Este documento apresenta informações sobre o período literário conhecido como Ultrarromantismo no Brasil, abordando:
- A segunda geração romântica brasileira, incluindo poetas como Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu.
- O contexto histórico e cultural do século XIX que influenciou a produção literária melancólica e triste deste período.
- Exemplos de poemas representativos do Ultrarromantismo brasileiro e suas características estilísticas.
3. O Ultrarromantismo
Aula 4
Caderno do aluno Aprender Sempre – Segunda Série
do Ensino Médio, vol. 3.
Objetivos da aula:
• Identificar aproximações e distanciamentos entre obras artísticas diversas produzidas em um mesmo período histórico;
• Perceber um possível diálogo entre a literatura e os contextos em que a produção se insere.
4. O Ultrarromantismo
Aula 4
Caderno do aluno Aprender Sempre – Segunda Série
do Ensino Médio, vol. 3.
Objetivos da aula:
• Identificar aproximações e distanciamentos entre obras artísticas diversas produzidas
um mesmo período histórico;
• Perceber um possível diálogo entre a literatura e os contextos em que a produção se
insere.
6. Lord Byron
Gravura retratando Lord Byron, 1873. Autor desconhecido. Domínio Público. Wikimedia
Commons. Disponível em:
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lord_Byron_coloured_drawing.png>.
Acesso em: 21 jul. 2021.
O Ultrarromantismo
7. Byron, considerado um dos maiores poetas britânicos, morreu
aos trinta e seis anos de idade. Muitas vezes descrito como o
mais extravagante e notório dos poetas românticos, Byron foi
tanto festejado quanto criticado em sua vida pelos excessos
aristocráticos, incluindo altas dívidas,
Quem foi Lord Byron?
Fonte: Lord Byron. CC-BY-SA-3.0. Wikipédia.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Lord_Byron>. Acesso em: 21 jul. 2021.
numerosos casos amorosos com homens e mulheres (como com
a meia-irmã da escritora Mary Shelley, Claire Clairmont), além de
boatos de uma relação escandalosa com sua meia-irmã.
8. Qual é a relação entre Lord Byron e Frankenstein?
Capa da publicação de
Frankenstein,
de Mary Shelley (1831).
Gravura de capa do livro Frankenstein, de Mary Shelley, publicado por Colburn and Bentley,
Londres, 1831. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em:
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Frankenstein_engraved.jpg>. Acesso em: 21 jul.
2021.
10. She walks in beauty, like the night
Of cloudless climes and starry skies;
And all that’s best of dark and bright
Meet in her aspect and her eyes;
Thus mellowed to that tender light
Which heaven to gaudy day denies.
One shade the more, one ray the less,
Had half impaired the nameless grace
Which waves in every raven tress,
Or softly lightens o’er her face;
Where thoughts serenely sweet
express,
How pure, how dear their dwelling-
place.
And on that cheek, and o’er that brow,
So soft, so calm, yet eloquent,
The smiles that win, the tints that glow,
But tell of days in goodness spent,
A mind at peace with all below,
A heart whose love is innocent!
“She walks in beauty”, por Lord Byron
Fonte: She walks in beauty, Lord Byron. CC-BY-SA-3.0. Wikipédia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/She_Walks_in_Beauty Acesso em: 21 jul. 2021.
11. Ela é bela e caminha como a noite
Sem nuvens e céus estrelados;
Ela é mais bela que as trevas
Percebidas em seus olhos;
E confunde-se com a luz suave
Que o paraíso nega.
Mais sombras, menos raios,
Quase uma suavidade sem nome
Lindas tranças como corvos,
Que docemente iluminam seu rosto;
De pensamentos doces que se expressam,
Nesta pura e apetecida morada.
No rosto, e semblante,
Tão suave, calma, expressiva,
O sorriso que ganha, o tom que brilha,
Sem mistérios, uma bondade abandonada,
Uma mente em paz desmoronada,
E um coração cujo amor é inocência!
“She walks in beauty”, por Lord Byron
(versão Mauro Marcel)
Elaborado especialmente para o CMSP.
12. Diálogo com outras artes...
O Pesadelo (1781), de
Henry Fuseli.
Pintura de Henry Fuseli intitulada O Pesadelo, 1781. Instituto de Artes de Detroit, EUA. Domínio Público. Wikimedia Commons.
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:John_Henry_Fuseli_-_The_Nightmare.JPG>. Acesso em: 21 jul. 2021.
13. O sonho de Belinda (1780-
1790), de Fuseli.
Pintura de Henry Fuseli intitulada Sonho de Belinda, 1780. Vancouver Art Gallery. Domínio Público. Wikimedia Commons.
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Johann_Heinrich_F%C3%BCssli_002.jpg>. Acesso em: 21 jul. 2021.
Diálogo com outras artes...
14. A balsa da Medusa
(1818-1819), de Théodore
Pintura de Théodore Géricault intitulada A jangada da Medusa, 1818. Museu do Louvre. Domínio Público. Wikimedia Commons.
Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:JEAN_LOUIS_TH%C3%89ODORE_G%C3%89RICAULT_-_La_Balsa_de_la_Medusa_(Museo_del_Louvre,_1818-
19).jpg>. Acesso em: 21 jul. 2021.
Diálogo com outras artes...
15. Relembrando...
Gerações
Características e alguns
representantes
1ª Geração
Nacionalista, ufanista,
indianista (José de
Gonçalves Dias)
2ª Geração
Ultrarromântica (Álvares
Azevedo, Casimiro de
Abreu)
3ª Geração Condoreira (Castro Alves)
Elaborado especialmente para o CMSP.
