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SUBSECRETÁRIO DE COORDENAÇÃO DAS UNIDADES DE PESQUISA
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DIRETOR DO CBPF
Fernando Lázaro Freire Júnior
COORDENAÇÃO DO PROJETO DESAFIOS DA FÍSICA
João dos Anjos (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas/MCTI)
REDAÇÃO E EDIÇÃO CIENTÍFICA
Daniela Lazzaro (Observatório Nacional/MCT)
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Cássio Leite Vieira (Instituto Ciência Hoje)
PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO, INFOGRÁFICOS E TRATAMENTO DE IMAGEM
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CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS
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Fax: (0xx21) 2141-7400
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pelo sítio do projeto Desafios da Física (http://mesonpi.cat.cbpf.br/desafios/),
onde estão disponíveis, em formato PDF, todos os folders da série. No portal
http://www.cbpf.br/Publicacoes.html, estão disponíveis outras iniciativas de
divulgação científica do CBPF.
LAZZARO, D. ‘O Sistema Solar e seus corpos extraordinários’.
Ciência Hoje n.258, p. 40, 2009.
LAZZARO, D. ‘A ponta do iceberg em Marte’. Ciência Hoje n. 184,
p. 10, 2002.
LAZZARO, D. ‘O fim do mundo?’. Ciência Hoje n. 187, p. 22. 2002.
IVANISSEVICH, A.; WUENSCHE, C. A.; VILLAS DA ROCHA, J. F.
Astronomia Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje (2010).
Fontes
Sumário
CONHECENDO
A VIZINHANÇA
Parte do conjunto
Missões e telescópios
Outros mundos
HISTÓRIA DA
AVENTURA HUMANA
Os errantes
Terra e Sol no centro
Leis e lentes
Sétimo e oitavo
Nova classe de objetos
Ganhando forma
A FORMAÇÃO DO
SISTEMA SOLAR
Vórtices, catástrofes
Nebulosa protossolar
Características do modelo
Colapso do aglomerado
Nasce uma estrela
Os planetesimais
OSistemaSolar
Nossavizinhançacósmica
O SISTEMA SOLAR
Nossa vizinhança cósmica
ASTRO E COADJUVANTES
Terrestre e gigantes
Planetas-anões
Os cometas
Os asteroides
Os transnetunianos
Os satélites
Papel de destaque
NO BRASIL
Sólida tradição
Vigilância dos céus
Novas gerações
GRANDES DESAFIOS
Fases e vida
Mais questionamentos
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas
2012
Q
estudo do Sistema Solar evoluiu muito ao longo dos últimos 50 anos.
Isso se deu, em grande parte, graças ao lançamento de inúmeras
sondas espaciais – que colheram informações sobre os planetas –
e a uma nova geração de telescópios capazes de corrigir distorções causa-
das pela passagem da luz através da atmosfera terrestre, permitindo, assim,
obter imagens de corpos celestes com nitidez nunca antes alcançada.
Os estudos não se limitam mais aos oito planetas, mas incluem agora um
sem-número de luas e cometas, bem como o rastreamento de pequenos objetos
que circulam errantes pelo Sistema Solar – e que podem causar cataclismos,
caso colidam com a Terra.
Continua também a busca por indícios de vida em outros planetas e em
suas luas distantes. Por que esse fenômeno só se desenvolveu na Terra? Estaria
a vida extinta em outros astros? Ou apenas começa a surgir neles?
O leitor verá que continua a incessante busca do homem pelo conhecimento
e sua saga rumo à conquista de novos mundos...
Com este folder, damos prosseguimento às atividades de divulgação cien-
tífica realizadas pelo CBPF. Esta série destina-se ao público não especializado,
que encontrará aqui uma visão moderna do Sistema Solar e também sugestões
de leituras mais aprofundadas sobre esse tema. Mais uma vez, esperamos que
esta iniciativa sirva para despertar vocações, mostrando a jovens estudantes
como a ciência é interessante.
João dos Anjos
COORDENADOR DO PROJETO DESAFIOS DA FÍSICA
O
ASTRO E COADJUVANTES
TERRESTRE E GIGANTES • O Sistema Solar é
composto por populações de corpos em órbita
em torno do Sol, começando pelos oito planetas,
classificados assim: terrestres (Mercúrio, Vê-
nus, Terra e Marte) e gigantes (Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno), todos com órbitas bem distan-
ciadas entre si e com suas zonas de influência.
A capacidade de agregar a si os pequenos cor-
pos nas fases iniciais da formação do Sistema
Solar fez com que só esses oito corpos fossem
classificados como planetas.
