente que estava em meu
quarto, deitadosobre aminhacama.Haviamuitaconfusãoe muitasdúvidas.Etudosobre odia
anterior, parecia ter sido arrancando, extraído, removido e apagado das minhas lembranças.
O último acontecimento metódico que me recordo com clareza, foi de ter saído de casa na
quarta-feira à noite para comer um cachorro-quente do Sousa na praia grande no reviver.
Depois disso, não lembro mais de nada, e somente a escuridão desse lugar, está intacta em
minha consciência vazia.
Muitas perguntas preenchiam a minha abandonada incompreensão,vários questionamentos
jaziam sem resposta, e outras procuravam por soluçõesobvias. Mas apesar de saber quem eu
era,e de todas as atrocidadesque eracapazde fazer,nãoconseguiaimagina,quemfariaaquilo
comigo, ninguém seria mais louco do que eu mesmo.
Muitacoisafaziasentido,comoolugarsilencioso, nenhummóvelalémdessacadeira, poucaluz,
e o cheiroforte de detergente,estaseramartifíciosusadospormim emvários dosmeus crimes.
Nenhuma das minhas vítimas, jamais saberiam o que lhes atacou ou porque as suprimiu. Eu
sempre fui sucinto, ágio e muito cuidadoso, sem rastos, sem pistas e sem cheiros. Mas ainda
assim, nada fazia sentido, quem me queria naquele lugar, e porque me queria tanto.
Aquela escuridão penumbrosa, o lugar minuciosamente limpo, e o silencio absurdamente
delicado,começavaaincomodaos meussentidos.Minutosdepois,algodiferentetomouconta
do silenciomórbido,e um movimento atípico e natural, manifestava-se pela fresta de luz que
era irradiada pela janela de madeira, um cheiro forte de terra molhada, começou a se
desprenderdosolo,esmagandotacitamente omeuolfatofelino,aescuridãoaindaferiaosmeus
olhos, e o meu paladar queria sentir o gosto ébrio do meu corajoso carcereiro.
Eu estava a várias horas sentado na mesma posição, e os meus membros inferiores estavam
todosdormentes, umasede insuportável tomavacontadocéude minhaboca e a fome tentava
me causar dor. Ninguém se apresentava para me machucar, prisões tendem a representar
torturas e medo. Mas ninguém até aquele momento se prontificou.
Tentei por duasvezes sentiro gostode minhaprópria saliva,masa boca seca não me permitia
sentir nada. Também tentei abrir os meus olhos, mais apenas um deles enxergava com certa
dificuldade o pouco de luz que habitava aquele lugar.
Minhas mãos e pés estavam amaradas contra a cadeira e uma forte dor em minha coluna
denunciavasemdúvidaalgumaque euhaviadormido naquelaposiçãoporhorasou diasinteiros
sobre aquela cadeira de madeira a qual fui aprisionado.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Eu estava geograficamente desorientado, aescuridão eraanda algo terrível, e o desejode esta
livre consumia-meprofundamente aalma, euhavia perdido ossentidos,e olhando novamente
para aquele imenso espaço vazio, não tinha ideia de onde estava, não sabia a quanto tempo
estava desacordado, e nem sabia como fui para naquele lugar.
Minutosmais tarde sentirum estranhoe intermitentegosto de sangue sobre a minhalíngua,a
sede era enorme, mas esta sensação imprudente não me traduzia coisas boas, eu podia esta
envenenado, e se esta era a intenção de meu algoz, eu morreria sozinho naquele lugar em
questão de minutos.
Levantei a cabeça com um pouco de dificuldade e percebi que uma dor ínfima e latente,
emanavadomeiode meucrânio,estendendo-se peloouvidoe peregrinandoaté aminhanuca,
com dificuldade, tentei abrirosolhose virandoopescoçodoloridoemdireçãoaquele pequeno
facho de luz que entrava por uma encurtada janela, não consegui identifica com clareza se
aquela luz era mesmo natural ou artificial.
Os meus olhos estavam machucados, minha percepção estava turva, e a minha dialética não
impetrava uma verdade absoluta sobre os fatos. Eu me perguntava o que sobre o que era dia
ou sobre o que era noite, tudo se manifestava igual, nada era diferente de nada, e apenas o
facho de luz projetada pela janela mudava de direção ou lugar. Era verdade, eu não sonhava
sobre osmeus lenções,eu estavaemcárcere,e supostamenteaquele eraumquarto comumou
incomum para os meus sentidos apurados. Mas eu ainda me perguntava, em que lugar do
mundo situava-se aquele maldito quarto.
Aquele lugarjáme parecia familiar, eunãoestavaali por acaso, sejaquemfor o meualgoz,ele
me conhecere me queremsofrimento, maseunãoconseguiaidentifica-lo.Horasdepois,ouvir
um motor de um carro estacionar na parte de cima da casa, o meu carcereiro havia chegado.
Minutos mais tarde um cheiro de comida caseira invadia o pequeno quatro, o chão de terra
batidafazia se sentirnovamente doladode fora da casa, o aroma de terra recémmolhada era
salpicadopelafinachuvaque se pronunciavatímidaatravésdosportõesde madeira, ostrovões
avisavam a proximidade de um temporal violento.
A fina camada de musgo que envolvia a lateral da janela era outra sutileza que o meu olfato
haviaapreendido,elaproduziaumcheiroúnicoe perspicaz,eujamaishaviasentidocheirotão
bom como este, ocair de pingosd´águas sobre as plantas,agitavamcom velocidade achegada
da chuva, o dia ficaria mais frio, e a noite prometia revelações promissoras, tudo aquilo me
remetia a algo que já havia vivenciado. Mas a minha mente me traia, e eu não conseguia me
lembrar.
Afinal de contas, que lugar era esse, que casa ainda conservava portõesde madeira e chão de
terrabatida,e que lugaremSão Luís podiachove temporaiscomtamanhacargade relâmpagos.
As chuvas aqui eram tão intensascomo os seusventose os raios rasgavamos céuscomo jatos
sônicos barulhentose perigosos. Os trovoescausavam medo pela força de seus sons e brilhos
intensos.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
A chuva apertou com mais força, e os trovões, relâmpagos e os pingos d´águas faziam um
barulho ainda maior do antes. Eu podia sentir a terra enfaroada, os caminhos de agua
delineando pequenos córregos, e o cheiro dos jasmineiros sendo exalada para chamar os
passarinhos. Aquele era o melhor perfume do mundo, a terra molhada, o cheiro que ela
produzia. Aquilo era ao mesmo tempo aterrorizante e incrivelmente doce.
Lamentavelmenteeunãopodiadesfrutade nada doque eraoferecidoporaquelelugar,poiseu
estava amarado sobre uma cadeira de madeira, meus pés e mãos jaziam deliberadamente
fixados contra o móvel e os meus ombro e troncos firmemente cerrados com fitas adesivas,
imobilizado contrao encostodo assento.Eu permaneciainerte e aindasema menornoção de
onde euestava,e odiae anoite eramiguaistodososdias. Euestavaperturbadoe desorientado,
mais a minha mente procurava um caminho para uma possível solidez.
Depoisde suachegadaaquelacasa,o meualgozficouemsilencio,nãodirigiunenhumapalavra
em minha direção, pouco ligando se eu tinha fome ou sede, mas eu ouvir chegar próximo da
porta do quarto por algumas vezes. Eu gritava por ele, mais não adiantava, ele voltava para a
sala e ligava a televisão. Eu percebia que ele assistia ao jornal, cozinhava, tomava banho, e
cultivavaasplantasemseujardim. Istoerafeitometodicamentee semprenosmesmoshorários.
Acho que passei dois dias inteiros chamando por alguém que eu não conhecia e que não me
respondia.
Noterceirodiaalguémme ofereceuágua,ele acendeu aluzartificial,masaapagounovamente
emseguida,nosdeixandonovamentenoescuro,colocouumcopode aguasobre aminhaboca,
ele me fezbeberdescontroladamente,engasgando-meentre umgolee outro.Aofinal doúltimo
gole de água,pedirpor comida, maiso silenciodomeuopressor, apenasbateuaportaatrás de
mim.
Mais umdiase passou e o cheirode comidacaseirame perturbavaoestomago,assimcomodas
outrasvezes,soliciteiporcomida,poráguae porumacomunicaçãodireta.Maisomeuagressor
se comportava como um fantasma. Ele era intransigente e frio, pouco solicito.
Minutos depois, ele ou ela, não ei ao certo, entrou pela porta dos fundos e acendendo e
apagandoas luzesnovamente, colocouopratosobre a minhapernae me alimentouporquase
dezminutos.E apósterminada a minharefeição,elefechouaportaatrás de mime foi embora.
E novamente griteiporajuda,chamei porele, ouelae lhepedirmaiscomida,maisaquelapessoa
sem rosto, sem sentimento, continuou em silencio. E mantendo-me em cativeiro, prosseguiu
com a sua tortura mental. Eu tentava me lembra daquele lugar. Geralmente as minhas
percepções são extraordinariamente incríveis, sou do tipo de pessoa que se lembra de quase
tudo, sou um ótimo analista. Mas aquele lugar ainda era uma incógnita, um segredo a ser
descoberto.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Capitulo II
Segredos LibertoS
Uma Velha ConhecidA
A luz foi novamente acessa sobre o pequeno cômodo e repentinamente dentro do quarto,
observei a movimentação fugaz e pouco discreta do meu critico carcereiro, a escuridão ainda
me incomodava bastante, e os meus olhos necessitavam ver alguma coisa, algo que não fosse
apenas um terrível vazio projetado sobre a parede.
Asvezesumlaminadoe pequenofacho de luzvindodajanela,quebravaaescuridãoque estava
a minha frente, mas os meus olhos ainda enxergavam somente vultos. A luz apesar de bem-
vinda, feria os meus olhos amiúdes, mais nada que lhes tirasse a beleza, aquilo era um alento
para minha alma perturbada.
A escuridão que antesenvolvidaoambiente,desfez-se terminantemente sobre os meusolhos
e o quarto antes desconhecidopara mim, apresentava cores e texturas bem demarcadas. O
estranho posicionou-se em pé atrás de mim e virando a minha cadeira a noventa graus, e
reposicionando-aemdireçãoafrente porta, levantouomeurosto com um dos dedospara me
defrontar, eu ainda não conseguia enxergar, a luz artificial da lâmpada, brilhava como um sol
ardente em fogo e brasas.
Infelizmente eu não o reconhecia, meus olhos viam apenas vultos, pedaços de um rosto
anônimo e febril para a minha tímida memória, o brilho incandescente da lâmpada acima de
mim, conseguia ferir ainda mais a minha retina empobrecida, um fator que apenas
impossibilitavaaidentificaçãodoseurosto tenazque me encaravacomfriezae muitamaldade.
Geralmente aquelesdoissentimentoseramapenasmeus,e sempre me soavamretoricamente
agradáveis e amáveis. O seu ódio e a sua maldade podiam ser percebidos pela sua respiração
profunda e amarga. Os seus batimentos cardíacos eram firmes e mordazes, algo tão indelével
que pode servisto emsuaveiamitral esquerdaprojetadaem suagarganta,querendooseuódio
salta para fora de seu pescoço, desejando devora-me de tanta raiva.
O estranho foi em direção a pequenina janela, e abrindo-a decididamente sobre um sol
provisionado, entre oito ou dez horas da manhã, puxou-a pelo ferrolho, escancarando-a pela
sua folha solitária e prendendo a sua aba para não volta a fecha, em seguida apanhou uma
cadeira velha que estava abandonada solitariamente no canto do quarto, e arrastando-a pelo
seu encosto, posiciono o móvel corretamente a minha frente e sentando-se obliquamente de
maneira inversa a minha direita. E interrogando-me vomitou alguns pares de palavras secas e
indecorosas.
- Lembra-se de mim.....
- Você sabe quem sou eu....
- Seu lixo imundo...
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Sua voz me causou um certo desconforto emocional,e ao mesmotempo, uma óbviaponta de
nostalgia, minhas curtas lembranças efêmeras, fazia-me compreender a algo que ainda não
estava claro para minha consciência fria. Sua agressividade foi instintiva, um tapa seguido de
uma cusparada em meu rosto, deixou claro que o meu algoz não queria esticar muito as
conversas.
Sua pergunta nutria neste momento vil, uma espécie de atmosfera social que nos envolvia
intimamente. E que em certo episódio comum nos correlacionava, um a vida do outro. Suas
interjeições pareciam interligar as nossas vidas de forma mutua.
Aquela pessoa agia como se me conhecesse a muito tempo, mas as suas silhuetas eram
completamente desconhecidaspara o meu olfato e para minha visão, eu literalmente não a
conhecia. Depois das breves palavras iniciais, ela não voltou a dizer mais nada, um silencio
mórbido voltou a torna parte do ambiente que nos envolvia.
Tudo estava claro, meu algoz era uma mulher, e sendo uma mulher, presumir que ela fosse
alguém que tentei eterniza em minhas obras de artes. Mais nenhuma de minhas obras vivem,
elastodasforam cuidadosamente mortaspormim.Entãoquem é ela. O que ela quer de mim.
Aquela pessoa era alguém intrigante, só não era alguém que pronunciava muitas palavras.
Curiosamente forçava as minhas retinas para identificá-la, mais os vários dias sobre uma
escuridão intermitente,provocagravesferidasa uma retinacomprometida,comoera a minha
visão. Arduamente os meus olhos amendoados, viam pouco coisa sobre o que o rosto dela
deduzia, sua identificação ainda era dúbia.
Mas apesar da minha forte descrençapor quem elaera, elatinha gravescrenças sobre que eu
era. Tentei por várias vezes abri os meus olhos, para poder enxerga o meu carcereiro, maisas
sombras sobre os meus globos oculares continuavam muito espessas e tênues.
Os machucados e as vendas sobre os meus olhos colaboraram bastante para isso, e a dor na
minha nuca parece ter afetado a minha visão. Tenho certeza que apanhei muito,antes de vim
para este lugar. Mas como ela conseguiu me captura. Como ela me conhece.
Minutos depois a porta a minha frente foi fechada de forma cordial, e novamente um silencio
abruto e esguio tomou conta do lugar, eu estava sozinho e sobre o escuro. Horas mais tarde a
porta foi aberta de forma rude e feroz, passos tímidos e silenciosos voltavam-se em minha
direção, desta vez ela não acendeu a luz, foi quando um soco violentome tomou de assalto e
alguns dentes e muito sangue foram expulsos de minha boca.
Minha visão finalmente parecia estabiliza-se, as agressões colocavam o meu cérebro em
funcionamento, agoratudo estavavoltandoaos poucos,e verifiquei que omeu algoz,além de
ser do sexofeminino,eratambémestupidamente linda.Istoerainteressante,elaentãovoltou
a se sentar sobre a cadeira de madeira, e olhando em minha direção, gesticulou palavras de
baixo escalão e ameaçadoras.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
O diaseriatensopara mime meu carcereiro, seulongorabode cavaloamarradas pelastranças
de seu próprio cabelo, agora me causava excitações sexuais mutuas e vigorosas. Seu jeito
delicado de iniciar uma conversa, me agradou de maneira fantástica, mais o que me
impressionou de verdade, não foi o seu jeito delicado de trata um convidado, foi um lindo
mosaico formado na parede daquele quarto...
O faixode luzprojetadopelajanelaaberta doquarto, iluminavaumaparte maiordo ambiente,
e eu conseguia ver com mais detalhes quase tudo, tanto o rosto de meu agressor, quanto o
grande mosaico que se estendia de um lado a outro da parede.
Havia vários recortes de jornais, inclusive as várias fotos das minhas muitas vítimas e até os
lugares aonde as levei para o triste fim de suas vidas. Aquilo era adorável, e fiquei feliz por
alguémguardatempoe paciênciaparame cortejae adorar-me.E respondendooque elahavia
me perguntado lhe disse.
- Não a conheço....
- Mas vendo a linda pintura que você fez sobre este mosaico.....
- Estou aberto para lhe conhecer melhor.....
- Você deseja ficar linda como as minhas damas....
- Seja sincera.....
- Observe que nenhum pintor renascentista.....
- As pintaria tão bem...
- Como eu as pintei....
- Sobre o chão dos casarões coloniais de nossa bela São Luís
- Eu as eternizei querida......
- Nunca as matei........
- Eu apenas as dei uma outra vida......
Um sorriso demoníaco floresceu de maneira encantadora no canto esquerdo do rosto do
prisioneiro.... Ea desejando,sugeriuumdeclive lascivode desejo sobreocorpoda carcereira....
A jovemmulherficouindignadacomomonstroque estavaemsua frente...Nãocompreendiaa
mente insanade seuprisioneiro.... Comoalguémpoderiateralegria,observandotodasaqueles
recortesde jornaistristes,somenteum monstroenxergariaarte ebelezasobre corposmutilados
de jovens e inocentes moças.....
Ele era um ser desprezível,umhomemamargo,umlixoemformade pessoa,quandolembroo
que ele me fez, tenho desejos desprezíveis e cruéis, mais nada era comparado ao que ele já
havia feito com todas estas jovens moças.
A tarde estavaquase no fim,e o sol caminhavapara adormecersobre o RioBacanga, apesar de
querermata-lomuito,aminhahumanidade me traia,e asvezesaté sentiapenadomaldito. No
entanto, apesarde ouvirtodasaquelasinsanidades,fui obrigadapelaminhaconsciênciaairaté
a cozinha para pegar o almoço e alimentar aquele animal.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
O toque do meu celular tocava legião urbana, e isto me fez desperta que as 14:30 teria que ir
até a cidade paracompraalimentose materiaisdehigiene paraacasa.Antesteriaquealimentar
aquele lixo de homem. Mais o que eu faria com ele a noite, traria conforto a minha alma. E
retrucando ao toque que sonorizava em meu celular, ele repeliu....
- Você gosta de Renato Russo.....
- Gosta de Legião Urbana.....
- Você é mesmo adorável
- Eu amo as música de Renato.....
- Tenho todos os álbuns....
- E muito do que fiz as moças foi inspirado na musica deles....
- Flores do mal.....
- Você conhece baby.....
Ela achou tudoaquiloterrível,e não acreditavaque suas loucurasteriamrelação com a banda
que elamaisgostava.Ela não admitiriaisso.Evoltandoaspalavrasque antesa reclinava,ele as
proferiu novamente....
- As flores entre os ventres das meninas.....
- São as flores do mal que Renato descreveu na musica.....
- Não é lindo.....
- Elas são as minhas flores querida.....
- Todas elas......
- Minhas flores do mal....................
Elanãosuportariamaisaquelesdevaneios,não escutariamaisnenhumadesuasloucurasaquela
manhã,chega...... elasabiaqueaquele animal precisavacomere até faze-losofre,causa-lhe dor
e tormentosimprecisos,eranecessáriomantê-lovivoe sadio, ele teriaque estábemnutridoe
cônscio. As dores seriam sentidas a carne viva.
E voltando para a cozinha, preparei a comida e retornei para o quarto, prostrei-me sobre a
cadeira,posicionei oprato sobre suacoxaesquerda e alimentei-o.Garfoagarfoele comiaa sua
refeição e com um sorriso grotesco na cara, seus risos fortuitos e insuportáveis eram
abomináveis, mais eu, tentava não me importava com as suas contemplações alienadas.
As garfadas desciam até a sua garganta, as vezes eu o engasgava, outras a embolia com
severidade, algumas outras o sufocava propositalmente, mais a maiorias das vezes eu as
imprimiacomas mãos,comprimidoosseuslábios contraasua respiração,forçando-oaengolir
a comida sofregamente.
“O mundo não querqueeu seja um tolo, quer que eu seja uminsano”
Rusgat Niccus
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Mas mesmo lhe aplicado enfadonhos movimentos de compressão alimentar sobre a sua
garganta, ele continuava com aquele sorriso maldito sobre o rosto. Minhas atitudes pareciam
um tanto selvagens, mais aquele sorriso mórbido e cínico, incomodava-me bastante, e o meu
estadode espirito,apósimprimir-lhesaquelasúltimasgarfadasque existiamnoprato,foramde
um assentimentogutural nefastoe abrupto,o desejode rasga-lhesagarganta subiaem minha
essência, mas minhas provocações assentias deveriam ser contidas e pacientes.
Minutosdepois um sorrisopodre e nojento foi vislumbradointencionalmente paradentrodos
meusolhos,e aproximandode mimele sussurroualgoinaudível,coisadesprezível,e próximoa
meu rosto, ele cuspiu parte de sua comida sobre a minha face.
Minha reação foi algo súbito, nervoso, efêmero e animalesco, o grafo em minha mão obteve
autonomia,e emumsurtorápidode raiva,enfie-lheotalhe de trêspontasna mãoesquerdado
meu prisioneiro intrépido, e enterrando o garfo ainda mais sobre a sua mão, retorcia-o
apressadamente contraosnervose tendões,e fechando oobjetotacitamente,pressionando-o
contra o braço da cadeira, rolei a 15 graus para leste, dobrando sobre os dedos do maldito.
Um grito fino fugiu de sua garganta, e um palavrão pouco sutil foi repelidode sua garganta
imunda. Seu hálito decrépito segredou palavras famigeradas e insidiosas, e as maldades
inclinadamentefaceirasde suamentedoentia, desejaram-meumamorte talentosae sôfrega.A
dor estampava-sememoravelmenteemseurosto,e oódioemsuafaladesejava-meaindamais
maldades insanas,como a um bicho preso, solto pela primeira vez na vida,o animal tentouse
contorcer sobre o móvel, sem sucesso mordia a própria para conter a dor.
Eu nãosabiabemo que haviafeito,masafatode lhe geraalgumador,tranquilizava-meaalma,
sentirporum breve momento,umalivioaopesode minhastristesaflições, omeucorpoestava
mais sereno e os meus inquietos ombros plainavam mais soltos e leves, os meus pequenos
quadris, também se aliviaram de minhas fortes dores, e solicitando um ardil, a minha atitude
acabou livrando-me de meus muitos demônios.
Um gatilho inesperadamente mental, foi despertado dentro de mim, um lobo voraz, antes
adormecido,lutoufortementecontraagazelafrágil queme dominava, nestemomento,eusabia
que seria capaz de causa dor a aquele animal, e era isso que eu faria a aquele monstro nesta
noite.
As minhas livres inclinaçõesfebris, agora o detinha sobre o meu comando, ele não era mais
aquela fera sobre o descampado, nem aquele tigre feroz que perneava agilmente sobre suas
pressas,ele eraagora,apenasumratoacuadosobre aminhaarmadilha,umvermesobre omeu
grafo, um menino chorão apanhando de sua madrasta.
Eu o tinhasobre o meudomínio,e o incluíaao propósitoda minhaautoridade,ele certamente
sofreria nas minhas mãos, não haveria espaçopara piedades, e o meu ódio seria a única coisa
que importaria. Depoisde suareaçãoimprovável,observeique podiaferi-lode verdade,aquele
homem cruel podia sentir dor e ser ferido, e isso era fantástico.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Minutos depois, após apreciar a sua dor, retirei o garfo que estava cravado em sua mão, e
imediatamente o enfiei novamente na sua outra mão, o seu grito de dor parecia terrível, mais
indissoluvelmente eram música para os meus ouvidos.
O deletei daquele absurdo estado de euforia, causava-me apreensão e desconhecimentos, eu
não me reconhecia, aqueles atos me fizeram ter ideias ainda mais absurdas, e o prazer de
machuca-lo, garantiam-me êxtases, nunca conhecidos pela minha natureza pacata.
Minutos depois, subir agitadamente para a cozinha e de lá trouxe um balde abarrotado de
bugigangas, muitas das minhas inúmeras ferramentas de cozinhar, estavam espalhadas ali,
algumas perdidas a anos. Trouxe também o girau que ficava no fundo do quintal, e aparado
sobre uma tolhade enxugarlouças, coloqueicadainstrumentodaminhacozinha sobre ataboa
de madeira, perfeitamente enfeitada com os meus talheres e outras ferramentas.
Os meuspensamentosnãome deixavamempaz,e todoselesimaginavamcrueldadesterríveis
contra o meu algoz. Hoje teremosum animal na mesa de jantar, só não sabemos se ele será o
jantar, ou se ele estará sentado à mesa.
Uma pergunta tola ficou sem uma resposta plausível e mesmosobre as inúmeras reações que
poderiam vir dele, os gritos de dor, seria a única coisa que me contentaria. No entanto, algo
aindapermaneciacomas pontassoltas, seráque umanimal como ele poderia realmentesentir
dor, uma dor de verdade, ouele estariafingindo, até porque,animaiscomoele,poderiamestá
simulando uma consternação, e ainda está gostando ao mesmo tempo daquele cenário.
Infelizmente nãotenhocomosaber, animaiscomo aquele cão, ensejamemoçõesdissimuladas
e perigosas, mas uma dor visceral, algo tão forte, como o que fiz até agora, será que ele não
sentiunenhumador, achoque sim,até animais comoele,devemsentirdor,e com ele issonão
seria diferente, ele sentiria dor, mas acho que ele nunca admitiria. Vamos ver até onde ele
suporta. Afinal ele é de carne e osso,e se cortá-lo,ele sangra que nem porco. Minutosdepois,
semao menos recitar,agindotambémcomo a um animal,eufui arrancando as unhasdaquele
infeliz, e uma a uma até completar as dez.
