SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
Quinta Parte
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa




                Ferramentas da Geologia – Um Estudo

	       Algumas das invenções se tornaram cruciais para o estado atual do conhecimento. Veremos
apenas as cinco principais que chamaremos de invenções cruciais, ou Ferramentas da Geologia. A
primeira foi o telescópio, surgido no início do século XVII; a segunda foi a metalurgia, inventada em
1709, e que deu possibilidade para a construção da máquina a vapor aparecida em 1712; a terceira
foi o microscópio, seguida do sismógrafo, que apareceu em 1880, ou seja, 270 anos depois do teles-
cópio. Finalmente, os foguetes, satélites e imagens.
	       Vejamos, a vôo de pássaro, uma de cada vez.

                                          O Telescópio
	         Quem o inventou? O holandês Hans Lippershey em 1608 ou foi Galileu, o italiano, em 1609?
Hoje é um problema histórico, mas a despeito de quem o fez, ele abriu a possibilidade de estudar
o céu, e ampliar o conhecimento humano olhando mais de perto a Lua, o Sol, planetas, estrelas, e
fazerem-se teorias novas sobre suas formas e movimentos, as quais abalaram fortemente os alicerces
da religião. A partir daquela data, o aparelho passou por melhoramentos técnicos cada vez mais re-
quintados, e cada um fez sucesso à sua época, mas um a um foram ultrapassados por novos modelos.
Depois de famosos telescópios como, Monte Palomar, com um espelho de mais de 5m de diâmetro,
e, atualmente, o observatório Keck, com espelhos de quase 10m de diâmetro, situado em Mauna Kea,
no Hawai, o instrumento nada mais tem a ver com o primitivo telescópio de Galileu, construído por
ele mesmo, que ampliava apenas três vezes.
	         Seguindo de perto essas pesquisas, vem o HST ou Hubble Space Telescope, projeto da
NASA, que tomou doze anos na construção e é o projeto mais caro de todos até agora (US$ 1,5
        1

bilhão). Entre suas conquistas, através das fotos que obteve, corrigiu-se a “idade” do universo. Este
teria 18 bilhões de anos (1992) ou três bilhões a mais do que se pensava anteriormente (15 bilhões),
para em seguida ser corrigido de novo (1994) pelos astrônomos do telescópio situado no alto do
Mauna Kea, no Hawai , que depois de muitas observações, calcularam que o universo é mais novinho
e tem apenas 12 bilhões de anos...2 O custo dessas informações, em dólares, supera o número em anos
inferido para a idade do universo...
	         O HST foi colocado em órbita em 1990, a uma distância de 570 km da Terra, equipado com
cinco dos principais instrumentos de observatório, mas com um defeito de fabricação no espelho pri-
mário que afetou sua capacidade de focalizar, fornecendo fotografias sem nitidez, além de problemas
no giroscópio. Os defeitos foram corrigidos em 1993 e o telescópio voltou a funcionar. E a novela
continua: a cada fotografia que o HST manda para a Terra, os astrônomos se divertem observando
“colisões” de galáxias, “nascimento” de estrelas, além de “buracos negros” e informações , em mi-
lhões e bilhões de anos, que nada acrescentam para melhorar nossos índices de subdesenvolvimento.



                                                  164
Ferramentas da Geologia

	        Fora das especulações passíveis de serem feitas com a ajuda desses aparelhos (Big Bang, bu-
racos negros, brancos e de “minhoca”, simetrias, etc.), o nosso conhecimento sobre os outros astros
é pouco diferente do que se conhecia antes da invenção dos mesmos.
	        Atualmente está em fase de experimentação o mais extraordinário dos telescópios já cons-
truídos pelo homem, e ele é de fato uma maravilha de técnica e arrojo. Estamos falando de Paranal,
o projeto da ESO (European Southern Observatory) e o seu VLTI (Very Large Telescope Interfero-
meter) com quatro espelhos de 8,2m de diâmetro. Dois deles foram ligados pela primeira vez em
29/10/01 com sucesso total. Foi captada pelos dois espelhos a luz de Archemar (Alpha Eridani) e
mandada para o Laboratório de Interferometria do Observatório, onde foram juntadas em um foco só
revelando imagens extraordinárias, de grande nitidez. O próximo passo é combinar os quatro espe-
lhos formando o mais poderoso sistema de telescópios do mundo. Vão ser revelados detalhes quinze
vezes maiores do que os atualmente vistos por qualquer aparelho existente na Terra. De novo deverá
ser alterada a idade da Terra, do Sol etc., mas de fato, nada alterará no sistema e na Via Láctea, nem
na economia das nações com os novos detalhes.
	        Depois de Paranal e o VLTI deveremos construir outro (ver Projeto Origens) quem sabe
aonde, com quantos espelhos etc, para resolver... absolutamente nada.
	        Em agosto de 2006 reuniu-se em Praga, República Checa, uma plêiade de 2.500 astrônomos
com a finalidade de alterar a configuração do sistema solar retirando de Plutão o status de planeta,
rebaixando-o para o nível de asteróide, uma classe proletária dos astros do céu...
	        Discute-se a sério entre famosos cientistas da NASA sobre a existência de vida em Marte,
porque em determinada foto apareceu uma formação rochosa semelhante a um rosto humano e há
até um projeto de visitar aquele planeta em uma viagem, cuja duração seria de 1100 dias, ao custo de
US$ 400 bilhões, aparentemente para divertir pela TV os famintos e atônitos contribuintes na Terra,
e mais nada. Alguns cientistas andam “ouvindo” o restinho do estampido do big bang causado pela
explosão aterradora do idealístico pontinho que continha toda a matéria do universo!
	        É impossível enumerar todos os projetos “idealizados” por americanos, russos, japoneses, e
agora até o Brasil já tenta se aventurar nesses programas mirabolantes.
	        Tais projetos milionários têm raízes comuns:
         •	 A primeira é saber se estamos sós no universo, e o que acontece depois da morte;
         •	 A segunda tem a ver com o conceito de tempo, a idade do mundo e a sua evolução;
         •	 A terceira diz respeito ao combustível usado pelas estrelas, inclusive o Sol, para queimar
            durante tanto tempo, sem que se acabe o combustível ou o próprio astro, e finalmente,
         •	 O que acontece com o núcleo de astros maiores que o Sol.
	        São temas geológicos estudados separadamente por curiosos de áreas específicas (físicos,
químicos e matemáticos), com resultados também solitários.

                                       Máquinas a Vapor
	       As máquinas, construídas para multiplicar a força humana, constituem outra das invenções
que determinaram uma nova faceta para a humanidade. Deixemos para a história as alavancas, a
roda, os eixos, e passemos diretamente para a chamada Revolução Industrial. Iniciava-se o século
XVIII, e os homens daquele tempo conseguiram transformar os metais, através da metalurgia, pas-
sando para uma fase de fabricação de ferramentas mais sofisticadas, ao trocar o carvão de madeira
pelo carvão de pedra, de maior poder calorífico. O autor desta façanha foi Abraham Darby, em 1709,
seguindo-se a invenção da máquina a vapor de T. Newcomen , em 1712.
	       As máquinas a vapor, as primeiras máquinas de combustão externa posteriormente patente-
adas por Watt , em 1769, seriam seguidas pelas teorias da Termodinâmica de J.Black e Fourier. Só

                                               165
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

em 1876, Nikolau August Otto (1832-1891) fez funcionar o primeiro motor de combustão interna
re-inaugurando a “Civilização do Petróleo”, na qual vivemos até o presente. Em 1897 apareceriam
os motores a Diesel, nome do inventor desse tipo de máquina, bem mais robusta do que os motores
de ciclo Otto, dando ensejo ao aparecimento de trabalhos mais exigentes em potência e força, como
a agricultura mecanizada e a perfuração de poços muito mais profundos para extração de petróleo.