PLANETAS-ANÕES • Os planetas-anões, uma
segunda classe de objetos, são relativamente
grandes e estão em regiões povoadas por mui-
tos corpos. Até o momento, há cinco corpos
nesta classe: Ceres (entre Marte e Júpiter), bem
como Plutão, Éris, Makemake e Huamea, estes
para além de Netuno.
OS COMETAS • A terceira classe é a dos peque-
nos corpos, com milhares de objetos distintos
tanto na localização quanto na composição. Os
cometas, com suas caudas, vêm da Nuvem de
Oort, reservatório que envolve esfericamente o
CONHECENDO A VIZINHANÇA
NO BRASIL
SÓLIDA TRADIÇÃO • O Brasil tem sólida tradição no estudo da posição e dinâ-
mica dos objetos do Sistema Solar, mas, só nos últimos 20 anos, começou a
ter grupos ligados ao estudo das propriedades físico-químicas desses objetos.
O Grupo de Ciências Planetárias do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro
(RJ), tem sido pioneiro nessa área, pesquisando a caracterização astrofísica de
pequenos corpos. Seu reconhecimento internacional se deu com a realização do
mapeamento de composições de asteroides, na forma do projeto S3OS2 (sigla,
em inglês, para Mapeamento Espectroscópico de Pequenos Objetos do Sistema
Solar), cujos dados sobre mais de 800 asteroides – o segundo maior catálogo
do gênero até o presente – podem ser acessados em http://sbn.psi.edu/pds/
VIGILÂNCIA DOS CÉUS • O Grupo de Ciências Planetárias está engajado num
projeto pioneiro no Brasil: a instalação e operação de um telescópio robótico
de 1 m (diâmetro do espelho) dedicado ao estudo de objetos potencialmente
perigosos para nosso planeta. Denominado IMPACTON (sigla para Iniciativa
de Mapeamento e Pesquisa de Asteroides nas Cercanias da Terra no Observa-
tório Nacional), o equipamento funciona desde 2011 em Itacuruba (PE).
NOVAS GERAÇÕES • Para despertar o interesse por essa área, foram reali-
zados vários congressos internacionais, como o Rio de Janeiro International
Workshop on Planetary Sciences (1996), o Asteroids, Comets, Meteors (2005)
e o Icy Bodies in the Solar System (2009) – este último como parte da Assem-
bleia Geral da União Astronômica Internacional. Esses eventos têm contri-
buído para o aumento do número de grupos da área e para o surgimento de
novas gerações de pesquisadores.
GALILEOPROJECT/JPL/NASA
HISTÓRIA DA AVENTURA HUMANA
OS ERRANTES • A primeira das populações
do Sistema Solar a ser identificada foi a dos
planetas, que se moviam em relação ao lento e
imutável movimento das estrelas com o mudar
das estações. Ganharam o nome ‘planeta’ (em
grego, errante), sendo eles: Mercúrio, Vênus,
Marte, Júpiter e Saturno.
TERRA E SOL NO CENTRO • O sistema plane-
tário foi inicialmente imaginado como corpos
se movendo em círculos perfeitos em torno da
Terra. Esse modelo geocêntrico, descrito pelo
grego Ptolomeu, por volta de 200 d.C., seria
questionado apenas em 1543, quando o astrô-
nomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543)
propôs que o Sol estaria no centro do sistema.
Inicialmente controverso, esse novo modelo,
heliocêntrico, foi aceito graças a trabalhos de
astrônomos como o dinamarquês Tycho Brahe
(1546-1601), o alemão Johannes Kepler (1571-
1630), o italiano Galileu Galilei (1564-1642) e
o inglês Isaac Newton (1642-1727).
LEIS E LENTES • Em 1609, enquanto Kepler ela-
borava suas primeiras leis do movimento plane-
tário, Galileu reconhecia a importância de um
novo invento: o telescópio. Ele próprio construiu
vários desses equipamentos, mostrando que
uma composição de lentes permitia não só ver
melhor, mas também de forma diferente. Suas
observações forneceram os primeiros dados ex-
perimentais apontando o modelo geocêntrico
como incorreto.
SÉTIMO E OITAVO • Com a aceitação do modelo
heliocêntrico, a Terra – até então centro do ‘uni-
verso’ – foi incluída na lista dos planetas. Em
1781, um sétimo planeta, Urano, foi descoberto
com a ajuda do telescópio. Já a descoberta de
Netuno, em 1846, foi estimulada pelo fato de
sua órbita divergir daquela prevista pela teoria
da gravitação de Newton.
