Este documento discute a família em Portugal, abordando as mudanças nas estruturas familiares ao longo dos anos, incluindo o declínio da família tradicional e o surgimento de novos tipos de família. Também analisa as funções sociais da família e como elas mudaram com a industrialização, com a família deixando de ser uma unidade de produção e tornando-se uma unidade de consumo. Fornece estatísticas sobre demografia familiar em Portugal.
1. Escola secundária de São João da talha
Disciplina: Sociologia
Professora: Leonor Alves
Família
Trabalho realizado por:
Gonçalo Gomes, nº 4
Laura Botas, nº 9
Marta Vieira, nº 12
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Introdução
Este trabalho trata-se de um trabalho acerca da Família, que nos fora proposto pela
professora Leonor Alves, no âmbito da disciplina de Sociologia.
Iremos abordar temas em torno da família, evidenciando as mudanças ocorridas nas
famílias ao longo dos últimos anos, os diferentes tipos de estrutura da família, entre
outros…
Traçámos como objetivo, clarificar ao máximo as ideias que pretendemos passar com
este trabalho e conseguir transmitir a informação que ao longo da realização do
mesmo fomos recebendo e alargando acerca da família.
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Família
A família é considerada a instituição social básica, a partir da qual outras se
desenvolveram dada a complexidade da vida social. É considerada a mais antiga das
instituições sociais humanas, apresenta-se com carácter universal, embora as formas
de vida familiar variem de sociedade para sociedade e de geração para geração. As
condicionantes da estrutura do grupo familiar são o tempo e o espaço.
*Mudanças ocorridas na família e evolução da mesma:
O fim da família como unidade de produção económica;
A baixa da taxa de natalidade;
O divórcio;
A união livre;
A mulher que trabalha fora de casa;
Os filhos entregues não aos cuidados maternos, mas a jardins-de-infância e à
escola.
Estas alterações sociais e biológicas têm obrigado a família a adaptar-se, originando
novas formas de organização.
É com a consolidação do capitalismo industrial, a partir do século XIX, que a família
adquire no Ocidente uma estrutura que ainda pode ser reconhecida em muitas
sociedades como Família Tradicional.
Contudo, é com a emancipação das mulheres que o modelo tradicional é questionado
originando novas formas de organização familiar.
Surgiram então, consequentemente, novos tipos de família, o divórcio tornou-se numa
prática comum, a autoridade do pai da família baixou, a divisão do trabalho no seio
familiar mudou, os filhos são, desde pequenos, entregues aos cuidados de outras
instituições pois as funções sociais da família foram afetadas pelas mudanças sociais.
Esta crise tem levado à divulgação de formas de vida familiar alternativas à família
nuclear tradicional. Os grupos domésticos conheceram profundas alterações nos
últimos 40 anos, originando novas formas de família. (Exemplo disso são os casos das
famílias nucleares sem vínculo matrimonial, das famílias recompostas e das famílias
homossexuais.)
A respetiva evolução do tempo e da família trouxe-nos, também, novos papéis
parentais.
A economia industrial afastou da família os papéis e as relações profissionais
tradicionais.
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A família já não se encontra unida pelo trabalho em conjunto, uma vez que os seus
membros, que se especializam, trabalham separadamente.
Já não constitui uma unidade de produção económica, transformou-se antes numa
unidade consumidora de bens e serviços produzidos no exterior.
A família conjugal tornou-se menor, à medida que os processos de industrialização e
de urbanização se desenvolveram. Nas sociedades tradicionais, as famílias desejam ter
vários filhos, pois são economicamente úteis.
Para as sociedades industrializadas, as crianças deixaram de construir um bem
económico para se tornarem um encargo dispendioso.
Os valores da sociedade urbana estimulam atividades e interesses fora do circuito
familiar e atribuem menor importância às famílias numerosas.
A tecnologia implica que a família não possa preparar convenientemente os filhos para
o desempenho dos seus futuros papéis de elementos produtivos da sociedade. As
tarefas educativas passam a ser desempenhadas também por outras instituições, de
que a escola e a média são os maiores exemplos.