                                         O Microscópio
	        Muita coisa não teria acontecido se a curiosidade humana não tivesse se desviado para outra
área interessante. Pelo meio do século XV iniciaram-se as pesquisas com um aparelho que facilitava
a visão de coisas diminutas e difíceis de serem observadas pelo olho humano. Passou-se então a cons-
truir lentes de aumento ou simplesmente lentes. Todos os estudos que dependessem de observações
apuradas não passariam de pura filosofia, não fosse o aparecimento da indústria do vidro para várias
finalidades, inclusive para fabricação de lentes. Realmente as lentes foram construídas para melhorar
a simples visão das pessoas que enxergavam mal. Aumentou-se o seu poder de ampliação para faci-
litar a visão de detalhes ou aumentar algumas vezes o tamanho natural dos objetos da curiosidade,
como partes diminutas dos órgãos de insetos, aparelhos de reprodução dos vegetais, a identificação
dos estômatos por onde ocorrem as trocas gasosas pelos vegetais, etc.
	        O microscópio foi um dos saltos mais importantes da técnica e da indústria ótica, o qual per-
mitiu que os cientistas penetrassem e solucionassem problemas de importância crucial para o conhe-
cimento humano. Por exemplo, o conhecimento atual de todo o processo fotossintético, entre outros,
deu a resposta sobre as transformações da energia do Sol em matéria tridimensional e a origem da
vida.

                                          O Sismógrafo
	        A outra invenção crucial foi o sismógrafo. Se o telescópio dava possibilidade de olhar para
fora da Terra, pensava-se que o sismógrafo daria possibilidade de conhecer o interior do globo.
	        A história do sismógrafo é uma história longa já tratada em outra parte deste trabalho. Inven-
tado por John Milne, em 1880 (270 anos após o telescópio) com o objetivo primário de estudar os
terremotos, o aparelho (exatamente como o telescópio), rústico que era, passou por melhoramentos,
até atingir o estado em que se encontra hoje, mas, desviado para finalidades inteiramente diferentes
do objetivo original: descobrir a origem dos terremotos.
	        Ao tempo de Milne, armava-se o aparelho, esperava-se o terremoto acontecer e estudavam-
se os resultados. Atualmente, provoca-se o terremoto com explosões e outros tipos de vibrações,
colhem-se o resultado e analisa-se o fenômeno. O problema dos terremotos, que deveriam ser es-
tudados com os sismógrafos, continua sem solução: não se sabe o que eles representam, e nem sua
origem. O principal prejuízo entretanto é supor que o aparelho pode ser empregado para dar solução
a outro tipo de problema, para o qual ele não foi construído e não tem qualquer chance de funcionar.
Estamos nos referindo à pesquisa geológica, especialmente à pesquisa de petróleo. A suposição de
que petróleo ocorre em estruturas, uma crença do século XIX, faz com que os geofísicos (intérpretes
dos dados colhidos pelo aparelho), procurem e (pior de tudo) encontrem as referidas estruturas na
subsuperfície.
	        Não há relação de causa e efeito. As duas coisas não têm qualquer relação. Isso torna a pes-
quisa do petróleo extraordinariamente cara e impede o progresso de toda a humanidade, que depen-
de, cada dia, de mais petróleo, o seu combustível natural.


                                                   166
Ferramentas da Geologia

	        Vale a pena observar que, com o telescópio, os astrofísicos se divertem procurando o início
e o fim do mundo, os buracos negros e o início do tempo. Como prejuízos para a humanidade ficam
as altas somas de dinheiro investidas neste tipo de pesquisa, que poderiam estar sendo usadas por ou-
tros cientistas mais comprometidos com os inúmeros problemas da vida, neste planeta. A prometida
colonização de Marte e de outros planetas do sistema não passam de promessas demagógicas feitas
para impressionar o público, que paga tais aventuras. Finalmente é possível dizer: fora do uso trivial
dos telescópios, isto é, ver a distância nas vizinhanças da Terra, estudos aparentemente esgotados por
Copérnico, Kepler e Galileu, o instrumento cada vez mais sofisticado é uma excelente maneira de
divertir quem os compra, em modelos caseiros.
	        Com o uso do sismógrafo os prejuízos para a humanidade são maiores. Sem que se conheça
a sua relação com a Geologia, o aparelho impede o sucesso da pesquisa na busca das novas minas de
petróleo.

                               Foguetes, Satélites e Imagens
	        Os foguetes desenvolvidos durante e posteriormente a II Guerra Mundial, de maneira tornar
mais efetiva a retaliação do inimigo, hoje desempenham papel importantíssimo para a humanidade
ao facilitar as comunicações e localizações da qual nos beneficiamos todos. Mas, junto com os satéli-
tes de comunicação, os construtores de foguetes colocam outros apetrechos, enviando-os mais longe
ainda a pesquisar os outros planetas. Vejamos alguns exemplos.
	        Em 04 de maio de1989 foi enviada a Vênus a sonda U.S. Magellan2, que chegou lá em 10 de
agosto de 1990, de onde foram obtidas imagens de radar. Qual a utilidade dessas imagens? De ime-
diato, servem apenas para apreciar a paisagem e a superfície topográfica do planeta. As imagens de
radar não têm resolução para revelar qualquer coisa, além disso. A prática obtida aqui na Terra (Pro-
jeto Radambrasil), mostra que a tentativa de fazer mapas usando este tipo de sensor foi um malogro
e um fracasso. Aquelas imagens, produtos de alta técnica, precisam de homens habilitados, de muita
experiência em mapeamentos, para manuseá-las, sem o que, não passam de papéis impressos com
simples paisagens topográficas. Elas mostram somente grandes estruturas rochosas, sem quaisquer
esclarecimentos sobre sua textura, estrutura e origem. Impossível distinguir rochas umas das outras,
sejam elas clásticas ou não. Seus intérpretes, além de se aventurarem em conclusões sem nexo,
chegam a cometer erros primários, cientes de que poucas pessoas podem contradizê-los. Dissertar
sobre uma imagem de radar sem a verificação do campo é apenas uma irresponsabilidade. Será que
imagens da paisagem topográfica dos planetas, sejam da Terra ou de Vênus, justificam os resultados
e os custos do projeto?
	        Há ainda o Cosmic Background Explorer (COBE) da NASA3 que procura a “estrutura” do
universo fotografando o céu em ondas curtas e infravermelhas, sem que essa informação sirva para
qualquer coisa aproveitável.
	        Há o projeto alemão/britânico/americano Rontgensatellit (ROSAT)2 que faz a mesma coisa
do COBE, apenas que em Raios X e Ultravioleta. São inumeráveis os projetos do mesmo tipo e fi-
nalidade como o Gamma Ray Observatory (GRO)2 em órbita da Terra desde abril de 1991; o U.S.
Voyager II3 mandado aos planetas exteriores, que após viajar 11.000.000.000 (onze bilhões!) de km
(velocidade de 1,6 milhão de km/dia), gastando 12 anos terrestres de viagem (lançado a 20 de agosto
de 1977, chegou a Netuno em agosto de 1989), envolvendo 200 pesquisadores, que após tanto tempo
e trabalho chegaram à conclusão de que os planetas fotografados de longe são muito parecidos uns
com os outros, mas ao mesmo tempo, bastante diferentes...! A Voyageur, também mandou para a Ter-
ra fotos de paisagens planetárias a grandes distâncias, sem nenhum valor. Todas as “interpretações”
feitas a partir dessas informações são precárias, aventureiras, naturalmente erradas e especialmente

                                               167
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

sem nenhum interesse para a humanidade. Finalmente, há os biossatélites aonde vão aprisionados ra-
tos, macacos, papagaios, insetos e outros animais para serem estudados na imponderabilidade, quem
sabe com que finalidade e com que conclusões.

