O documento discute o câncer de próstata, abordando sua epidemiologia, etiologia, sinais e sintomas, fatores de risco, métodos de diagnóstico como toque retal e exame de PSA, biópsia, sistema de Gleason, e opções de tratamento como prostatectomia radical, radioterapia e terapia hormonal.
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Câncer de Próstata: Epidemiologia, Diagnóstico e Tratamento
1. Câncer de próstata
Universidade Estadual do Maranhão
Discentes: Anna Laís do N. Sousa, Mayara C. R. da Silva, Vitória M. Rosa
Docente: Larissa Silva Oliveira
3. Epidemiologia
• Segundo mais comum entre os
homens no Brasil
• É o sexto tipo de câncer mais comum
no mundo e o mais prevalente em
homens
• Estimam-se 46.275 casos novos de
câncer de próstata no Brasil em 2021.
7. Etiologia
• O câncer de próstata surge quando, por razões ainda não conhecidas
pela ciência, as células da próstata passam a se dividir e se multiplicar de
forma desordenada, levando à formação de um tumor. Alguns desses
tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros
órgãos do corpo e podendo levar a morte. Uma grande maioria, porém,
cresce de forma tão lenta que não chega a dar sintomas durante a vida
nem a ameaçar a saúde do homem.
8. Sinais, sintomas e fatores de risco
• O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não
chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.
Em outros casos, pode crescer rapidamente, se espalhar para outros
órgãos e causar a morte. Esse efeito é conhecido como metástase.
9. • Micção frequente.
• Fluxo urinário fraco ou
interrompido.
• Dificuldade de urinar;
• Gotejamento no final da
micção.
• Demora em começar e
terminar de urinar;
• Vontade de urinar
frequentemente à noite
(Nictúria).
• Sangue na urina ou no
sêmen.
• Sensação de resíduo pós-
micção
Sinais, sintomas e fatores de risco
• O câncer de próstata em estágio inicial geralmente não provoca sintomas,
enquanto em estágio avançado pode causar alguns:
10. • Manifestar um ou mais desses sinais e sintomas não significa,
necessariamente, a presença de câncer de próstata. Alguns deles são
comuns a outras doenças como na Hiperplasia benigna da próstata que é o
aumento benigno da próstata, e afeta mais da metade dos homens com
idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade, e
na Prostatite que é uma inflamação na próstata, geralmente causada por
bactérias.
• Por isso, a importância de procurar um atendimento médico para fazer esse
diagnóstico diferencial.
• Em casos mais avançados, o câncer de próstata pode provocar dor óssea,
ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
Sinais, sintomas e fatores de risco
11.
12. • Alguns fatores de risco podem aumentar as chances de uma pessoa ter esse tipo de
câncer, tais como:
• Histórico familiar - uma pessoa com parente de primeiro grau que já teve o câncer,
possui pelo menos duas vezes mais chances de desenvolvê-lo também. E com dois
parentes de primeiro grau o risco sobe para seis vezes mais
• Idade - a incidência e a mortalidade do câncer são maiores após os 50 anos de idade.
Cerca de 60% dos casos da doença acontecem em pessoas com mais de 65 anos.
• Raça - Por razões desconhecidas, homens com ascendência africana têm mais
chances de desenvolver o câncer de próstata.
• Obesidade - homens com obesidade não têm chances aumentadas em desenvolver o
câncer de próstata em si, mas sim, formas mais graves da doença.
• Hábitos alimentares
Sinais, sintomas e fatores de risco
13.
14. Diagnóstico
• Primeiramente é necessário dispor que o rastreamento e diagnóstico
precoce são de extrema importância, pois quanto mais cedo a descoberta
do câncer, melhor é a ênfase do tratamento, logo então a cura
(BRASIL,2002).
• O que é o rastreamento?
• O que é o diagnóstico precoce?
• A neoplasia maligna da próstata costuma ser assintomática nos estágios
iniciais, dispõe que mesmo sem os determinados sintomas, o câncer pode
estar localizado; e é por isso que segue-se as recomendações.