Seusdedos estavamemcarne viva,e o seurosto,contemplava-mearduamente,aquiloerauma
doação exígua de sofrimento, sua expressão de dor terrivelmente esplendida causo-me uma
felicidade inesperada, eu simplesmente, nunca imaginaria que algo como aquilo, seria tão
bonito, tão singelo e tão sincero. A sua dor ressoava como a um presente de natal.
O calor tomou conta do quarto pequeno, e a minha adrenalina era igualmente parecido a
temperatura absurda do ambiente, alguns copos de água aliviaram-me provisoriamente dos
espasmos, mais não me saciaram terminantemente a euforia.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Resolvi então retirar a minha camiseta, ficando apenasde sutiã na parte de cima, ele esboçou
sofregamenteumarisadafelizde cantode boca.Odesgraçado ironicamenteaindame desejava,
maisissoera apenasoque ele iriaolhar,emseguidaenvolvi oseurostocoma minhacamiseta,
e tentando sufoca-lo, imprimir toda as minhas forças contra a sua respiração, depois puxei o
rosto dele para traz e usando a garrafa de água que havia usado para matar a minha sede,
despejei lentamente sobre a sua boca e narina, afogando-o ligeiramente contra o tecido
encharcado.
A sua expressão de surpresa, esbouçada contra a face, causou-lhe ainda mais apreensão,isso
podiaservistoemseusolhos,ohorroremmeuexercíciotorturante produziumedoaté emmim
mesmo.Maiseucontinuava,minutosdepoisouviralgobastantepeculiarsairde suaboca.Eram
exímios pedidos de perdão e de socorro. Parece que água causava pavor em meu refém. O
desejo de respirar era maior, e o meu algoz pela primeira vez sentia medo.
As minhas conjecturas morais estavam sumariamente suprimidas, ordinariamente
aprofundadas contra o meu verdugo, não havia piedade ou altruísmo, o que me fez sufoca-lo
ainda mais conta o seu medo, continuei despejando água sobre o seu rosto, foram quase seis
litros inteiros de água sobre a camisa que envolvia a sua narina e vir que o resultado teve
bastante êxito, o canalha estava apavorado.
Osufocamentome garantiumuitoprazer,mais nãoeraobastante,euaindaodesprezava, talvez
o quisesse morto. O tempo estava a meu favor e infelizmente todos os dedos dele também
aguardando pela minha odiosa oitiva.
Resolvi então dar um tempo para que ele recobrasse o folego, eu o queria acordado e lucido
para o que promoveriacontraoseubelíssimocorpo.Horasmaistarde, depoisque ele recobrou
oânimo, fizquestãoqueeleolhasse paraoque eutinhaemminhasmãos.Pegueiumesmagador
de alho e usando-ovoluntariamentecontraa pessoadele,foi quebrandocadadedoque existia
em suasmãos e pés.Um a um fui quebrando osseusdedose sem remoço, eume divertiacom
as minhas novas habilidades.
Agoraaquele homemde 1,75,ombrosfortes,físicoatlético,olhoscastanhos,e gozandode uma
aparente saúde,chorava como uma menininha.Apóstrêslongashoras de tortura. Resolvi que
iria inova contra o meu arrogante carrasco, e olhando para o meu arsenal de talhares e
instrumentos de cozinha. Deleitei-me em escolher algo mais simples, porém, consolidado o
bastante para causa-lhe mais dor.
Asminhasmãosestavamaparentementehabilidosase comumapequenaajudadeumisqueiro,
esquentei a base de uma colher, e virando as mãos do homem que um dia me estuprou,
espalmei-a esticando bastante para cima, com palma da mão voltada para o céu do teto do
quarto, e então finalmente as queimei, fizisso em suas duas mãos. Em seguida o fiz o mesmo
emsua boca, e incinerandoalíngua dodesgraçado,usei o mesmoprocedimento utilizadopelo
isqueiro.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Muito maisda metade de sualíngua estavaqueimada,e osseusdedose suas as mãos estavam
em terríveis flagelos, o seu rosto também demonstrava graves agressões, as vezeseu não me
continhae deferiasváriossocose muros contra o seurosto, aquele homem estavafamigerado
e decrepito.Euosurravadiariamente,e nuncame cansava.Comida,eraalgoque aquele verme,
apenas tinha uma vez ao dia, e depois que fui cuspida por ele, as vezes nem isso ele tinha.
A segundasemanade cárcere denuncia bemo trapo de homemque ele ficou,não aparentava
ser aquele animal que me atacoua anos atrás. Assuas risadasnão erammais as mesmas,e um
declive significante de sua arrogância, foi facilmente denotada em sua frágil expressão facial.
Seu olhar de superioridade baixou incrivelmente,e mesmo coagido e inerte, percebia-se uma
certa desistência.
Mais apesarde ter provocadotanta dor,eu aindaqueriamais,sua desistêncianãome causaria
piedade, ele pagaria pelo o que ele me fez, e o que fez as outras mulheres. Nenhum canalha
merece redenção, todos devem sofre antes de morrerem.
A visãodo homemque via sobre a cadeiraera fantástica,o seusofrimentoeraesplendido,ele
estava amordaçado, com um garfo enfiado em uma das mãos, a boca e a língua queimada, o
rostotodomachucadoe osdedosdos pése dasmãosestavamemflagelos. Aquiloeraumavisão
romântica de castigo, mais o meu corpo e a minha mente ainda queriam muito mais...
Não era o meu propósito, mas acho que havia matado aquele infeliz, a cena ao abrir a porta,
não erauma das maisbonitase nemera o que eudesejava,comcertezaexagerei nadose, fui à
alémdomeulimite,e oque eraparaserapenasumatortura,acabouemumassassinato.Aquele
quarto nemde longe lembravaos anos que vivi nele emminha infância. Quandoo vir daquele
jeitopelamanhã,nãoacreditei que euhaviafeitotudoaquilo,observei que ele sangrouanoite
toda e que deve ter sofrido até morrer.
A cabeça caída de maneirairregular para o ombro direitodenunciavaalgoque apenas temia,e
que nãoconseguiaacredita.Observei que nãohaviamaispulsoe oseucorpoestavagélido,frio
como uma pedra de gelo. O quarto estava alagado de sangue e moscas, mosquitos e outros
insetoscomeçavamaser atraídos pelasangria ainda fresca que eu promovi na noite anterior.
Algo precisava ser feito, e antes que o corpo começasse a se decompor e a causar mau cheiro
pela casa, eu precisaria me livrar dele. Mas primeiro eu arrumaria aquela bagunça, depois
pensaria em como descartaria o corpo daquele monstro. Horas depois, tudo estava limpo, e a
idaaté osupermercadolheoportunizoucompraumsacoplásticoenorme,alémdefitasadesivas
e fios de amarrações.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
A volta do supermercado também lhes trouxe outras ideias, observei que existe um rio e um
mangue próximo de casa, este seria um ótimo lugar para me livra do corpo deste ordinário,o
cretino afundaria no rio, um lugar obvio para uma desova, mais improvável de ser localizado,
aquele seriaumlocal aonde ninguémmaiso acharia, e para garantir que ele permanecesseno
fundo do rio, pedras seriam amarradas em seus pés. Seu corpo foi devidamente preparado,
envolvidocomsacosplásticos,seladoscomfitasadesivase amarradoscomfiosde nylon, nunca
mais ele sairia do fundo do rio.
Horasmaistarde,foi exatamenteassimqueprocedi,coloqueiocorponaparte traseiradocarro,
sobre os bancos,e dispersandoocadáversobre orio Bacanga, observei ele imergiraté afundar
lentamente em sua margem. O relógio marcava 03:16 da madrugada, o silencio terrível,
amarguravaa minhaintimahumanidade,apenasosfaróisdocarro,asestrelas,orioe asarvores
próxima de mim eram testemunhas do meu grave crime. E infelizmente eu teria que conviver
comigo e com aquele segredo para sempre.
Anajaraentãodeumeiavoltacomocarroe semolhaparatraz arrancouacelerandofortemente
para a avenida dos portugueses, seu ódio por aquele homem não havia passado, nem o mau
que ele lhe fezhaviadescansadoemseucoração,maispelomenos,elejamaisfariaalgode mau
a outro ser humano novamente.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Capitulo III
Um Fato ImprováveL
A Ressureição do MaL
A noite aindaestavaenvelhecendo,e antesde morrer,vencidapelaclaridade,omal ressurgiria
das águas do rio Bacanga, o sol apesar de inevitável, ainda teria mais algumas horas para
percorrer o espaço, antes de nascer no horizonte. Algo inacreditável ou planejadopor algo do
mal, colocou sobre as aguas do Bacanga, dois jovens pescadores, que ao recolherem as suas
redes, fisgaram algo extremamente pesado e incomum, ambos puxavam com força e
curiosidade aquele objeto, e com sucesso resgataram para dentro do barco o estranho
embrulho.
Extremamente habilidoso,umdosjovensrapazes,usandode umafacaartesanal,cortaramcom
cuidadoolacre e abriramoembrulho,começaramirrompendoprimeiramente aparte dafrente,
as pedras que amarravam as suas pernas foram cortadas e jogadas de volta as águas, e o que
não era umasurpresa,foi revelada,oembrulhotinhaumcorpohumano, incrivelmente haviam
sinaisde lutaque rasgarammetade dosacoplásticopelaparte de dentro,aquilosinalizava uma
tentativa de rasgar o saco. Um fato que surpreendeu os pescadores, provavelmente ele ainda
estava vivo, quando foi embrulhado.
Infelizmente paraos pescadoresaquiloeraverdade,o homemestavavivo,e abrindoos olhos,
aquele terrível homem, tomou a faca de um dos jovens, e os esfaqueou brutamente, ambos
atingidossobre o pescoço.O homementãoos devorou,e como a um leão,hora consumiaum,
hora consumia o outro, regozijando-se de sua fome.
O dia havia raiado, e o sol ardia fortemente sobre o barco aonde estavam os dois jovens
pescadores.Asvítimas estavammutiladas,desfiguradase quase irreconhecíveis,foi assimque
um outropescadorlocal,descreveuoque viunaquelamanhã,este pescadornavegavaem uma
jangadado seucunhado,quando avistouaquelapequenaembarcoàderiva, que batendoforte
contra a barragemdo Bacanga, ora afugentava,ora organizavaa duplade urubusque pousava
sobre o barco,a embarcaçãose encontrava do ladoaonde rioencontrao mar,em seuestuário,
e talvez por isso ele encalhou sobre a barragem e foi em direção ao mar.
Quando se aproximou viu uma imagem terrível, algo extremamente animalesco, nunca visto
antespelosolhosdaqueleexperientepescador.Umaimagemdantesca,algoparecidocomofim
de mundo. Um terror palpável que só se via nas telas de cinema.
Haviaalgo parecidocomhomens,oupelomenos oque restavade homenssobre aquele barco,
ambosestavamabertosdagargantaaté oabdome,eosdoisnãopossuíamseusórgãosinternos,
obarco estavaservindotravessade banquete paradoisurubusquese alimentavamdoshomens
mortos, enquanto que as partes de seus pés e braços pendurados para o lado de fora, eram
devorados por peixes que constantemente beliscavam e tiravam pedaços de seus restos
mortais. A cena era horrivelmente temerária e assombrosamente demoníaca, o que fazia o
velho pescador se perguntar....
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
– Quem em nome de Deus…
– Seria capaz de fazer aquilo...
– Com um outro ser humano...
– E porque fazer aquilo...
– Qual o propósito...
Minutos depois de ter avisado outros pescadores, a polícia também foi acionada, o corpo de
bombeiros também foi chamado, e horas depois uma multidão de curiosos, a TV Mirante e a
Difusora, cobriam e narravam os novos fatos terríveis que abonavam de assombro a pequena
ilha, antes chamada de amor, televisionada agora pelo jornal nacional, de a ilha do terror.
Durante váriosdias,os noticiários de televisão, apenasfalavamdestecaso,maisospoliciaise a
justiça, apesar das investigações e dos vários meses de interrogações contra os possíveis
suspeitos, nadafoi descobertoe apurado, oautordaquelecrime bárbaro nuncafoi identificado.
Muitosanos depois, algosemelhanteaque aconteceuaosjovensnaembarcação, ocorreu com
uma jovem, ela havia sido encontrada morta na praça dos poetas, próximo ao palácio do
governo do estado do maranhão, ela estava estripada e sem muitos dos seus órgãos internos,
as unhas haviam sido arrancadas, a boca e língua estavam queimadas, e os seus olhos foram
extraídos cirurgicamente, havia também uma flor artesanal costurada em seu ventre, a vítima
foi amarradae penduradanoapoiode mão, peloladode foradasacada,como corpoprojetado
para a beiramar,elausava um vestidode crochê e nassuas costa sobre a pele estavaescrito....
- Eu nunca gostei de você.......
- Eu sempre te amei................
- Minha doce e querida Ana....
Até hoje ninguémsaberealmente quemé ajovemdesconhecida que foiterrivelmente estripada
naquelapraça,umnome curtoe simplesque apenasocriminoso ousouchamarde Ana. A polícia
temuma pistade quemseja oassassino,maisodonodoblogger,dosperfis,dosheterônimos e
dos livros que foram postados e encontrados em uma rede social, nunca foi localizado.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Capitulo IV
34 Anos AnteS
Os Dez Sinais da MaldadE
Aquelamanhãde quinta-feiracertamente nãoseriaumdiacomum nacidadede SãoLuís,muitas
pessoas possuem dificuldade para se encontrar na vida, não sabem que profissão seguir, que
pessoa devem namora ou casar, que pessoas devem eleger para se tornarem amigos, ou que
roupadevemvestirparairàmissanodomingo.Estascoisasdeveriam seralgofácile corriqueiro,
mas neste mundo vazio e pré-formatado, ainda existem milhares de pessoas que possuem
dificuldadeaté paraescolheroque vãocomeremdeterminadodiadasemana,algoque deveria
ser relativamente prosaico e fácil.
A vida é algo admirável e abundantemente incrível, mas também é efêmera e rápida,
excepcionalmente, muitosnãoviveramde verdade,apenaspassarampelavida,algunsmilhões
destes, somente descobriramque estão vivos, quando estiverem próximas ou diante do seu
próprio leito de morte, infelizmente a grande maioria das pessoas na terra já se encontram
mortas, mas muitas delas, nem sabem que issojá aconteceu. São como zumbis,mortos vivos,
gente que apenas levanta pela manhã, comer a tarde e dorme a noite.
A vida é um luxo que poucos sabem aproveitar, o sol nasce para todos, porémé precisosaber
curtir a vidasobre a sobra de um coqueiroque margeiamuma mangueira.A praia é igual para
todomundo,masmuitosde nósjamaisentraramnomarpara saborearo gostode águasalgada
que respinga no rosto.
É triste,maismuitosapenas passarampelavida,masnãoaviveráde verdade, é quase certoque
muitosde nós, talvezaté saibaque estána terra, que isto não é um sonho,mascomo a vida, é
algo que nos predispõem a riscos, como andar de montanha russa e se jogar de paraquedas,
muitos possuem a certeza que já perderam a viagem. Eu, no entanto, vim para este mundo a
passeio, e como viajante, jogo-me de cabeça em tudo que me satisfaz e o que me faz bem, a
minha mochila está cheia de adrenalina, e fervendo como o inferno, vim para viver uma boa
aventura.
Quando eu tinha apenas quatro anos de idade, eu já sabia o que eu era, e o que eu queria da
vida, meus pais sempre confiavam muito em mim e em meus irmãos, contudo, eles
sucessivamente amavammaisaosmeusirmãos,todostínhamosna medidadopossível,tudoo
que queríamos, apesar de saber que todos tinhamum horrível medode mim.Infelizmente,eu
sabia de todos os pecados tórridos e doentios que eles possuíam, e como pecados são
delicadezas que os demônios nos presenteiam, eu nunca me neguei a aceita-los.
O meu corpo era de uma criança de quatro anos, maisa minhamente e a minhaalma era algo
muitovelho e maisantigoque aprópriaterra. Felizmenteeujáolhavaosoutrossereshumanos
como uma caçar a ser predada por mim. Eu tinha algo dentro de mim que não era normal e
desde de novinhojá sabia que o ódio e o assassinato seriam para mim, como um presente de
natal.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Nuncafui umapessoaindecisa,sempre tivecertezadaminhanaturezacruel.Nestaquinta-feira
acinzentada e chuvosa tive uma fidúcia do que o meu ser era realmente feito, nada era tão
terrível quanto eu mesmo. O mal não era nada perto do que eu sou, pois tenho a escuridão
dentro do meu coração.
Hoje observei sem querer pela janela de meu quarto o meu vizinho, ele atirava pedras em
direção a uma arvore com a ajuda de um estilingue, a sua intenção era atingir o ninho de um
passarinho, a baladeira em sua mão foi assertiva, os seus quinze anos de idade, haviam
derrubado o ninho e os seus filhotes, junto caiu também o pequeno sabiá.
O animalzinho estava tremulo e atônito com a pedrada, ele havia tido êxito, mais o bobão
sentimental, parecia arrependido do grande feito, o seu rosto rapidamente enchia-se de
lagrimas, e um som fino de tristeza revolvia da arvore até o meu quarto, resolvi descer para
ajuda-lo, aquilo não era algo tão ruim, o animal penoso estava mais do que atordoado, o
ferimentopromoveu-lhe ummachucadomortal,a pedrada que ele deferiucomo estilinguefoi
algo majestoso, crianças sabem ser malévolas quando querem pratica iniquidades.
Eu sugerir que ele desse fim ao sofrimento do animal, mais ele não estava disposto a fazê-lo.
Olhei friamenteparaosseusolhos,sorrire acaricie oseulindorosto, então,eutomeiainiciativa,
peguei umapedraenormee golpeandoumasseisvezescontraacabeçadaave,a esmaguei sem
piedade.
O garoto perto de mim ficou absurdamente horrorizado e ainda em estado de choque, o seu
choro seguia descontrolado, tentei tranquiliza-lo, mas não havia muita coisa a se fazer, eu
porem, estava completamente entusiasmado, sorridente e muito feliz, ambos estávamos
enlambuzados com o sague da ave, mas somente eu sentia felicidade, o meu sorriso
assemelhava-seaumlouco emumparquede diversão feitoparamaníacose colapsados.Aquele
talveztenhasido o meuprimeiroassassinatoasangue frio,e desde de entãoeu já sabia quem
eu era. Eu era um assassino de natureza e convicção.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Capitulo V
Ana VeronicA
Minha 1° VitimA
Eu era como um lobo entre as ovelhas,um cão entre os gatos, uma coruja entre os asnos, um
insanoentre aspessoasinocentes. Verdadeiramente aindasouumapessoacomum, umanimal
com hábitos,um homemsocial,um ser talvezdócil e altruísta,mas aindaassimum homemde
convivênciacomume muitonormal.Souagradável,sorridente,gentil,amávele feliz.Tenhoum
bom emprego, tenho muitos amigos, tenho uma namorada, curso mestrado em sociologia e
pretendo ter família, uma bela família.
Indubitavelmente,é claroque tenhodefeitos, estourepleto deles,cobertoporerros e cheiode
todos os pecados que mazelam a humanidade humana de um ser comum. Possuo defeitos
inerentes ao meu caráter, a meu emocional, a meu comportamento e a minha ética. Estas
minhas qualidades e estes meus defeitos de um modo todo inconsciente, são todas vis,
detestáveis e biltres.Talveztodaselas,sejam umapiordoque a outra,mas todassão insanase
permitidas.Soudotadode falhas,tenhominhasfraquezas,meusfracassos,minhascontradições
e até os meus vários paradoxos filosóficos e existenciais.
Tenhocomposiçõeshumanassimplese muitasintemperesbanaiscomotodomundo queresiste
e existe emnossaespécie,emumacondiçãohumana.Soufrágil,soudócile doce, maistambém
sou fugaz, feroz e muito agressivo. Todos os meus defeitos são perfeitamente ordinários, e é
claro que alguns deles são um pouco mais ácidos e mais truculentos do que outros
comportamentos que ser ver na sociedade.
Um detalhe, um fato ínfimo, ou um desarranjo, por mais pequeno que ele seja, este detalhe,
aindaserásomente omeueu,e é istoque podedeterminarosermortal que euera,justificando
o ser fatal que eu me tornei, uma característica intrínseca que pode se torna algo destrutivo
para uma ou mais pessoas que se arrisque ou pretendem atravessa o meu caminho. Estas
proeminências são apenas minhas, e sendo minhas, eu me considero humano.
Asvezestenho algunsapagõesmomentâneos, lapsosmentaistemporais, apontamentoscurtos
de algoque vivi de forma inconsciente, umerro de registro mecânico,formulado e organizado
pela minha frágil memória. Estes lapsos as vezes podem dura minutos, horas, dias, ou até
semanas, é bem verdade que quando isso acontece, os reflexos físicos em meu corpo são
extremamente drásticos, mais eu os absorvo.
Quandotenhoestaslacunasvaziasemminhamente,omeucorposempre manifestaasmesmas
reações terríveis, algumas são dores cabeças, dores nas costas, dores na barriga, dores de
ouvido, vômitos intensos e ansiedade extrema, as vezes sempre lembro-me de alguns fatos
efêmeros, pedaços de cenas reais, ou de ocorridos parciais, que em tese deveriam ser
controlados ou nem manifestos.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Todosnósdeveríamossercapazesde controlarosnossosimpulsose emoções,masnavidareal,
as vezes isso não pode ser feito, eu pelo menos, não a controlo totalmente, e por não ter
controle destessentimentose nemde mimmesmo, torna-se obviaaminhainerciasobre afera
que sou dentro do meu cérebro.
No entanto, é claro que a maiorias destes fatos acabam por ser esquecidos, e muitos destes
lugarese fatospor onde andei e vivi estaoutravida,ficamapenasregistradoscomoreflexosde
um sonho, ou representações de sombras de algo que jamais viveria se estivesse acordado
dentro de mim mesmo.
Quandoconheci Veronica, eudeveriaterentre 21e 24 anos,nãosei aocerto,mas àquelaépoca,
eu aindanão haviamatado ninguémparavaler,pelomenos,nãodo jeitoque euqueriamatar,
ou pelo menos, um ser maior que um pássaro, ou um cachorro, ou seja, um ser humano, pelo
menos, não do jeito que eu planejava matar, ou como ansiava matar.
Havia alguns anos, desde a última vez que matei algo, alguma coisa,ou mesmo alguém, desse
último relato não tenho certeza, no entanto, lembro-me que a Ana Leticia e o seu lindo
namoradinho foram apenas uma forma de treinamento promíscua, então não conta como
assassinato,contamcomoacidentesprovocados e é claro, osanimais domésticos davizinhança
e alguns poucos animais de minha casa, também sofreram com a minha ansiedade macabra e
os típicos acidentes.
Durante a fase adulta, não me recordo de ter matado ninguém,disse eu tenhoquase certeza,
porém, é algo que deve ser revisto. Pelo menos o meu cérebro, não me fazia relatos de algo
recente,ficaclaro, que eue o meucérebrosomosbons amigos,anda corriqueiramente, muito
com ele,e sei que ele é péssimacompanhia e uma ruim influencia para mim. Mas eu o adoro.
Lembro-me também vagamente do pequeno Bruno que empurrei da escada de degraus mal
feitos e ligeiramente altos que existia na casa de um de nossos parentes, foi na festa de
aniversário daminhatia,masestefatonãoconta,aliais,nãofoiumamorteimediata,elemorreu
depoisde cincodiasinternadonohospital, e eusei,nãofui tãoeficiente,e me envergonhodeste
pequeno erro, afinal matei aqueles animais por diversão, e o Bruno, a Ana e o namoradinho
porco dela, matei por oportunidade e ciúmes, e estas três últimas formas de matar não
contabilizam para mim.
O que euqueriaeraalgomaissofisticado,maisplanejado,e maisenvolvente,eudesejavamatar
com as minhas próprias mãos, mas também sou obcecado por uso de navalhas e fios, e isto é
algo que desejo praticar e aprimorar um dia desses.
Aquilo era algo que eu queria muito, meu desejo de mata estava apenas começando, e este
desejomacabroacabou florando de formaviolentaquandovira doce Veraem uma sorveteria
nesta sexta-feira pela manhã.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Asnoitesdeste fimde novembro repetiam-se comoumafotografiadigital,sempreescurecendo
mais cedo do que o habitual, o sol estava com presa, e ele nos deixava sempre as 17: 36 da
tarde,e comoerade se esperar,osúltimosdiasdestemêsaqui nomaranhão,ininterruptamente
choviarepentinamente,aruade Santaninhaemparticularficavavaziae muitoalagada,emdias
de muitasprecipitaçõespluviométricas,aruamaispareciaumrio, comcorrentezas fortíssimas,
mas as comprasde natal e de fimde ano,iriam mudareste cenárioa partirda próximasemana,
quando todas as ruas do centro ficariam lotadas de clientes e ambulantes.
Aquelaeraumaoportunidadeperfeita,e comojáhaviamapiadoarotinade Veronica,sabiaque
ela ficaria exposta e sozinha na rua da paz. Ela sempre comprava o mesmo sabor de sorvete,
ficavade deza vinte minutosconversandocoma donadoestabelecimento, asenhoraElizabete
Moreira, metodicamente, Veronica retornava para a sua casa, trinta minutos depois.