NOVA CLASSE DE OBJETOS • Em 1930, foi des-
coberto Plutão, considerado o nono planeta do
Sistema Solar até 2006. Essa classificação mu-
dou devido à descoberta dos objetos transnetu-
nianos – muito deles com tamanho comparável
ao de Plutão. O asteroide Ceres, descoberto em
1801, teria destino semelhante. Identificado ini-
cialmente como planeta entre Marte e Júpiter,
passou a asteroide (o maior deles), na década de
1840, devido a seu pequeno tamanho. Hoje, Plu-
tão e Ceres são protótipos de uma nova classe de
objetos: os planetas-anões.
GANHANDO FORMA • Com a exploração espa-
cial, a partir da década de 1950, os corpos do
Sistema Solar passaram de pontos luminosos a
objetos com forma. Em suas estruturas, foram
identificadas crateras, montanhas e vulcões; em
suas atmosferas, camadas de nuvens, auroras
e imensos tufões. Foram descobertos satélites
grandes e pequenos em torno de planetas, bem
como corpos menores, como asteroides e obje-
tos transnetunianos. Desvendaram-se sistemas
de anéis, onde milhares de partículas ‘dançam’
em torno dos planetas gigantes (Júpiter, Satur-
no, Urano e Netuno).
A FORMAÇÃO
DO SISTEMA SOLAR
VÓRTICES E CATÁSTROFES • A formação do Sis-
tema Solar sempre fascinou o homem. Inúmeras
teorias foram propostas, desde vórtices imersos
em um misterioso ‘éter’ até catástrofes, como a
colisão do Sol com um cometa ou com outra es-
trela – o que teria retirado grande quantidade de
matéria que viria a formar os demais corpos.
NEBULOSA PROTOSSOLAR • As bases do mo-
delo de formação do Sistema Solar atualmente
mais aceito foram propostas, na segunda me-
tade do século 18, independentemente, pelo fi-
GRANDES DESAFIOS
FASES E VIDA • Apesar dos imensos avanços
no conhecimento sobre nossa vizinhança cós-
mica, há ainda desafios, que podem ser resu-
midos assim: i) entender melhor todas as fases
de formação do Sistema Solar e seus diferen-
tes corpos; ii) entender os requisitos para o
surgimento da vida.
MAIS QUESTIONAMENTOS • A seguir, per-
guntas para as quais se esperam respostas na
próxima década:
i) quais as fases iniciais, as condições e os
processos da formação do Sistema Solar e
qual a natureza do material interestelar que
foi incorporado por seus objetos? Qual o pa-
pel da mistura de materiais na formação pla-
netária?;
ii) como os planetas gigantes e seus satélites
se formaram? Permaneceram onde se forma-
ram ou migraram?;
iii) O que governou a atração de matéria, o su-
primento de água, a química e a diferenciação
interna dos planetas terrestres, bem como a
evolução de suas atmosferas? Que papel teve
na evolução deles o bombardeamento por
grandes corpos cósmicos?;
iv) quais as fontes primordiais do material
orgânico e onde ainda ele é sintetizado atual-
mente?;
v) será que Marte ou Vênus tiveram água e
isso teria levado ao surgimento da vida nes-
ses planetas? Há evidencias de que vida de
fato emergiu nesses corpos?;
vi) além da Terra, há outro lugar do Siste-
ma Solar com condições (material orgânico,
água, energia, nutrientes etc.) para manter a
vida? Existiria vida nesses locais?
PARTE DO CONJUNTO • A Terra não é um corpo
isolado, vagando no imenso universo. É, sim,
parte de um conjunto que chamamos Sistema
Solar. Da vizinhança de nosso planeta, fazem
parte – além do Sol, nossa estrela –, oito plane-
tas e uma miríade de corpos menores.
MISSÕES E TELESCÓPIOS • Nosso conheci-
mento sobre essa vizinhança aumentou de for-
ma dramática nestes últimos 40 anos, devido às
missões espaciais e, é claro, à melhoria dos te-
lescópios e detectores aqui na Terra. Sondas
como Apollo, Voyager, Giotto, Pioneer, Viking,
Galileo, Cassini, Clementine, Rosetta, Hayabu-
sa, entre outras, visitaram todos os planetas,
bem como vários satélites, anéis, asteroides e
cometas.