                                 Distâncias: um Obstáculo
	        Os fatores condicionantes do fenômeno que chamamos Vida, só e somente só, existem na
Terra. Como corolário segue-se: no Sistema Solar, estamos absolutamente solitários. Fora do pla-
neta Terra, ou seja, em qualquer outro planeta do sistema, é impossível a vida como a conhecemos
aqui. Essa afirmativa é comprovada pelas aventuras iniciadas no século passado que prosseguem
atualmente. Dezenas e centenas de missões, tentativas de comunicação, telescópios volantes e/ou
estacionários, apenas comprovam nossa conclusão. A alternativa é continuar construindo mais e mais
aparelhos, cada vez mais caros, sem obter qualquer resultado.
	        Não só as distâncias nos separam, mas também usos, costumes, cultura e ambientes dos
habitantes da Terra são restritos a este planeta e naturalmente diferentes dos supostos habitantes do
universo, por isso, sem qualquer interesse para nós.
	        A tentativa de achar outros habitantes no universo não tem realidade diante do conhecimento
atual e por isso deve ser descartada como projeto.
	        As distâncias, por exemplo, constituem um fator limitante para os humanos. Vejamos alguns
exemplos tendo em conta que os números são aproximados.
	        A Lua, 384.000 km distante de nós, toma entre 10-12 dias de viagem, não nos interessa em
nada fora das românticas noites de lua cheia para serem apreciadas aqui da Terra, segura e conforta-
velmente, fato que ficou demonstrado após as viagens dos americanos ao nosso satélite. A aventura
foi uma demonstração de superioridade técnica, politicamente interessante, mas sem qualquer resul-
tado prático.
	        Também não temos nada para fazer em Marte, mas se tivéssemos de ir até lá teríamos de
vencer mais ou menos 75.000.000 km de distância que nos separam do planeta (os números são
aproximados) e gastaríamos para isso meses de viagem. A Mars Global Surveior saiu da Terra a 7 de
novembro de 1996 e chegou a Marte em setembro de 1997, levando mais ou menos 300 dias só na
ida. A Mars Pathfinder saiu a 4 de dezembro de 1996, chegando a Marte em julho de 1997 em mais
de 200 dias de viagem. Para viajar a Vênus, um pouco mais próximo da Terra, 41 milhões, 834 mil
km, praticamente 42 milhões de km, gastaríamos 43,6 dias, e para Júpiter, cuja distância é de apro-
ximadamente 630 milhões de km, nos tomariam 651 dias ou 1,8 ano de viagem (a Voyageur levou
um ano e 11 meses) em um foguete com a velocidade de 11,3 km/s ou 968.000 km/dia, somente para
ida. Ida e volta sem parada, seriam 86 dias para Vênus, 116 dias para Marte e 3,6 anos para Júpiter,
que torna ridículo qualquer pensamento sobre o assunto, além do mesmo não ter qualquer sentido,
inclusive o turístico. É possível diminuir o tempo das viagens, mas não o necessário para colocá-la
no período útil de vida humana. Há que se levar em conta também o tempo de espera da tripulação
no planeta para que houvesse uma segunda aproximação crítica da Terra para a volta (mais dois anos
ou 730 dias para Marte, fora o custo de US$ 400 bilhões!). Sem tripulação, somente com aparelhos,
o melhor que obtivemos de volta foram fotografias e imagens de radar como as obtidas na Terra, as
quais dependem de interpretações, sempre desastradas, erradas e mal feitas, pois inadequadamente
usadas.
	        Ora, se habitando a Terra há tanto tempo não a conhecemos, que dizer de uma viagem onde
a demora por lá não passaria de momentos? Ainda mais, como são completamente diferentes as
condições físicas desses planetas, seu ambiente é hostil, e mesmo para uma ou duas pessoas seria
difícil permanecer lá, mesmo por poucos momentos. Se for para esperar novas aproximações entre

                                                  168
Ferramentas da Geologia

os planetas, os astronautas correm o risco de ficar por lá.
	        Entretanto existem cientistas que pensam povoar outros mundos que não pertencem ao me-
nos ao nosso sistema planetário.4,5 Esses astros e nebulosas ficam a distâncias ainda mais sonhado-
ras. Alpha Centauri está há quatro anos, quatro meses e 7 dias-luz da Terra (um ano-luz é igual a 9,5
trilhões de km), com a velocidade da luz perto dos 300.000 km/s. Computando-se só a ida, haveriam
de ser percorridos 41 trilhões, 135 bilhões e 40 milhões de km, que a velocidade de escape da Terra
(11,2 km/seg) tomariam 116,5 anos de viagem. Embora mencionadas, evidente que tais conjecturas
não podem ser levadas a sério, e abandonâmo-las aqui.
	        Também não podem ser argüidos expedientes de congelamento, mumificações de corpos,
para serem posteriormente ressuscitados, como imaginam os diretores de cinema ficcionista, pois
isto implica na morte da cobaia, e expectativa de vida de 300 anos para o experimentador, o que estra-
ga ou impede a experiência. A maneira possível de encurtar o tempo de viagem, como o aumento da
velocidade, tem barreiras para os tripulantes, que não agüentam aceleração além de pequenos limites.
	        Diante do exposto, concluímos que temos de usar esses recursos de alta técnica em benefício
de toda a humanidade, iniciando pela construção de perfeitos mapas, com finalidade de estudar a
Terra, para melhorar a vida aqui.
	        Nós somos produtos da condensação e sedimentação da atmosfera da Terra, e condenados a
permanecer dentro dela ou em ambiente semelhante, até que desapareça um dos seus fatores condi-
cionantes (sobre os quais não temos o mínimo controle) e desaparecer com ele também.
	        Para que fique bem claro: as espécies orgânicas dependem das condições normais de tem-
peratura e pressão, CNTP, alcançadas na superfície do globo, característica que não pode ser trans-
portada para qualquer outro planeta do sistema. Mais ênfase: a atmosfera não pode ser levada para
outra parte, pois é uma das capas esféricas constituintes da estrutura da Terra, função da gravidade
do planeta.