Seutrajetoeraumpouco ordenado, semmudanças,ouerrosde percurso, elatransitavasempre
pelasmesmasruas, conversavacomasmesmaspessoas, e usavaquase sempre amesmafitade
prenderoscabelos, geralmenteelacaminhavaentrearuadosol, desciapelaruade Santaninha,
e finalizavaoseupercursona rua da paz. Um belíssimo percursoparaum ser estratégicocomo
eu. O bomsinal é que elanuncase viravapara trás, osseusolhossempre estavamvertidospara
frente, focado os ouvidos a música alta, emperlada pelos fones de ouvido.
A presa era algo fácil, então resolvo ir atrás do meu presente, em minhas mãos já estavam a
minha navalha e os meus fios e fiapos, e como costumava brinca com eles entre meusdedos,
fazia desenhos diversos e divertidos. Neste intervalo de tempo, além daquela brincadeira de
criança que distraiaaminhamente,eu iaplanejandocadapassode meuataque.A suagarganta
logo seria rasgada pelos meus fios, e o seu sangue logo iria colorir alegremente as pedras de
cantaria da rua da paz.
A rua do sol é um lugar muito bonito, mais ela sempre faz sombra na maior parte do dia, e os
prédios que ali existem no quarteirão, quase nunca são irradiados pela luz artificial durante a
noite, as edificações coloniais jazem abandonadas e o merecimento de sua beleza deixam de
encantar as pessoas, sem o sol da rua do sol, o seu brilho fica apagado pela luz natural, sendo
apenas bajulada inertemente pela iluminação artificial.
Nuncaentendi omotivoreal de seu batismo,maisopovo é sempre paradoxal e irregularmente
desprovidode coesão. AnaVeronicanemsentiuquandocheguei a seulado,e minutosdepois,
ela estava presa em meus braços, e fatiando o seu pescoço com os meus fios, fui drenando a
vida de seu corpo, aquilo foi algo feliz, ver o seu sangue, sufocando-a até morte.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
A rua de Santaninhanão era mais tão santa, elame viu passar e persegui aquelapobre almae
não fez nada. A rua da paz, não terá mais paz, pois eu coloquei o caos sobre a ordem que ela
conquistou durante estes anos. Suas pedras de cantaria não são mais oblíquas e sem cor, pois
eu as margeiem com o meu vermelho insano e biltre.
Infelizmente,nãotive tantoprazer,ela não foi um desafio para mim,quase não houve reação,
suas pernas brincaram sobre as minhas, e os seus braços espernearam tanto que quase sentir
vontade de rir.
Minha ação foi rápidae viril,primeirotampeiasuaboca com as mãose a sufoquei lentamente,
o que lhe causouum desmaio,depois useiosfiosque estavamemminhasmãose osentrancei,
enroscando-oemseguidaemseupescoçoe adiante afatiei comos fios,usandoa sua garganta
como referência tênue de meu projeto, ao final o seu pescoço ficou sobre flagelos. Fui
terrivelmenteíngreme,incrívele mordaz,elaestavaemcarne viva, assuturaspromoveram algo
tão profundoque nenhumafacadomundofariacortestão perfeitose tão iguaiscomoosmeus
fios. Nem precisei recorrer a sutura lateral.
Minutos depois, já com a navalha nas mãos, retirei parte de seu útero e em seguida também
retirei os seus dois rins, coloquei sobre as minhas mãos e os deslumbrei fascinado. Hoje terei
uma refeiçãodignade umrei,pois a minhaamada AnaVeronicase entregoua mimcomo uma
rainha, seus pelos quatorze anos de vida nunca mais se repetiram, ela ficaria eternizada com
esta idade em minha mente até o fim de minha vida.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Capitulo VI
Ana CarolinA
Minha 2° VitimA
Ana Carolinaerauma mulherradiante,umseradmiravelmente esplendidoe possuidorade um
exuberante senso de humor e carisma. As suas qualidades infinitas, destacavam-se sobre as
minhasquase inexistentesatribuiçõesaltruístas.Omundoafirmativamente nãofabricavamais
mulherescomoela,e mesmo emmeioatantasmaldades,egoísmos,individualidadese apoucas
compaixões, ela conseguia amar, ter paixões, ter zelo por um outro ser humano, e isso era
incrível.
Geralmente aspessoasque me cercavameram mais vaziasdo que as ruas do centro da cidade
de São Luís, e os meusmuitoscompanheirosde faculdade e de trabalho, eramterraseca, areia
infértil,pertodoqueelatinhacomo essência,muitosdosamigosque aindapersistiamemminha
vida, eram ainda maisvaziosdo que a minhatriste rua dos afogados,as madrugadas chuvosas
e frias de uma segunda-feira, mais assemelhavam-se a um deserto de sal.
Eu estava diante de ser humano único, ela era alguém de sentido diverso, ela era alguém
especial, talvez um anjo, talvez um demônio, mas sem nenhuma dúvida, eu sabia de suas
especificidades,nuncaemtodaa minhavida, euimaginariaque alguém comeste formato,com
esta sensibilidade, pudesse existir, jamais poderia crer em alguém como ela.
Nuncacogitei apossibilidades queemalgumdiade minhavida,pudesseconheceralguémcomo
ela, indubitavelmente ela era tudo o que eu queria para mim, ela era algo distinto, um ser
sublime, um ser magico, feito somente para a minha existência.
Ela era alguém que jamais poderia sonhar, mesmo em um sonho bom, mesmo em um sono
profundo,onde tudoé possível,eujamaisteria umsonhotãobem sonhado comoo que elaera
para mim, e eu sei que jamais a produziria em minha mente, mesmo que eu desejasse isto.
Nunca em meus muitos sonos, jamais poderia ter conhecido alguém como ela, mesmo em
minhasfantasias,eujamaisteriaalgo como ela,sei que esse tipode amor não existiria, elaera
um ser inimaginável, um ser proparoxítono, algo enviado pelos deuses para mim.
Ela era algo que podemos considera um ser único sobre a terra, um produto de linha
estupidamente caro, uma produção rara, algo muito escasso de se ver na nossa existência,
alguém que nasce inusitado em meio as muitas copias repetidas, algo extraordinário em meio
aos milhões de seres humanos que nascem todos os dias sobre a terra.
Ela possuíauma perspicazemocional exótica,suasingelezaerafluida,e asua estéticafísicaera
expendidae lindíssima,asuabelezatemperavaalgoúniconosemblante torpe de minhaínfima
humanidade triste. A sua vagarosa calmaria, causava-me paz interior e os seu olhos meigos e
pequenos, faziam-me ter fé na vida.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Os seus olhos tímidos e vis sempre me faziam viajar por terras ariadas e a sua boca languida,
tênue e doce,causava-memórbidosdesejoslascivos,umaconjugação estranhade sentimentos,
conflitostorpestalvezonerados domeupróprioserfrioe nefasto.Assuasfeiçõesde menina,o
seudorso de uma quase mulherprovinciana, denotava-mecobiçastórridas,todas relacionadas
a sua extrema beleza e individualidade,não havia um só dia em que as suas curvas femininas,
promovesse veleidade em minhas insanidades.
AnaCarolinaeratudooque eunãoera, sintetizandotudooque eudesejariaterde umamulher,
ela possuía todas as qualidades que eu não tinha, e carregava todos os sentimentos que eu
jamais poderia ter, ela era uma linda mulher, muito educada e extremamente verdadeira. O
tempo foi uma razão ordinária no equilíbrio de nosso relacionamento e apesar de termos
namorado por apenasonze meses,nossarelação nos proporcionou uma experiênciauniforme
única, sendo exótica, maravilhosa e singular em nossas vidas.
Em nossoromance torpe, as equivalências emocionais,transacionavamcom velocidade, nossa
ingenuidadeeraalgo estupidamentealgoz,tudoeramuitointenso e muitoperigoso,e amaioria
dos fatos que envolviam o nosso romance, acabava acontecendo de forma ininterrupta,
integralizada e equacional.
A gente nunca se entregavaa rotina,o medoera algo praticamente obsoleto, fazíamostudoo
que era permitidoe o que também não era permitido, geralmente vivíamosde formaabertao
nosso amor, não tínhamos regras, mas infelizmente tínhamos muitos segredos.
Eu principalmente tinha milhões de segredos escondidos, a mentira era algo que usava como
arma, e para caçar, a mentira era fundamental, essas mentiras existiamem todos os aspectos
da minhavida,tudopraticamenteeraumamentira,somenteomeuamorerareal e verdadeiro.
Todo o resto, era irreal, uma farsa, uma mentira.
AnaCarolinanãome conhecia de verdade,jamaissoube quemeuera,elaestavaaoladode um
desconhecido, convivia com um homem estranho, alguém alheio e sujeito a insanidades, um
invasor,um inimigoperigoso,umalgoz mordaz. O tempo era algo voraz,e sem saber de nada,
a jovemdormiae compartilhavaavida com um monstro,eu era um ser incógnito, umvil ardil,
um nômade recluso, um animal sedento, um anônimo mortal.
Eu até fui feliz ao lado dela, mas como toda felicidade, como toda paixão e como todos os
desejos existentes nesse mundo, tudo fica muitoefêmeroe colapsado. Não importa o quanto
desejamos manter a vida sobre controle, ela sempre nos descontrola e nos torna um idiota.
Neste entendimento quase emocional do meu espirito vazio, havia pouca inexistência de
equilíbrio social, uma parte de mim sorria, outra parte chorava, uma outra apenas entristecia,
mais a maior parte de mim, gargalhava de forma demoníaca. A minha parte sóbria, estava
sufocada,aprisionadae encarceradapelodomíniodomal que habitavaemmim, haviaumaluta
terrível emminhamente,maso meu espiritosupostamentebondoso,eralogoaniquiladopelo
o meu lado malvado.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Algome causoumuitaestranhezamental,euhaviapassadomuitotempocomelae nãodesejei
matá-la.Mais issotambémpassou e não demorou muitopara que a minhapossível paixão,ou
amor, tomasse rumos desconhecidos, tudo estava obscuro, nebulosos e ádvena. Todos eram
sentimentos que as vezes moravam escondidos dentro de mim, emoções que as vezes eram
desconhecidos até para mim mesmo, comiserações confundidas com humanização.
Estranhamente, algumas semanas após a estes lapsos confusos de sentimentos, um equilíbrio
breve, tomou posição em minha mente, eu estava sóbrio, completamente liberto de minhas
insanidades sequestradoras, alforriado do meu dominante carrasco, ou seja, livre de mim
mesmo. Tudoagora pareciatenderpara uma estabilizaçãoemocional, permanecendoosmeus
pensamentos e os meus sentimentos sobre o meu total controle.
E isso, deveria continuar dessa forma, muito pelo amor que eu tinha a ela, e menos pelo
desprezo que eu tinha de mim mesmo, tudo por ela, tudo por minha doce Ana Carolina, tudo
pelosentimentoinédito que se moviadentrode mim.Eera exatamente porcontadesse amor,
que eu deveria continuar sendo dono de mim mesmo.
Mais certosanimaisnuncasão domesticados, algunshábitosnãomudame pessoascomo meu
tipode caráter, jamaisse modificam.A maispuraverdade deste mundoé oque algunsanimais
nunca evoluem, permanecendo estáticos na cadeia biológica. O que existe de concreto, é um
certo controle, uma calmaria momentânea, mais nunca há um adestramento, uma mudança
real, um acerto em desacertos.
Naquele mesmo dia, horas mais tarde, outros sentimentos estranhos e desejos imundos,
caminhavamde formabiltre na superfície das minhasemoções, sacrilégiosinsanos,distraiama
minha mente imatura, e junto a isso, um forte desejo de matar, renascia novamente dentro
mim.Uma lástimaconhecida, acompanhava-me freneticamente,volvidasobre ovazio,revolta
a respeitode meuabismopessoal.Algoinumano,tumultuavaomeuímpio, contornavaaminha
concupiscência, profanando o meu desejo carnal.
Eu conhecia bem aquele castigo, um cálice antigo, um fel ébrio, um tumultuador implacável.
Aquele sentimento sempre me manipulava e aquilo me acompanhava desde as primeiras
infâncias da minha existência.
Aquelalástimaancestral,demoníacae promiscua,sempreaumentava,elajamaisdiminuía.Edia
após dia, eu a sentia revolvida dentro de mim, domando-me tacitamente, controlandoo meu
espirito, assumindo de forma literal todo o meu ser.
Em poucosdias,osmeusanseios,asminhas vicissitudese veleidadessemprevenciamasminhas
benevolências comportamentais ditadas pelas regras sociais voltadas para a coletividade. A
minhaindividualidadeanimalescaeratriunfante,e elassempre acabavindoem primeirolugar,
antesmesmoque oamor, antesmesmoque apaixãoe antesmesmodela, AnaCarolina, omeu
únicoamor,a minhaúnicapaixão, umamorque talvez,emtodaaminhavida, nuncatenhatido,
ou nunca tenha sentido de verdade em minha desprezível existência.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
O bar da Firminaera o nossolugar preferido, músicaboa,pessoasinteressantes,muitacerveja
geladae algunsamigosparaconfraternizare festejar.Aqueleambientenospropiciava aarte de
transar sem nos preocupar com apontamentos desnecessários e rotineiros. Transar era um
esporte muito bem-vindonosfins de tarde,principalmente,logoapósumdiainteirode trabalho
estressante no escritório de empréstimos em que eu trabalhava.
O fantásticodessasboaslembranças,é que elasempre me faziagozae viajar,aquiloeramelhor
do êxtase,maconha,lançaperfume oucraque.Agentegozavade formagostosa,nossaquímica
era algoúnico,eu com a minhaviolênciaexageradae elacoma sua submissãoexclusiva.A sua
boca e a sua língua eram algo inumano, ela me sugava de maneira divina, o que no final,
resultavaemum espermagrosso,transparentee quentinho,umleitinhosempredegustadoem
silencio por ela.
Nossolugarpreferidoparatransarera umgrande banheiroemestiloneoclássicoe colonialque
ficava na parte de baixo do casarão, fazíamos de tudo, não tínhamos frescuras com as nossas
trepadas, maiso sexooral que elapromoviaem meupêniseraalgo sublime,maiseusempre a
recompensava, colocava-a de quatro sobre a banheira e a penetrava com muita força e
selvageria, empurrava com força e violência, repetindo destramente as muitas palmada
sequenciadas, deferidas propositalmente em sua bunda branca.
Durante estes devaneios loucos que vida sexual a dois proporciona, o exagero era uma
constante,mordidas,tapas,socos e algunsgolpesespalmadosasuas costas,eram deflagrados
semnenhumpudorou benevolência,aquilome excitava,machuca-lasóme davamaisprazer e
terror.
Aquiloeratão intensoque o meupênis ora estavadentrode sua vaginae ora estavadentrode
seu ânus, eu sempre intercalava as penetrações, um fator que lhe provocava dores, choros e
muitospedidosdesesperadosparaqueeuparasse,maseunãoparava,depoisqueestavadentro
dela, eu somente pensava em enfiar-lhe com mais bravura e maldade, não importando se a
machucava ou a feria. Eu era um animal indomável emcimadela,cão dosinfernosqueimando
sobre a sua genitália inocente.
Neste processo louco, hora enfiava-lhe na vagina, hora lhe enfiava no ânus e assim gozamos
todasas noites,sempre e durante assextas-feiras.Àsvezes,astransasrolavamtambémnalaje
ou no terraço deste bar, mas o banheiro era o nosso cantinho preferido. Outras vezes porem,
fazíamos no escritório da empresa em que eu trabalhava, usávamos o banheiro, a sala de
negociação, o refeitório ou a mesa do computador.
Quando estávamos inspirados, fazíamos sexo na praça benedito leite, no parque do bom
menino, na praia, no espigão da ponta da areia, dentro do ônibus, no banheiro químico do
reviver,napraçado reggae ou em umarua qualquerdocentrohistórico, bastávamosestaafim,
então fazíamos sexo sem pudor ou culpa.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Em nossos sexos atrevidos, fazíamos de tudo e praticávamos em qualquer lugar, desde que
sentíssemos vontade de fazer amor, ou fazer sexo. É claro que ela fazia amor, eu apenas fazia
sexo, mais as vezes sentia amor por ela.
Ela realmente foi uma de minhas loucuras, um sonho dentro de minha realidade vazia, uma
florestaemchamasemmeugrande riogelado.Mashaviaalgoque sempre tínhamos emmente
e que as vezes era inevitável não fazemos em nossas loucuras inanimadas.
Apesardocomportamentoadolescente, tínhamosidadede sobrasparafazeroque quiséssemos
e na hora que desejávamos. Quando visitávamos o bar da Firmina, havia uma garçonete que
facilitavaasnossas orgias,fizemosamizadecomelaapósumadiscursão tolasobre umareserva
de umamesa,algopluvialparamim, porém, umaofensaterrível paraaminhaamadabriguenta.
Ana Carolina era linda, mais ela era uma baixinha birrenta e brigona.
Nossa nova amiga, contribuía para a continuada obscenidade que acontecia dentro do bar,
meninices que promiscuamente emsegredo,eramdevolvidos emformade favores pessoais a
jovem garçonete, repetições ninfomaníacas, entregues aos mesmos zelos sexuais que ela
acostumava espiar.
Nossa anfitriã nos agradava com privacidade, gentileza, educação e cervejas, Ana Carolina
provavelmente nãosabiado meucontrato com a garçonete,maisacho que ela desconfiavade
algo existente entre nós. Agente mudava constantemente de ambiente e humor,
ininterruptamentedesejávamos aindasobreoefeitodoálcool, transarnotelhadodaquelacasa,
algoque aindanãotínhamosrealizado,uma formadiferente dedesejoquenosacalentavasobre
aquele teto de atmosfera colonial.
Aquele ambiente, aquela casa, aquele casario, aquele bar nostálgico, todas essas definições,
apenas nos lembravam do nosso amor e do nosso sexo. Aquele espaço representava o nosso
santuário do prazer, trepamos literalmente em todos os lugares daquele lugar, mas o que
fazíamosnobanheiro,eraalgoimpraticável emqualqueroutrolugar domundo,somenteaquele
espaço especifico, aquele lugar ignóbil, teria todos os nossos segredos, teria todas as nossas
aberrações sexuais sobre a sua guarda.
Alguns dias depois, a garota do bar havia sumido, todos sentiram falta da singela e delicada
Monica, mas eu não pude me conter, nossas transas ficaram muitos quentes e intimas, e as
exigênciase cobranças,todasenvoltasamanifestaçõesde amor,fizeramcomque euamatasse.
Ela estava morta há poucos metros do bar da Firmina, ligeiramente embalsamada em um
terreno ao lado do bar.
Eu a cortei como as outras,usei os meusfiose navalhas,e coloquei sobre o seuventre aberto,
as mesmasfloresartesanaisque entalheiemnome dasoutras. É claro que eutinhaalgo direto
com o seu desparecimento, é claro que eu a desejava, mas ela havia se metido entre eu e a
minha Ana.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Eu havia dado fim a garçonete, mais as insanidades que ocorriam no banheiro, salvavam Ana
Carolina de minha própria doença demoníaca, o desejoinsano de continuar matando.A laje e
as outras dependências daquele lugar, sempre se fazia convidativo para a nossas transas, e o
seu semblante a livrava de ser morta.
Mas nemtudoé para sempre,todafelicidade temumtermino,nemosempre é parasempre,e
istoé fato, e não uma teoria.Um dia exageramos anossa conta de loucura,bebemosbastante
cerveja, comemos muitos cachorros quentes, trepamos gostosamente na laje, nos beijamos
sobre aégide de umguarda-chuva,e olhávamosintensamenteenquantoserenavae chuviscava.
Aquilofoi algoque nuncahaviavivido,algoúnico,umdiasublime. Haviamcaixasde chocolates,
biscoitos de morango, castanhas, amendoim, vinhos, e muita cerveja. Tudo estava perfeito.
O seu sorriso foi um dos maiores prêmios que já havia recebido na vida, aquele pelo rosto de
menina havia me fisgado. Eu estava sobre o seu domínio, completamente entregue aos seus
poderes de menina mulher.
Eu em particular urinei em uma garrafa vazia de cerveja, ficando nu em seguida sobre a laje,
estavatemporariamente enlouquecidonotelhadodobar,gritei pelaprimeiravezalgoque afez
chora, eu haviagritado que a amava, e eua amava muito,e issoera de verdade,pelaprimeira
vezemminhavida,haviaditoalgoque eraverdadeiroe real,euaamavade todoomeucoração,
eu me importava com alguém e isso era algo irracional.
Em seguida fizemos amor, horas depois continuamos,e um pouco tempo depois, em um final
de tarde, trepamos como nunca havíamos transado na vida, estávamos sem folego e sem
energia,estávamosexaustose commuitafome,algoque elarepetiaconstantementedepoisdo
que fizemos na laje, e como sempre, ela finalizou o ato maluco que havíamos feito.
Ajoelhou-see começouame chupa,tudoerabastante intenso,horaelaengasgava-see engolia,
engolia e engasgava-se, e temerariamente foi engolindo o meu pênis até o talo. Ela estava
felicíssima. Sorria enquanto me agradava. Eu por outro lado, não queria terminar aquele
momento,maisacabei gozandoemtodooseurosto, e aindaexcitado,fiz elaengolirorestodo
meu esperma que saia projetado em forma de pequenos jatos em direção ao corpo dela.
Tudo corria bem,minhavidaestavacalma, as minhasemoçõesestavam tranquilase omeuser
estavamuitofeliz,nósestávamoscaminhandoparaalgoúnico e somente nosso.E tudo estava
calmo por causa desta menina, ela era um anjo que dominou os meus demônios interiores.
Ana Carolina era uma bela mulher e uma ótima companheira, mais algo ainda não me
completava. E eu sei que todo o meu desconforto tinha haver com a minha navalha, os meus
fios e com os meus fiapos. Eles desejavam sangue, e eu deduzia que isto apontava para um
desejode sangue,e infelizmente de um sangue especifico,ouseja,osangue dela.O sangue da
minha amada Ana.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Horas depois, ela estava retalhada, rasgada do queixo até a virilha e como as outras, eu a
abandonava em um casarão da rua sol. Usando-a em um ritual que se manifestava em minha
cabeça, volvida pelo avesso, assim como as outras meninas que eu dilacerei.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Capitulo VII
Ana MariA
Minha 3° VitimA
Hoje estou amanhecendosobre um lindo sol de Fevereiro de 2020, sem dúvida alguma este é
um expendido dia29de um sábadode calmaria, umbeloanobissexto,umalegre diaincomum,
um fabuloso e único raia sol. Hoje apesar de ser o último dia deste mês pequeno, devo toda a
minha felicidade matinal a este carnaval gordo que se espalhou nesta linda cidade.
Oscasarões coloniais de SãoLuísemsuapequenae majestosaminoriaestãosobremaneirabem
conservados e belíssimos, os demais, lamentavelmente estão todosem uma ruina completa e
alguns encontram-se até decadentes, o que para mim, é ótimo este abandono cultural, pois
estes lugares facilitam os meus ataques fortuitos, repentinos, fugazese efêmeros. Um prato
cheio para uma dilaceração matinal.
Sou uma pessoa cuidadosa em meus ataques, nunca sou visto em multidões e jamais deixo
pistas do que faço, geralmente planejo as minhas saídas noturnas e insanas. Afinal sou um
caçador nato,e comoum cão de caçar, nuncaerro umataque, até por que todoselessãoletais,
mortais e vorazes. Mas o desejo é algo incontrolável, e as vezes, somente as vezes, faço
pequenas loucuras para saborear as minhas vontades abruptas.
Há períodos que reconheço os meus fracos exageros, os meus impulsos são incontroláveis,e
existem ocasiões que me sintoindiferente, e quando isto acontece, sempre acordo dentro de
mim, ouaté forade mimmesmo,sucessivamentedistraído e inundadoemumaconfusãomental
incrível. Há aspectos desconhecidos da minha alma, algo ligado a este meu desejo de matar,
umacompulsãoinumanaque me dominaháalgumasdécadas, umignóbil sobrenaturalque não
se separa de minha vida.
Quando estes períodos estão mais atenuados, sinto a minha alma alucinada pulsar dentro de
mim,e quandoistoacontece por desejaralguém, tudoficamais profundamente estranho,este
sentimento maligno, faz da minha alma um picadeiro elétrico dentro do meu cérebro, e as
minhasveias harmoniosamente santas, saltam literalmente pela pele em estado de chamas.
Quando vejo estes casarões abandonados, remonto uma nostalgia célere, rápida e
especialmentefugaz.Enadaé tãocruel e maléfico comoopassado históricodestacidade, tanta
escravidão, imposições, transgressões, tráfico de crianças, estupros de mulheres, guerras
desnecessárias,desigualdadessociais,obrigaçõespolítica,sacrilégiosreligiosose tantas outras
atrocidades que mal consigo conta, fatos que frutificam inúmeras anormalidade em mim,
quando ao meu desejo impulsivo de matar.
Estes casarões possuem um passado exógeno, a maioria eram típicos sobrados de famílias
abastadas, este em que estou hospedado hoje em particular é a minha maior paixão, sempre
quandoposso,ouquandoestousaudoso,andopelaruado sol,somente paravereste sobrado,
ele é a minha menina dos olhos de ouro, tenho um fetiche maligno por este prédio antigo, e
mesmoestandoabandonadoe decrepito, tenhoumamorinumanoporeste cassarão colonial.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
É estranhoeste sentimento,masme sintocomo um menino apaixonado,oucomoum homem
de meia idade que deseja muito a paixão de uma mulher, inexplicavelmente, tenho desejos
íntimos por este prédio. E pela primeira vez, enxergo-me inteiramente novo neste estranho
homem que deseja muito ter o amor de uma mulher. O meu desejo é esquisito, mais não há
dúvidas que eu tenho uma violenta veleidade doméstica por este casarão.