OUTROS MUNDOS • Com a exploração espacial,
os planetas deixaram de ser, para nós, apenas
pontos brilhantes no céu noturno: passaram
a ser outros ‘mundos’. Mundos novos que,
assim como a Terra, precisam ser explorados,
entendidos e – quem sabe? – até habitados.
lósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) e pelo
matemático, astrônomo e físico francês Pierre Si-
mon de Laplace (1749-1827). É a chamada hipótese
Kant-Laplace da nebulosa protossolar.
CARACTERÍSTICAS DO MODELO • O modelo da ne-
bulosa protossolar visa a reproduzir as caracterís-
ticas observadas do Sistema Solar: i) todos os pla-
netas giram em torno do Sol na mesma direção, e o
Sol gira em torno de seu eixo, na direção do movi-
mento dos planetas; ii) os planetas (exceção de Vê-
nus e Urano) giram em torno de seu eixo nessa mes-
ma direção; iii) as órbitas dos planetas são quase
circulares e coplanares; iv) apesar de variações que
dependem da distância ao Sol, todos os corpos têm
composição química similar e uma única idade de
solidificação (4,55 milhões de anos); v) 99,8% da
massa do Sistema Solar estão concentrados no Sol.
COLAPSO DO AGLOMERADO • A formação do Sis-
tema Solar pode ser descrita assim: há cerca de
4,5 bilhões de anos, um pequeno aglomerado de
gás e poeira, em uma nuvem molecular gigante,
começou a colapsar – talvez, devido a uma onda
de choque provocada por uma supernova (explo-
são de estrela massiva ao final da vida). O aglo-
merado era formado por gás hidrogênio e hélio,
bem como por pequena quantidade de elemen-
tos mais pesados, vindos de estrelas antigas.
NASCE UMA ESTRELA • Cerca de 100 mil anos
depois, a gravidade e a inércia haviam moldado
o aglomerado em um disco achatado de material
em rotação, com uma estrela nascendo em seu
centro. Passados mais 50 milhões de anos, o
centro dessa protoestrela era quente o suficien-
te para fundir núcleos de hidrogênio: nosso Sol
havia nascido.
OS PLANETESIMAIS • No disco, os grãos es-
piralando em torno da nova estrela começam a
formar os planetas. Para isso, foi preciso que o
gás se condensasse em poeira e gelo, e estes se
juntassem, dando origem aos precursores dos
planetas: os planetesimais, que, por meio de
colisões, cresceram e se tornaram complexos. O
resultado é a grande diversidade de corpos ob-
servados no Sistema Solar hoje.
Sistema Solar a distâncias maio-
res que 7,5 bilhões de km (50 mil
unidades astronômicas). São
compostos por gelos de água,
metano, amônia e outras subs-
tâncias que, ao se aproximarem
do Sol, se volatilizam, formando
a cabeleira (coma) e a cauda de
poeira dos cometas.
OS ASTEROIDES • Outro reservatório de
pequenos corpos é o cinturão dos asteroides,
entre Marte e Júpiter. No início do Sistema So-
lar, a rápida formação de Júpiter interrompeu
a agregação de matéria nessa região, fazendo
com que milhares de pequenos corpos passas-
sem a evoluir sob a forte influência gravitacio-
nal desse planeta gigante, o que levou objetos
maiores do cinturão a colidir e a se fragmentar.
Hoje, são conhecidos milhares desses objetos
– e muitos ainda devem ser identificados os pró-
ximos anos.
OS TRANSNETUNIANOS • Além de Netuno, há
o cinturão de objetos transnetunianos, que co-
meçou a ser descoberto a partir de 1992. Hoje,
se conhecem, na região, mais de 2 mil corpos,
cuja composição é similar à dos
cometas. Por estarem longe do
calor do Sol, nunca volatilizam
seus gelos.
OS SATÉLITES • Também há
grande número de satélites
em torno de planetas, planetas-
-anões, asteroides e objetos trans-
netunianos. Cada um dos planetas
(exceção para Mercúrio e Vênus) tem um ou
mais satélites. Alguns dos maiores: a Lua; Io,
Europa, Ganimedes e Calisto (os quatro maio-
res de Júpiter); Titã (Saturno); Tritão (Urano).
Cada um dos planetas gigantes também tem um
sistema de anéis compostos por imenso número
de pequenos corpos que seguem órbitas inde-
pendentes umas das outras ao redor do planeta.