16. “Minha alma é triste”, de Casimiro de Abreu
Minh’alma é triste como a flor que morre
Pendida à beira do riacho ingrato;
Nem beijos dá-lhe a viração que corre,
Nem doce canto o sabiá do mato!
E como a flor que solitária pende
Sem ter carícias no voar da brisa,
Minh’alma murcha, mas ninguém entende
Que a pobrezinha só de amor precisa!
Amei outrora com amor bem santo
Os negros olhos de gentil donzela,
Mas dessa fronte de sublime encanto
Outro tirou a virginal capela.
ABREU, Casimiro de. Minh'alma é triste. Portal Domínio Público. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=86445>. Acesso em: 21 jul. 2021
17. Oh! quantas vezes a prendi nos braços!
Que o diga e fale o laranjal florido!
Se mão de ferro espedaçou dois laços
Ambos choramos mas num só gemido!
Dizem que há gozos no viver d’amores,
Só eu não sei em que o prazer consiste!
— Eu vejo o mundo na estação das flores…
Tudo sorri — mas a minh’alma é triste!
“Minha alma é triste”, de Casimiro de Abreu
ABREU, Casimiro de. Minh'alma é triste. Portal Domínio Público. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=86445>. Acesso em: 21 jul. 2021
18. Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que amanhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que doce n‘alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o doloroso afã…
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
“Se eu morresse amanhã”,
de Álvares de Azevedo
AZEVEDO, Álvares de. Poemas irônicos, venenosos e sarcásticos, p. 59-60. NEAD – Núcleo de Educação a Distância, UNAMA - Universidade da Amazônia. Portal Domínio
Público. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=16542>. Acesso em: 23 jul. 2021.
19. Compartilhe no chat...
Em sua opinião, o que levava os jovens do período
romântico a esse nível de tristeza e melancolia?
Elaborado especialmente para o CMSP.
20. • Fim do século XVIII e início do século XIX;
• Mal do século;
• Ultrarromantismo;
• Lord Byron;
• Segunda Geração romântica brasileira;
• Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e
demais poetas da segunda geração.
Retomando e contextualizando...
Elaborado especialmente para o CMSP.
21. Atividades...
Faça as atividades da aula 4 desta sequência de
atividades e as leituras sugeridas pelo seu
professor.
Elaborado especialmente para o CMSP.
22. ATIVIDADES
Pesquisa:
Como o comportamento dos ultrarromânticos influenciou
e influencia o comportamento nos séculos XX e XXI?
Debate:
Essa influência é positiva?
Elaborado especialmente para o CMSP.
23. O que fizemos hoje?
•Identificamos aproximações e distanciamentos entre
obras artísticas diversas produzidas em um mesmo
período histórico;
•Percebemos um possível diálogo entre a literatura e
os contextos em que a produção se insere.
Elaborado especialmente para o CMSP.
26. Habilidades suporte
• Distinguir as marcas próprias do texto literário e
estabelecer relações entre o texto literário e o momento
de sua produção, situando aspectos do contexto histórico,
social e político;
•Relacionar informações sobre concepções artísticas e
procedimentos de construção do texto literário com os
contextos de produção, para atribuir significados de
leituras críticas em diferentes situações;
27. •Analisar relações intertextuais e interdiscursivas entre obras de
diferentes autores e gêneros literários de um mesmo momento
histórico e de momentos históricos diversos, explorando os modos
como a literatura e as artes em geral se constituem, dialogam e se
retroalimentam;
28. Habilidades suporte
•Relacionar o texto, tanto na produção como na
leitura/escuta, com suas condições de
produção e seu contexto sócio-histórico de
circulação (leitor/audiência previstos, objetivos,
pontos de vista e perspectivas, papel social do
autor, época, gênero do discurso etc.), de
forma a ampliar as possibilidades de
construção de sentidos e de análise crítica e
produzir textos adequados a diferentes
situações.
29. •Analisar relações intertextuais e interdiscursivas entre obras de
diferentes autores e gêneros literários de um mesmo momento histórico
e de momentos históricos diversos, explorando os modos como a
literatura e as artes em geral se constituem, dialogam e se
retroalimentam;
Habilidades suporte
30. Indicadores por habilidade
• Reconhecer as marcas próprias do texto literário;
• Ler textos de diferentes gêneros e analisar as diferenças entre o texto literário e
outros textos;
• Estabelecer relações entre os textos literários e textos não literários, produzidos nos
séculos XIX e XX, analisando os contextos de sua produção;
• Identificar e analisar o tema abordado, estabelecendo relações
de aproximação e/ou distanciamento com outros textos;
• Reconhecer no texto indícios de intencionalidade do autor;
• Reconhecer a língua portuguesa como realidade histórica,
social e geográfica, e como manifestação do pensamento, da
cultura e identidade de um indivíduo, de um povo e de uma
comunidade;
• Compreender o contexto de produção dos textos literários de
modo a identificar fatos e acontecimentos ocorridos à época.
31. Entrelaçamento com o Currículo em ação
• 2ª série – volume 1. Atividades: 08, 09 e 10.
• 1ª série – volume 4 (SPFE – 2020). Atividades: 01, 02 e 05.
• 1ª série – volume 2 (SPFE – 2020). Atividades: 01, 02, 05 e 06.
• 1ª série – volume 4 (SPFE – 2020). Atividades: 01, 02 e 05.
• 1ª série – volume 4 (SPFE – 2020). Atividades: 01, 02, 03, 04 e 05.