Às vezesme sintonopassado, revisitoosmeusancestrais, e me recolocoemsuas angustias ou
pelomenos,pensoneste contexto,oque de fato seriaaquelaépoca intransigente, retrato-me
a uma confusão, uma revolta, em minha mente, sou um escravo fujão, armado com um rifle,
todo sujode sangue,o barrão do açúcar está morto, o senhordos cafezais está caído ao chão,
ele deve estarmorto,elepodeestáferido,nadavejo emminhafrente,nadasintopelososmeus
irmãos, somente tenho o desejo da vingança, desejo apenasa sua morte, ferido a balas pelas
minhas mãos.
A minhamente é muitoconfusa,e os meusdesejossãoaindamaisestranhos,este prédiodeve
ter várias estórias e a minha mente apenas as retrata, ou pelo menos, remontamos cacos de
sua longa jornada.
Este casarão em particular, tem oito janelões coloniais enormes,possuir um mirante solitário,
pedrasde cantaria na calçada, pedrassabão envolvendooscantos adjacentesda casa, grossas
paredes, algumas untadas e cimentadas a óleo de baleia, telhas coloniais vermelhas, azulejos
português azuis e entrada pintadas de branco.
Certamente aqui deveria morar um homem bemrico, um mercador de escravos,um barão do
algodão, um senhor cafeicultor ou um homem da distribuição de grãos. Ele sem dúvida, devia
ter filhas lindíssimas, pois as suas janelas são bem altas e um poucos eclusas, isto mostra o
quando ele devia ser austero e reservado em sua vida intima.
O sol a este momento se encontra no horizonte, os primeiros raios de sol já se levantam
abastados e fortes em meu rosto, este é um típico aviso comum a pessoas como eu, ou seja,
tenho que limpa as minhas mãos e boca deste intercepto vermelho que me envolve.
Sangue e tripas me deixam excitados,mais bela manhã, elas me deixamenjoado e sem fome,
um fato que me elege a fuga. Os meus velhos fios de náilon e a minha navalha de aço estão
neste momento limpos, intactos e elegantes em minha mesa improvisada, aquele era o meu
altar ritualístico, a mesa que elegi sobre uma pedra que achei no salão desta casa. E a linda
mulherque descansamórbidanagramae sobre ochão, estairresolutae plena. Elaestáamável,
linda, absolutamente incrível sobre as gramíneas deste antigo salão de dança.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Acho que o seu nome é Ana Maria, pelo menos este foi o nome que ela me sugeriu, ou gruiu,
antesque eua rasgasse peloseupescoçocomosmeusfios de náilon.Adoroeste nome,“Ana”,
ele soabemem meuslábios,“Ana”......Hum, é umbelíssimonome......Pessoascomeste nome
são pessoasboas,caridosas,gentis,amáveise adoráveis,adoromatarpessoascomeste nome.
Pode serum destinoincomum,maselassempre atravessamomeucaminho,sempre temuma
Ana que me ama, sempre existir uma Ana que me odeia, sempre fluir na minha vida uma Ana
que me deseja e inevitavelmente acabo matando todas elas.
Quando vejo a obra de arte que fiz em seu corpo entro em um delírio somente meu, a minha
navalhaa abriudo queixoaté a vulva,depoisque comi parte de suastripas,depositei umarosa
artesanal que fizcomasfolhasde umaplantaendêmicaque acheifrondosae soltasobre ochão
desta casa, esta rosa, eu a coloquei no meio de seu ventre e eu a pintei com o seu próprio
sangue. Ela está linda, ainda que inerte, mesmo sem vida, ela continua linda.
Não soubom com despedidas,e osol jáestá me expulsando,anoite teve umfimefêmero,vou
me despedirde meuarranjodelicado, entãoaproximo-mede formaacanhada,queroficaperto
de seu rosto, e dando-lhes doces, ardentes, vorazes e demorados beijos em sua boca gélida,
reconforto-me comoseunovogosto, sinto-mesaboreandoumsorvetede limão,asvezesmeio
amargo, as vezes meio doce, o gosto de sua boca não é mais o mesmo, ontem os seus lábios
estavam mais mole e afetuosos, e a sua pele cheirava a morangos frescos, agora ela está mais
dura, gelada e sem emoção. Sei que isso é insensível.... Mais o meu amor é rápido e não dura
mais que uma noite. Por isso.... Beijos minha amada, te vejo do outro lado do paraíso.
Olhado para o imenso azul deste céu lindíssimo, contemplo a vida maravilhosa que possuo, e
comoa umpintorque cultuaasuaobraque acabara de pintar,oucomoaumescritorque acaba
de terminarumapáginade seulivro,eutambémcomoaumartistaclássico,vislumbroasminhas
Ana´s, elas são as minhas obras de arte, suas efemeridades são únicas e eternas, e todas são
extremamente vivazes.Deussabe oque faz quandoresolveucriareste universoe aterra,estas
são criações incríveis, e eu agradeço pelas Ana´s que ele me oportuna ter e cuidar.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Capitulo VIII
AnajarA
Minha 4° VitimA
Esta manhãestálinda,osol é umaestrelaincrível,e nadame faztãofeliz,quandoovejoraiando
pelaa minhajanela. Destavezas coisasseriamdiferentes,nadade improvisacaçadas no meio
da semana, ou de ter fome no meio de um de um passeio no parque, definitivamente não
haveriavítimasnestetrimestre,nadade matanças, nadadefome,nadade desejos.Eoprincipal,
nadade cederameusdesejosfortuitos,odemôniodentrodemim, deveriasercontroladoe não
superestimado. Ele só sair para dar umas voltas comigo, quando eu quiser.
Mas nada do que planejamos sair exatamente como queremos, a vida é algo misterioso, e os
desejos humanosbrincam com a minha desumanidade. Eu estava sossegadamente em bar no
centro histórico de São Luís do Maranhão quando vir duas lindas mulheres entrarem
solidariamente pela porta esquerda do estabelecimento. O bar de dona Faustina era um lugar
solicito e agradável, frequentado em sua maioria por jovens e alguns adolescentes.
Primariamente as moças aparentavam ser amigas, suas proximidades físicas e emocionais,
traduziam uma amizade antiga, um convívio talvez estabelecido desde a infância. As mãos
fortemente unidas denunciavam uma certa intimidade, um namoro, quem sabe, estabelecido
secretamente pelas duas, mas não dava para ter certeza. As duas jovens eram lindíssimas e
muito atraentes.
Em São Luís, principalmente noreviver,é comumver homensabraçadosa um outro homeme
mulheres agarradas pelas mãos de uma outra mulher, beijos, carinhos, caricias e outras
demonstração de afeto, é algo comum, manifestados em público, é algo muito normal, neste
ladodailha,odifícil é umheterossexual comoeu saberquemé meninanocorpode umamulher
e quem é menino também no corpo de uma mulher, o mesmo vale para os homens.
As duaslindasmoças solicitaremdoiscoposgrandesde shop,duascadeirase uma mesa, o bar
estavarelativamentecheio,elasse sentaram relativamentepróximoamim, e estrategicamente
a minhafrente, estávamos todosconexos aobalcãodo bar, elassobre uma mesa e eu sentado
em um banco de madeira bem alto, com os cotovelos junto ao balcão do bar.
Assuasintençõesalcoólicas,assimcomoasminhas,eramafacilidadede atuarsobre ospedidos
juntoaobarman,destaformaficavamaisfácilaminhaembriagues, e pelovistoasdelastambém
caminhavam para o mesmo destino. As duas sorriam bastante, e ambas já demostravam um
certo grau de ebriedades,pelo visto, a noite já havia começado a algumas horas para aquelas
duasjovens meninas, e obarmanpelovisto, jáestavacompenetradonascoxase naspernasnas
das moças,não demorou muitoparaque ele entendesseasituação ensejadae fosse atende-las
de maneira exclusiva e mal-intencionada.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Minutos depois um pequeno balde com seis cervejas longnec também foram direcionadas a
mesadas garotas, os doiscoposgrandesde cervejas, aindaestavampelametade, umaperitivo
tambémfoi encaminhadopara a mesasdas duas, ambosenviadospor clientesdesconhecidos,
e provavelmente interessado pelas moças.
Os flertes sobre elas apenas aumentavam, todos pareciam deseja-las, os olharem voltaram-se
paraa mesasdasjovens,e desejadaspormaisdeumadúziade homens, possivelmentesolteiros,
as gargalhadas ressoavam sem compromissos com elas mesma. Até as mulheres que estavam
no bar, não se importavamde vê-las,algumassentiaminveja,outrassentiamdesprezo,maisa
maioria, possivelmente as desejava.
Asduas sabiam comoserdesejadas,e provocando aridamente oshomenspresentes, sentavam
e levantavam de proposito os seus vestidos, mostrando maldosamente parte de suas bundas,
algumas mulheres ali acompanhadas, trataram de levar embora os seus pretendidos a
pretendentes.
Os que ficavamtentavamnãodartanta a atençãopara as moças,mas era impossível,poisaté a
ida ao banheiro,viravaumespetáculosexual. Uma delasem particular,muitobonita,chamou
a minha atenção, os seus olhos eram como duas ametistas verdes,seu cabelo encaracolado e
longo possuía cuidadosas aplicações de óleo capilar e a sua boca pequena, exalava uma
sexualidade inebriante.
Eu a desejei infernalmente na hora em que a vir entrando pela porta do bar, meus hormônios
pularamde formaexcitada, masfuidiscretoemmeuprimeiroimpulso,nãoquisencara-la,e não
deixando espaçoparaque fosse notadopor elas,debrucei-me sobre omeucopo.Eu por outro
ladoas consumiavigorosamenteemmeudesejofebril, e olhando-assobre meiocantode olho,
as observava friamente, um copo de cerveja, ainda gelado me distraia tenuemente,enquanto
eu as filmava secretamente pela câmera do meu celular.
O bar àquela hora da noite, não estava mais tão cheio, mas somente aquelas poucas pessoas
que habitavam o ambiente, faziam de suas conversas intimas, uma barulhenta e desconexa
divulgação partidária coletiva. Ninguém conseguia ouvir a música ao vivo que o bar contratou
para abrilhantaa noite e os clientes,e mesmocomumacota de 10 reaispor pessoas,ninguém
ali dava-lhesouvidoacantoria,orapaz que interpretavaasmúsicasRenatoRusso,Raul seixase
Cazuza se esforçava para cantar, mais a noite era apenas delas duas.
A noite foi ficando interessante, e as duas lindas garotas a minha frente, ficaram mais solta e
mais danadinhas do que o habitual, uma flertava com o barman, enquanto a outra trocava
olharescomo musico que cantavapraticamente sozinhoparaela,osbaldesde cervejasapenas
aumentavamemsua mesa,e o delíriodoálcool tambémfaziao seu trabalhovil sobre a mente
das duas.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Eu as desejei matá-las sordidamente naquela noite, desejei possui-las sexualmente, e o seu
sangue e tripasjá se desmanchavamcoma minhasalivaemmeuardente sonhodestruidor.Era
obvio que atacar duas mulheres em uma só noite era algo que demandaria muito esforço e
praticidade, erros não eram bem-vindos, algo que eu não admitiria, seria difícil a execução de
minha hábil exatidão. Uma de minhas promessas estava quebrada, o demônio dentrode mim
pulou para o parquinho para poder brincar com aquelas duas bonequinhas.
Tudo dependeriade como elassairiamdaquele bar,pois ambas pareciamesta arranjadas com
obarmane ocantor, seriadifícil matardoishomenssomenteparatê-las,maisbrincarde casinha
e com aquelas bonecas é algo que eu não dispensaria, aquilo podia ser trabalhado. As duas
finalmentelevantaram-se damesa,e pedindoaconta, foramsaindodo bar e não chamaram os
rapazes para acompanha-las. Isto se demonstrou promissor, minha teia estava se formando, e
as facilidades de uma noite escura e vazia era algo muito propicio e vantajoso.
Em seguidapague aminhacontae a distânciaresolvi seguiasmoças,meudesejome consumia,
e o racional tentavame alertaque esteseriaumatoarriscae burropara perpetra,dominaruma
jovem é fácil, mais duas em uma só noite, tornava-se muito ariscado.
Mas o caminho que elas tracejavam facilitavama minha vida e o meu desejo, as duas subiam
pela rua do Egito em direção a praça bendito leite, as ruas estavam desertas,e somente a lua
seria a testemunha daquele crime. O meu relógio apontava 02:45 da manhã, geralmente as
pessoas estacionavam os seus carros em frente ao Odílio Costa Filho.
O trajeto das duas era no mínimo inusitado, algumas explicações seriam plausíveis, ou elas
combinaram com os dois jovens do bar para se encontrarem na praça benedito leite, ou
estacionara o carro em frente à praça, ou moram no centro e estão indo para casa a pé. No
entanto, isto não importa tenho que ter cuidado, não posso ser flagrado, tenho que agir com
assertividade e firmeza.
Elas subiram pela escadaria que dava acesso a praça, uma ficou pelo caminho, abaixou de
cócoras nabeiradaescadae ali mesmoensejouemesvaziaabexiga,suaamiga, estavadistraída
na parte de cima da praça, e não viu quando eu me aproximei de sua colega, voltei para a rua
de baixopara me certificaque não fui seguidoouque estávamossozinhosnaquele quarteirão,
depoisque tudoestavasolicitoparamim, coloqueio meuplanoparatrabalhar, esperei que ela
terminasse asuanecessidadefisiológica,apeguei emseguidapelaspernasjogando-ade quarto
ao chãoda escada, tampando-apelabocaogritoque elaquase soltou,osoníferoemmeulenço
a entorpeceuvagarosamente e encravado omeupênis emsuabundatratei de estupra-laainda
de cócoras com os joelhos enterrados na escada, possuindo-a antes que ela apagasse
totalmente.
Vinte minutos depois de ter consumado o ato lascivo, voltei as minhas intenções para o que
mais importava, em questão de minutos eu a rasguei com os meus fios e navalhas, abrindo o
seu ventre totalmente. Minutos depois tornei a estupra-la por quinze ou vinte minutos, eu a
sentia sem vida em minhas mãos sobre a escadaria e este prazer era mais excitante do que
quando a possuir ainda estava viva.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Depois de ter me saciado sexualmente com aquela piranha, tratei de terminar o serviço que
havia iniciado, retomei os cortes que havia projetado, rasgando-a mais ainda com a minha
navalha,cirurgicamente adecepei doqueixoaté a genitália, emseguidaversei de comer parte
de suas tripas, um rim e um filete de seu fígado, após isso, trancei os cabelos e coloquei uma
lindarosafeitade palha que carregava emmeubolso,e colocando sobre oseuabdome,pintei-
o com o seu sangue e o plantei no meio de seu ventre.
Depoisde beija-labastante e de posicionarseucorposobre ochão, imitandoasbelasmadonas
pintadas pelos renascentista, emoldurei-a artisticamente como merecia ser enquadrada.
Quando terminei a minha pintura, subir imediatamente pelas escadarias em busca da outra
mulher.Paraminhasurpresaelaseriamaisfácil,umadeliciosapresafrágil,elaestava desmaiada
sobre o banco na praça, adormecidasobre o sono profundoprovocadopeloefeitodoálcool,e
sua posição íngreme, permitia-me possuir o seu corpo vil, sua exposição tênue estava
convidativa e despojada a uma incursão sexual.
Eu imediatamente aataque como a um animal selvagem, como aum bicho que avança sobre a
sua presa desprotegida e possuindo-a ferozmente com a brutalidade que um ato lascivo
demanda sobre a necessidade sexual, a penetrei de forma fortemente vil, e antes que ela
sentisse qualquer dor e gritasse por conta de minha manobra evasiva, resolvi tampar com as
mãos a face de seus lábios, durante a relação presumida, sentir que o seu corpo manifestava
certos espasmos aleatórios e involuntários.
Suaspernaspequenastentavamreagirásminhasincursõese movimentosperistálticos,maseu
as controlavaimperativamente,impedindo-asde se moveremsobreasminhaspernas e quadril.
Algumascontrações vaginaisapertavam-sede formadeliciosasobre omeupênis,e continuado
asminhaspenetraçõesacidas dentrodela,refizosmeusmovimentose a afundeicommaisforça
e energia.
Minha vitima infelizmente acordou sobressaltada de seu estado alcoólico e ainda sonolenta,
olhou-me fixamente nos olhos, e osmeusolhos, adoravamvê-laemsofrimento. Osseusolhos,
porém,ficaram molhadose uma lagrima solitária principiou uminíciode choro, vir que ambos
pediam por socorro, mas eles não me comoveriam, pelo contrário, aquelas duas pedras
amendoadas, cheias de vida, causava-me mais prazer e desejo.
Observei que ambos pulavam de dentrode seu rosto, brincavam de um lado para o outro em
sua face,e o medoe o desespero,faziammoradaemsua alma, infelizmente oálcool nãofezo
efeito necessário para que eu consumasse o meu trabalho, e ainda excitado com o seu corpo
delicioso, me controlei para não a matar sobre aquele banco de praça.
As minhas mãos e os meus fios de nylonpediam desesperadamente para rasga-lhe a garganta
inteira,e enquantosufocava-avagorosamente,sussurrei napontade seuouvido,para que ela
ficasse quieta,e que me deixasse terminaroserviçoque haviainiciado,se elafizesse isso,eua
deixaria em paz, eu a deixaria ir, eu a deixaria viva.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Aindaassustadaagarotaconsentiuqueme deixariaterminaroque haviacomeçado,e retirando
a mão sobre asua boca,me pusa penetra-lafortemente.Eemêxtase novamentevoltei aomeu
estadode felicidade, masa desgraçadame surpreendeu,e aproveitandoque osmeusolhosse
fechavam enquanto me deliciava com o seu corpo, ela gritou acintosamente,e fez isso o mais
alto que os seus pulmões permitiram provar.
Os seus pedidos de socorro ecoaram pelo centro histórico vazio, e sorrindo advertir que
ninguém a ouviria naquela hora da madrugada, disse-lhe que ela estava sozinha e que a sua
amiga safada estava morta sobre a escadaria, mas como ela não parava de grita, respondi-lhe
os pedidosde socorro com váriossocos e murossobre a sua face, foram tantossocos,e muitos
de forma tão repetidas que eles os fizeram desmaia novamente.
Quandoparei de agredi-lamal pude acreditano que tinhafeito,a lindameninade rosto suave
e de traços finos e lindíssimos, estava completamente irreconhecível, completamente
desfigurada e muito machucada, seu nariz e boca estavam lavadosde sangue, e os seus olhos
estavam tão machucados e inchados que mal podiam ser vistos.
A minhalibidohaviapassadoe o meudesejode matá-lavoltouparaminhamente insana como
maisforça e perversidade,rapidamentepuxei dosbolsosde minhacalça, osmeus váriosfiosde
nylon e entrançando-os sobre os dedos, direcione as minhas mãos para o pescoço da jovem.
Mas o improvável aconteceu, um pedido de ajuda, ecoou sobre a praça vazia, era uma voz
masculina, em seguida vozes femininas, e todas promoviam passos apressados em direção
opostaà qual eu estava,segundosdepois, umchamadopor forças policiais me interromperam
novamente e vir que meu ataque estava obstruído.
Olhe perifericamente para o homem que me denunciava, ele estava a dez metros de mim,ele
não se aproximaria, vir medo em seu movimento corporal, as mulheres sumiram em sua
trajetóriade denúncia,provavelmente elastrariammaisproblemas,percebi que asduasmoças
que acompanhavam o meu denunciante, correram para o lado da praça que ia em direção ao
Palácios dos Leões, eu tinha certeza que naquele órgão público havia policiais, e mesmo que
estivessedormindoemserviços,elesacatariampelopedidodeajudadasmoças,nãodemoraria
para que uma ou mais viaturas aparecessem no local.
Eu nãotinhaoutraopção,anãoserdesistirdomeuataque,istonuncahaviaacontecido,sempre
fui muitocuidadosoe responsável comoque planejava,nenhumataque meu,ficouantessobre
os olhos de outro ser humano. Sempre fui eu e as vítimas, eu ininterruptamente sempre as
colocavapara dormir,e elasjamaisacordaramde seussonos,elas jamaisabririamosolhospara
me entregarem a polícia.
Resolvi entãoaborta a minha missão,mas antesde ir embora, não deixariarastrosou pistade
que eusou, aquelamulherseriadeletada destaexistência,osseusolhos jamaisfalariamdo que
viu hoje aqui nesta praça, o meu rosto seria preservado e nada seria denunciado.
O SenhordosFiose dasNavalhas
DieghoCourtenbitter
Naquele instante, decidi fazer algo que nunca havia feito antes em minha vida, guardei
rapidamente os meus fios de nylon no bolso e puxando pela minha navalha, a golpeei
fortementepróximoaocoração, fizissoportrêsvezes, certifiquei-meque transfixeioseupeito,
e empurrando com mais força, tentei causa-lhe uma morte instantânea, segundos depois, ao
retiraa navalhade seu corpo, vir que um jato de sangue esguichavasobre o meu rosto e sobre
o banco e o chão da praça benedito leite.
Aosentira perfuração, virque elaabriaosolhos de maneiraabruptae repetida,seusespasmos
lhe provocaramconturbadasagitaçõesfísicas,e osseusolhosperdiamlentamenteatonalidade
de seu brilho amendoado, e desfalecendo sobre os meus braços, vir literalmente a vida lhe
deixar pelos os seus olhos.
- Pronto.....
- Estava feito........
- Ela está morta....
Havia matado a minha possível delatora, agora ninguém saberia quem sou eu. E fugindo
sequencialmente após o meu delito, corri pela rua das flores, passei pela praça João Lisboa e
sumir pela rua do sol em direção ao teatro Artur Azevedo. O homemque me denunciava, não
conseguiu me seguir, observei que ele tentava socorrer a jovem, e para minha felicidade,
consegui escapa em leso e sem ser preso.
Eu queria espera até que o carro do IML viesse pegar o corpo, queria arduamente confirma
aquele ensejo, euhaviaprometidoa mim mesmoque controlariao meu desejode matar para
ter uma transa perigosa, e acabei fazendo isto para satisfazer a minha libido, um erro
imperdoável, irresponsável e inocente. Uma tolice da minha parte, deixei as minhas emoções
emprimeirolugar,arazãoteriaque serumrei,isso nãopodeacontecernovamente,essaminha
estupidez, pode ter me colocado em perigo, fiquei exposto de maneira desnecessária,fiquei
literalmente nas mãos daquelas pessoas que tentaram ajuda a minha vítima, aquele fragrante
na praça, quase me jogou na viatura da polícia.
Geralmente faço os meus ataques com planejamento e estratégia, mais esse meu impulso e
veleidade quase estragou o meu trufo, a invisibilidade social e desconhecimento de quem eu
souaqui nailhade SãoLuís, omeuanonimatotemque permaneceremsigilo.Nuncapensei que
atacaria alguém em público, muito menosem uma praça, e aos olhos de tantas testemunhas,
pessoas que podem reconhecer o meu rosto ou as minhas características físicas, isto foi algo
desnecessário e estupido.
O que está havendo comigo, por que fiz isso, será que estou semcontrole, ver o resultado do
que fizhoje nãopareceboaideia,tenhoqueme conter,tenhoque sermaiscuidadosoe insipido.
O meu impulso, meu desejo e a minha vontade de matar não vai arruinar comigo, tenho que
trabalhar emcima do meu controle,tenhoque dominaro demônioque habitaemmim, tenho
que vencê-lo.