A entrada das mulheres no mercado de trabalho resultou numa das maiores mudanças
na vida familiar.
Um emprego renumerado veio aumentar a independência da mulher em relação ao
marido, pois o seu sustento já não depende nele. Esta situação veio modificar as
relações dentro do casamento.
A família já não é dominada pela autoridade do homem, mas baseia-se numa relação
igual entre ambos.
A evolução da sociedade permitiu o aparecimento de novos papéis sociais.
*Aspetos das mudanças em relação à família tradicional:
Novos tipos de famílias, como as famílias monoparentais, recompostas e
homossexuais;
Novas relações entre gerações, implicando uma participação mais ativa dos
avós nas funções habitualmente entregues à família nuclear;
Novo relacionamento entre os membros do casal, em que se destaca uma
aproximação dos papéis familiares e a democratização das relações conjugais;
Nova forma de “família”, naturalmente atípica, que consiste na
monorresidência, por exemplo.
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Estrutura de família:
Existem dois tipos de famílias, a família extensa ou consanguínea e a família conjugal
ou nuclear.
A família extensa ou consanguínea, estende-se por mais de duas gerações, incluindo os
pais, os filhos casados ou solteiros, os genros e noras, os netos, os tios e os primos.
A família conjugada ou nuclear é baseada no relacionamento conjugal, ou seja, pai,
mãe e filhos.
Independentemente da dimensão, os dois elementos institucionais centrais da família
são o casamento e a paternidade/maternidade.
O casamento é o padrão socialmente aprovado para que duas ou mais pessoas
estabeleçam uma família, e envolve as regras que governam as relações entre marido
e mulher. Essas regras definem como deverá ser estabelecida a relação conjugal e
como esta poderá ser dissolvida, os direitos e obrigações dos cônjuges. O típico
processo do casamento varia de sociedade para sociedade, consoante os valores, as
práticas sociais e cultura das diferentes sociedades. Para a sociedade ocidental apenas
existe um casamento, monogâmico, um homem para uma mulher. Enquanto que, a
maioria das sociedades do mundo baseia-se no casamento polígamo, que permite a
pluralidade de cônjuges.
Como atrás referimos, o processo de casamento também varia de sociedade para
sociedade. Enquanto na sociedade ocidental os casais podem fazer a sua própria
escolha, embora muitas vezes sob a orientação dos pais, na China antiga, por exemplo,
o casamento era combinado entre os pais, não tendo em consideração os desejos do
casal. Ainda hoje em algumas sociedades tribais a esposa é comprada pelo marido.
*Exemplos de poligamia
Poligina – é a forma mais frequente de poligamia. Corresponde à existência um
homem com várias mulheres, ou seja o homem desempenha o papel de marido e pai
em várias famílias conjugais.
Poliandria – esta é uma outra forma de casamento polígamo, embora muito rara,
corresponde a uma mulher com dois ou mais maridos, como acontece por exemplo
nos Toda e na Índia de Sul. Aqui, a poliandria encontra-se associada ao infanticídio
feminino e à consequente escassez de mulheres. Muitas vezes, a poliandria assume
um carácter fraternal, partilhando os irmãos a mesma esposa.
O casamento polígamo é o padrão aceite e preferido pelas colectividades que são
socializadas com tais expectativas.
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Tipos da família:
A diversidade de estruturas familiares evidencia as transformações das modernas
sociedades nas formas de organizar e viver em família.
É possível alargar-se, então, o tradicional conceito de família para o de agregado
doméstico, que inclui outros membros para além dos do núcleo familiar.
Agregados domésticos
Agregado doméstico de famílias
simples
Inclui as famílias formadas a partir do 1º
casamento e as famílias recompostas:
-Casal com filhos;
-Casal sem filhos.
Famílias monoparentais.
Agregado doméstico de famílias
complexas
Inclui as famílias simples alargadas e os
agregados domésticos de famílias múltiplas.