PAPEL DE DESTAQUE • O ator principal do Siste-
ma Solar é o Sol. Apesar do papel de destaque,
nossa estrela é relativamente ‘normal’, como
milhares de outras. Pode ser descrita como uma
bola de gás incandescente, com 1,4 milhão de
km de diâmetro e temperatura média superficial
de 6 mil graus celsius – esta podendo chegar a
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O Sistema Solar e seus mistérios

  • 1. PRESIDENTA DA REPÚBLICA Dilma Rousseff MINISTRO DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Marco Antonio Raupp SUBSECRETÁRIO DE COORDENAÇÃO DAS UNIDADES DE PESQUISA Arquimedes Diógenes Ciloni DIRETOR DO CBPF Fernando Lázaro Freire Júnior COORDENAÇÃO DO PROJETO DESAFIOS DA FÍSICA João dos Anjos (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas/MCTI) REDAÇÃO E EDIÇÃO CIENTÍFICA Daniela Lazzaro (Observatório Nacional/MCT) EDIÇÃO DE TEXTO Cássio Leite Vieira (Instituto Ciência Hoje) PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO, INFOGRÁFICOS E TRATAMENTO DE IMAGEM Ampersand Comunicação Gráfica www.amperdesign.com.br CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS Rua Dr. Xavier Sigaud, 150 22290-180 - Rio de Janeiro - RJ Tel: (0xx21) 2141-7100 Fax: (0xx21) 2141-7400 Internet: http://www.cbpf.br Para receber gratuitamente pelo correio um exemplar deste folder, envie pedido pelo sítio do projeto Desafios da Física (http://mesonpi.cat.cbpf.br/desafios/), onde estão disponíveis, em formato PDF, todos os folders da série. No portal http://www.cbpf.br/Publicacoes.html, estão disponíveis outras iniciativas de divulgação científica do CBPF. LAZZARO, D. ‘O Sistema Solar e seus corpos extraordinários’. Ciência Hoje n.258, p. 40, 2009. LAZZARO, D. ‘A ponta do iceberg em Marte’. Ciência Hoje n. 184, p. 10, 2002. LAZZARO, D. ‘O fim do mundo?’. Ciência Hoje n. 187, p. 22. 2002. IVANISSEVICH, A.; WUENSCHE, C. A.; VILLAS DA ROCHA, J. F. Astronomia Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje (2010). Fontes Sumário CONHECENDO A VIZINHANÇA Parte do conjunto Missões e telescópios Outros mundos HISTÓRIA DA AVENTURA HUMANA Os errantes Terra e Sol no centro Leis e lentes Sétimo e oitavo Nova classe de objetos Ganhando forma A FORMAÇÃO DO SISTEMA SOLAR Vórtices, catástrofes Nebulosa protossolar Características do modelo Colapso do aglomerado Nasce uma estrela Os planetesimais OSistemaSolar Nossavizinhançacósmica O SISTEMA SOLAR Nossa vizinhança cósmica ASTRO E COADJUVANTES Terrestre e gigantes Planetas-anões Os cometas Os asteroides Os transnetunianos Os satélites Papel de destaque NO BRASIL Sólida tradição Vigilância dos céus Novas gerações GRANDES DESAFIOS Fases e vida Mais questionamentos Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas 2012 Q estudo do Sistema Solar evoluiu muito ao longo dos últimos 50 anos. Isso se deu, em grande parte, graças ao lançamento de inúmeras sondas espaciais – que colheram informações sobre os planetas – e a uma nova geração de telescópios capazes de corrigir distorções causa- das pela passagem da luz através da atmosfera terrestre, permitindo, assim, obter imagens de corpos celestes com nitidez nunca antes alcançada. Os estudos não se limitam mais aos oito planetas, mas incluem agora um sem-número de luas e cometas, bem como o rastreamento de pequenos objetos que circulam errantes pelo Sistema Solar – e que podem causar cataclismos, caso colidam com a Terra. Continua também a busca por indícios de vida em outros planetas e em suas luas distantes. Por que esse fenômeno só se desenvolveu na Terra? Estaria a vida extinta em outros astros? Ou apenas começa a surgir neles? O leitor verá que continua a incessante busca do homem pelo conhecimento e sua saga rumo à conquista de novos mundos... Com este folder, damos prosseguimento às atividades de divulgação cien- tífica realizadas pelo CBPF. Esta série destina-se ao público não especializado, que encontrará aqui uma visão moderna do Sistema Solar e também sugestões de leituras mais aprofundadas sobre esse tema. Mais uma vez, esperamos que esta iniciativa sirva para despertar vocações, mostrando a jovens estudantes como a ciência é interessante. João dos Anjos COORDENADOR DO PROJETO DESAFIOS DA FÍSICA O