O Senhor dos Fios e das Navalhas
O Senhor dos Fios e das Navalhas
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O Senhor dos Fios e das Navalhas

  • 1. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter O Senhor dos Fios e das Navalhas Diegho Courtenbitter 2018
  • 2. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Prefacio O senhor das navalhas é uma expressão maleável e psicótica de um instinto predador incorporadaem umjovemque matadesde de quandoeraumacriança. Uma infânciadifícil que lhe permitiudesenvolver uma antipatia irregular e fria com as vítimas que atravessaram o seu caminho, ou escolhidas por ele. Um criminosode mentedestrutivae doentiaqueaperfeiçoouassuasmatançasapósterpassado por uma forte desilusão amorosa com uma jovem de apenas 25 anos chamada de Ana pelo misterioso “Serial killer” que não tem o seu nome divulgado na trama. As váriasAna´s mortaspeloassassinomisterioso,sugeremque todas elasforamescolhidaspor um motivo obvio e determinante. As jovens possuíam o nome de sua ex-paixão e muitas detinhamcaracterísticasfísicas similarese até parecidas com a garota que o assassino amava. Todas elas eram mulheres inteligentes, jovens, bonitas, morenas e com estatura de até um metro e sessenta. Todos os crimes acontecem em 2019 e acumulam inúmeras manchetes de jornais,oterrorinvade ailhadoamor,omedofazcomque asruasfiquemvaziase apolícialocal não consegue coloca atrás das grades o estranho homem das flores, que mais parece um fantasma. Ana Carla
  • 3. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter “Uma Flor Simplesmente Exógena Um filete de água esquia Uma Arajana em meio as Oliveiras” Roosevelt F. Abrantes
  • 4. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter “O desejoestáocultosobre asHortênsias....UmaArajanase esconde dentrode mim... Uma milagrosatulipase fazrefémemmeuensejo....Amarnãoficouparao amor....Foi o amor que nos dispensou....” João Justina Liberto
  • 5. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Livro: O Senhor dos Fios e das Navalhas Gênero: Conto Ano: 2018 Autor: Diegho Courtenbitter Mello Neto de Abrantes Titularidade: Este é um Heterônimo de Roosevelt F. Abrantes Editora: Editora Lascivinista / Produção e Publicação Independente Coletânea: Uma Arte Lascivinista Ano de Finalização Escritural da Obra: 2018 Data da Primeira Publicação deste Livro: 26 de Dezembro de 2018 Contatos: End.: Rua das Palmeiras, n° 09 Residencial Parque das Palmeiras Vila Embratel – São Luís - Maranhão Cep.: 65080140 – São Luís – Ma País.: Brasil / Região.: Nordeste Tel.: (98) 9 9907-9243 / (98) 9 8545-4918 WhatsApp.: (98) 9 8545-4918 E-mail.: rooseveltabrantes@gmail.com Redes Sociais: Facebook.: https://www.facebook.com/rooseveltfabrantes Twitter.: https://twitter.com/rooseveltabrant Linkendin.: https://www.linkedin.com/in/roosevelt-f-abrantes-0b1b2426/ Instagran.: https://www.instagram.com/abrantesroosevelt/ Hotmail.: rooseveltabrantes@outlook.com Blogger: http://movimentolascivinista.blogspot.com/ Site.: http://movimentolascivinista.com
  • 6. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Autobiografia Nome: Diegho Courtenbitter Mello Neto de Abrantes Data de Nascimento: 04/06/1979 Cidade Natal: Rio de Janeiro Estado: Rio de Janeiro País: Brasil Nome do Pai: Joelson Courtenbitter Mello Filho de Abrantes Nome da Mãe: Leticia Courtenbitter Mello Araújo de Abrantes Cônjuge: Claudia Courtenbitter Mello Silva de Abrantes Ocupação: Poeta, Escritor, Cronista, Contista, Grafista, Fotografo e Iluminarista Profissão: Comerciante e Chefe do Gabinete de Oficio do Rio de Janeiro Bairro onde Morou na Infância: Rio de janeiro Locais onde Trabalhou: Centro de Niterói e na Prefeitura do Rio de Janeiro Formação Acadêmica: Pós-Graduado em Ciências Politicas Lugares onde Morou: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais Ideologia Política: Extrema Direita Gosto Musical: Modas Portuguesas e Bolero Argentino Gosto Gastronômico: Bacalhau, Arroz Branco, Feijão e Azeite Religião: Católica Apostólica Romana Altura: 1,85 Mts Etnia / Raça: Branco Cor da Pele: Branca Cor dos Olhos: Verdes Claros e Pequenos Cor dos Cabelos: Castanhos Claros, Lisos e Curtos Postura Física: Esguio e Levemente Curvado para Esquerda Tipo Físico: Magro, Dedos longos, Pés Grandes e Pernas Compridas Tipo Físico Facial: Nariz Grande e Afilado, Cabeça Retangular e Queixo Quadrado Trajes Habituais: Chapéu de Linho Preto, Ternos Azul Escuro e Sapatos de Couro Idade Atual: 40 anos Orientação Sexual: Homossexual Heterônimo: Diegho Courtenbitter Mello Escritor: Roosevelt Ferreira Abrantes
  • 7. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Capitulo I AprisionadO O QUARTO Quando acordei naquela suposta manhã de quinta-feira, achei realmente que estava em meu quarto, deitadosobre aminhacama.Haviamuitaconfusãoe muitasdúvidas.Etudosobre odia anterior, parecia ter sido arrancando, extraído, removido e apagado das minhas lembranças. O último acontecimento metódico que me recordo com clareza, foi de ter saído de casa na quarta-feira à noite para comer um cachorro-quente do Sousa na praia grande no reviver. Depois disso, não lembro mais de nada, e somente a escuridão desse lugar, está intacta em minha consciência vazia. Muitas perguntas preenchiam a minha abandonada incompreensão,vários questionamentos jaziam sem resposta, e outras procuravam por soluçõesobvias. Mas apesar de saber quem eu era,e de todas as atrocidadesque eracapazde fazer,nãoconseguiaimagina,quemfariaaquilo comigo, ninguém seria mais louco do que eu mesmo. Muitacoisafaziasentido,comoolugarsilencioso, nenhummóvelalémdessacadeira, poucaluz, e o cheiroforte de detergente,estaseramartifíciosusadospormim emvários dosmeus crimes. Nenhuma das minhas vítimas, jamais saberiam o que lhes atacou ou porque as suprimiu. Eu sempre fui sucinto, ágio e muito cuidadoso, sem rastos, sem pistas e sem cheiros. Mas ainda assim, nada fazia sentido, quem me queria naquele lugar, e porque me queria tanto. Aquela escuridão penumbrosa, o lugar minuciosamente limpo, e o silencio absurdamente delicado,começavaaincomodaos meussentidos.Minutosdepois,algodiferentetomouconta do silenciomórbido,e um movimento atípico e natural, manifestava-se pela fresta de luz que era irradiada pela janela de madeira, um cheiro forte de terra molhada, começou a se desprenderdosolo,esmagandotacitamente omeuolfatofelino,aescuridãoaindaferiaosmeus olhos, e o meu paladar queria sentir o gosto ébrio do meu corajoso carcereiro. Eu estava a várias horas sentado na mesma posição, e os meus membros inferiores estavam todosdormentes, umasede insuportável tomavacontadocéude minhaboca e a fome tentava me causar dor. Ninguém se apresentava para me machucar, prisões tendem a representar torturas e medo. Mas ninguém até aquele momento se prontificou. Tentei por duasvezes sentiro gostode minhaprópria saliva,masa boca seca não me permitia sentir nada. Também tentei abrir os meus olhos, mais apenas um deles enxergava com certa dificuldade o pouco de luz que habitava aquele lugar. Minhas mãos e pés estavam amaradas contra a cadeira e uma forte dor em minha coluna denunciavasemdúvidaalgumaque euhaviadormido naquelaposiçãoporhorasou diasinteiros sobre aquela cadeira de madeira a qual fui aprisionado.
  • 8. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Eu estava geograficamente desorientado, aescuridão eraanda algo terrível, e o desejode esta livre consumia-meprofundamente aalma, euhavia perdido ossentidos,e olhando novamente para aquele imenso espaço vazio, não tinha ideia de onde estava, não sabia a quanto tempo estava desacordado, e nem sabia como fui para naquele lugar. Minutosmais tarde sentirum estranhoe intermitentegosto de sangue sobre a minhalíngua,a sede era enorme, mas esta sensação imprudente não me traduzia coisas boas, eu podia esta envenenado, e se esta era a intenção de meu algoz, eu morreria sozinho naquele lugar em questão de minutos. Levantei a cabeça com um pouco de dificuldade e percebi que uma dor ínfima e latente, emanavadomeiode meucrânio,estendendo-se peloouvidoe peregrinandoaté aminhanuca, com dificuldade, tentei abrirosolhose virandoopescoçodoloridoemdireçãoaquele pequeno facho de luz que entrava por uma encurtada janela, não consegui identifica com clareza se aquela luz era mesmo natural ou artificial. Os meus olhos estavam machucados, minha percepção estava turva, e a minha dialética não impetrava uma verdade absoluta sobre os fatos. Eu me perguntava o que sobre o que era dia ou sobre o que era noite, tudo se manifestava igual, nada era diferente de nada, e apenas o facho de luz projetada pela janela mudava de direção ou lugar. Era verdade, eu não sonhava sobre osmeus lenções,eu estavaemcárcere,e supostamenteaquele eraumquarto comumou incomum para os meus sentidos apurados. Mas eu ainda me perguntava, em que lugar do mundo situava-se aquele maldito quarto. Aquele lugarjáme parecia familiar, eunãoestavaali por acaso, sejaquemfor o meualgoz,ele me conhecere me queremsofrimento, maseunãoconseguiaidentifica-lo.Horasdepois,ouvir um motor de um carro estacionar na parte de cima da casa, o meu carcereiro havia chegado. Minutos mais tarde um cheiro de comida caseira invadia o pequeno quatro, o chão de terra batidafazia se sentirnovamente doladode fora da casa, o aroma de terra recémmolhada era salpicadopelafinachuvaque se pronunciavatímidaatravésdosportõesde madeira, ostrovões avisavam a proximidade de um temporal violento. A fina camada de musgo que envolvia a lateral da janela era outra sutileza que o meu olfato haviaapreendido,elaproduziaumcheiroúnicoe perspicaz,eujamaishaviasentidocheirotão bom como este, ocair de pingosd´águas sobre as plantas,agitavamcom velocidade achegada da chuva, o dia ficaria mais frio, e a noite prometia revelações promissoras, tudo aquilo me remetia a algo que já havia vivenciado. Mas a minha mente me traia, e eu não conseguia me lembrar. Afinal de contas, que lugar era esse, que casa ainda conservava portõesde madeira e chão de terrabatida,e que lugaremSão Luís podiachove temporaiscomtamanhacargade relâmpagos. As chuvas aqui eram tão intensascomo os seusventose os raios rasgavamos céuscomo jatos sônicos barulhentose perigosos. Os trovoescausavam medo pela força de seus sons e brilhos intensos.
  • 9. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter A chuva apertou com mais força, e os trovões, relâmpagos e os pingos d´águas faziam um barulho ainda maior do antes. Eu podia sentir a terra enfaroada, os caminhos de agua delineando pequenos córregos, e o cheiro dos jasmineiros sendo exalada para chamar os passarinhos. Aquele era o melhor perfume do mundo, a terra molhada, o cheiro que ela produzia. Aquilo era ao mesmo tempo aterrorizante e incrivelmente doce. Lamentavelmenteeunãopodiadesfrutade nada doque eraoferecidoporaquelelugar,poiseu estava amarado sobre uma cadeira de madeira, meus pés e mãos jaziam deliberadamente fixados contra o móvel e os meus ombro e troncos firmemente cerrados com fitas adesivas, imobilizado contrao encostodo assento.Eu permaneciainerte e aindasema menornoção de onde euestava,e odiae anoite eramiguaistodososdias. Euestavaperturbadoe desorientado, mais a minha mente procurava um caminho para uma possível solidez. Depoisde suachegadaaquelacasa,o meualgozficouemsilencio,nãodirigiunenhumapalavra em minha direção, pouco ligando se eu tinha fome ou sede, mas eu ouvir chegar próximo da porta do quarto por algumas vezes. Eu gritava por ele, mais não adiantava, ele voltava para a sala e ligava a televisão. Eu percebia que ele assistia ao jornal, cozinhava, tomava banho, e cultivavaasplantasemseujardim. Istoerafeitometodicamentee semprenosmesmoshorários. Acho que passei dois dias inteiros chamando por alguém que eu não conhecia e que não me respondia. Noterceirodiaalguémme ofereceuágua,ele acendeu aluzartificial,masaapagounovamente emseguida,nosdeixandonovamentenoescuro,colocouumcopode aguasobre aminhaboca, ele me fezbeberdescontroladamente,engasgando-meentre umgolee outro.Aofinal doúltimo gole de água,pedirpor comida, maiso silenciodomeuopressor, apenasbateuaportaatrás de mim. Mais umdiase passou e o cheirode comidacaseirame perturbavaoestomago,assimcomodas outrasvezes,soliciteiporcomida,poráguae porumacomunicaçãodireta.Maisomeuagressor se comportava como um fantasma. Ele era intransigente e frio, pouco solicito. Minutos depois, ele ou ela, não ei ao certo, entrou pela porta dos fundos e acendendo e apagandoas luzesnovamente, colocouopratosobre a minhapernae me alimentouporquase dezminutos.E apósterminada a minharefeição,elefechouaportaatrás de mime foi embora. E novamente griteiporajuda,chamei porele, ouelae lhepedirmaiscomida,maisaquelapessoa sem rosto, sem sentimento, continuou em silencio. E mantendo-me em cativeiro, prosseguiu com a sua tortura mental. Eu tentava me lembra daquele lugar. Geralmente as minhas percepções são extraordinariamente incríveis, sou do tipo de pessoa que se lembra de quase tudo, sou um ótimo analista. Mas aquele lugar ainda era uma incógnita, um segredo a ser descoberto.
  • 10. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Capitulo II Segredos LibertoS Uma Velha ConhecidA A luz foi novamente acessa sobre o pequeno cômodo e repentinamente dentro do quarto, observei a movimentação fugaz e pouco discreta do meu critico carcereiro, a escuridão ainda me incomodava bastante, e os meus olhos necessitavam ver alguma coisa, algo que não fosse apenas um terrível vazio projetado sobre a parede. Asvezesumlaminadoe pequenofacho de luzvindodajanela,quebravaaescuridãoque estava a minha frente, mas os meus olhos ainda enxergavam somente vultos. A luz apesar de bem- vinda, feria os meus olhos amiúdes, mais nada que lhes tirasse a beleza, aquilo era um alento para minha alma perturbada. A escuridão que antesenvolvidaoambiente,desfez-se terminantemente sobre os meusolhos e o quarto antes desconhecidopara mim, apresentava cores e texturas bem demarcadas. O estranho posicionou-se em pé atrás de mim e virando a minha cadeira a noventa graus, e reposicionando-aemdireçãoafrente porta, levantouomeurosto com um dos dedospara me defrontar, eu ainda não conseguia enxergar, a luz artificial da lâmpada, brilhava como um sol ardente em fogo e brasas. Infelizmente eu não o reconhecia, meus olhos viam apenas vultos, pedaços de um rosto anônimo e febril para a minha tímida memória, o brilho incandescente da lâmpada acima de mim, conseguia ferir ainda mais a minha retina empobrecida, um fator que apenas impossibilitavaaidentificaçãodoseurosto tenazque me encaravacomfriezae muitamaldade. Geralmente aquelesdoissentimentoseramapenasmeus,e sempre me soavamretoricamente agradáveis e amáveis. O seu ódio e a sua maldade podiam ser percebidos pela sua respiração profunda e amarga. Os seus batimentos cardíacos eram firmes e mordazes, algo tão indelével que pode servisto emsuaveiamitral esquerdaprojetadaem suagarganta,querendooseuódio salta para fora de seu pescoço, desejando devora-me de tanta raiva. O estranho foi em direção a pequenina janela, e abrindo-a decididamente sobre um sol provisionado, entre oito ou dez horas da manhã, puxou-a pelo ferrolho, escancarando-a pela sua folha solitária e prendendo a sua aba para não volta a fecha, em seguida apanhou uma cadeira velha que estava abandonada solitariamente no canto do quarto, e arrastando-a pelo seu encosto, posiciono o móvel corretamente a minha frente e sentando-se obliquamente de maneira inversa a minha direita. E interrogando-me vomitou alguns pares de palavras secas e indecorosas. - Lembra-se de mim..... - Você sabe quem sou eu.... - Seu lixo imundo...
  • 11. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Sua voz me causou um certo desconforto emocional,e ao mesmotempo, uma óbviaponta de nostalgia, minhas curtas lembranças efêmeras, fazia-me compreender a algo que ainda não estava claro para minha consciência fria. Sua agressividade foi instintiva, um tapa seguido de uma cusparada em meu rosto, deixou claro que o meu algoz não queria esticar muito as conversas. Sua pergunta nutria neste momento vil, uma espécie de atmosfera social que nos envolvia intimamente. E que em certo episódio comum nos correlacionava, um a vida do outro. Suas interjeições pareciam interligar as nossas vidas de forma mutua. Aquela pessoa agia como se me conhecesse a muito tempo, mas as suas silhuetas eram completamente desconhecidaspara o meu olfato e para minha visão, eu literalmente não a conhecia. Depois das breves palavras iniciais, ela não voltou a dizer mais nada, um silencio mórbido voltou a torna parte do ambiente que nos envolvia. Tudo estava claro, meu algoz era uma mulher, e sendo uma mulher, presumir que ela fosse alguém que tentei eterniza em minhas obras de artes. Mais nenhuma de minhas obras vivem, elastodasforam cuidadosamente mortaspormim.Entãoquem é ela. O que ela quer de mim. Aquela pessoa era alguém intrigante, só não era alguém que pronunciava muitas palavras. Curiosamente forçava as minhas retinas para identificá-la, mais os vários dias sobre uma escuridão intermitente,provocagravesferidasa uma retinacomprometida,comoera a minha visão. Arduamente os meus olhos amendoados, viam pouco coisa sobre o que o rosto dela deduzia, sua identificação ainda era dúbia. Mas apesar da minha forte descrençapor quem elaera, elatinha gravescrenças sobre que eu era. Tentei por várias vezes abri os meus olhos, para poder enxerga o meu carcereiro, maisas sombras sobre os meus globos oculares continuavam muito espessas e tênues. Os machucados e as vendas sobre os meus olhos colaboraram bastante para isso, e a dor na minha nuca parece ter afetado a minha visão. Tenho certeza que apanhei muito,antes de vim para este lugar. Mas como ela conseguiu me captura. Como ela me conhece. Minutos depois a porta a minha frente foi fechada de forma cordial, e novamente um silencio abruto e esguio tomou conta do lugar, eu estava sozinho e sobre o escuro. Horas mais tarde a porta foi aberta de forma rude e feroz, passos tímidos e silenciosos voltavam-se em minha direção, desta vez ela não acendeu a luz, foi quando um soco violentome tomou de assalto e alguns dentes e muito sangue foram expulsos de minha boca. Minha visão finalmente parecia estabiliza-se, as agressões colocavam o meu cérebro em funcionamento, agoratudo estavavoltandoaos poucos,e verifiquei que omeu algoz,além de ser do sexofeminino,eratambémestupidamente linda.Istoerainteressante,elaentãovoltou a se sentar sobre a cadeira de madeira, e olhando em minha direção, gesticulou palavras de baixo escalão e ameaçadoras.
  • 12. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter O diaseriatensopara mime meu carcereiro, seulongorabode cavaloamarradas pelastranças de seu próprio cabelo, agora me causava excitações sexuais mutuas e vigorosas. Seu jeito delicado de iniciar uma conversa, me agradou de maneira fantástica, mais o que me impressionou de verdade, não foi o seu jeito delicado de trata um convidado, foi um lindo mosaico formado na parede daquele quarto... O faixode luzprojetadopelajanelaaberta doquarto, iluminavaumaparte maiordo ambiente, e eu conseguia ver com mais detalhes quase tudo, tanto o rosto de meu agressor, quanto o grande mosaico que se estendia de um lado a outro da parede. Havia vários recortes de jornais, inclusive as várias fotos das minhas muitas vítimas e até os lugares aonde as levei para o triste fim de suas vidas. Aquilo era adorável, e fiquei feliz por alguémguardatempoe paciênciaparame cortejae adorar-me.E respondendooque elahavia me perguntado lhe disse. - Não a conheço.... - Mas vendo a linda pintura que você fez sobre este mosaico..... - Estou aberto para lhe conhecer melhor..... - Você deseja ficar linda como as minhas damas.... - Seja sincera..... - Observe que nenhum pintor renascentista..... - As pintaria tão bem... - Como eu as pintei.... - Sobre o chão dos casarões coloniais de nossa bela São Luís - Eu as eternizei querida...... - Nunca as matei........ - Eu apenas as dei uma outra vida...... Um sorriso demoníaco floresceu de maneira encantadora no canto esquerdo do rosto do prisioneiro.... Ea desejando,sugeriuumdeclive lascivode desejo sobreocorpoda carcereira.... A jovemmulherficouindignadacomomonstroque estavaemsua frente...Nãocompreendiaa mente insanade seuprisioneiro.... Comoalguémpoderiateralegria,observandotodasaqueles recortesde jornaistristes,somenteum monstroenxergariaarte ebelezasobre corposmutilados de jovens e inocentes moças..... Ele era um ser desprezível,umhomemamargo,umlixoemformade pessoa,quandolembroo que ele me fez, tenho desejos desprezíveis e cruéis, mais nada era comparado ao que ele já havia feito com todas estas jovens moças. A tarde estavaquase no fim,e o sol caminhavapara adormecersobre o RioBacanga, apesar de querermata-lomuito,aminhahumanidade me traia,e asvezesaté sentiapenadomaldito. No entanto, apesarde ouvirtodasaquelasinsanidades,fui obrigadapelaminhaconsciênciaairaté a cozinha para pegar o almoço e alimentar aquele animal.
  • 13. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter O toque do meu celular tocava legião urbana, e isto me fez desperta que as 14:30 teria que ir até a cidade paracompraalimentose materiaisdehigiene paraacasa.Antesteriaquealimentar aquele lixo de homem. Mais o que eu faria com ele a noite, traria conforto a minha alma. E retrucando ao toque que sonorizava em meu celular, ele repeliu.... - Você gosta de Renato Russo..... - Gosta de Legião Urbana..... - Você é mesmo adorável - Eu amo as música de Renato..... - Tenho todos os álbuns.... - E muito do que fiz as moças foi inspirado na musica deles.... - Flores do mal..... - Você conhece baby..... Ela achou tudoaquiloterrível,e não acreditavaque suas loucurasteriamrelação com a banda que elamaisgostava.Ela não admitiriaisso.Evoltandoaspalavrasque antesa reclinava,ele as proferiu novamente.... - As flores entre os ventres das meninas..... - São as flores do mal que Renato descreveu na musica..... - Não é lindo..... - Elas são as minhas flores querida..... - Todas elas...... - Minhas flores do mal.................... Elanãosuportariamaisaquelesdevaneios,não escutariamaisnenhumadesuasloucurasaquela manhã,chega...... elasabiaqueaquele animal precisavacomere até faze-losofre,causa-lhe dor e tormentosimprecisos,eranecessáriomantê-lovivoe sadio, ele teriaque estábemnutridoe cônscio. As dores seriam sentidas a carne viva. E voltando para a cozinha, preparei a comida e retornei para o quarto, prostrei-me sobre a cadeira,posicionei oprato sobre suacoxaesquerda e alimentei-o.Garfoagarfoele comiaa sua refeição e com um sorriso grotesco na cara, seus risos fortuitos e insuportáveis eram abomináveis, mais eu, tentava não me importava com as suas contemplações alienadas. As garfadas desciam até a sua garganta, as vezes eu o engasgava, outras a embolia com severidade, algumas outras o sufocava propositalmente, mais a maiorias das vezes eu as imprimiacomas mãos,comprimidoosseuslábios contraasua respiração,forçando-oaengolir a comida sofregamente. “O mundo não querqueeu seja um tolo, quer que eu seja uminsano” Rusgat Niccus
  • 14. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Mas mesmo lhe aplicado enfadonhos movimentos de compressão alimentar sobre a sua garganta, ele continuava com aquele sorriso maldito sobre o rosto. Minhas atitudes pareciam um tanto selvagens, mais aquele sorriso mórbido e cínico, incomodava-me bastante, e o meu estadode espirito,apósimprimir-lhesaquelasúltimasgarfadasque existiamnoprato,foramde um assentimentogutural nefastoe abrupto,o desejode rasga-lhesagarganta subiaem minha essência, mas minhas provocações assentias deveriam ser contidas e pacientes. Minutosdepois um sorrisopodre e nojento foi vislumbradointencionalmente paradentrodos meusolhos,e aproximandode mimele sussurroualgoinaudível,coisadesprezível,e próximoa meu rosto, ele cuspiu parte de sua comida sobre a minha face. Minha reação foi algo súbito, nervoso, efêmero e animalesco, o grafo em minha mão obteve autonomia,e emumsurtorápidode raiva,enfie-lheotalhe de trêspontasna mãoesquerdado meu prisioneiro intrépido, e enterrando o garfo ainda mais sobre a sua mão, retorcia-o apressadamente contraosnervose tendões,e fechando oobjetotacitamente,pressionando-o contra o braço da cadeira, rolei a 15 graus para leste, dobrando sobre os dedos do maldito. Um grito fino fugiu de sua garganta, e um palavrão pouco sutil foi repelidode sua garganta imunda. Seu hálito decrépito segredou palavras famigeradas e insidiosas, e as maldades inclinadamentefaceirasde suamentedoentia, desejaram-meumamorte talentosae sôfrega.A dor estampava-sememoravelmenteemseurosto,e oódioemsuafaladesejava-meaindamais maldades insanas,como a um bicho preso, solto pela primeira vez na vida,o animal tentouse contorcer sobre o móvel, sem sucesso mordia a própria para conter a dor. Eu nãosabiabemo que haviafeito,masafatode lhe geraalgumador,tranquilizava-meaalma, sentirporum breve momento,umalivioaopesode minhastristesaflições, omeucorpoestava mais sereno e os meus inquietos ombros plainavam mais soltos e leves, os meus pequenos quadris, também se aliviaram de minhas fortes dores, e solicitando um ardil, a minha atitude acabou livrando-me de meus muitos demônios. Um gatilho inesperadamente mental, foi despertado dentro de mim, um lobo voraz, antes adormecido,lutoufortementecontraagazelafrágil queme dominava, nestemomento,eusabia que seria capaz de causa dor a aquele animal, e era isso que eu faria a aquele monstro nesta noite. As minhas livres inclinaçõesfebris, agora o detinha sobre o meu comando, ele não era mais aquela fera sobre o descampado, nem aquele tigre feroz que perneava agilmente sobre suas pressas,ele eraagora,apenasumratoacuadosobre aminhaarmadilha,umvermesobre omeu grafo, um menino chorão apanhando de sua madrasta. Eu o tinhasobre o meudomínio,e o incluíaao propósitoda minhaautoridade,ele certamente sofreria nas minhas mãos, não haveria espaçopara piedades, e o meu ódio seria a única coisa que importaria. Depoisde suareaçãoimprovável,observeique podiaferi-lode verdade,aquele homem cruel podia sentir dor e ser ferido, e isso era fantástico.