                                               169

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Os desafios da ciência à descoberta de um novo espaço celestial
Os desafios da ciência à descoberta de um novo espaço celestialOs desafios da ciência à descoberta de um novo espaço celestial
Os desafios da ciência à descoberta de um novo espaço celestialRita Costa
 
Noite Astronômica - Universo Criado
Noite Astronômica - Universo CriadoNoite Astronômica - Universo Criado
Noite Astronômica - Universo CriadoAndré Luiz Marques
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Thommas Kevin
 
Pode se confiar-nos_cientistas
Pode se confiar-nos_cientistasPode se confiar-nos_cientistas
Pode se confiar-nos_cientistaslucasuperior
 
Origem do universo prof. del
Origem do universo prof. delOrigem do universo prof. del
Origem do universo prof. delProfDelminda
 
O método das ciências
O método das ciênciasO método das ciências
O método das ciênciasIarley Brito
 
Uma visão atual sobre o Lixo Espacial
Uma visão atual sobre o Lixo EspacialUma visão atual sobre o Lixo Espacial
Uma visão atual sobre o Lixo EspacialVenê Oliveira
 
Aula 2 a origem da terra
Aula 2   a origem da terraAula 2   a origem da terra
Aula 2 a origem da terraClarissa Gomes
 
A busca por planetas além do sistema solar
A busca por planetas além do sistema solarA busca por planetas além do sistema solar
A busca por planetas além do sistema solarCampus Party Brasil
 

Mais procurados (20)

Os desafios da ciência à descoberta de um novo espaço celestial
Os desafios da ciência à descoberta de um novo espaço celestialOs desafios da ciência à descoberta de um novo espaço celestial
Os desafios da ciência à descoberta de um novo espaço celestial
 
Folder buracos negros
Folder buracos negrosFolder buracos negros
Folder buracos negros
 
Tecnologia espacial
Tecnologia espacialTecnologia espacial
Tecnologia espacial
 
Ciencia tecnologia sociedade ambiente
Ciencia tecnologia sociedade ambienteCiencia tecnologia sociedade ambiente
Ciencia tecnologia sociedade ambiente
 
Noite Astronômica - Universo Criado
Noite Astronômica - Universo CriadoNoite Astronômica - Universo Criado
Noite Astronômica - Universo Criado
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
 
Calculoda idadedos astros
Calculoda idadedos astrosCalculoda idadedos astros
Calculoda idadedos astros
 
Pode se confiar-nos_cientistas
Pode se confiar-nos_cientistasPode se confiar-nos_cientistas
Pode se confiar-nos_cientistas
 
Proeto apolo
Proeto apoloProeto apolo
Proeto apolo
 
Capítulo 39: O Big Bang
Capítulo 39: O Big BangCapítulo 39: O Big Bang
Capítulo 39: O Big Bang
 
Origem do universo prof. del
Origem do universo prof. delOrigem do universo prof. del
Origem do universo prof. del
 
O método das ciências
O método das ciênciasO método das ciências
O método das ciências
 
Uma visão atual sobre o Lixo Espacial
Uma visão atual sobre o Lixo EspacialUma visão atual sobre o Lixo Espacial
Uma visão atual sobre o Lixo Espacial
 
Big Bang
Big BangBig Bang
Big Bang
 
O Universo
O UniversoO Universo
O Universo
 
Aula 2 a origem da terra
Aula 2   a origem da terraAula 2   a origem da terra
Aula 2 a origem da terra
 
Folder raios cosmicos
Folder raios cosmicosFolder raios cosmicos
Folder raios cosmicos
 
Carl sagan o universo
Carl sagan   o universoCarl sagan   o universo
Carl sagan o universo
 
Agroglifos
AgroglifosAgroglifos
Agroglifos
 
A busca por planetas além do sistema solar
A busca por planetas além do sistema solarA busca por planetas além do sistema solar
A busca por planetas além do sistema solar
 

Destaque

Evaluacion diplomado2013 sesion 5-l lorena gaona
Evaluacion diplomado2013 sesion 5-l  lorena gaonaEvaluacion diplomado2013 sesion 5-l  lorena gaona
Evaluacion diplomado2013 sesion 5-l lorena gaonaLorena Gaona
 
Mother board
Mother boardMother board
Mother boardbryan-14e
 
Símbolos institucionales sena(1)
Símbolos institucionales  sena(1)Símbolos institucionales  sena(1)
Símbolos institucionales sena(1)mayrapomeo113
 
Auvo Gestão de Equipes Externas
Auvo   Gestão de Equipes ExternasAuvo   Gestão de Equipes Externas
Auvo Gestão de Equipes ExternasGabriel Rodrigues
 
Sobre la crisis de la educación actual
Sobre la crisis de la educación actualSobre la crisis de la educación actual
Sobre la crisis de la educación actualJavier Danilo
 
Apresentação QREN - IPAM de Aveiro
Apresentação QREN - IPAM de AveiroApresentação QREN - IPAM de Aveiro
Apresentação QREN - IPAM de Aveiroilimitados
 
Dave Permaul Chronological Resume
Dave Permaul Chronological ResumeDave Permaul Chronological Resume
Dave Permaul Chronological ResumeDave Permaul
 
Evaluación del profesor
Evaluación del profesorEvaluación del profesor
Evaluación del profesoranaymeli
 
Periodico de mi vida
Periodico de mi vidaPeriodico de mi vida
Periodico de mi vidadavidb12345
 

Destaque (20)

Palestra IAG
Palestra IAGPalestra IAG
Palestra IAG
 
Chocolatada de docentes isabelinos
Chocolatada de docentes isabelinosChocolatada de docentes isabelinos
Chocolatada de docentes isabelinos
 
Ruta de camilo profe final
Ruta de camilo profe finalRuta de camilo profe final
Ruta de camilo profe final
 
Algebraejercicios
AlgebraejerciciosAlgebraejercicios
Algebraejercicios
 
Evaluacion diplomado2013 sesion 5-l lorena gaona
Evaluacion diplomado2013 sesion 5-l  lorena gaonaEvaluacion diplomado2013 sesion 5-l  lorena gaona
Evaluacion diplomado2013 sesion 5-l lorena gaona
 
Power final
Power finalPower final
Power final
 
153 06 c_27_05_s_ponencia_1er_debate_camara
153 06 c_27_05_s_ponencia_1er_debate_camara153 06 c_27_05_s_ponencia_1er_debate_camara
153 06 c_27_05_s_ponencia_1er_debate_camara
 
Lorena beltrán
Lorena beltránLorena beltrán
Lorena beltrán
 
Mother board
Mother boardMother board
Mother board
 
Símbolos institucionales sena(1)
Símbolos institucionales  sena(1)Símbolos institucionales  sena(1)
Símbolos institucionales sena(1)
 
Colegio2
Colegio2Colegio2
Colegio2
 
SKMBT_C22416080511330
SKMBT_C22416080511330SKMBT_C22416080511330
SKMBT_C22416080511330
 
Auvo Gestão de Equipes Externas
Auvo   Gestão de Equipes ExternasAuvo   Gestão de Equipes Externas
Auvo Gestão de Equipes Externas
 
Sobre la crisis de la educación actual
Sobre la crisis de la educación actualSobre la crisis de la educación actual
Sobre la crisis de la educación actual
 
Apresentação QREN - IPAM de Aveiro
Apresentação QREN - IPAM de AveiroApresentação QREN - IPAM de Aveiro
Apresentação QREN - IPAM de Aveiro
 
Dave Permaul Chronological Resume
Dave Permaul Chronological ResumeDave Permaul Chronological Resume
Dave Permaul Chronological Resume
 
What I do
What I doWhat I do
What I do
 
Neo Jidks
Neo JidksNeo Jidks
Neo Jidks
 
Evaluación del profesor
Evaluación del profesorEvaluación del profesor
Evaluación del profesor
 
Periodico de mi vida
Periodico de mi vidaPeriodico de mi vida
Periodico de mi vida
 

Semelhante a Ferramentas da Geologia - Um Estudo Conciso

A ciência e os avanços no conhecimento sobre o universo
A ciência e os avanços no conhecimento sobre o universoA ciência e os avanços no conhecimento sobre o universo
A ciência e os avanços no conhecimento sobre o universoFernando Alcoforado
 