  • 2. ASTRO E COADJUVANTES TERRESTRE E GIGANTES • O Sistema Solar é composto por populações de corpos em órbita em torno do Sol, começando pelos oito planetas, classificados assim: terrestres (Mercúrio, Vê- nus, Terra e Marte) e gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), todos com órbitas bem distan- ciadas entre si e com suas zonas de influência. A capacidade de agregar a si os pequenos cor- pos nas fases iniciais da formação do Sistema Solar fez com que só esses oito corpos fossem classificados como planetas. PLANETAS-ANÕES • Os planetas-anões, uma segunda classe de objetos, são relativamente grandes e estão em regiões povoadas por mui- tos corpos. Até o momento, há cinco corpos nesta classe: Ceres (entre Marte e Júpiter), bem como Plutão, Éris, Makemake e Huamea, estes para além de Netuno. OS COMETAS • A terceira classe é a dos peque- nos corpos, com milhares de objetos distintos tanto na localização quanto na composição. Os cometas, com suas caudas, vêm da Nuvem de Oort, reservatório que envolve esfericamente o CONHECENDO A VIZINHANÇA NO BRASIL SÓLIDA TRADIÇÃO • O Brasil tem sólida tradição no estudo da posição e dinâ- mica dos objetos do Sistema Solar, mas, só nos últimos 20 anos, começou a ter grupos ligados ao estudo das propriedades físico-químicas desses objetos. O Grupo de Ciências Planetárias do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro (RJ), tem sido pioneiro nessa área, pesquisando a caracterização astrofísica de pequenos corpos. Seu reconhecimento internacional se deu com a realização do mapeamento de composições de asteroides, na forma do projeto S3OS2 (sigla, em inglês, para Mapeamento Espectroscópico de Pequenos Objetos do Sistema Solar), cujos dados sobre mais de 800 asteroides – o segundo maior catálogo do gênero até o presente – podem ser acessados em http://sbn.psi.edu/pds/ VIGILÂNCIA DOS CÉUS • O Grupo de Ciências Planetárias está engajado num projeto pioneiro no Brasil: a instalação e operação de um telescópio robótico de 1 m (diâmetro do espelho) dedicado ao estudo de objetos potencialmente perigosos para nosso planeta. Denominado IMPACTON (sigla para Iniciativa de Mapeamento e Pesquisa de Asteroides nas Cercanias da Terra no Observa- tório Nacional), o equipamento funciona desde 2011 em Itacuruba (PE). NOVAS GERAÇÕES • Para despertar o interesse por essa área, foram reali- zados vários congressos internacionais, como o Rio de Janeiro International Workshop on Planetary Sciences (1996), o Asteroids, Comets, Meteors (2005) e o Icy Bodies in the Solar System (2009) – este último como parte da Assem- bleia Geral da União Astronômica Internacional. Esses eventos têm contri- buído para o aumento do número de grupos da área e para o surgimento de novas gerações de pesquisadores. GALILEOPROJECT/JPL/NASA HISTÓRIA DA AVENTURA HUMANA OS ERRANTES • A primeira das populações do Sistema Solar a ser identificada foi a dos planetas, que se moviam em relação ao lento e imutável movimento das estrelas com o mudar das estações. Ganharam o nome ‘planeta’ (em grego, errante), sendo eles: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. TERRA E SOL NO CENTRO • O sistema plane- tário foi inicialmente imaginado como corpos se movendo em círculos perfeitos em torno da Terra. Esse modelo geocêntrico, descrito pelo grego Ptolomeu, por volta de 200 d.C., seria questionado apenas em 1543, quando o astrô- nomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) propôs que o Sol estaria no centro do sistema. Inicialmente controverso, esse novo modelo, heliocêntrico, foi aceito graças a trabalhos de astrônomos como o dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601), o alemão Johannes Kepler (1571- 1630), o italiano Galileu Galilei (1564-1642) e o inglês Isaac Newton (1642-1727). LEIS E LENTES • Em 1609, enquanto Kepler ela- borava suas primeiras leis do movimento plane- tário, Galileu reconhecia a importância de um novo invento: o telescópio. Ele próprio construiu vários desses equipamentos, mostrando que uma composição de lentes permitia não só ver melhor, mas também de forma diferente. Suas observações forneceram os primeiros dados ex- perimentais apontando o modelo geocêntrico como incorreto. SÉTIMO