  • 15. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Minutos depois, após apreciar a sua dor, retirei o garfo que estava cravado em sua mão, e imediatamente o enfiei novamente na sua outra mão, o seu grito de dor parecia terrível, mais indissoluvelmente eram música para os meus ouvidos. O deletei daquele absurdo estado de euforia, causava-me apreensão e desconhecimentos, eu não me reconhecia, aqueles atos me fizeram ter ideias ainda mais absurdas, e o prazer de machuca-lo, garantiam-me êxtases, nunca conhecidos pela minha natureza pacata. Minutos depois, subir agitadamente para a cozinha e de lá trouxe um balde abarrotado de bugigangas, muitas das minhas inúmeras ferramentas de cozinhar, estavam espalhadas ali, algumas perdidas a anos. Trouxe também o girau que ficava no fundo do quintal, e aparado sobre uma tolhade enxugarlouças, coloqueicadainstrumentodaminhacozinha sobre ataboa de madeira, perfeitamente enfeitada com os meus talheres e outras ferramentas. Os meuspensamentosnãome deixavamempaz,e todoselesimaginavamcrueldadesterríveis contra o meu algoz. Hoje teremosum animal na mesa de jantar, só não sabemos se ele será o jantar, ou se ele estará sentado à mesa. Uma pergunta tola ficou sem uma resposta plausível e mesmosobre as inúmeras reações que poderiam vir dele, os gritos de dor, seria a única coisa que me contentaria. No entanto, algo aindapermaneciacomas pontassoltas, seráque umanimal como ele poderia realmentesentir dor, uma dor de verdade, ouele estariafingindo, até porque,animaiscomoele,poderiamestá simulando uma consternação, e ainda está gostando ao mesmo tempo daquele cenário. Infelizmente nãotenhocomosaber, animaiscomo aquele cão, ensejamemoçõesdissimuladas e perigosas, mas uma dor visceral, algo tão forte, como o que fiz até agora, será que ele não sentiunenhumador, achoque sim,até animais comoele,devemsentirdor,e com ele issonão seria diferente, ele sentiria dor, mas acho que ele nunca admitiria. Vamos ver até onde ele suporta. Afinal ele é de carne e osso,e se cortá-lo,ele sangra que nem porco. Minutosdepois, semao menos recitar,agindotambémcomo a um animal,eufui arrancando as unhasdaquele infeliz, e uma a uma até completar as dez. Seusdedos estavamemcarne viva,e o seurosto,contemplava-mearduamente,aquiloerauma doação exígua de sofrimento, sua expressão de dor terrivelmente esplendida causo-me uma felicidade inesperada, eu simplesmente, nunca imaginaria que algo como aquilo, seria tão bonito, tão singelo e tão sincero. A sua dor ressoava como a um presente de natal. O calor tomou conta do quarto pequeno, e a minha adrenalina era igualmente parecido a temperatura absurda do ambiente, alguns copos de água aliviaram-me provisoriamente dos espasmos, mais não me saciaram terminantemente a euforia.
  • 16. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Resolvi então retirar a minha camiseta, ficando apenasde sutiã na parte de cima, ele esboçou sofregamenteumarisadafelizde cantode boca.Odesgraçado ironicamenteaindame desejava, maisissoera apenasoque ele iriaolhar,emseguidaenvolvi oseurostocoma minhacamiseta, e tentando sufoca-lo, imprimir toda as minhas forças contra a sua respiração, depois puxei o rosto dele para traz e usando a garrafa de água que havia usado para matar a minha sede, despejei lentamente sobre a sua boca e narina, afogando-o ligeiramente contra o tecido encharcado. A sua expressão de surpresa, esbouçada contra a face, causou-lhe ainda mais apreensão,isso podiaservistoemseusolhos,ohorroremmeuexercíciotorturante produziumedoaté emmim mesmo.Maiseucontinuava,minutosdepoisouviralgobastantepeculiarsairde suaboca.Eram exímios pedidos de perdão e de socorro. Parece que água causava pavor em meu refém. O desejo de respirar era maior, e o meu algoz pela primeira vez sentia medo. As minhas conjecturas morais estavam sumariamente suprimidas, ordinariamente aprofundadas contra o meu verdugo, não havia piedade ou altruísmo, o que me fez sufoca-lo ainda mais conta o seu medo, continuei despejando água sobre o seu rosto, foram quase seis litros inteiros de água sobre a camisa que envolvia a sua narina e vir que o resultado teve bastante êxito, o canalha estava apavorado. Osufocamentome garantiumuitoprazer,mais nãoeraobastante,euaindaodesprezava, talvez o quisesse morto. O tempo estava a meu favor e infelizmente todos os dedos dele também aguardando pela minha odiosa oitiva. Resolvi então dar um tempo para que ele recobrasse o folego, eu o queria acordado e lucido para o que promoveriacontraoseubelíssimocorpo.Horasmaistarde, depoisque ele recobrou oânimo, fizquestãoqueeleolhasse paraoque eutinhaemminhasmãos.Pegueiumesmagador de alho e usando-ovoluntariamentecontraa pessoadele,foi quebrandocadadedoque existia em suasmãos e pés.Um a um fui quebrando osseusdedose sem remoço, eume divertiacom as minhas novas habilidades. Agoraaquele homemde 1,75,ombrosfortes,físicoatlético,olhoscastanhos,e gozandode uma aparente saúde,chorava como uma menininha.Apóstrêslongashoras de tortura. Resolvi que iria inova contra o meu arrogante carrasco, e olhando para o meu arsenal de talhares e instrumentos de cozinha. Deleitei-me em escolher algo mais simples, porém, consolidado o bastante para causa-lhe mais dor. Asminhasmãosestavamaparentementehabilidosase comumapequenaajudadeumisqueiro, esquentei a base de uma colher, e virando as mãos do homem que um dia me estuprou, espalmei-a esticando bastante para cima, com palma da mão voltada para o céu do teto do quarto, e então finalmente as queimei, fizisso em suas duas mãos. Em seguida o fiz o mesmo emsua boca, e incinerandoalíngua dodesgraçado,usei o mesmoprocedimento utilizadopelo isqueiro.
  • 17. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Muito maisda metade de sualíngua estavaqueimada,e osseusdedose suas as mãos estavam em terríveis flagelos, o seu rosto também demonstrava graves agressões, as vezeseu não me continhae deferiasváriossocose muros contra o seurosto, aquele homem estavafamigerado e decrepito.Euosurravadiariamente,e nuncame cansava.Comida,eraalgoque aquele verme, apenas tinha uma vez ao dia, e depois que fui cuspida por ele, as vezes nem isso ele tinha. A segundasemanade cárcere denuncia bemo trapo de homemque ele ficou,não aparentava ser aquele animal que me atacoua anos atrás. Assuas risadasnão erammais as mesmas,e um declive significante de sua arrogância, foi facilmente denotada em sua frágil expressão facial. Seu olhar de superioridade baixou incrivelmente,e mesmo coagido e inerte, percebia-se uma certa desistência. Mais apesarde ter provocadotanta dor,eu aindaqueriamais,sua desistêncianãome causaria piedade, ele pagaria pelo o que ele me fez, e o que fez as outras mulheres. Nenhum canalha merece redenção, todos devem sofre antes de morrerem. A visãodo homemque via sobre a cadeiraera fantástica,o seusofrimentoeraesplendido,ele estava amordaçado, com um garfo enfiado em uma das mãos, a boca e a língua queimada, o rostotodomachucadoe osdedosdos pése dasmãosestavamemflagelos. Aquiloeraumavisão romântica de castigo, mais o meu corpo e a minha mente ainda queriam muito mais... Não era o meu propósito, mas acho que havia matado aquele infeliz, a cena ao abrir a porta, não erauma das maisbonitase nemera o que eudesejava,comcertezaexagerei nadose, fui à alémdomeulimite,e oque eraparaserapenasumatortura,acabouemumassassinato.Aquele quarto nemde longe lembravaos anos que vivi nele emminha infância. Quandoo vir daquele jeitopelamanhã,nãoacreditei que euhaviafeitotudoaquilo,observei que ele sangrouanoite toda e que deve ter sofrido até morrer. A cabeça caída de maneirairregular para o ombro direitodenunciavaalgoque apenas temia,e que nãoconseguiaacredita.Observei que nãohaviamaispulsoe oseucorpoestavagélido,frio como uma pedra de gelo. O quarto estava alagado de sangue e moscas, mosquitos e outros insetoscomeçavamaser atraídos pelasangria ainda fresca que eu promovi na noite anterior. Algo precisava ser feito, e antes que o corpo começasse a se decompor e a causar mau cheiro pela casa, eu precisaria me livrar dele. Mas primeiro eu arrumaria aquela bagunça, depois pensaria em como descartaria o corpo daquele monstro. Horas depois, tudo estava limpo, e a idaaté osupermercadolheoportunizoucompraumsacoplásticoenorme,alémdefitasadesivas e fios de amarrações.
  • 18. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter A volta do supermercado também lhes trouxe outras ideias, observei que existe um rio e um mangue próximo de casa, este seria um ótimo lugar para me livra do corpo deste ordinário,o cretino afundaria no rio, um lugar obvio para uma desova, mais improvável de ser localizado, aquele seriaumlocal aonde ninguémmaiso acharia, e para garantir que ele permanecesseno fundo do rio, pedras seriam amarradas em seus pés. Seu corpo foi devidamente preparado, envolvidocomsacosplásticos,seladoscomfitasadesivase amarradoscomfiosde nylon, nunca mais ele sairia do fundo do rio. Horasmaistarde,foi exatamenteassimqueprocedi,coloqueiocorponaparte traseiradocarro, sobre os bancos,e dispersandoocadáversobre orio Bacanga, observei ele imergiraté afundar lentamente em sua margem. O relógio marcava 03:16 da madrugada, o silencio terrível, amarguravaa minhaintimahumanidade,apenasosfaróisdocarro,asestrelas,orioe asarvores próxima de mim eram testemunhas do meu grave crime. E infelizmente eu teria que conviver comigo e com aquele segredo para sempre. Anajaraentãodeumeiavoltacomocarroe semolhaparatraz arrancouacelerandofortemente para a avenida dos portugueses, seu ódio por aquele homem não havia passado, nem o mau que ele lhe fezhaviadescansadoemseucoração,maispelomenos,elejamaisfariaalgode mau a outro ser humano novamente.
  • 19. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Capitulo III Um Fato ImprováveL A Ressureição do MaL A noite aindaestavaenvelhecendo,e antesde morrer,vencidapelaclaridade,omal ressurgiria das águas do rio Bacanga, o sol apesar de inevitável, ainda teria mais algumas horas para percorrer o espaço, antes de nascer no horizonte. Algo inacreditável ou planejadopor algo do mal, colocou sobre as aguas do Bacanga, dois jovens pescadores, que ao recolherem as suas redes, fisgaram algo extremamente pesado e incomum, ambos puxavam com força e curiosidade aquele objeto, e com sucesso resgataram para dentro do barco o estranho embrulho. Extremamente habilidoso,umdosjovensrapazes,usandode umafacaartesanal,cortaramcom cuidadoolacre e abriramoembrulho,começaramirrompendoprimeiramente aparte dafrente, as pedras que amarravam as suas pernas foram cortadas e jogadas de volta as águas, e o que não era umasurpresa,foi revelada,oembrulhotinhaumcorpohumano, incrivelmente haviam sinaisde lutaque rasgarammetade dosacoplásticopelaparte de dentro,aquilosinalizava uma tentativa de rasgar o saco. Um fato que surpreendeu os pescadores, provavelmente ele ainda estava vivo, quando foi embrulhado. Infelizmente paraos pescadoresaquiloeraverdade,o homemestavavivo,e abrindoos olhos, aquele terrível homem, tomou a faca de um dos jovens, e os esfaqueou brutamente, ambos atingidossobre o pescoço.O homementãoos devorou,e como a um leão,hora consumiaum, hora consumia o outro, regozijando-se de sua fome. O dia havia raiado, e o sol ardia fortemente sobre o barco aonde estavam os dois jovens pescadores.Asvítimas estavammutiladas,desfiguradase quase irreconhecíveis,foi assimque um outropescadorlocal,descreveuoque viunaquelamanhã,este pescadornavegavaem uma jangadado seucunhado,quando avistouaquelapequenaembarcoàderiva, que batendoforte contra a barragemdo Bacanga, ora afugentava,ora organizavaa duplade urubusque pousava sobre o barco,a embarcaçãose encontrava do ladoaonde rioencontrao mar,em seuestuário, e talvez por isso ele encalhou sobre a barragem e foi em direção ao mar. Quando se aproximou viu uma imagem terrível, algo extremamente animalesco, nunca visto antespelosolhosdaqueleexperientepescador.Umaimagemdantesca,algoparecidocomofim de mundo. Um terror palpável que só se via nas telas de cinema. Haviaalgo parecidocomhomens,oupelomenos oque restavade homenssobre aquele barco, ambosestavamabertosdagargantaaté oabdome,eosdoisnãopossuíamseusórgãosinternos, obarco estavaservindotravessade banquete paradoisurubusquese alimentavamdoshomens mortos, enquanto que as partes de seus pés e braços pendurados para o lado de fora, eram devorados por peixes que constantemente beliscavam e tiravam pedaços de seus restos mortais. A cena era horrivelmente temerária e assombrosamente demoníaca, o que fazia o velho pescador se perguntar....
  • 20. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter – Quem em nome de Deus… – Seria capaz de fazer aquilo... – Com um outro ser humano... – E porque fazer aquilo... – Qual o propósito... Minutos depois de ter avisado outros pescadores, a polícia também foi acionada, o corpo de bombeiros também foi chamado, e horas depois uma multidão de curiosos, a TV Mirante e a Difusora, cobriam e narravam os novos fatos terríveis que abonavam de assombro a pequena ilha, antes chamada de amor, televisionada agora pelo jornal nacional, de a ilha do terror. Durante váriosdias,os noticiários de televisão, apenasfalavamdestecaso,maisospoliciaise a justiça, apesar das investigações e dos vários meses de interrogações contra os possíveis suspeitos, nadafoi descobertoe apurado, oautordaquelecrime bárbaro nuncafoi identificado. Muitosanos depois, algosemelhanteaque aconteceuaosjovensnaembarcação, ocorreu com uma jovem, ela havia sido encontrada morta na praça dos poetas, próximo ao palácio do governo do estado do maranhão, ela estava estripada e sem muitos dos seus órgãos internos, as unhas haviam sido arrancadas, a boca e língua estavam queimadas, e os seus olhos foram extraídos cirurgicamente, havia também uma flor artesanal costurada em seu ventre, a vítima foi amarradae penduradanoapoiode mão, peloladode foradasacada,como corpoprojetado para a beiramar,elausava um vestidode crochê e nassuas costa sobre a pele estavaescrito.... - Eu nunca gostei de você....... - Eu sempre te amei................ - Minha doce e querida Ana.... Até hoje ninguémsaberealmente quemé ajovemdesconhecida que foiterrivelmente estripada naquelapraça,umnome curtoe simplesque apenasocriminoso ousouchamarde Ana. A polícia temuma pistade quemseja oassassino,maisodonodoblogger,dosperfis,dosheterônimos e dos livros que foram postados e encontrados em uma rede social, nunca foi localizado.
  • 21. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Capitulo IV 34 Anos AnteS Os Dez Sinais da MaldadE Aquelamanhãde quinta-feiracertamente nãoseriaumdiacomum nacidadede SãoLuís,muitas pessoas possuem dificuldade para se encontrar na vida, não sabem que profissão seguir, que pessoa devem namora ou casar, que pessoas devem eleger para se tornarem amigos, ou que roupadevemvestirparairàmissanodomingo.Estascoisasdeveriam seralgofácile corriqueiro, mas neste mundo vazio e pré-formatado, ainda existem milhares de pessoas que possuem dificuldadeaté paraescolheroque vãocomeremdeterminadodiadasemana,algoque deveria ser relativamente prosaico e fácil. A vida é algo admirável e abundantemente incrível, mas também é efêmera e rápida, excepcionalmente, muitosnãoviveramde verdade,apenaspassarampelavida,algunsmilhões destes, somente descobriramque estão vivos, quando estiverem próximas ou diante do seu próprio leito de morte, infelizmente a grande maioria das pessoas na terra já se encontram mortas, mas muitas delas, nem sabem que issojá aconteceu. São como zumbis,mortos vivos, gente que apenas levanta pela manhã, comer a tarde e dorme a noite. A vida é um luxo que poucos sabem aproveitar, o sol nasce para todos, porémé precisosaber curtir a vidasobre a sobra de um coqueiroque margeiamuma mangueira.A praia é igual para todomundo,masmuitosde nósjamaisentraramnomarpara saborearo gostode águasalgada que respinga no rosto. É triste,maismuitosapenas passarampelavida,masnãoaviveráde verdade, é quase certoque muitosde nós, talvezaté saibaque estána terra, que isto não é um sonho,mascomo a vida, é algo que nos predispõem a riscos, como andar de montanha russa e se jogar de paraquedas, muitos possuem a certeza que já perderam a viagem. Eu, no entanto, vim para este mundo a passeio, e como viajante, jogo-me de cabeça em tudo que me satisfaz e o que me faz bem, a minha mochila está cheia de adrenalina, e fervendo como o inferno, vim para viver uma boa aventura. Quando eu tinha apenas quatro anos de idade, eu já sabia o que eu era, e o que eu queria da vida, meus pais sempre confiavam muito em mim e em meus irmãos, contudo, eles sucessivamente amavammaisaosmeusirmãos,todostínhamosna medidadopossível,tudoo que queríamos, apesar de saber que todos tinhamum horrível medode mim.Infelizmente,eu sabia de todos os pecados tórridos e doentios que eles possuíam, e como pecados são delicadezas que os demônios nos presenteiam, eu nunca me neguei a aceita-los. O meu corpo era de uma criança de quatro anos, maisa minhamente e a minhaalma era algo muitovelho e maisantigoque aprópriaterra. Felizmenteeujáolhavaosoutrossereshumanos como uma caçar a ser predada por mim. Eu tinha algo dentro de mim que não era normal e desde de novinhojá sabia que o ódio e o assassinato seriam para mim, como um presente de natal.
  • 22. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Nuncafui umapessoaindecisa,sempre tivecertezadaminhanaturezacruel.Nestaquinta-feira acinzentada e chuvosa tive uma fidúcia do que o meu ser era realmente feito, nada era tão terrível quanto eu mesmo. O mal não era nada perto do que eu sou, pois tenho a escuridão dentro do meu coração. Hoje observei sem querer pela janela de meu quarto o meu vizinho, ele atirava pedras em direção a uma arvore com a ajuda de um estilingue, a sua intenção era atingir o ninho de um passarinho, a baladeira em sua mão foi assertiva, os seus quinze anos de idade, haviam derrubado o ninho e os seus filhotes, junto caiu também o pequeno sabiá. O animalzinho estava tremulo e atônito com a pedrada, ele havia tido êxito, mais o bobão sentimental, parecia arrependido do grande feito, o seu rosto rapidamente enchia-se de lagrimas, e um som fino de tristeza revolvia da arvore até o meu quarto, resolvi descer para ajuda-lo, aquilo não era algo tão ruim, o animal penoso estava mais do que atordoado, o ferimentopromoveu-lhe ummachucadomortal,a pedrada que ele deferiucomo estilinguefoi algo majestoso, crianças sabem ser malévolas quando querem pratica iniquidades. Eu sugerir que ele desse fim ao sofrimento do animal, mais ele não estava disposto a fazê-lo. Olhei friamenteparaosseusolhos,sorrire acaricie oseulindorosto, então,eutomeiainiciativa, peguei umapedraenormee golpeandoumasseisvezescontraacabeçadaave,a esmaguei sem piedade. O garoto perto de mim ficou absurdamente horrorizado e ainda em estado de choque, o seu choro seguia descontrolado, tentei tranquiliza-lo, mas não havia muita coisa a se fazer, eu porem, estava completamente entusiasmado, sorridente e muito feliz, ambos estávamos enlambuzados com o sague da ave, mas somente eu sentia felicidade, o meu sorriso assemelhava-seaumlouco emumparquede diversão feitoparamaníacose colapsados.Aquele talveztenhasido o meuprimeiroassassinatoasangue frio,e desde de entãoeu já sabia quem eu era. Eu era um assassino de natureza e convicção.
  • 23. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Capitulo V Ana VeronicA Minha 1° VitimA Eu era como um lobo entre as ovelhas,um cão entre os gatos, uma coruja entre os asnos, um insanoentre aspessoasinocentes. Verdadeiramente aindasouumapessoacomum, umanimal com hábitos,um homemsocial,um ser talvezdócil e altruísta,mas aindaassimum homemde convivênciacomume muitonormal.Souagradável,sorridente,gentil,amávele feliz.Tenhoum bom emprego, tenho muitos amigos, tenho uma namorada, curso mestrado em sociologia e pretendo ter família, uma bela família. Indubitavelmente,é claroque tenhodefeitos, estourepleto deles,cobertoporerros e cheiode todos os pecados que mazelam a humanidade humana de um ser comum. Possuo defeitos inerentes ao meu caráter, a meu emocional, a meu comportamento e a minha ética. Estas minhas qualidades e estes meus defeitos de um modo todo inconsciente, são todas vis, detestáveis e biltres.Talveztodaselas,sejam umapiordoque a outra,mas todassão insanase permitidas.Soudotadode falhas,tenhominhasfraquezas,meusfracassos,minhascontradições e até os meus vários paradoxos filosóficos e existenciais. Tenhocomposiçõeshumanassimplese muitasintemperesbanaiscomotodomundo queresiste e existe emnossaespécie,emumacondiçãohumana.Soufrágil,soudócile doce, maistambém sou fugaz, feroz e muito agressivo. Todos os meus defeitos são perfeitamente ordinários, e é claro que alguns deles são um pouco mais ácidos e mais truculentos do que outros comportamentos que ser ver na sociedade. Um detalhe, um fato ínfimo, ou um desarranjo, por mais pequeno que ele seja, este detalhe, aindaserásomente omeueu,e é istoque podedeterminarosermortal que euera,justificando o ser fatal que eu me tornei, uma característica intrínseca que pode se torna algo destrutivo para uma ou mais pessoas que se arrisque ou pretendem atravessa o meu caminho. Estas proeminências são apenas minhas, e sendo minhas, eu me considero humano. Asvezestenho algunsapagõesmomentâneos, lapsosmentaistemporais, apontamentoscurtos de algoque vivi de forma inconsciente, umerro de registro mecânico,formulado e organizado pela minha frágil memória. Estes lapsos as vezes podem dura minutos, horas, dias, ou até semanas, é bem verdade que quando isso acontece, os reflexos físicos em meu corpo são extremamente drásticos, mais eu os absorvo. Quandotenhoestaslacunasvaziasemminhamente,omeucorposempre manifestaasmesmas reações terríveis, algumas são dores cabeças, dores nas costas, dores na barriga, dores de ouvido, vômitos intensos e ansiedade extrema, as vezes sempre lembro-me de alguns fatos efêmeros, pedaços de cenas reais, ou de ocorridos parciais, que em tese deveriam ser controlados ou nem manifestos.
  • 24. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Todosnósdeveríamossercapazesde controlarosnossosimpulsose emoções,masnavidareal, as vezes isso não pode ser feito, eu pelo menos, não a controlo totalmente, e por não ter controle destessentimentose nemde mimmesmo, torna-se obviaaminhainerciasobre afera que sou dentro do meu cérebro. No entanto, é claro que a maiorias destes fatos acabam por ser esquecidos, e muitos destes lugarese fatospor onde andei e vivi estaoutravida,ficamapenasregistradoscomoreflexosde um sonho, ou representações de sombras de algo que jamais viveria se estivesse acordado dentro de mim mesmo. Quandoconheci Veronica, eudeveriaterentre 21e 24 anos,nãosei aocerto,mas àquelaépoca, eu aindanão haviamatado ninguémparavaler,pelomenos,nãodo jeitoque euqueriamatar, ou pelo menos, um ser maior que um pássaro, ou um cachorro, ou seja, um ser humano, pelo menos, não do jeito que eu planejava matar, ou como ansiava matar. Havia alguns anos, desde a última vez que matei algo, alguma coisa,ou mesmo alguém, desse último relato não tenho certeza, no entanto, lembro-me que a Ana Leticia e o seu lindo namoradinho foram apenas uma forma de treinamento promíscua, então não conta como assassinato,contamcomoacidentesprovocados e é claro, osanimais domésticos davizinhança e alguns poucos animais de minha casa, também sofreram com a minha ansiedade macabra e os típicos acidentes. Durante a fase adulta, não me recordo de ter matado ninguém,disse eu tenhoquase certeza, porém, é algo que deve ser revisto. Pelo menos o meu cérebro, não me fazia relatos de algo recente,ficaclaro, que eue o meucérebrosomosbons amigos,anda corriqueiramente, muito com ele,e sei que ele é péssimacompanhia e uma ruim influencia para mim. Mas eu o adoro. Lembro-me também vagamente do pequeno Bruno que empurrei da escada de degraus mal feitos e ligeiramente altos que existia na casa de um de nossos parentes, foi na festa de aniversário daminhatia,masestefatonãoconta,aliais,nãofoiumamorteimediata,elemorreu depoisde cincodiasinternadonohospital, e eusei,nãofui tãoeficiente,e me envergonhodeste pequeno erro, afinal matei aqueles animais por diversão, e o Bruno, a Ana e o namoradinho porco dela, matei por oportunidade e ciúmes, e estas três últimas formas de matar não contabilizam para mim. O que euqueriaeraalgomaissofisticado,maisplanejado,e maisenvolvente,eudesejavamatar com as minhas próprias mãos, mas também sou obcecado por uso de navalhas e fios, e isto é algo que desejo praticar e aprimorar um dia desses. Aquilo era algo que eu queria muito, meu desejo de mata estava apenas começando, e este desejomacabroacabou florando de formaviolentaquandovira doce Veraem uma sorveteria nesta sexta-feira pela manhã.