Agregado doméstico sem núcleo
familiar
Inclui pessoas a viver sós ou várias pessoas
sem laços familiares entre si.
Diversidade estrutural mais comum
Famílias Tradicionais – Composta por o pai e a mãe, além dos filhos, quer dizer, o
conceito de família tradicional de antigamente. Também é família quando esteve
recém-casado o casal semter filhos ainda. Uma vez cassados já formam uma família de
duas pessoas.
Familias Monoparentais - Quando somente tiver
um ascendente, seja a mãe ou o pai, que pode ser
por falecimento do outro, por separação/divórcio
ou por ser pai ou mãe solteiro.
Famílias Recasadas - Quando os pais biologicos
voltam a casar, desenvolvendo-se os papeis de
padrasto/madrasta/enteado...
Famílias não convencionais - Famílias
homossexuais, novos agrupamentos familiares,
entre outras.
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Funções sociais da família:
Em todas as sociedades é possível encontrar uma forma de família, desde a unidade
representada pelo marido, mulher e filhos até ao grupo de parentesco mais alargado
nas sociedades rurais.
A explicação para o carácter universal de família reside na própria sociedade.
A família mantém a continuidade da existência social organizada.
Temos então:
A função sexual e a socialização
A família é a principal instituição através da qual a sociedade regula a satisfação das
necessidades sexuais e organiza a procriação.
A satisfação sexual fora do casamento é tolerado, mas a procriação fora da família é
menos aprovada socialmente. Isto prende-se não só com os modelos familiares
instituídos como na necessidade da função da socialização ser exercida de forma mais
próxima e afetiva, o que confere prioritariamente esse papel à família.
A família prepara a criança para o desempenho de certos papéis correspondentes ao
seu género e estatuto.
A socialização de género, que reproduz modelos sociais instituídos, é uma das funções
que a cultura dominante atribui às famílias.
Aprende-se desde cedo o comportamento feminino ou masculino de acordo com o
respectivo sexo. Mas a aprendizagem dos modelos sociais é feita no contexto do grupo
social de pertença, ou seja, viver e crescer numa família é uma preparação para uma
situação de classe.
Os valores, os hábitos de vida, as normas que a criança interioriza contribuem para a
sua colocação social.
A função económica
Nas sociedades tradicionais, a família constituía a unidade económica fundamental. A
satisfação das necessidades exigia que os seus membros trabalhassem em conjunto,
partilhando o resultado da produção. Esta situação mudou, porque a industrialização
trocou o centro de produção da família para a fábrica.
A revolução industrial alterou as relações sociais de produção, originando uma nova
ordem económica e social. O desenvolvimento do capitalismo industrial exigiu que a
produção evoluísse da fase artesanal e manufatureira para a maquinofatura, com as
máquinas a substituir o trabalho manual.
Deixou de ser viável que a produção estivesse entregue às famílias. Muitas das famílias
passaram a assalariadas, possuindo apenas a força de trabalho que vendiam no
mercado em troca de um salário para o seu sustento.
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Atualmente, a família já não constitui a unidade base de produção, é apenas a unidade
base de consumo. A empresa produz para o consumo das famílias.
O consumo tornou-se numa das funções das famílias e condição de sustentabilidade
das modernas economias industrializadas.
Outras funções
É possível referir que em quase todas as sociedades cuidar dos mais velhos é uma das
funções da família. Embora nas sociedades industrializadas, quando os mais velhos
deixam de ser úteis produtivamente, o Estado Providência conceda uma proteção
oficial, através de reformas, assistências na saúde e outros tipos de apoio, o
acompanhamento aos membros idosos constitui uma obrigação não só social como
afetiva.
No entanto, os idosos têm uma função junto das gerações mais novas contribuindo
com a sua disponibilidade para auxiliar os pais na sua tarefa de socialização e muitas
ajudando economicamente o sustento das suas famílias.