AS GRANDES INVENÇÕES PARA O AVANÇO DO CONHECIMENTO SOBRE O UNIVERSO E O QUE N...
AS GRANDES INVENÇÕES PARA O AVANÇO DO CONHECIMENTO SOBRE O UNIVERSO E O QUE N...AS GRANDES INVENÇÕES PARA O AVANÇO DO CONHECIMENTO SOBRE O UNIVERSO E O QUE N...
AS GRANDES INVENÇÕES PARA O AVANÇO DO CONHECIMENTO SOBRE O UNIVERSO E O QUE N...Faga1939
 
A ciência e os avanços no conhecimento da física clássica à física quântica
A ciência e os avanços no conhecimento da física clássica à física quânticaA ciência e os avanços no conhecimento da física clássica à física quântica
A ciência e os avanços no conhecimento da física clássica à física quânticaFernando Alcoforado
 
Uma breve história da astronomia telescópios
Uma breve história da astronomia   telescópiosUma breve história da astronomia   telescópios
Uma breve história da astronomia telescópiosLuiz Carlos Dias
 
Cienciatecnologiasociedadeeambiente
CienciatecnologiasociedadeeambienteCienciatecnologiasociedadeeambiente
CienciatecnologiasociedadeeambienteArticula_a_ciencia
 
Ciencia Patricio
Ciencia PatricioCiencia Patricio
Ciencia Patriciojmbpatricio
 
O que é Astronomia?
O que é Astronomia?O que é Astronomia?
O que é Astronomia?INAPE
 
A ASTRONOMIA, O REVOLUCIONÁRIO TELESCÓPIO JAMES WEBB E O AVANÇO DO CONHECIMEN...
A ASTRONOMIA, O REVOLUCIONÁRIO TELESCÓPIO JAMES WEBB E O AVANÇO DO CONHECIMEN...A ASTRONOMIA, O REVOLUCIONÁRIO TELESCÓPIO JAMES WEBB E O AVANÇO DO CONHECIMEN...
A ASTRONOMIA, O REVOLUCIONÁRIO TELESCÓPIO JAMES WEBB E O AVANÇO DO CONHECIMEN...Faga1939
 
Quem inventou o telescópio?
Quem inventou o telescópio?Quem inventou o telescópio?
Quem inventou o telescópio?INAPE
 
A Terra E O Universo
A Terra E O UniversoA Terra E O Universo
A Terra E O Universoguest9c1c7c
 

Semelhante a Ferramentas da Geologia - Um Estudo Conciso (20)

A ciência e os avanços no conhecimento sobre o universo
A ciência e os avanços no conhecimento sobre o universoA ciência e os avanços no conhecimento sobre o universo
A ciência e os avanços no conhecimento sobre o universo
 
AS GRANDES INVENÇÕES PARA O AVANÇO DO CONHECIMENTO SOBRE O UNIVERSO E O QUE N...
AS GRANDES INVENÇÕES PARA O AVANÇO DO CONHECIMENTO SOBRE O UNIVERSO E O QUE N...AS GRANDES INVENÇÕES PARA O AVANÇO DO CONHECIMENTO SOBRE O UNIVERSO E O QUE N...
AS GRANDES INVENÇÕES PARA O AVANÇO DO CONHECIMENTO SOBRE O UNIVERSO E O QUE N...
 
IE1
IE1IE1
IE1
 
Folder sistema solar
Folder sistema solarFolder sistema solar
Folder sistema solar
 
Cosmologia
CosmologiaCosmologia
Cosmologia
 
Csat
CsatCsat
Csat
 
A ciência e os avanços no conhecimento da física clássica à física quântica
A ciência e os avanços no conhecimento da física clássica à física quânticaA ciência e os avanços no conhecimento da física clássica à física quântica
A ciência e os avanços no conhecimento da física clássica à física quântica
 
Uma breve história da astronomia telescópios
Uma breve história da astronomia   telescópiosUma breve história da astronomia   telescópios
Uma breve história da astronomia telescópios
 
A origem do universo
A origem do universoA origem do universo
A origem do universo
 
Terra no espaço
Terra no espaçoTerra no espaço
Terra no espaço
 
Cienciatecnologiasociedadeeambiente
CienciatecnologiasociedadeeambienteCienciatecnologiasociedadeeambiente
Cienciatecnologiasociedadeeambiente
 
Historia da fisica
Historia da fisica Historia da fisica
Historia da fisica
 
Astronomia giu
Astronomia giuAstronomia giu
Astronomia giu
 
Viagens futuras
Viagens futurasViagens futuras
Viagens futuras
 
Ciencia Patricio
Ciencia PatricioCiencia Patricio
Ciencia Patricio
 
O que é Astronomia?
O que é Astronomia?O que é Astronomia?
O que é Astronomia?
 
Asteroides
AsteroidesAsteroides
Asteroides
 
A ASTRONOMIA, O REVOLUCIONÁRIO TELESCÓPIO JAMES WEBB E O AVANÇO DO CONHECIMEN...
A ASTRONOMIA, O REVOLUCIONÁRIO TELESCÓPIO JAMES WEBB E O AVANÇO DO CONHECIMEN...A ASTRONOMIA, O REVOLUCIONÁRIO TELESCÓPIO JAMES WEBB E O AVANÇO DO CONHECIMEN...
A ASTRONOMIA, O REVOLUCIONÁRIO TELESCÓPIO JAMES WEBB E O AVANÇO DO CONHECIMEN...
 
Quem inventou o telescópio?
Quem inventou o telescópio?Quem inventou o telescópio?
Quem inventou o telescópio?
 
A Terra E O Universo
A Terra E O UniversoA Terra E O Universo
A Terra E O Universo
 

Mais de Petroleoecologia

Desmistificando o uso da energia do petróleo
Desmistificando o uso da energia do petróleoDesmistificando o uso da energia do petróleo
Desmistificando o uso da energia do petróleoPetroleoecologia
 
Importância Biológica do Petróleo.
Importância Biológica do Petróleo.Importância Biológica do Petróleo.
Importância Biológica do Petróleo.Petroleoecologia
 
3 abril português_textofinal_ analisando a importância
3 abril  português_textofinal_ analisando a importância3 abril  português_textofinal_ analisando a importância
3 abril português_textofinal_ analisando a importânciaPetroleoecologia
 
Petroleo e Ecologia , Alemão.
Petroleo e Ecologia , Alemão.Petroleo e Ecologia , Alemão.
Petroleo e Ecologia , Alemão.Petroleoecologia
 
Processose produtosdasedimentacao
Processose produtosdasedimentacaoProcessose produtosdasedimentacao
Processose produtosdasedimentacaoPetroleoecologia
 
Perfis eletricosepesquisadepetroleo
Perfis eletricosepesquisadepetroleoPerfis eletricosepesquisadepetroleo
Perfis eletricosepesquisadepetroleoPetroleoecologia
 

Mais de Petroleoecologia (20)

Desmistificando o uso da energia do petróleo
Desmistificando o uso da energia do petróleoDesmistificando o uso da energia do petróleo
Desmistificando o uso da energia do petróleo
 
Importância Biológica do Petróleo.
Importância Biológica do Petróleo.Importância Biológica do Petróleo.
Importância Biológica do Petróleo.
 
3 abril português_textofinal_ analisando a importância
3 abril  português_textofinal_ analisando a importância3 abril  português_textofinal_ analisando a importância
3 abril português_textofinal_ analisando a importância
 
Petroleo e Ecologia , Alemão.
Petroleo e Ecologia , Alemão.Petroleo e Ecologia , Alemão.
Petroleo e Ecologia , Alemão.
 