E OITAVO • Com a aceitação do modelo heliocêntrico, a Terra – até então centro do ‘uni- verso’ – foi incluída na lista dos planetas. Em 1781, um sétimo planeta, Urano, foi descoberto com a ajuda do telescópio. Já a descoberta de Netuno, em 1846, foi estimulada pelo fato de sua órbita divergir daquela prevista pela teoria da gravitação de Newton. NOVA CLASSE DE OBJETOS • Em 1930, foi des- coberto Plutão, considerado o nono planeta do Sistema Solar até 2006. Essa classificação mu- dou devido à descoberta dos objetos transnetu- nianos – muito deles com tamanho comparável ao de Plutão. O asteroide Ceres, descoberto em 1801, teria destino semelhante. Identificado ini- cialmente como planeta entre Marte e Júpiter, passou a asteroide (o maior deles), na década de 1840, devido a seu pequeno tamanho. Hoje, Plu- tão e Ceres são protótipos de uma nova classe de objetos: os planetas-anões. GANHANDO FORMA • Com a exploração espa- cial, a partir da década de 1950, os corpos do Sistema Solar passaram de pontos luminosos a objetos com forma. Em suas estruturas, foram identificadas crateras, montanhas e vulcões; em suas atmosferas, camadas de nuvens, auroras e imensos tufões. Foram descobertos satélites grandes e pequenos em torno de planetas, bem como corpos menores, como asteroides e obje- tos transnetunianos. Desvendaram-se sistemas de anéis, onde milhares de partículas ‘dançam’ em torno dos planetas gigantes (Júpiter, Satur- no, Urano e Netuno). A FORMAÇÃO DO SISTEMA SOLAR VÓRTICES E CATÁSTROFES • A formação do Sis- tema Solar sempre fascinou o homem. Inúmeras teorias foram propostas, desde vórtices imersos em um misterioso ‘éter’ até catástrofes, como a colisão do Sol com um cometa ou com outra es- trela – o que teria retirado grande quantidade de matéria que viria a formar os demais corpos. NEBULOSA PROTOSSOLAR • As bases do mo- delo de formação do Sistema Solar atualmente mais aceito foram propostas, na segunda me- tade do século 18, independentemente, pelo fi- GRANDES DESAFIOS FASES E VIDA • Apesar dos imensos avanços no conhecimento sobre nossa vizinhança cós- mica, há ainda desafios, que podem ser resu- midos assim: i) entender melhor todas as fases de formação do Sistema Solar e seus diferen- tes corpos; ii) entender os requisitos para o surgimento da vida. MAIS QUESTIONAMENTOS • A seguir, per- guntas para as quais se esperam respostas na próxima década: i) quais as fases iniciais, as condições e os processos da formação do Sistema Solar e qual a natureza do material interestelar que foi incorporado por seus objetos? Qual o pa- pel da mistura de materiais na formação pla- netária?; ii) como os planetas gigantes e seus satélites se formaram? Permaneceram onde se forma- ram ou migraram?; iii) O que governou a atração de matéria, o su- primento de água, a química e a diferenciação interna dos planetas terrestres, bem como a evolução de suas atmosferas? Que papel teve na evolução deles o bombardeamento por grandes corpos cósmicos?; iv) quais as fontes primordiais do material orgânico e onde ainda ele é sintetizado atual- mente?; v) será que Marte ou Vênus tiveram água e isso teria levado ao surgimento da vida nes- ses planetas? Há evidencias de que vida de fato emergiu nesses corpos?; vi) além da Terra, há outro lugar do Siste- ma Solar com condições (material orgânico, água, energia, nutrientes etc.) para manter a vida? Existiria vida nesses locais? PARTE DO CONJUNTO • A Terra não é um corpo isolado, vagando no imenso universo. É, sim, parte de um conjunto que chamamos Sistema Solar. Da vizinhança de nosso planeta, fazem parte – além do Sol, nossa estrela –, oito plane- tas e uma miríade de corpos menores. MISSÕES E TELESCÓPIOS • Nosso conheci- mento sobre essa vizinhança aumentou de for- ma dramática nestes últimos 40 anos, devido às missões espaciais e, é claro, à melhoria dos te- lescópios e detectores aqui na Terra. Sondas como Apollo, Voyager, Giotto, Pioneer, Viking, Galileo, Cassini, Clementine, Rosetta, Hayabu- sa, entre outras, visitaram todos os planetas, bem como vários satélites, anéis, asteroides e cometas. OUTROS MUNDOS • Com a exploração espacial, os planetas deixaram de ser, para nós, apenas pontos brilhantes no