  • 25. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Asnoitesdeste fimde novembro repetiam-se comoumafotografiadigital,sempreescurecendo mais cedo do que o habitual, o sol estava com presa, e ele nos deixava sempre as 17: 36 da tarde,e comoerade se esperar,osúltimosdiasdestemêsaqui nomaranhão,ininterruptamente choviarepentinamente,aruade Santaninhaemparticularficavavaziae muitoalagada,emdias de muitasprecipitaçõespluviométricas,aruamaispareciaumrio, comcorrentezas fortíssimas, mas as comprasde natal e de fimde ano,iriam mudareste cenárioa partirda próximasemana, quando todas as ruas do centro ficariam lotadas de clientes e ambulantes. Aquelaeraumaoportunidadeperfeita,e comojáhaviamapiadoarotinade Veronica,sabiaque ela ficaria exposta e sozinha na rua da paz. Ela sempre comprava o mesmo sabor de sorvete, ficavade deza vinte minutosconversandocoma donadoestabelecimento, asenhoraElizabete Moreira, metodicamente, Veronica retornava para a sua casa, trinta minutos depois. Seutrajetoeraumpouco ordenado, semmudanças,ouerrosde percurso, elatransitavasempre pelasmesmasruas, conversavacomasmesmaspessoas, e usavaquase sempre amesmafitade prenderoscabelos, geralmenteelacaminhavaentrearuadosol, desciapelaruade Santaninha, e finalizavaoseupercursona rua da paz. Um belíssimo percursoparaum ser estratégicocomo eu. O bomsinal é que elanuncase viravapara trás, osseusolhossempre estavamvertidospara frente, focado os ouvidos a música alta, emperlada pelos fones de ouvido. A presa era algo fácil, então resolvo ir atrás do meu presente, em minhas mãos já estavam a minha navalha e os meus fios e fiapos, e como costumava brinca com eles entre meusdedos, fazia desenhos diversos e divertidos. Neste intervalo de tempo, além daquela brincadeira de criança que distraiaaminhamente,eu iaplanejandocadapassode meuataque.A suagarganta logo seria rasgada pelos meus fios, e o seu sangue logo iria colorir alegremente as pedras de cantaria da rua da paz. A rua do sol é um lugar muito bonito, mais ela sempre faz sombra na maior parte do dia, e os prédios que ali existem no quarteirão, quase nunca são irradiados pela luz artificial durante a noite, as edificações coloniais jazem abandonadas e o merecimento de sua beleza deixam de encantar as pessoas, sem o sol da rua do sol, o seu brilho fica apagado pela luz natural, sendo apenas bajulada inertemente pela iluminação artificial. Nuncaentendi omotivoreal de seu batismo,maisopovo é sempre paradoxal e irregularmente desprovidode coesão. AnaVeronicanemsentiuquandocheguei a seulado,e minutosdepois, ela estava presa em meus braços, e fatiando o seu pescoço com os meus fios, fui drenando a vida de seu corpo, aquilo foi algo feliz, ver o seu sangue, sufocando-a até morte.
  • 26. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter A rua de Santaninhanão era mais tão santa, elame viu passar e persegui aquelapobre almae não fez nada. A rua da paz, não terá mais paz, pois eu coloquei o caos sobre a ordem que ela conquistou durante estes anos. Suas pedras de cantaria não são mais oblíquas e sem cor, pois eu as margeiem com o meu vermelho insano e biltre. Infelizmente,nãotive tantoprazer,ela não foi um desafio para mim,quase não houve reação, suas pernas brincaram sobre as minhas, e os seus braços espernearam tanto que quase sentir vontade de rir. Minha ação foi rápidae viril,primeirotampeiasuaboca com as mãose a sufoquei lentamente, o que lhe causouum desmaio,depois useiosfiosque estavamemminhasmãose osentrancei, enroscando-oemseguidaemseupescoçoe adiante afatiei comos fios,usandoa sua garganta como referência tênue de meu projeto, ao final o seu pescoço ficou sobre flagelos. Fui terrivelmenteíngreme,incrívele mordaz,elaestavaemcarne viva, assuturaspromoveram algo tão profundoque nenhumafacadomundofariacortestão perfeitose tão iguaiscomoosmeus fios. Nem precisei recorrer a sutura lateral. Minutos depois, já com a navalha nas mãos, retirei parte de seu útero e em seguida também retirei os seus dois rins, coloquei sobre as minhas mãos e os deslumbrei fascinado. Hoje terei uma refeiçãodignade umrei,pois a minhaamada AnaVeronicase entregoua mimcomo uma rainha, seus pelos quatorze anos de vida nunca mais se repetiram, ela ficaria eternizada com esta idade em minha mente até o fim de minha vida.
  • 27. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Capitulo VI Ana CarolinA Minha 2° VitimA Ana Carolinaerauma mulherradiante,umseradmiravelmente esplendidoe possuidorade um exuberante senso de humor e carisma. As suas qualidades infinitas, destacavam-se sobre as minhasquase inexistentesatribuiçõesaltruístas.Omundoafirmativamente nãofabricavamais mulherescomoela,e mesmo emmeioatantasmaldades,egoísmos,individualidadese apoucas compaixões, ela conseguia amar, ter paixões, ter zelo por um outro ser humano, e isso era incrível. Geralmente aspessoasque me cercavameram mais vaziasdo que as ruas do centro da cidade de São Luís, e os meusmuitoscompanheirosde faculdade e de trabalho, eramterraseca, areia infértil,pertodoqueelatinhacomo essência,muitosdosamigosque aindapersistiamemminha vida, eram ainda maisvaziosdo que a minhatriste rua dos afogados,as madrugadas chuvosas e frias de uma segunda-feira, mais assemelhavam-se a um deserto de sal. Eu estava diante de ser humano único, ela era alguém de sentido diverso, ela era alguém especial, talvez um anjo, talvez um demônio, mas sem nenhuma dúvida, eu sabia de suas especificidades,nuncaemtodaa minhavida, euimaginariaque alguém comeste formato,com esta sensibilidade, pudesse existir, jamais poderia crer em alguém como ela. Nuncacogitei apossibilidades queemalgumdiade minhavida,pudesseconheceralguémcomo ela, indubitavelmente ela era tudo o que eu queria para mim, ela era algo distinto, um ser sublime, um ser magico, feito somente para a minha existência. Ela era alguém que jamais poderia sonhar, mesmo em um sonho bom, mesmo em um sono profundo,onde tudoé possível,eujamaisteria umsonhotãobem sonhado comoo que elaera para mim, e eu sei que jamais a produziria em minha mente, mesmo que eu desejasse isto. Nunca em meus muitos sonos, jamais poderia ter conhecido alguém como ela, mesmo em minhasfantasias,eujamaisteriaalgo como ela,sei que esse tipode amor não existiria, elaera um ser inimaginável, um ser proparoxítono, algo enviado pelos deuses para mim. Ela era algo que podemos considera um ser único sobre a terra, um produto de linha estupidamente caro, uma produção rara, algo muito escasso de se ver na nossa existência, alguém que nasce inusitado em meio as muitas copias repetidas, algo extraordinário em meio aos milhões de seres humanos que nascem todos os dias sobre a terra. Ela possuíauma perspicazemocional exótica,suasingelezaerafluida,e asua estéticafísicaera expendidae lindíssima,asuabelezatemperavaalgoúniconosemblante torpe de minhaínfima humanidade triste. A sua vagarosa calmaria, causava-me paz interior e os seu olhos meigos e pequenos, faziam-me ter fé na vida.
  • 28. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Os seus olhos tímidos e vis sempre me faziam viajar por terras ariadas e a sua boca languida, tênue e doce,causava-memórbidosdesejoslascivos,umaconjugação estranhade sentimentos, conflitostorpestalvezonerados domeupróprioserfrioe nefasto.Assuasfeiçõesde menina,o seudorso de uma quase mulherprovinciana, denotava-mecobiçastórridas,todas relacionadas a sua extrema beleza e individualidade,não havia um só dia em que as suas curvas femininas, promovesse veleidade em minhas insanidades. AnaCarolinaeratudooque eunãoera, sintetizandotudooque eudesejariaterde umamulher, ela possuía todas as qualidades que eu não tinha, e carregava todos os sentimentos que eu jamais poderia ter, ela era uma linda mulher, muito educada e extremamente verdadeira. O tempo foi uma razão ordinária no equilíbrio de nosso relacionamento e apesar de termos namorado por apenasonze meses,nossarelação nos proporcionou uma experiênciauniforme única, sendo exótica, maravilhosa e singular em nossas vidas. Em nossoromance torpe, as equivalências emocionais,transacionavamcom velocidade, nossa ingenuidadeeraalgo estupidamentealgoz,tudoeramuitointenso e muitoperigoso,e amaioria dos fatos que envolviam o nosso romance, acabava acontecendo de forma ininterrupta, integralizada e equacional. A gente nunca se entregavaa rotina,o medoera algo praticamente obsoleto, fazíamostudoo que era permitidoe o que também não era permitido, geralmente vivíamosde formaabertao nosso amor, não tínhamos regras, mas infelizmente tínhamos muitos segredos. Eu principalmente tinha milhões de segredos escondidos, a mentira era algo que usava como arma, e para caçar, a mentira era fundamental, essas mentiras existiamem todos os aspectos da minhavida,tudopraticamenteeraumamentira,somenteomeuamorerareal e verdadeiro. Todo o resto, era irreal, uma farsa, uma mentira. AnaCarolinanãome conhecia de verdade,jamaissoube quemeuera,elaestavaaoladode um desconhecido, convivia com um homem estranho, alguém alheio e sujeito a insanidades, um invasor,um inimigoperigoso,umalgoz mordaz. O tempo era algo voraz,e sem saber de nada, a jovemdormiae compartilhavaavida com um monstro,eu era um ser incógnito, umvil ardil, um nômade recluso, um animal sedento, um anônimo mortal. Eu até fui feliz ao lado dela, mas como toda felicidade, como toda paixão e como todos os desejos existentes nesse mundo, tudo fica muitoefêmeroe colapsado. Não importa o quanto desejamos manter a vida sobre controle, ela sempre nos descontrola e nos torna um idiota. Neste entendimento quase emocional do meu espirito vazio, havia pouca inexistência de equilíbrio social, uma parte de mim sorria, outra parte chorava, uma outra apenas entristecia, mais a maior parte de mim, gargalhava de forma demoníaca. A minha parte sóbria, estava sufocada,aprisionadae encarceradapelodomíniodomal que habitavaemmim, haviaumaluta terrível emminhamente,maso meu espiritosupostamentebondoso,eralogoaniquiladopelo o meu lado malvado.
  • 29. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Algome causoumuitaestranhezamental,euhaviapassadomuitotempocomelae nãodesejei matá-la.Mais issotambémpassou e não demorou muitopara que a minhapossível paixão,ou amor, tomasse rumos desconhecidos, tudo estava obscuro, nebulosos e ádvena. Todos eram sentimentos que as vezes moravam escondidos dentro de mim, emoções que as vezes eram desconhecidos até para mim mesmo, comiserações confundidas com humanização. Estranhamente, algumas semanas após a estes lapsos confusos de sentimentos, um equilíbrio breve, tomou posição em minha mente, eu estava sóbrio, completamente liberto de minhas insanidades sequestradoras, alforriado do meu dominante carrasco, ou seja, livre de mim mesmo. Tudoagora pareciatenderpara uma estabilizaçãoemocional, permanecendoosmeus pensamentos e os meus sentimentos sobre o meu total controle. E isso, deveria continuar dessa forma, muito pelo amor que eu tinha a ela, e menos pelo desprezo que eu tinha de mim mesmo, tudo por ela, tudo por minha doce Ana Carolina, tudo pelosentimentoinédito que se moviadentrode mim.Eera exatamente porcontadesse amor, que eu deveria continuar sendo dono de mim mesmo. Mais certosanimaisnuncasão domesticados, algunshábitosnãomudame pessoascomo meu tipode caráter, jamaisse modificam.A maispuraverdade deste mundoé oque algunsanimais nunca evoluem, permanecendo estáticos na cadeia biológica. O que existe de concreto, é um certo controle, uma calmaria momentânea, mais nunca há um adestramento, uma mudança real, um acerto em desacertos. Naquele mesmo dia, horas mais tarde, outros sentimentos estranhos e desejos imundos, caminhavamde formabiltre na superfície das minhasemoções, sacrilégiosinsanos,distraiama minha mente imatura, e junto a isso, um forte desejo de matar, renascia novamente dentro mim.Uma lástimaconhecida, acompanhava-me freneticamente,volvidasobre ovazio,revolta a respeitode meuabismopessoal.Algoinumano,tumultuavaomeuímpio, contornavaaminha concupiscência, profanando o meu desejo carnal. Eu conhecia bem aquele castigo, um cálice antigo, um fel ébrio, um tumultuador implacável. Aquele sentimento sempre me manipulava e aquilo me acompanhava desde as primeiras infâncias da minha existência. Aquelalástimaancestral,demoníacae promiscua,sempreaumentava,elajamaisdiminuía.Edia após dia, eu a sentia revolvida dentro de mim, domando-me tacitamente, controlandoo meu espirito, assumindo de forma literal todo o meu ser. Em poucosdias,osmeusanseios,asminhas vicissitudese veleidadessemprevenciamasminhas benevolências comportamentais ditadas pelas regras sociais voltadas para a coletividade. A minhaindividualidadeanimalescaeratriunfante,e elassempre acabavindoem primeirolugar, antesmesmoque oamor, antesmesmoque apaixãoe antesmesmodela, AnaCarolina, omeu únicoamor,a minhaúnicapaixão, umamorque talvez,emtodaaminhavida, nuncatenhatido, ou nunca tenha sentido de verdade em minha desprezível existência.
  • 30. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter O bar da Firminaera o nossolugar preferido, músicaboa,pessoasinteressantes,muitacerveja geladae algunsamigosparaconfraternizare festejar.Aqueleambientenospropiciava aarte de transar sem nos preocupar com apontamentos desnecessários e rotineiros. Transar era um esporte muito bem-vindonosfins de tarde,principalmente,logoapósumdiainteirode trabalho estressante no escritório de empréstimos em que eu trabalhava. O fantásticodessasboaslembranças,é que elasempre me faziagozae viajar,aquiloeramelhor do êxtase,maconha,lançaperfume oucraque.Agentegozavade formagostosa,nossaquímica era algoúnico,eu com a minhaviolênciaexageradae elacoma sua submissãoexclusiva.A sua boca e a sua língua eram algo inumano, ela me sugava de maneira divina, o que no final, resultavaemum espermagrosso,transparentee quentinho,umleitinhosempredegustadoem silencio por ela. Nossolugarpreferidoparatransarera umgrande banheiroemestiloneoclássicoe colonialque ficava na parte de baixo do casarão, fazíamos de tudo, não tínhamos frescuras com as nossas trepadas, maiso sexooral que elapromoviaem meupêniseraalgo sublime,maiseusempre a recompensava, colocava-a de quatro sobre a banheira e a penetrava com muita força e selvageria, empurrava com força e violência, repetindo destramente as muitas palmada sequenciadas, deferidas propositalmente em sua bunda branca. Durante estes devaneios loucos que vida sexual a dois proporciona, o exagero era uma constante,mordidas,tapas,socos e algunsgolpesespalmadosasuas costas,eram deflagrados semnenhumpudorou benevolência,aquilome excitava,machuca-lasóme davamaisprazer e terror. Aquiloeratão intensoque o meupênis ora estavadentrode sua vaginae ora estavadentrode seu ânus, eu sempre intercalava as penetrações, um fator que lhe provocava dores, choros e muitospedidosdesesperadosparaqueeuparasse,maseunãoparava,depoisqueestavadentro dela, eu somente pensava em enfiar-lhe com mais bravura e maldade, não importando se a machucava ou a feria. Eu era um animal indomável emcimadela,cão dosinfernosqueimando sobre a sua genitália inocente. Neste processo louco, hora enfiava-lhe na vagina, hora lhe enfiava no ânus e assim gozamos todasas noites,sempre e durante assextas-feiras.Àsvezes,astransasrolavamtambémnalaje ou no terraço deste bar, mas o banheiro era o nosso cantinho preferido. Outras vezes porem, fazíamos no escritório da empresa em que eu trabalhava, usávamos o banheiro, a sala de negociação, o refeitório ou a mesa do computador. Quando estávamos inspirados, fazíamos sexo na praça benedito leite, no parque do bom menino, na praia, no espigão da ponta da areia, dentro do ônibus, no banheiro químico do reviver,napraçado reggae ou em umarua qualquerdocentrohistórico, bastávamosestaafim, então fazíamos sexo sem pudor ou culpa.
  • 31. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Em nossos sexos atrevidos, fazíamos de tudo e praticávamos em qualquer lugar, desde que sentíssemos vontade de fazer amor, ou fazer sexo. É claro que ela fazia amor, eu apenas fazia sexo, mais as vezes sentia amor por ela. Ela realmente foi uma de minhas loucuras, um sonho dentro de minha realidade vazia, uma florestaemchamasemmeugrande riogelado.Mashaviaalgoque sempre tínhamos emmente e que as vezes era inevitável não fazemos em nossas loucuras inanimadas. Apesardocomportamentoadolescente, tínhamosidadede sobrasparafazeroque quiséssemos e na hora que desejávamos. Quando visitávamos o bar da Firmina, havia uma garçonete que facilitavaasnossas orgias,fizemosamizadecomelaapósumadiscursão tolasobre umareserva de umamesa,algopluvialparamim, porém, umaofensaterrível paraaminhaamadabriguenta. Ana Carolina era linda, mais ela era uma baixinha birrenta e brigona. Nossa nova amiga, contribuía para a continuada obscenidade que acontecia dentro do bar, meninices que promiscuamente emsegredo,eramdevolvidos emformade favores pessoais a jovem garçonete, repetições ninfomaníacas, entregues aos mesmos zelos sexuais que ela acostumava espiar. Nossa anfitriã nos agradava com privacidade, gentileza, educação e cervejas, Ana Carolina provavelmente nãosabiado meucontrato com a garçonete,maisacho que ela desconfiavade algo existente entre nós. Agente mudava constantemente de ambiente e humor, ininterruptamentedesejávamos aindasobreoefeitodoálcool, transarnotelhadodaquelacasa, algoque aindanãotínhamosrealizado,uma formadiferente dedesejoquenosacalentavasobre aquele teto de atmosfera colonial. Aquele ambiente, aquela casa, aquele casario, aquele bar nostálgico, todas essas definições, apenas nos lembravam do nosso amor e do nosso sexo. Aquele espaço representava o nosso santuário do prazer, trepamos literalmente em todos os lugares daquele lugar, mas o que fazíamosnobanheiro,eraalgoimpraticável emqualqueroutrolugar domundo,somenteaquele espaço especifico, aquele lugar ignóbil, teria todos os nossos segredos, teria todas as nossas aberrações sexuais sobre a sua guarda. Alguns dias depois, a garota do bar havia sumido, todos sentiram falta da singela e delicada Monica, mas eu não pude me conter, nossas transas ficaram muitos quentes e intimas, e as exigênciase cobranças,todasenvoltasamanifestaçõesde amor,fizeramcomque euamatasse. Ela estava morta há poucos metros do bar da Firmina, ligeiramente embalsamada em um terreno ao lado do bar. Eu a cortei como as outras,usei os meusfiose navalhas,e coloquei sobre o seuventre aberto, as mesmasfloresartesanaisque entalheiemnome dasoutras. É claro que eutinhaalgo direto com o seu desparecimento, é claro que eu a desejava, mas ela havia se metido entre eu e a minha Ana.
  • 32. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Eu havia dado fim a garçonete, mais as insanidades que ocorriam no banheiro, salvavam Ana Carolina de minha própria doença demoníaca, o desejoinsano de continuar matando.A laje e as outras dependências daquele lugar, sempre se fazia convidativo para a nossas transas, e o seu semblante a livrava de ser morta. Mas nemtudoé para sempre,todafelicidade temumtermino,nemosempre é parasempre,e istoé fato, e não uma teoria.Um dia exageramos anossa conta de loucura,bebemosbastante cerveja, comemos muitos cachorros quentes, trepamos gostosamente na laje, nos beijamos sobre aégide de umguarda-chuva,e olhávamosintensamenteenquantoserenavae chuviscava. Aquilofoi algoque nuncahaviavivido,algoúnico,umdiasublime. Haviamcaixasde chocolates, biscoitos de morango, castanhas, amendoim, vinhos, e muita cerveja. Tudo estava perfeito. O seu sorriso foi um dos maiores prêmios que já havia recebido na vida, aquele pelo rosto de menina havia me fisgado. Eu estava sobre o seu domínio, completamente entregue aos seus poderes de menina mulher. Eu em particular urinei em uma garrafa vazia de cerveja, ficando nu em seguida sobre a laje, estavatemporariamente enlouquecidonotelhadodobar,gritei pelaprimeiravezalgoque afez chora, eu haviagritado que a amava, e eua amava muito,e issoera de verdade,pelaprimeira vezemminhavida,haviaditoalgoque eraverdadeiroe real,euaamavade todoomeucoração, eu me importava com alguém e isso era algo irracional. Em seguida fizemos amor, horas depois continuamos,e um pouco tempo depois, em um final de tarde, trepamos como nunca havíamos transado na vida, estávamos sem folego e sem energia,estávamosexaustose commuitafome,algoque elarepetiaconstantementedepoisdo que fizemos na laje, e como sempre, ela finalizou o ato maluco que havíamos feito. Ajoelhou-see começouame chupa,tudoerabastante intenso,horaelaengasgava-see engolia, engolia e engasgava-se, e temerariamente foi engolindo o meu pênis até o talo. Ela estava felicíssima. Sorria enquanto me agradava. Eu por outro lado, não queria terminar aquele momento,maisacabei gozandoemtodooseurosto, e aindaexcitado,fiz elaengolirorestodo meu esperma que saia projetado em forma de pequenos jatos em direção ao corpo dela. Tudo corria bem,minhavidaestavacalma, as minhasemoçõesestavam tranquilase omeuser estavamuitofeliz,nósestávamoscaminhandoparaalgoúnico e somente nosso.E tudo estava calmo por causa desta menina, ela era um anjo que dominou os meus demônios interiores. Ana Carolina era uma bela mulher e uma ótima companheira, mais algo ainda não me completava. E eu sei que todo o meu desconforto tinha haver com a minha navalha, os meus fios e com os meus fiapos. Eles desejavam sangue, e eu deduzia que isto apontava para um desejode sangue,e infelizmente de um sangue especifico,ouseja,osangue dela.O sangue da minha amada Ana.
  • 33. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Horas depois, ela estava retalhada, rasgada do queixo até a virilha e como as outras, eu a abandonava em um casarão da rua sol. Usando-a em um ritual que se manifestava em minha cabeça, volvida pelo avesso, assim como as outras meninas que eu dilacerei.