15. Diagnóstico
• Logo, as recomendações, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia,
são dispostas da seguinte forma:
• “Mantém a recomendação de que os homens, a partir de 50 anos e
mesmo sem apresentar sintomas, devem procurar um profissional
especializado, para avaliação individualizada tendo como objetivo o
diagnóstico precoce do câncer de próstata. Os homens que integrarem o
grupo de risco (raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer
de próstata) devem começar seus exames mais precocemente, a partir
dos 45 anos. Após os 75 anos, somente homens com perspectiva de vida
maior do que 10 anos poderão fazer essa avaliação (Sociedade Brasileira
de Urologia – Gestão 2018/2019.)”
16. Os métodos de rastreamento e diagnóstico precoce é feito pela união de
dois importantes exames:
• Toque retal
• Teste de PSA ( Antígeno prostático específico)
Diagnóstico
17. Toque retal:
• Exame que avalia: volume, tamanho, forma da
próstata. Avalia-se anormalidades através do
toque.
• De acordo com Brasil (2021), é possível através
do exame alcançar o lado posterior e lateral da
próstata.
• Pode identificar possíveis lesões ou
tumorações.
• Extremamente importante, auxilia o diagnóstico,
principalmente quando os níveis de PSA estão
normais.
Fonte: IMEB (2020)
Diagnóstico
18. • Exame de sangue PSA:
• Informa a quantidade do PSA( proteína
produzida pela próstata) no sangue, onde é
possível notabilizar alterações, o que condiz
que há alterações na próstata (BRASIL,
2021).
• PSA não é especificadamente para a
existência de tumores, as alterações podem
significar situações benignas: Prostatite ou
Hiperplasia Benigna da Próstata.
Fonte: INAC (2020)
Diagnóstico
19. • Segundo dados da ACS ( American Cancer Society, 2019):
• PSA é medido em nanogramas por mililitro(ng/ml)
• PSA= abaixo de 4(ng/ml), é de risco baixo, 15% de chance de apresentar
o câncer.
• PSA=entre 4-10 (ng/ml), 25% de apresentar câncer de próstata.
• PSA=acima de 10(ng/ml), 50% de apresentar câncer de próstata.
• O que pode alterar?
• Medicamentos para HPB, alguns fitoterápicos, medicamentos como:
aspirina, estatinas, diuréticos triazídicos.
Diagnóstico
20. • Outros tipos de exames de PSA, caso haja necessidade de maiores
investigações, antes de ser disposta a biópsia(ACS,2019):
• Porcentagem de PSA livre
• PSA complexado
• Testes combinados de PSA
• Velocidade do PSA
• Densidade de PSA
• Faixas de PSA específicas para idade
• ressonância magnética ou ultrassom transretal.
Diagnóstico
21. • Biópsia da próstata: Indicada quando há a existência de níveis altos
persistentes de PSA; anormalidades no toque retal, e de recomendação
criteriosa( INCA,2022).
• Utiliza-se agulha grossa, por via transperineal ou trasnretal, utilizando
como guia a ultrassonografia transretal ou ressonância magnética, de
acordo com a ACS(2019).
• 12 amostras são retiradas para diagnóstico, sendo encontrado o câncer o
laudo é feito pela graduação histológica do sistema de Gleason.
Diagnóstico – Biópsia
22. • Sistema que define os graus de agressividade do câncer, através de uma
análise histológica, em comparação ao tecido prostático normal.
• + grau, + diferenciação do tecido normal da próstata
• -grau,- diferenciação do tecido normal da próstata
• Possui graus de 1 - 5.
• E a somatória, ou seja, pontuação de Gleason de 2 - 10.
• Na somatória(x+y)= pontuação de Gleason. X é o padrão mais frequente
analisado, Y é o segundo padrão mais frequente analisado.
Sistema de Gleason – Biópsia
23. • Logo, Gleason definiu que:
• 6 ou menos= baixo grau
• 7 moderado
• 8 - 10 alto grau
• Porém, em 2014, foi acrescentado pela ISUP ( Sociedade Internacional de
Urologia Patológica) o agrupamento das pontuações de Gleason, que
juntamente aparece nos relatórios de biópsia da próstata.