A família é uma fonte de segurança e de estabilidade onde os progenitores ajudam os
filhos a conquistar um nível de vida superior, assegurando na retaguarda o apoio
possível. É a afetividade que liga os membros das famílias. A solidariedade entre
gerações completa a célula conjugal, numa sociedade que é cada vez mais
funcionalista.
Vê-se então uma nova interação entre gerações, podendo constatar-se que a família
atual implica interações entre gerações.
Enquanto força social, a família está mais forte.
Família Portuguesa – alguns indicadores demográficos
Desde os anos 60 que as famílias têm sofrido alterações nos seus padrões de
nupcialidade e de conjugalidade.
Portugal, sobretudo nas últimas décadas, não tem fugido a tais mudanças. De entre
essas alterações destacam-se, na área da nupcialidade:
o aumento do casamento civil contra o religioso;
o aumento dos divórcios;
a queda das taxas de nupcialidade;
o aumento do número de filhos fora do casamento;
o aumento da idade média do primeiro casamento para ambos os sexos.
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Já na área das formas de conjugalidade, verifica-se:
a existência de outras formas de conjugalidade, como a união de facto como
experiência de pré-casamento ou como alternativa ao casamento;
uma mudança na forma como é vivida a conjugalidade assumindo o afeto, a
intimidade, a partilha e a "proteção", valores estruturantes.
Evolução da Família
A família tem evoluído no tempo, apresentando dimensões, estruturas e funções
variadas.
É possível, dividir em períodos distintos as alterações na vida familiar, desde a idade
média até aos nossos dias.
Família na idade média:
A família existente na idade
média, séculos XIV e XV, está
impregnada de ações públicas.
Há uma exteriorização das
atividades e da vida.
Família na pré-história:
Papéis muito bem definidos
(pela capacidade e força de cada um).
Família romana:
Modelo paternalista / patriarcal.
Papéis estabelecidos pelo pater.
Família Aristocrata:
Papéis impostos por rígidas tradições (amas de criação).
Família camponesa:
Mulheres cuidam das crianças, da casa, tecem e cozinham enquanto que
os homens cuidavam das plantações, das construções e do comércio.
Família moderna:
Valorização da mulher no mercado de trabalho, filhos à
responsabilidade dos avós ou “amas” modernas.
Papéis confusos.
Sustento da casa é compartilhado.
Surgimento de novos modelos familiares.
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Formas de vida familiares:
Famílias homossexuais
É um tipo de família em que o casal é formado
por indivíduos do mesmo sexo. Em muitos
países o casamento entre homossexuais é
permitido, estando legalmente previsto.
Em 2014 catorze países, tendo Portugal entre
eles, legalizaram o casamento entre pessoas
do mesmo sexo.
A educação de crianças pelas famílias
homossexuais é a área mais discutida.
A coabitação
É uma forma de vida familiar em que o casal mantém uma relação sexual estável, vive
em conjunto, mas não estão casados.
Em muitos países é uma prática social legítima, e como tem vindo a aumentar implicou
um estatuto legal.
Em Portugal, esta forma de família é chamada de união de facto. Os casais em união
de facto têm vindo a aumentar no país.
«Canguru»
Uma das novas formas de vida familiar consiste na vida dos filhos em idade adulta em
casa dos pais. São principalmente do sexo masculino, pois não encontraram emprego,
ou por terem dificuldade em ter a sua própria residência, encontram então na casa dos
pais o apoio que necessitam para uma vida independente, para além do apoio
emocional.
«Sós»
É designada por mono-residência. Caracteriza-se pelo facto de as pessoas viverem sós
e abrange transversalmente a sociedade: jovens, indivíduos em idade adulta por opção
e idosos.
A mono-residência justifica-se em 3 ordens de fatores:
A composição sociodemográfica da população, com mudança nas estruturas
etárias e estruturas familiares;
A propensão para viver só como garantia de autonomia individual;
A capacidade económica para viabilizar a mono-residência.