  • 34. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Capitulo VII Ana MariA Minha 3° VitimA Hoje estou amanhecendosobre um lindo sol de Fevereiro de 2020, sem dúvida alguma este é um expendido dia29de um sábadode calmaria, umbeloanobissexto,umalegre diaincomum, um fabuloso e único raia sol. Hoje apesar de ser o último dia deste mês pequeno, devo toda a minha felicidade matinal a este carnaval gordo que se espalhou nesta linda cidade. Oscasarões coloniais de SãoLuísemsuapequenae majestosaminoriaestãosobremaneirabem conservados e belíssimos, os demais, lamentavelmente estão todosem uma ruina completa e alguns encontram-se até decadentes, o que para mim, é ótimo este abandono cultural, pois estes lugares facilitam os meus ataques fortuitos, repentinos, fugazese efêmeros. Um prato cheio para uma dilaceração matinal. Sou uma pessoa cuidadosa em meus ataques, nunca sou visto em multidões e jamais deixo pistas do que faço, geralmente planejo as minhas saídas noturnas e insanas. Afinal sou um caçador nato,e comoum cão de caçar, nuncaerro umataque, até por que todoselessãoletais, mortais e vorazes. Mas o desejo é algo incontrolável, e as vezes, somente as vezes, faço pequenas loucuras para saborear as minhas vontades abruptas. Há períodos que reconheço os meus fracos exageros, os meus impulsos são incontroláveis,e existem ocasiões que me sintoindiferente, e quando isto acontece, sempre acordo dentro de mim, ouaté forade mimmesmo,sucessivamentedistraído e inundadoemumaconfusãomental incrível. Há aspectos desconhecidos da minha alma, algo ligado a este meu desejo de matar, umacompulsãoinumanaque me dominaháalgumasdécadas, umignóbil sobrenaturalque não se separa de minha vida. Quando estes períodos estão mais atenuados, sinto a minha alma alucinada pulsar dentro de mim,e quandoistoacontece por desejaralguém, tudoficamais profundamente estranho,este sentimento maligno, faz da minha alma um picadeiro elétrico dentro do meu cérebro, e as minhasveias harmoniosamente santas, saltam literalmente pela pele em estado de chamas. Quando vejo estes casarões abandonados, remonto uma nostalgia célere, rápida e especialmentefugaz.Enadaé tãocruel e maléfico comoopassado históricodestacidade, tanta escravidão, imposições, transgressões, tráfico de crianças, estupros de mulheres, guerras desnecessárias,desigualdadessociais,obrigaçõespolítica,sacrilégiosreligiosose tantas outras atrocidades que mal consigo conta, fatos que frutificam inúmeras anormalidade em mim, quando ao meu desejo impulsivo de matar. Estes casarões possuem um passado exógeno, a maioria eram típicos sobrados de famílias abastadas, este em que estou hospedado hoje em particular é a minha maior paixão, sempre quandoposso,ouquandoestousaudoso,andopelaruado sol,somente paravereste sobrado, ele é a minha menina dos olhos de ouro, tenho um fetiche maligno por este prédio antigo, e mesmoestandoabandonadoe decrepito, tenhoumamorinumanoporeste cassarão colonial.
  • 35. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter É estranhoeste sentimento,masme sintocomo um menino apaixonado,oucomoum homem de meia idade que deseja muito a paixão de uma mulher, inexplicavelmente, tenho desejos íntimos por este prédio. E pela primeira vez, enxergo-me inteiramente novo neste estranho homem que deseja muito ter o amor de uma mulher. O meu desejo é esquisito, mais não há dúvidas que eu tenho uma violenta veleidade doméstica por este casarão. Às vezesme sintonopassado, revisitoosmeusancestrais, e me recolocoemsuas angustias ou pelomenos,pensoneste contexto,oque de fato seriaaquelaépoca intransigente, retrato-me a uma confusão, uma revolta, em minha mente, sou um escravo fujão, armado com um rifle, todo sujode sangue,o barrão do açúcar está morto, o senhordos cafezais está caído ao chão, ele deve estarmorto,elepodeestáferido,nadavejo emminhafrente,nadasintopelososmeus irmãos, somente tenho o desejo da vingança, desejo apenasa sua morte, ferido a balas pelas minhas mãos. A minhamente é muitoconfusa,e os meusdesejossãoaindamaisestranhos,este prédiodeve ter várias estórias e a minha mente apenas as retrata, ou pelo menos, remontamos cacos de sua longa jornada. Este casarão em particular, tem oito janelões coloniais enormes,possuir um mirante solitário, pedrasde cantaria na calçada, pedrassabão envolvendooscantos adjacentesda casa, grossas paredes, algumas untadas e cimentadas a óleo de baleia, telhas coloniais vermelhas, azulejos português azuis e entrada pintadas de branco. Certamente aqui deveria morar um homem bemrico, um mercador de escravos,um barão do algodão, um senhor cafeicultor ou um homem da distribuição de grãos. Ele sem dúvida, devia ter filhas lindíssimas, pois as suas janelas são bem altas e um poucos eclusas, isto mostra o quando ele devia ser austero e reservado em sua vida intima. O sol a este momento se encontra no horizonte, os primeiros raios de sol já se levantam abastados e fortes em meu rosto, este é um típico aviso comum a pessoas como eu, ou seja, tenho que limpa as minhas mãos e boca deste intercepto vermelho que me envolve. Sangue e tripas me deixam excitados,mais bela manhã, elas me deixamenjoado e sem fome, um fato que me elege a fuga. Os meus velhos fios de náilon e a minha navalha de aço estão neste momento limpos, intactos e elegantes em minha mesa improvisada, aquele era o meu altar ritualístico, a mesa que elegi sobre uma pedra que achei no salão desta casa. E a linda mulherque descansamórbidanagramae sobre ochão, estairresolutae plena. Elaestáamável, linda, absolutamente incrível sobre as gramíneas deste antigo salão de dança.
  • 36. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Acho que o seu nome é Ana Maria, pelo menos este foi o nome que ela me sugeriu, ou gruiu, antesque eua rasgasse peloseupescoçocomosmeusfios de náilon.Adoroeste nome,“Ana”, ele soabemem meuslábios,“Ana”......Hum, é umbelíssimonome......Pessoascomeste nome são pessoasboas,caridosas,gentis,amáveise adoráveis,adoromatarpessoascomeste nome. Pode serum destinoincomum,maselassempre atravessamomeucaminho,sempre temuma Ana que me ama, sempre existir uma Ana que me odeia, sempre fluir na minha vida uma Ana que me deseja e inevitavelmente acabo matando todas elas. Quando vejo a obra de arte que fiz em seu corpo entro em um delírio somente meu, a minha navalhaa abriudo queixoaté a vulva,depoisque comi parte de suastripas,depositei umarosa artesanal que fizcomasfolhasde umaplantaendêmicaque acheifrondosae soltasobre ochão desta casa, esta rosa, eu a coloquei no meio de seu ventre e eu a pintei com o seu próprio sangue. Ela está linda, ainda que inerte, mesmo sem vida, ela continua linda. Não soubom com despedidas,e osol jáestá me expulsando,anoite teve umfimefêmero,vou me despedirde meuarranjodelicado, entãoaproximo-mede formaacanhada,queroficaperto de seu rosto, e dando-lhes doces, ardentes, vorazes e demorados beijos em sua boca gélida, reconforto-me comoseunovogosto, sinto-mesaboreandoumsorvetede limão,asvezesmeio amargo, as vezes meio doce, o gosto de sua boca não é mais o mesmo, ontem os seus lábios estavam mais mole e afetuosos, e a sua pele cheirava a morangos frescos, agora ela está mais dura, gelada e sem emoção. Sei que isso é insensível.... Mais o meu amor é rápido e não dura mais que uma noite. Por isso.... Beijos minha amada, te vejo do outro lado do paraíso. Olhado para o imenso azul deste céu lindíssimo, contemplo a vida maravilhosa que possuo, e comoa umpintorque cultuaasuaobraque acabara de pintar,oucomoaumescritorque acaba de terminarumapáginade seulivro,eutambémcomoaumartistaclássico,vislumbroasminhas Ana´s, elas são as minhas obras de arte, suas efemeridades são únicas e eternas, e todas são extremamente vivazes.Deussabe oque faz quandoresolveucriareste universoe aterra,estas são criações incríveis, e eu agradeço pelas Ana´s que ele me oportuna ter e cuidar.
  • 37. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Capitulo VIII AnajarA Minha 4° VitimA Esta manhãestálinda,osol é umaestrelaincrível,e nadame faztãofeliz,quandoovejoraiando pelaa minhajanela. Destavezas coisasseriamdiferentes,nadade improvisacaçadas no meio da semana, ou de ter fome no meio de um de um passeio no parque, definitivamente não haveriavítimasnestetrimestre,nadade matanças, nadadefome,nadade desejos.Eoprincipal, nadade cederameusdesejosfortuitos,odemôniodentrodemim, deveriasercontroladoe não superestimado. Ele só sair para dar umas voltas comigo, quando eu quiser. Mas nada do que planejamos sair exatamente como queremos, a vida é algo misterioso, e os desejos humanosbrincam com a minha desumanidade. Eu estava sossegadamente em bar no centro histórico de São Luís do Maranhão quando vir duas lindas mulheres entrarem solidariamente pela porta esquerda do estabelecimento. O bar de dona Faustina era um lugar solicito e agradável, frequentado em sua maioria por jovens e alguns adolescentes. Primariamente as moças aparentavam ser amigas, suas proximidades físicas e emocionais, traduziam uma amizade antiga, um convívio talvez estabelecido desde a infância. As mãos fortemente unidas denunciavam uma certa intimidade, um namoro, quem sabe, estabelecido secretamente pelas duas, mas não dava para ter certeza. As duas jovens eram lindíssimas e muito atraentes. Em São Luís, principalmente noreviver,é comumver homensabraçadosa um outro homeme mulheres agarradas pelas mãos de uma outra mulher, beijos, carinhos, caricias e outras demonstração de afeto, é algo comum, manifestados em público, é algo muito normal, neste ladodailha,odifícil é umheterossexual comoeu saberquemé meninanocorpode umamulher e quem é menino também no corpo de uma mulher, o mesmo vale para os homens. As duaslindasmoças solicitaremdoiscoposgrandesde shop,duascadeirase uma mesa, o bar estavarelativamentecheio,elasse sentaram relativamentepróximoamim, e estrategicamente a minhafrente, estávamos todosconexos aobalcãodo bar, elassobre uma mesa e eu sentado em um banco de madeira bem alto, com os cotovelos junto ao balcão do bar. Assuasintençõesalcoólicas,assimcomoasminhas,eramafacilidadede atuarsobre ospedidos juntoaobarman,destaformaficavamaisfácilaminhaembriagues, e pelovistoasdelastambém caminhavam para o mesmo destino. As duas sorriam bastante, e ambas já demostravam um certo grau de ebriedades,pelo visto, a noite já havia começado a algumas horas para aquelas duasjovens meninas, e obarmanpelovisto, jáestavacompenetradonascoxase naspernasnas das moças,não demorou muitoparaque ele entendesseasituação ensejadae fosse atende-las de maneira exclusiva e mal-intencionada.
  • 38. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Minutos depois um pequeno balde com seis cervejas longnec também foram direcionadas a mesadas garotas, os doiscoposgrandesde cervejas, aindaestavampelametade, umaperitivo tambémfoi encaminhadopara a mesasdas duas, ambosenviadospor clientesdesconhecidos, e provavelmente interessado pelas moças. Os flertes sobre elas apenas aumentavam, todos pareciam deseja-las, os olharem voltaram-se paraa mesasdasjovens,e desejadaspormaisdeumadúziade homens, possivelmentesolteiros, as gargalhadas ressoavam sem compromissos com elas mesma. Até as mulheres que estavam no bar, não se importavamde vê-las,algumassentiaminveja,outrassentiamdesprezo,maisa maioria, possivelmente as desejava. Asduas sabiam comoserdesejadas,e provocando aridamente oshomenspresentes, sentavam e levantavam de proposito os seus vestidos, mostrando maldosamente parte de suas bundas, algumas mulheres ali acompanhadas, trataram de levar embora os seus pretendidos a pretendentes. Os que ficavamtentavamnãodartanta a atençãopara as moças,mas era impossível,poisaté a ida ao banheiro,viravaumespetáculosexual. Uma delasem particular,muitobonita,chamou a minha atenção, os seus olhos eram como duas ametistas verdes,seu cabelo encaracolado e longo possuía cuidadosas aplicações de óleo capilar e a sua boca pequena, exalava uma sexualidade inebriante. Eu a desejei infernalmente na hora em que a vir entrando pela porta do bar, meus hormônios pularamde formaexcitada, masfuidiscretoemmeuprimeiroimpulso,nãoquisencara-la,e não deixando espaçoparaque fosse notadopor elas,debrucei-me sobre omeucopo.Eu por outro ladoas consumiavigorosamenteemmeudesejofebril, e olhando-assobre meiocantode olho, as observava friamente, um copo de cerveja, ainda gelado me distraia tenuemente,enquanto eu as filmava secretamente pela câmera do meu celular. O bar àquela hora da noite, não estava mais tão cheio, mas somente aquelas poucas pessoas que habitavam o ambiente, faziam de suas conversas intimas, uma barulhenta e desconexa divulgação partidária coletiva. Ninguém conseguia ouvir a música ao vivo que o bar contratou para abrilhantaa noite e os clientes,e mesmocomumacota de 10 reaispor pessoas,ninguém ali dava-lhesouvidoacantoria,orapaz que interpretavaasmúsicasRenatoRusso,Raul seixase Cazuza se esforçava para cantar, mais a noite era apenas delas duas. A noite foi ficando interessante, e as duas lindas garotas a minha frente, ficaram mais solta e mais danadinhas do que o habitual, uma flertava com o barman, enquanto a outra trocava olharescomo musico que cantavapraticamente sozinhoparaela,osbaldesde cervejasapenas aumentavamemsua mesa,e o delíriodoálcool tambémfaziao seu trabalhovil sobre a mente das duas.
  • 39. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Eu as desejei matá-las sordidamente naquela noite, desejei possui-las sexualmente, e o seu sangue e tripasjá se desmanchavamcoma minhasalivaemmeuardente sonhodestruidor.Era obvio que atacar duas mulheres em uma só noite era algo que demandaria muito esforço e praticidade, erros não eram bem-vindos, algo que eu não admitiria, seria difícil a execução de minha hábil exatidão. Uma de minhas promessas estava quebrada, o demônio dentrode mim pulou para o parquinho para poder brincar com aquelas duas bonequinhas. Tudo dependeriade como elassairiamdaquele bar,pois ambas pareciamesta arranjadas com obarmane ocantor, seriadifícil matardoishomenssomenteparatê-las,maisbrincarde casinha e com aquelas bonecas é algo que eu não dispensaria, aquilo podia ser trabalhado. As duas finalmentelevantaram-se damesa,e pedindoaconta, foramsaindodo bar e não chamaram os rapazes para acompanha-las. Isto se demonstrou promissor, minha teia estava se formando, e as facilidades de uma noite escura e vazia era algo muito propicio e vantajoso. Em seguidapague aminhacontae a distânciaresolvi seguiasmoças,meudesejome consumia, e o racional tentavame alertaque esteseriaumatoarriscae burropara perpetra,dominaruma jovem é fácil, mais duas em uma só noite, tornava-se muito ariscado. Mas o caminho que elas tracejavam facilitavama minha vida e o meu desejo, as duas subiam pela rua do Egito em direção a praça bendito leite, as ruas estavam desertas,e somente a lua seria a testemunha daquele crime. O meu relógio apontava 02:45 da manhã, geralmente as pessoas estacionavam os seus carros em frente ao Odílio Costa Filho. O trajeto das duas era no mínimo inusitado, algumas explicações seriam plausíveis, ou elas combinaram com os dois jovens do bar para se encontrarem na praça benedito leite, ou estacionara o carro em frente à praça, ou moram no centro e estão indo para casa a pé. No entanto, isto não importa tenho que ter cuidado, não posso ser flagrado, tenho que agir com assertividade e firmeza. Elas subiram pela escadaria que dava acesso a praça, uma ficou pelo caminho, abaixou de cócoras nabeiradaescadae ali mesmoensejouemesvaziaabexiga,suaamiga, estavadistraída na parte de cima da praça, e não viu quando eu me aproximei de sua colega, voltei para a rua de baixopara me certificaque não fui seguidoouque estávamossozinhosnaquele quarteirão, depoisque tudoestavasolicitoparamim, coloqueio meuplanoparatrabalhar, esperei que ela terminasse asuanecessidadefisiológica,apeguei emseguidapelaspernasjogando-ade quarto ao chãoda escada, tampando-apelabocaogritoque elaquase soltou,osoníferoemmeulenço a entorpeceuvagarosamente e encravado omeupênis emsuabundatratei de estupra-laainda de cócoras com os joelhos enterrados na escada, possuindo-a antes que ela apagasse totalmente. Vinte minutos depois de ter consumado o ato lascivo, voltei as minhas intenções para o que mais importava, em questão de minutos eu a rasguei com os meus fios e navalhas, abrindo o seu ventre totalmente. Minutos depois tornei a estupra-la por quinze ou vinte minutos, eu a sentia sem vida em minhas mãos sobre a escadaria e este prazer era mais excitante do que quando a possuir ainda estava viva.
  • 40. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Depois de ter me saciado sexualmente com aquela piranha, tratei de terminar o serviço que havia iniciado, retomei os cortes que havia projetado, rasgando-a mais ainda com a minha navalha,cirurgicamente adecepei doqueixoaté a genitália, emseguidaversei de comer parte de suas tripas, um rim e um filete de seu fígado, após isso, trancei os cabelos e coloquei uma lindarosafeitade palha que carregava emmeubolso,e colocando sobre oseuabdome,pintei- o com o seu sangue e o plantei no meio de seu ventre. Depoisde beija-labastante e de posicionarseucorposobre ochão, imitandoasbelasmadonas pintadas pelos renascentista, emoldurei-a artisticamente como merecia ser enquadrada. Quando terminei a minha pintura, subir imediatamente pelas escadarias em busca da outra mulher.Paraminhasurpresaelaseriamaisfácil,umadeliciosapresafrágil,elaestava desmaiada sobre o banco na praça, adormecidasobre o sono profundoprovocadopeloefeitodoálcool,e sua posição íngreme, permitia-me possuir o seu corpo vil, sua exposição tênue estava convidativa e despojada a uma incursão sexual. Eu imediatamente aataque como a um animal selvagem, como aum bicho que avança sobre a sua presa desprotegida e possuindo-a ferozmente com a brutalidade que um ato lascivo demanda sobre a necessidade sexual, a penetrei de forma fortemente vil, e antes que ela sentisse qualquer dor e gritasse por conta de minha manobra evasiva, resolvi tampar com as mãos a face de seus lábios, durante a relação presumida, sentir que o seu corpo manifestava certos espasmos aleatórios e involuntários. Suaspernaspequenastentavamreagirásminhasincursõese movimentosperistálticos,maseu as controlavaimperativamente,impedindo-asde se moveremsobreasminhaspernas e quadril. Algumascontrações vaginaisapertavam-sede formadeliciosasobre omeupênis,e continuado asminhaspenetraçõesacidas dentrodela,refizosmeusmovimentose a afundeicommaisforça e energia. Minha vitima infelizmente acordou sobressaltada de seu estado alcoólico e ainda sonolenta, olhou-me fixamente nos olhos, e osmeusolhos, adoravamvê-laemsofrimento. Osseusolhos, porém,ficaram molhadose uma lagrima solitária principiou uminíciode choro, vir que ambos pediam por socorro, mas eles não me comoveriam, pelo contrário, aquelas duas pedras amendoadas, cheias de vida, causava-me mais prazer e desejo. Observei que ambos pulavam de dentrode seu rosto, brincavam de um lado para o outro em sua face,e o medoe o desespero,faziammoradaemsua alma, infelizmente oálcool nãofezo efeito necessário para que eu consumasse o meu trabalho, e ainda excitado com o seu corpo delicioso, me controlei para não a matar sobre aquele banco de praça. As minhas mãos e os meus fios de nylonpediam desesperadamente para rasga-lhe a garganta inteira,e enquantosufocava-avagorosamente,sussurrei napontade seuouvido,para que ela ficasse quieta,e que me deixasse terminaroserviçoque haviainiciado,se elafizesse isso,eua deixaria em paz, eu a deixaria ir, eu a deixaria viva.
  • 41. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Aindaassustadaagarotaconsentiuqueme deixariaterminaroque haviacomeçado,e retirando a mão sobre asua boca,me pusa penetra-lafortemente.Eemêxtase novamentevoltei aomeu estadode felicidade, masa desgraçadame surpreendeu,e aproveitandoque osmeusolhosse fechavam enquanto me deliciava com o seu corpo, ela gritou acintosamente,e fez isso o mais alto que os seus pulmões permitiram provar. Os seus pedidos de socorro ecoaram pelo centro histórico vazio, e sorrindo advertir que ninguém a ouviria naquela hora da madrugada, disse-lhe que ela estava sozinha e que a sua amiga safada estava morta sobre a escadaria, mas como ela não parava de grita, respondi-lhe os pedidosde socorro com váriossocos e murossobre a sua face, foram tantossocos,e muitos de forma tão repetidas que eles os fizeram desmaia novamente. Quandoparei de agredi-lamal pude acreditano que tinhafeito,a lindameninade rosto suave e de traços finos e lindíssimos, estava completamente irreconhecível, completamente desfigurada e muito machucada, seu nariz e boca estavam lavadosde sangue, e os seus olhos estavam tão machucados e inchados que mal podiam ser vistos. A minhalibidohaviapassadoe o meudesejode matá-lavoltouparaminhamente insana como maisforça e perversidade,rapidamentepuxei dosbolsosde minhacalça, osmeus váriosfiosde nylon e entrançando-os sobre os dedos, direcione as minhas mãos para o pescoço da jovem. Mas o improvável aconteceu, um pedido de ajuda, ecoou sobre a praça vazia, era uma voz masculina, em seguida vozes femininas, e todas promoviam passos apressados em direção opostaà qual eu estava,segundosdepois, umchamadopor forças policiais me interromperam novamente e vir que meu ataque estava obstruído. Olhe perifericamente para o homem que me denunciava, ele estava a dez metros de mim,ele não se aproximaria, vir medo em seu movimento corporal, as mulheres sumiram em sua trajetóriade denúncia,provavelmente elastrariammaisproblemas,percebi que asduasmoças que acompanhavam o meu denunciante, correram para o lado da praça que ia em direção ao Palácios dos Leões, eu tinha certeza que naquele órgão público havia policiais, e mesmo que estivessedormindoemserviços,elesacatariampelopedidodeajudadasmoças,nãodemoraria para que uma ou mais viaturas aparecessem no local. Eu nãotinhaoutraopção,anãoserdesistirdomeuataque,istonuncahaviaacontecido,sempre fui muitocuidadosoe responsável comoque planejava,nenhumataque meu,ficouantessobre os olhos de outro ser humano. Sempre fui eu e as vítimas, eu ininterruptamente sempre as colocavapara dormir,e elasjamaisacordaramde seussonos,elas jamaisabririamosolhospara me entregarem a polícia. Resolvi entãoaborta a minha missão,mas antesde ir embora, não deixariarastrosou pistade que eusou, aquelamulherseriadeletada destaexistência,osseusolhos jamaisfalariamdo que viu hoje aqui nesta praça, o meu rosto seria preservado e nada seria denunciado.
  • 42. O SenhordosFiose dasNavalhas DieghoCourtenbitter Naquele instante, decidi fazer algo que nunca havia feito antes em minha vida, guardei rapidamente os meus fios de nylon no bolso e puxando pela minha navalha, a golpeei fortementepróximoaocoração, fizissoportrêsvezes, certifiquei-meque transfixeioseupeito, e empurrando com mais força, tentei causa-lhe uma morte instantânea, segundos depois, ao retiraa navalhade seu corpo, vir que um jato de sangue esguichavasobre o meu rosto e sobre o banco e o chão da praça benedito leite. Aosentira perfuração, virque elaabriaosolhos de maneiraabruptae repetida,seusespasmos lhe provocaramconturbadasagitaçõesfísicas,e osseusolhosperdiamlentamenteatonalidade de seu brilho amendoado, e desfalecendo sobre os meus braços, vir literalmente a vida lhe deixar pelos os seus olhos. - Pronto..... - Estava feito........ - Ela está morta.... Havia matado a minha possível delatora, agora ninguém saberia quem sou eu. E fugindo sequencialmente após o meu delito, corri pela rua das flores, passei pela praça João Lisboa e sumir pela rua do sol em direção ao teatro Artur Azevedo. O homemque me denunciava, não conseguiu me seguir, observei que ele tentava socorrer a jovem, e para minha felicidade, consegui escapa em leso e sem ser preso. Eu queria espera até que o carro do IML viesse pegar o corpo, queria arduamente confirma aquele ensejo, euhaviaprometidoa mim mesmoque controlariao meu desejode matar para ter uma transa perigosa, e acabei fazendo isto para satisfazer a minha libido, um erro imperdoável, irresponsável e inocente. Uma tolice da minha parte, deixei as minhas emoções emprimeirolugar,arazãoteriaque serumrei,isso nãopodeacontecernovamente,essaminha estupidez, pode ter me colocado em perigo, fiquei exposto de maneira desnecessária,fiquei literalmente nas mãos daquelas pessoas que tentaram ajuda a minha vítima, aquele fragrante na praça, quase me jogou na viatura da polícia. Geralmente faço os meus ataques com planejamento e estratégia, mais esse meu impulso e veleidade quase estragou o meu trufo, a invisibilidade social e desconhecimento de quem eu souaqui nailhade SãoLuís, omeuanonimatotemque permaneceremsigilo.Nuncapensei que atacaria alguém em público, muito menosem uma praça, e aos olhos de tantas testemunhas, pessoas que podem reconhecer o meu rosto ou as minhas características físicas, isto foi algo desnecessário e estupido. O que está havendo comigo, por que fiz isso, será que estou semcontrole, ver o resultado do que fizhoje nãopareceboaideia,tenhoqueme conter,tenhoque sermaiscuidadosoe insipido. O meu impulso, meu desejo e a minha vontade de matar não vai arruinar comigo, tenho que trabalhar emcima do meu controle,tenhoque dominaro demônioque habitaemmim, tenho que vencê-lo.