céu noturno: passaram a ser outros ‘mundos’. Mundos novos que, assim como a Terra, precisam ser explorados, entendidos e – quem sabe? – até habitados. lósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804) e pelo matemático, astrônomo e físico francês Pierre Si- mon de Laplace (1749-1827). É a chamada hipótese Kant-Laplace da nebulosa protossolar. CARACTERÍSTICAS DO MODELO • O modelo da ne- bulosa protossolar visa a reproduzir as caracterís- ticas observadas do Sistema Solar: i) todos os pla- netas giram em torno do Sol na mesma direção, e o Sol gira em torno de seu eixo, na direção do movi- mento dos planetas; ii) os planetas (exceção de Vê- nus e Urano) giram em torno de seu eixo nessa mes- ma direção; iii) as órbitas dos planetas são quase circulares e coplanares; iv) apesar de variações que dependem da distância ao Sol, todos os corpos têm composição química similar e uma única idade de solidificação (4,55 milhões de anos); v) 99,8% da massa do Sistema Solar estão concentrados no Sol. COLAPSO DO AGLOMERADO • A formação do Sis- tema Solar pode ser descrita assim: há cerca de 4,5 bilhões de anos, um pequeno aglomerado de gás e poeira, em uma nuvem molecular gigante, começou a colapsar – talvez, devido a uma onda de choque provocada por uma supernova (explo- são de estrela massiva ao final da vida). O aglo- merado era formado por gás hidrogênio e hélio, bem como por pequena quantidade de elemen- tos mais pesados, vindos de estrelas antigas. NASCE UMA ESTRELA • Cerca de 100 mil anos depois, a gravidade e a inércia haviam moldado o aglomerado em um disco achatado de material em rotação, com uma estrela nascendo em seu centro. Passados mais 50 milhões de anos, o centro dessa protoestrela era quente o suficien- te para fundir núcleos de hidrogênio: nosso Sol havia nascido. OS PLANETESIMAIS • No disco, os grãos es- piralando em torno da nova estrela começam a formar os planetas. Para isso, foi preciso que o gás se condensasse em poeira e gelo, e estes se juntassem, dando origem aos precursores dos planetas: os planetesimais, que, por meio de colisões, cresceram e se tornaram complexos. O resultado é a grande diversidade de corpos ob- servados no Sistema Solar hoje. Sistema Solar a distâncias maio- res que 7,5 bilhões de km (50 mil unidades astronômicas). São compostos por gelos de água, metano, amônia e outras subs- tâncias que, ao se aproximarem do Sol, se volatilizam, formando a cabeleira (coma) e a cauda de poeira dos cometas. OS ASTEROIDES • Outro reservatório de pequenos corpos é o cinturão dos asteroides, entre Marte e Júpiter. No início do Sistema So- lar, a rápida formação de Júpiter interrompeu a agregação de matéria nessa região, fazendo com que milhares de pequenos corpos passas- sem a evoluir sob a forte influência gravitacio- nal desse planeta gigante, o que levou objetos maiores do cinturão a colidir e a se fragmentar. Hoje, são conhecidos milhares desses objetos – e muitos ainda devem ser identificados os pró- ximos anos. OS TRANSNETUNIANOS • Além de Netuno, há o cinturão de objetos transnetunianos, que co- meçou a ser descoberto a partir de 1992. Hoje, se conhecem, na região, mais de 2 mil corpos, cuja composição é similar à dos cometas. Por estarem longe do calor do Sol, nunca volatilizam seus gelos. OS SATÉLITES • Também há grande número de satélites em torno de planetas, planetas- -anões, asteroides e objetos trans- netunianos. Cada um dos planetas (exceção para Mercúrio e Vênus) tem um ou mais satélites. Alguns dos maiores: a Lua; Io, Europa, Ganimedes e Calisto (os quatro maio- res de Júpiter); Titã (Saturno); Tritão (Urano). Cada um dos planetas gigantes também tem um sistema de anéis compostos por imenso número de pequenos corpos que seguem órbitas inde- pendentes umas das outras ao redor do planeta. PAPEL DE DESTAQUE • O ator principal do Siste- ma Solar é o Sol. Apesar do papel de destaque, nossa estrela é relativamente ‘normal’, como milhares de outras. Pode ser descrita como uma bola de gás incandescente, com 1,4 milhão de km de diâmetro e temperatura média superficial de 6 mil graus celsius – esta podendo chegar a milhões de graus em seu interior. NASA/JPL-CALTECH NASA/JPL-CALTECH NASA/JPL-CALTECH