Referencias quartaparte
Referencias quartaparteReferencias quartaparte
Referencias quartaparte
 
Tempo essedesconhecido
Tempo essedesconhecidoTempo essedesconhecido
Tempo essedesconhecido
 
Tectonica
TectonicaTectonica
Tectonica
 
Referencias terceiraparte
Referencias terceiraparteReferencias terceiraparte
Referencias terceiraparte
 
Referencias sextaparte
Referencias sextaparteReferencias sextaparte
Referencias sextaparte
 
Referencias setimaparte
Referencias setimaparteReferencias setimaparte
Referencias setimaparte
 
Referencias segundaparte
Referencias segundaparteReferencias segundaparte
Referencias segundaparte
 
Referencias quintaparte
Referencias quintaparteReferencias quintaparte
Referencias quintaparte
 
Referencias primeiraparte
Referencias primeiraparteReferencias primeiraparte
Referencias primeiraparte
 
Referencias oitavaparte
Referencias oitavaparteReferencias oitavaparte
Referencias oitavaparte
 
Referencias nonaparte
Referencias nonaparteReferencias nonaparte
Referencias nonaparte
 
Processose produtosdasedimentacao
Processose produtosdasedimentacaoProcessose produtosdasedimentacao
Processose produtosdasedimentacao
 
Petroleo inextinguivel
Petroleo inextinguivelPetroleo inextinguivel
Petroleo inextinguivel
 
Perfis eletricosepesquisadepetroleo
Perfis eletricosepesquisadepetroleoPerfis eletricosepesquisadepetroleo
Perfis eletricosepesquisadepetroleo
 
O sol estruturaemecanica
O sol estruturaemecanicaO sol estruturaemecanica
O sol estruturaemecanica
 