Sistema de Gleason – Biópsia
24. • Foi determinada a colocação de grupos, de acordo com algumas análises
dispostas, definindo a disposição da arquitetura histológica.
• Referente ao número 7; ou seja (3+4) e (4+3), pacientes no primeiro caso
se saíam melhor que os do segundo caso.
• Pontuação 8, se saíam melhor que os de 9 e 10.
Agrupamento das pontuações de
Gleason (ISUP, 2014) – Biópsia
25. Tecido prostático normal:
• Glândulas com duas camadas de células, as basais e outra com células
secretoras colunares
• Estroma presente contém músculo liso e tecido fibroso
• Arquitetura bem definida
Classificação Histológica
27. Sistema de Gleason
Grau 3 - Desorganização
das glândulas, diferenças
de tamanhos.
Grau 4 - Mais sólido,
maior perca de lumen
nas glândulas, sendo
cribriformes e
fusionadas.
Grau 5 - Aspecto mais
sólido, não é possível
analisar a formação de
glândulas.
Fonte: NGUYEN et al. (2012)
33. • É possível ver o aspecto
sólido
• Com células
neoplásicas isoladas ou
arranjo trabecular
• Pode ocorrer formações
de comedos( necrose
central na glândula)
Fonte: Webpathology (2022)
Gleason Grau 2
35. Tratamento
• O tratamento é definido individualmente, analisa-se as comorbidades,
expectativa de vida do paciente, estadiamento do tumor, grau histológico
e tamanho da próstata (BRASIL,2002).
• A classificação e indicação do tratamento envolve os dados da biópsia,
PSA, sistema de Gleason, e critérios da bióspia: Baixo/ intermediário/ alto
e muito alto (Dornas et al., 2008).
36. • Pacientes com baixo e intermediário risco = câncer de forma localizada
• Expectativa de vida maior que 5 anos - protastectomia radical
• Outros como: radioterapia (ótima opção); vigilância ativa.
• Protastectomia = retirada de toda próstata e vesículas seminais (INCA, 2021).
• Radioterapia = Radiações ionizantes para destruir células do tumor e impedir
sua multiplicação (INCA, 2021).
Tratamento
37. • Pra alto e muito alto risco= doença localmente mais avançada.
• Maior agressividade no tratamento, de acordo com a expectativa de vida
são combinados (Damião et. al,2018).
• Vigilância ativa; radioterapia; hormonioterapia; protastectomia radical;
terapia sistêmica; terapia de investigação.
Tratamento
38. • Doença metatástica = forma mais avançada do câncer
• Terapia endócrina e hormonal, promover a supressão androgênica (BRASIL,
2002).
• Impedir produção de testosterona, bloquear ações da próstata.
• Sendo os tipos: orquiectomia bilateral; supressão da liberação hipotalâmica
ou Hipofisária de LH e FSH por estrógenos ou análagos de LHRH; Anti-
androgênos; bloqueio da síntese de testosterona pela ciproterona
• Sendo a orquiectomia e a estrogenoterapia as mais eficazes.
Tratamento
39. • Alternativo:
• É observado em estudos que plantas medicinais são formas de
tratamento alternativo, e que cerca de 60% dos anticancerígenos são de
origem natural. Através da fitoterapia é possível dispor tratamento,
segundo pesquisas.
• Vinca Rosea possui alcalóides presentes nesta planta bloqueiam a mitose
no estágio da metáfase e induz a apoptose, trazendo uma parada na
evolução do tumor (UFJF,2011).
Tratamento
40. • Crocus Sativus L, conhecido com açafrão possui propriedades
anticancerígenas, da qual possui três metabolitos secundários com
atividade antineoplásica: crocina, picrocrocina e safranal (FESTUCCIA et
al., 2014).
• Rico em carotenóides, que são benéficos para efeitos antitumorais
• crocetina como ação antitumoral
Tratamento
41. • Euphorbia tirucalli, da qual possui o euphol que possui propriedades anti-
inflamatórias, além de ter a característica anticancerígena(SILVA VAO, et
al,2018).
• Possui agente antineoplásico
Tratamento
42. • NGUYEN, Kien et al. Prostate cancer grading: Gland segmentation and structural features. East
Lansing, MI. Sunnyvale, CA. USA: Pattern Recognition Letters, 1 abr. 2012. LÂMINA. Disponível
em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0167865511003230?via%3Dihub.