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Novos papéis parentais
A economia industrial afastou da família os papéis e as relações profissionais
tradicionais. A família já não se encontra unida pelo trabalho em conjunto, uma vez
que os seus membros, que se especializam, trabalham separadamente. A própria
família conjugal tornou-se menor, à medida que os processos de industrialização e de
urbanização se desenvolveram. Nas sociedades tradicionais, as famílias desejam ter
muitos filhos, pois estes são economicamente úteis, trabalhando para o sustento do
lar. Para as sociedades industrializadas, as crianças deixaram de constituir um bem
económico para se tornarem um encargo dispendioso.
A tecnologia moderna implica que a família não possa preparar convenientemente os
filhos para o desempenho dos seus futuros papéis de elementos produtivos da
sociedade. As tarefas educativas passam, assim, a ser desempenhadas também por
outras instituições, de que a escola e os média são os exemplos mais significativos.
Por outro lado, o ingresso das mulheres no mercado de trabalho operou uma das
maiores mudanças na vida familiar. Um emprego remunerado veio aumentar a
independência da mulher em relação ao marido, pois o seu sustento já não depende
deste. Esta nova situação vai modificar as relações dentro do casamento. A família já
não é dominada pela autoridade do homem, mas baseia-se numa relação igualitária
entre os cônjuges.
Novo lugar da criança em casa e na sociedade
O lugar da criança na sociedade atual é bem diferente daquele que ocupava há
séculos.
A sociedade pré-industrial exigia dos mais novos os seus braços para os trabalhos no
campo e outras atividades necessárias à sua difícil sobrevivência. Aos jovens membros
da família era exigida colaboração, desde cedo, sobretudo por razões económicas.
Com a evolução da sociedade industrial e o desenvolvimento económico, muitos
aspetos mudaram as práticas sociais e uma dessas áreas foi, precisamente, a atenção
posta na criança e na sua educação.
Os novos textos sobre direitos conferem à criança um estatuto na família e na
sociedade em geral, alterando profundamente as práticas sociais. Esta dinâmica
democrática tem retirado poder aos que mais de perto lidam com as crianças, como é
o caso da família, obrigando-a a estruturar-se em função de novas solicitações, como a
educação e o acompanhamento das crianças.
Em apoio à família surgiram creches, infantários, escolas especializadas, variadas
instituições de ocupação dos tempos livres e todo um conjunto de atividades
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formativas que socializam a criança, acompanhando-a nas suas diferentes etapas de
crescimento e contribuindo para a sua boa integração social.
As representações que temos das nossas responsabilidades sociais para com os jovens
e alguma dificuldade sentida pelas famílias por não poder, dispensar-lhes mais
atenção, leva as famílias a um excesso de zelo em que as compensações materiais têm
lugar.
A violência doméstica:
Nas famílias surge um grave problema, que deve ser combatido por todos de modo a
terminar com o mesmo.
A violência doméstica é uma forma de abuso, geralmente físico, de um membro da
família sobre outro ou outros. Mulheres e crianças são, geralmente, as principais
vítimas.
É praticada em casa, onde os olhos da sociedade não chegam.
Por força do controlo social, da vergonha e até por ameaças, as vítimas calam-se e não
contam a ninguém o que estão a passar.
Os abusos sobre crianças atravessam toda a sociedade, verificando-se em todos os
estratos sociais.
Podem envolver os seguintes aspetos:
Negligência;
Abusos físicos;
Abusos emocionais;
Abusos sexuais.
Qualquer destes aspetos implica violência de
um indivíduo mais forte sobre outro, o que mostra o exercício de um poder sobre
alguém, que não pode ou tem dificuldade a defender-se.
Este é o lado negativo da vida familiar que todas as sociedades têm vindo a conhecer.
No entanto, a luta pelos direitos dos grupos mais frágeis da sociedade tem
proporcionado informação e apoio social.
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Conclusão
Não existe uma família ideal ou um modelo pré-determinado de família, existem
famílias reais. Independente de sua configuração, a família continua sendo a
instituição social responsável pelos cuidados, proteção, afeto e educação das crianças
pequenas, ou seja, é o primeiro e importante canal de iniciação dos afetos, da
socialização, das relações de aprendizagem.