Origemdo universo
Origemdo universoOrigemdo universo
Origemdo universo
 

Ferramentas da Geologia - Um Estudo Conciso

  • 2. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Ferramentas da Geologia – Um Estudo Algumas das invenções se tornaram cruciais para o estado atual do conhecimento. Veremos apenas as cinco principais que chamaremos de invenções cruciais, ou Ferramentas da Geologia. A primeira foi o telescópio, surgido no início do século XVII; a segunda foi a metalurgia, inventada em 1709, e que deu possibilidade para a construção da máquina a vapor aparecida em 1712; a terceira foi o microscópio, seguida do sismógrafo, que apareceu em 1880, ou seja, 270 anos depois do teles- cópio. Finalmente, os foguetes, satélites e imagens. Vejamos, a vôo de pássaro, uma de cada vez. O Telescópio Quem o inventou? O holandês Hans Lippershey em 1608 ou foi Galileu, o italiano, em 1609? Hoje é um problema histórico, mas a despeito de quem o fez, ele abriu a possibilidade de estudar o céu, e ampliar o conhecimento humano olhando mais de perto a Lua, o Sol, planetas, estrelas, e fazerem-se teorias novas sobre suas formas e movimentos, as quais abalaram fortemente os alicerces da religião. A partir daquela data, o aparelho passou por melhoramentos técnicos cada vez mais re- quintados, e cada um fez sucesso à sua época, mas um a um foram ultrapassados por novos modelos. Depois de famosos telescópios como, Monte Palomar, com um espelho de mais de 5m de diâmetro, e, atualmente, o observatório Keck, com espelhos de quase 10m de diâmetro, situado em Mauna Kea, no Hawai, o instrumento nada mais tem a ver com o primitivo telescópio de Galileu, construído por ele mesmo, que ampliava apenas três vezes. Seguindo de perto essas pesquisas, vem o HST ou Hubble Space Telescope, projeto da NASA, que tomou doze anos na construção e é o projeto mais caro de todos até agora (US$ 1,5 1 bilhão). Entre suas conquistas, através das fotos que obteve, corrigiu-se a “idade” do universo. Este teria 18 bilhões de anos (1992) ou três bilhões a mais do que se pensava anteriormente (15 bilhões), para em seguida ser corrigido de novo (1994) pelos astrônomos do telescópio situado no alto do Mauna Kea, no Hawai , que depois de muitas observações, calcularam que o universo é mais novinho e tem apenas 12 bilhões de anos...2 O custo dessas informações, em dólares, supera o número em anos inferido para a idade do universo... O HST foi colocado em órbita em 1990, a uma distância de 570 km da Terra, equipado com cinco dos principais instrumentos de observatório, mas com um defeito de fabricação no espelho pri- mário que afetou sua capacidade de focalizar, fornecendo fotografias sem nitidez, além de problemas no giroscópio. Os defeitos foram corrigidos em 1993 e o telescópio voltou a funcionar. E a novela continua: a cada fotografia que o HST manda para a Terra, os astrônomos se divertem observando “colisões” de galáxias, “nascimento” de estrelas, além de “buracos negros” e informações , em mi- lhões e bilhões de anos, que nada acrescentam para melhorar nossos índices de subdesenvolvimento. 164
  • 3. Ferramentas da Geologia Fora das especulações passíveis de serem feitas com a ajuda desses aparelhos (Big Bang, bu- racos negros, brancos e de “minhoca”, simetrias, etc.), o nosso conhecimento sobre os outros astros é pouco diferente do que se conhecia antes da invenção dos mesmos. Atualmente está em fase de experimentação o mais extraordinário dos telescópios já cons- truídos pelo homem, e ele é de fato uma maravilha de técnica e arrojo. Estamos falando de Paranal, o projeto da ESO (European Southern Observatory) e o seu VLTI (Very Large Telescope Interfero- meter) com quatro espelhos de 8,2m de diâmetro. Dois deles foram ligados pela primeira vez em 29/10/01 com sucesso total. Foi captada pelos dois espelhos a luz de Archemar (Alpha Eridani) e mandada para o Laboratório de Interferometria do Observatório, onde foram juntadas em um foco só revelando imagens extraordinárias, de grande nitidez. O próximo passo é combinar os quatro espe- lhos formando o mais poderoso sistema de telescópios do mundo. Vão ser revelados detalhes quinze vezes maiores do que os atualmente vistos por qualquer aparelho existente na Terra. De novo deverá ser alterada a idade da Terra, do Sol etc., mas de fato, nada alterará no sistema e na Via Láctea, nem na economia das nações com os novos detalhes. Depois de Paranal e o VLTI deveremos construir outro (ver Projeto Origens) quem sabe aonde, com quantos espelhos etc, para resolver... absolutamente nada. Em agosto de 2006 reuniu-se em Praga, República Checa, uma plêiade de 2.500 astrônomos com a finalidade de alterar a configuração do sistema solar retirando de Plutão o status de planeta, rebaixando-o para o nível de asteróide, uma classe proletária dos astros do céu... Discute-se a sério entre famosos cientistas da NASA sobre a existência de vida em Marte, porque em determinada foto apareceu uma formação rochosa semelhante a um rosto humano e há até um projeto de visitar aquele planeta em uma viagem, cuja duração seria de 1100 dias, ao custo de US$ 400 bilhões, aparentemente para divertir pela TV os famintos e atônitos contribuintes na Terra, e mais nada. Alguns cientistas andam “ouvindo” o restinho do estampido do big bang causado pela explosão aterradora do idealístico pontinho que continha toda a matéria do universo! É impossível enumerar todos os projetos “idealizados” por americanos, russos, japoneses, e agora até o Brasil já tenta se aventurar nesses programas mirabolantes. Tais projetos milionários têm raízes comuns: • A primeira é saber se estamos sós no universo, e o que acontece depois da morte; • A segunda tem a ver com o conceito de tempo, a idade do mundo e a sua evolução; • A terceira diz respeito ao combustível usado pelas estrelas, inclusive o Sol, para queimar durante tanto tempo, sem que se acabe o combustível ou o próprio astro, e finalmente, • O que acontece com o núcleo de astros maiores que o Sol. São temas geológicos estudados separadamente por curiosos de áreas específicas (físicos, químicos e matemáticos), com resultados também solitários. Máquinas a Vapor As máquinas, construídas para multiplicar a força humana, constituem outra das invenções que determinaram uma nova faceta para a humanidade. Deixemos para a história as alavancas, a roda, os eixos, e passemos diretamente para a chamada Revolução Industrial. Iniciava-se o século XVIII, e os homens daquele tempo conseguiram transformar os metais, através da metalurgia, pas- sando para uma fase de fabricação de ferramentas mais sofisticadas, ao trocar o carvão de madeira pelo carvão de pedra, de maior poder calorífico. O autor desta façanha foi Abraham Darby, em 1709, seguindo-se a invenção da máquina a vapor de T. Newcomen , em 1712. As máquinas a vapor, as primeiras máquinas de combustão externa posteriormente patente- adas por Watt , em 1769, seriam seguidas pelas teorias da Termodinâmica de J.Black e Fourier. Só 165
  • 4. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa em 1876, Nikolau August Otto (1832-1891) fez funcionar o primeiro motor de combustão interna re-inaugurando a “Civilização do Petróleo”, na qual vivemos até o presente. Em 1897 apareceriam os motores a Diesel, nome do inventor desse tipo de máquina, bem mais robusta do que os motores de ciclo Otto, dando ensejo ao aparecimento de trabalhos mais exigentes em potência e força, como a agricultura mecanizada e a perfuração de poços muito mais profundos para extração de petróleo. O Microscópio Muita coisa não teria acontecido se a curiosidade humana não tivesse se desviado para outra área interessante. Pelo meio do século XV iniciaram-se as pesquisas com um aparelho que facilitava a visão de coisas diminutas e difíceis de serem observadas pelo olho humano. Passou-se então a cons- truir lentes de aumento ou simplesmente lentes. Todos os estudos que dependessem de observações apuradas não passariam de pura filosofia, não fosse o aparecimento da indústria do vidro para várias finalidades, inclusive para fabricação de lentes. Realmente as lentes foram construídas para melhorar a simples visão das pessoas que enxergavam mal. Aumentou-se o seu poder de ampliação para faci- litar a visão de detalhes ou aumentar algumas vezes o tamanho natural dos objetos da curiosidade, como partes diminutas dos órgãos de insetos, aparelhos de reprodução dos vegetais, a identificação dos estômatos por onde ocorrem as trocas gasosas pelos vegetais, etc. O microscópio foi um dos saltos mais importantes da técnica e da indústria ótica, o qual per- mitiu que os cientistas penetrassem e solucionassem problemas de importância crucial para o conhe- cimento humano. Por exemplo, o conhecimento atual de todo o processo fotossintético, entre outros, deu a resposta sobre as transformações da energia do Sol em matéria tridimensional e a origem da vida. O Sismógrafo A outra invenção crucial foi o sismógrafo. Se o telescópio dava possibilidade de olhar para fora da Terra, pensava-se que o sismógrafo daria possibilidade de conhecer o interior do globo. A história do sismógrafo é uma história longa já tratada em outra parte deste trabalho. Inven- tado por John Milne, em 1880 (270 anos após o telescópio) com o objetivo primário de estudar os terremotos, o aparelho (exatamente como o telescópio), rústico que era, passou por melhoramentos, até atingir o estado em que se encontra hoje, mas, desviado para finalidades inteiramente diferentes do objetivo original: descobrir a origem dos terremotos. Ao tempo de Milne, armava-se o aparelho, esperava-se o terremoto acontecer e estudavam- se os resultados. Atualmente, provoca-se o terremoto com explosões e outros tipos de vibrações, colhem-se o resultado e analisa-se o fenômeno. O problema dos terremotos, que deveriam ser es- tudados com os sismógrafos, continua sem solução: não se sabe o que eles representam, e nem sua origem. O principal prejuízo entretanto é supor que o aparelho pode ser empregado para dar solução a outro tipo de problema, para o qual ele não foi construído e não tem qualquer chance de funcionar. Estamos nos referindo à pesquisa geológica, especialmente à pesquisa de petróleo. A suposição de que petróleo ocorre em estruturas, uma crença do século XIX, faz com que os geofísicos (intérpretes dos dados colhidos pelo aparelho), procurem e (pior de tudo) encontrem as referidas estruturas na subsuperfície. Não há relação de causa e efeito. As duas coisas não têm qualquer relação. Isso torna a pes- quisa do petróleo extraordinariamente cara e impede o progresso de toda a humanidade, que depen- de, cada dia, de mais petróleo, o seu combustível natural. 166