Acesso em: 13 jun. 2022.
• MOL-Microscopia Online. Aparelho reprodutor masculino PRÓSTATA. Disponível em:
https://mol.icb.usp.br/index.php/21-15-aparelho-reprodutor-masculino/. Acesso em: 15 jun. 2022.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência À Saúde. Instituto Nacional de Câncer
(org.). PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO CÂNCER DA PRÓSTATA: documento de
consenso. DOCUMENTO DE CONSENSO. 2002. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cancer_da_prostata.pdf.> Acesso em: 03 jun. 2022.
• INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Câncer de próstata: detecção precoce. Detecção
Precoce. 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br. Acesso em: 03 jun. 2022.
Referências
43. • ACS-AMERICAN CANCER SOCIETY (Estados Unidos). Prostate Cancer Early Detection, Diagnosis, and Staging,
cancer. 2019. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/prostate-cancer/detection-diagnosis-staging.html. Acesso
em: 03 jun. 2022.
• DAMIÃO, Ronaldo et al. Câncer de próstata. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto ,[S.l.], v. 14, ago. 2015.
ISSN 1983-2567. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/17931/13463.
Acesso em: 18 jun. 2022. doi:https://doi.org/10.12957/rhupe.2015.17931.
• DORNAS, Maria et al. Câncer de próstata. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, [S.l.], v. 7, n. 1, set. 2014.
ISSN 1983-2567. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/9286/7192.
Acesso em: 18 jun. 2022.
• TONON, Thiarles Cristian Aparecido et al. CÂNCER DE PRÓSTATA: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Revista Saúde
e Pesquisa, [S.I], n. 23, p. 403-410, set. 2009. Disponível em:
https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/1189/900. Acesso em: 11 jun. 2022.
• FESTUCCIA, Claudio et al. Antitumor Effects of Saffron-Derived Carotenoids in Prostate Cancer Cell Models. Biomed
Research International, [S.L.], v. 2014, p. 1-12, 2014. Hindawi Limited. http://dx.doi.org/10.1155/2014/135048.
Disponível em: https://www-ncbi-nlm-nih-
gov.translate.goog/pmc/articles/PMC4037572/?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc. Acesso em: 18
jun. 2022.
Referências
44. • UFJF. Plantas Utilizadas em Oncologia. Disponível em:
https://www.ufjf.br/proplamed/files/2011/03/a9-Plantas-Utilizadas-em-
Oncologia.pdf. Acesso em: 03 jun. 2022.
• IMEB. Exame de Próstata (toque retal): como é feito e com quantos anos
fazer? 2020. Disponível em: https://imeb.com.br/exame-de-cancer-de-prostata-
livre-se-do-preconceito/. Acesso em: 05 jun. 2022.
• INAC. Novembro azul – Entenda a importância do exame de PSA. 2020.
Disponível em: https://inac.com.br/blog/novembro-azul-entenda-a-importancia-
do-exame-de-psa. Acesso em: 20 jun. 2022.
• WEBPATHOLOGY. Adenocarcinoma of Prostate. 2022. Disponível em:
https://www.webpathology.com/case.asp?case=20. Acesso em: 15 jun. 2022.
Referências
45. • HUMPATH. Gleason pattern 3. 2012. Disponível em:
https://www.humpath.com/spip.php?article18642. Acesso em: 15 jun.
2022.
• BASICMEDICAL KEY. Grading of Prostatic Adenocarcinomas.
Disponível em: https://basicmedicalkey.com/grading-of-prostatic-
adenocarcinomas/. Acesso em: 15 jun. 2022.
• ANAPAT-UNICAMP.. Adenocarcinoma da próstata. Disponível em:
https://anatpat.unicamp.br/lamuro21.html. Acesso em: 15 jun. 2022.
• BRASIL. Ministério da Saúde . . Câncer de próstata: quais exames são feitos para investigar o câncer de próstata?.
Quais exames são feitos para investigar o câncer de próstata?. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-prostata. Acesso em: 03 jun. 2022.
Referências