  • 5. Ferramentas da Geologia Vale a pena observar que, com o telescópio, os astrofísicos se divertem procurando o início e o fim do mundo, os buracos negros e o início do tempo. Como prejuízos para a humanidade ficam as altas somas de dinheiro investidas neste tipo de pesquisa, que poderiam estar sendo usadas por ou- tros cientistas mais comprometidos com os inúmeros problemas da vida, neste planeta. A prometida colonização de Marte e de outros planetas do sistema não passam de promessas demagógicas feitas para impressionar o público, que paga tais aventuras. Finalmente é possível dizer: fora do uso trivial dos telescópios, isto é, ver a distância nas vizinhanças da Terra, estudos aparentemente esgotados por Copérnico, Kepler e Galileu, o instrumento cada vez mais sofisticado é uma excelente maneira de divertir quem os compra, em modelos caseiros. Com o uso do sismógrafo os prejuízos para a humanidade são maiores. Sem que se conheça a sua relação com a Geologia, o aparelho impede o sucesso da pesquisa na busca das novas minas de petróleo. Foguetes, Satélites e Imagens Os foguetes desenvolvidos durante e posteriormente a II Guerra Mundial, de maneira tornar mais efetiva a retaliação do inimigo, hoje desempenham papel importantíssimo para a humanidade ao facilitar as comunicações e localizações da qual nos beneficiamos todos. Mas, junto com os satéli- tes de comunicação, os construtores de foguetes colocam outros apetrechos, enviando-os mais longe ainda a pesquisar os outros planetas. Vejamos alguns exemplos. Em 04 de maio de1989 foi enviada a Vênus a sonda U.S. Magellan2, que chegou lá em 10 de agosto de 1990, de onde foram obtidas imagens de radar. Qual a utilidade dessas imagens? De ime- diato, servem apenas para apreciar a paisagem e a superfície topográfica do planeta. As imagens de radar não têm resolução para revelar qualquer coisa, além disso. A prática obtida aqui na Terra (Pro- jeto Radambrasil), mostra que a tentativa de fazer mapas usando este tipo de sensor foi um malogro e um fracasso. Aquelas imagens, produtos de alta técnica, precisam de homens habilitados, de muita experiência em mapeamentos, para manuseá-las, sem o que, não passam de papéis impressos com simples paisagens topográficas. Elas mostram somente grandes estruturas rochosas, sem quaisquer esclarecimentos sobre sua textura, estrutura e origem. Impossível distinguir rochas umas das outras, sejam elas clásticas ou não. Seus intérpretes, além de se aventurarem em conclusões sem nexo, chegam a cometer erros primários, cientes de que poucas pessoas podem contradizê-los. Dissertar sobre uma imagem de radar sem a verificação do campo é apenas uma irresponsabilidade. Será que imagens da paisagem topográfica dos planetas, sejam da Terra ou de Vênus, justificam os resultados e os custos do projeto? Há ainda o Cosmic Background Explorer (COBE) da NASA3 que procura a “estrutura” do universo fotografando o céu em ondas curtas e infravermelhas, sem que essa informação sirva para qualquer coisa aproveitável. Há o projeto alemão/britânico/americano Rontgensatellit (ROSAT)2 que faz a mesma coisa do COBE, apenas que em Raios X e Ultravioleta. São inumeráveis os projetos do mesmo tipo e fi- nalidade como o Gamma Ray Observatory (GRO)2 em órbita da Terra desde abril de 1991; o U.S. Voyager II3 mandado aos planetas exteriores, que após viajar 11.000.000.000 (onze bilhões!) de km (velocidade de 1,6 milhão de km/dia), gastando 12 anos terrestres de viagem (lançado a 20 de agosto de 1977, chegou a Netuno em agosto de 1989), envolvendo 200 pesquisadores, que após tanto tempo e trabalho chegaram à conclusão de que os planetas fotografados de longe são muito parecidos uns com os outros, mas ao mesmo tempo, bastante diferentes...! A Voyageur, também mandou para a Ter- ra fotos de paisagens planetárias a grandes distâncias, sem nenhum valor. Todas as “interpretações” feitas a partir dessas informações são precárias, aventureiras, naturalmente erradas e especialmente 167
  • 6. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa sem nenhum interesse para a humanidade. Finalmente, há os biossatélites aonde vão aprisionados ra- tos, macacos, papagaios, insetos e outros animais para serem estudados na imponderabilidade, quem sabe com que finalidade e com que conclusões. Distâncias: um Obstáculo Os fatores condicionantes do fenômeno que chamamos Vida, só e somente só, existem na Terra. Como corolário segue-se: no Sistema Solar, estamos absolutamente solitários. Fora do pla- neta Terra, ou seja, em qualquer outro planeta do sistema, é impossível a vida como a conhecemos aqui. Essa afirmativa é comprovada pelas aventuras iniciadas no século passado que prosseguem atualmente. Dezenas e centenas de missões, tentativas de comunicação, telescópios volantes e/ou estacionários, apenas comprovam nossa conclusão. A alternativa é continuar construindo mais e mais aparelhos, cada vez mais caros, sem obter qualquer resultado. Não só as distâncias nos separam, mas também usos, costumes, cultura e ambientes dos habitantes da Terra são restritos a este planeta e naturalmente diferentes dos supostos habitantes do universo, por isso, sem qualquer interesse para nós. A tentativa de achar outros habitantes no universo não tem realidade diante do conhecimento atual e por isso deve ser descartada como projeto. As distâncias, por exemplo, constituem um fator limitante para os humanos. Vejamos alguns exemplos tendo em conta que os números são aproximados. A Lua, 384.000 km distante de nós, toma entre 10-12 dias de viagem, não nos interessa em nada fora das românticas noites de lua cheia para serem apreciadas aqui da Terra, segura e conforta- velmente, fato que ficou demonstrado após as viagens dos americanos ao nosso satélite. A aventura foi uma demonstração de superioridade técnica, politicamente interessante, mas sem qualquer resul- tado prático. Também não temos nada para fazer em Marte, mas se tivéssemos de ir até lá teríamos de vencer mais ou menos 75.000.000 km de distância que nos separam do planeta (os números são aproximados) e gastaríamos para isso meses de viagem. A Mars Global Surveior saiu da Terra a 7 de novembro de 1996 e chegou a Marte em setembro de 1997, levando mais ou menos 300 dias só na ida. A Mars Pathfinder saiu a 4 de dezembro de 1996, chegando a Marte em julho de 1997 em mais de 200 dias de viagem. Para viajar a Vênus, um pouco mais próximo da Terra, 41 milhões, 834 mil km, praticamente 42 milhões de km, gastaríamos 43,6 dias, e para Júpiter, cuja distância é de apro- ximadamente 630 milhões de km, nos tomariam 651 dias ou 1,8 ano de viagem (a Voyageur levou um ano e 11 meses) em um foguete com a velocidade de 11,3 km/s ou 968.000 km/dia, somente para ida. Ida e volta sem parada, seriam 86 dias para Vênus, 116 dias para Marte e 3,6 anos para Júpiter, que torna ridículo qualquer pensamento sobre o assunto, além do mesmo não ter qualquer sentido, inclusive o turístico. É possível diminuir o tempo das viagens, mas não o necessário para colocá-la no período útil de vida humana. Há que se levar em conta também o tempo de espera da tripulação no planeta para que houvesse uma segunda aproximação crítica da Terra para a volta (mais dois anos ou 730 dias para Marte, fora o custo de US$ 400 bilhões!). Sem tripulação, somente com aparelhos, o melhor que obtivemos de volta foram fotografias e imagens de radar como as obtidas na Terra, as quais dependem de interpretações, sempre desastradas, erradas e mal feitas, pois inadequadamente usadas. Ora, se habitando a Terra há tanto tempo não a conhecemos, que dizer de uma viagem onde a demora por lá não passaria de momentos? Ainda mais, como são completamente diferentes as condições físicas desses planetas, seu ambiente é hostil, e mesmo para uma ou duas pessoas seria difícil permanecer lá, mesmo por poucos momentos. Se for para esperar novas aproximações entre 168
  • 7. Ferramentas da Geologia os planetas, os astronautas correm o risco de ficar por lá. Entretanto existem cientistas que pensam povoar outros mundos que não pertencem ao me- nos ao nosso sistema planetário.4,5 Esses astros e nebulosas ficam a distâncias ainda mais sonhado- ras. Alpha Centauri está há quatro anos, quatro meses e 7 dias-luz da Terra (um ano-luz é igual a 9,5 trilhões de km), com a velocidade da luz perto dos 300.000 km/s. Computando-se só a ida, haveriam de ser percorridos 41 trilhões, 135 bilhões e 40 milhões de km, que a velocidade de escape da Terra (11,2 km/seg) tomariam 116,5 anos de viagem. Embora mencionadas, evidente que tais conjecturas não podem ser levadas a sério, e abandonâmo-las aqui. Também não podem ser argüidos expedientes de congelamento, mumificações de corpos, para serem posteriormente ressuscitados, como imaginam os diretores de cinema ficcionista, pois isto implica na morte da cobaia, e expectativa de vida de 300 anos para o experimentador, o que estra- ga ou impede a experiência. A maneira possível de encurtar o tempo de viagem, como o aumento da velocidade, tem barreiras para os tripulantes, que não agüentam aceleração além de pequenos limites. Diante do exposto, concluímos que temos de usar esses recursos de alta técnica em benefício de toda a humanidade, iniciando pela construção de perfeitos mapas, com finalidade de estudar a Terra, para melhorar a vida aqui. Nós somos produtos da condensação e sedimentação da atmosfera da Terra, e condenados a permanecer dentro dela ou em ambiente semelhante, até que desapareça um dos seus fatores condi- cionantes (sobre os quais não temos o mínimo controle) e desaparecer com ele também. Para que fique bem claro: as espécies orgânicas dependem das condições normais de tem- peratura e pressão, CNTP, alcançadas na superfície do globo, característica que não pode ser trans- portada para qualquer outro planeta do sistema. Mais ênfase: a atmosfera não pode ser levada para outra parte, pois é uma das capas esféricas constituintes da estrutura da Terra, função da gravidade do planeta. 169