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Ação na obra “Os
Maias”




   Trabalho realizado por: Marta Jorge nº6
Tragicidade da Ação


   A acção desta obra apresenta certas
    características da tragédia clássica, tais como
    o destino (Anankê) influência personagens da
    alta sociedade. Neste caso é Guimarães que
    representa o destino, uma vez que é ele que
    revela a verdade a Ega, e consequentemente
    a Carlos. Apesar da sua passagem rápida pela
    obra ele muda completamente a via de todos.
(Continuação)
   Outro aspecto importante é o facto de surgir
    vestido de negro, o que prediz a desgraça; a
    peripécia (peripeteia) que consiste na
    mudança      inesperada     na    vida     de
    todos,   nomeadamente       quando     Carlos
    descobre o seu parentesco com Maria
    Eduarda;    o    sofrimento   (pathos)   das
    personagens após a revelação da verdade; e
    por fim, a catástrofe (Catastrophe) que é a
    morte de Afonso e a separação de Carlos e
    Maria Eduarda que partem para caminhos
Ação Secundária
   A acção secundária envolve substancialmente
    Pedro da Maia, Maria Monforte, Afonso da
    Maia e Trancedo.
   Pedro, após um ano da morte da mãe, cai em
    amores pela bela Maria Monforte. Namoram-
    se e casam-se desautorizando Afonso da
    Maia,      na      altura     opositor      ao
    casamento, chamando Maria de "negreira" e
    questionando as suas origens e valores
    morais.    Após     uma     fuga    para     o
    estrangeiro, Pedro e Maria estão de volta para
(Continuação)
   Nascem dois filhos, Carlos e Maria Eduarda, e
    mesmo assim Maria Monforte adia sempre o
    encontro com o sogro. Entretanto Pedro fere
    acidentalmente Trancedo, que se instala na
    sua casa para se recompor. Maria Monforte e
    Trancedo apaixonam-se e fogem, levando
    consigo   a     pequena     Maria   Eduarda.
    Pedro, ainda desgostoso leva Carlos para o
    Ramalhete, onde conta tudo ao pai. Depois de
    escrever uma final carta, suicida-se...
    Deixando Carlos e Afonso.
Ação Principal

   Na intriga principal são retratados os amores
    incestuosos de Carlos e Maria Eduarda que
    terminam com a desagregação da família –
    morte de Afonso da Maia e separação de
    Carlos e Maria Eduarda.
   Carlos é protagonista da intriga principal.
   A acção principal inicia-se quando Carlos vê
    Maria Eduarda acompanhada por Castro
    Gomes.
(Continuação)
   De seguida visita Rosa, filha de Maria
    Eduarda, a pedido de Dâmaso uma vez que a
    família não se encontrava presente. No
    entanto, ele volta, mas desta vez a pedido da
    própria Maria Eduarda para cuidar de Miss
    Sara que estava doente. Pouco tempo depois
    Carlos declara-se a Maria Eduarda que
    mostra sentir o mesmo. Aqui dá-se a
    consumação do encesto.
(Continuação)
   Apesar de roda a felicidade sentida na
    altura, Guimarães, que conhece Maria
    Eduarda, revela a Ega que ela e Carlos são
    na realidade irmãos. Este revela a Carlos que
    por sua vez abre-se com o avô. Após todo
    esta situação Carlos realiza o incesto
    voluntariamente até que Afonso morre.
   No entanto, Maria Eduarda descobre toda a
    verdade e parte para Paris, enquanto que ele
    viaja durante dez anos pela Europa. Desta
    forma, dá-se a separação do casal.
(Continuação)


   Depois dessa longa viajem, Carlos volta a
    Portugal.
   Entre a intriga principal e a intriga secundária
    podemos observar um certo paralelismo, uma
    vez que a intriga principal só se dá porque são
    criadas condições para tal, pela intriga
    secundária, e além disso há pontos em comum
    entre estas.
(Continuação)
   Apesar das educações opostas de Pedro e de
    Carlos, ambos são vítimas do meio em que se
    inserem e que levará à frustração dos seus
    ideais e capacidades. Tanto Pedro como
    Carlos tem vidas muito relaxadas. O primeiro
    desejou o encontro com Maria Monforte e
    consegui-o graças a Alencar, o segundo
    desejou o encontro com Maria Eduarda e
    consegui-o, também, mas graças ao
    Dâmaso, ambos são objectos de uma paixão
    avassaladora.
(Continuação)
   Afonso opõe-se a ambos os romances, ao de
    Pedro devido aos antecedentes de Maria
    Monforte, cujo pai enriquecera por negociar
    escravos, ao de Carlos por considerar Maria
    Eduarda “uma amante”.
   Maria Monforte retarda o encontro com
    Afonso, enquanto que Carlos e Maria Eduarda
    retardam a felicidade por causa de Afonso. Em
    ambos os romances surge um elemento
    desencadeador do drama, no caso de Pedro, e da
    tragédia no caso de Carlos, sendo Tancredo para
    Pedro e Guimarães para o de Carlos.
(Continuação)
   Pedro suicida-se fisicamente, enquanto que
    Carlos se suicida psicologicamente.
   Há ainda pequenas acções secundárias como
    os relacionamentos amorosos adúlteros de
    Ega e Raquel Cohen, e, de Carlos e
    Condessa      de    Gouvarinho,     como   o
    comportamento       e     as   atitudes   de
    figurantes, nomeadamente de Dâmaso.
    Euzébiozinho e Palma Cavalão, e ainda como
    o paralelismo entre a educação dada a Carlos
    e a Euzébiozinho.

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Ação "Os Maias"

  • 1. Ação na obra “Os Maias” Trabalho realizado por: Marta Jorge nº6
  • 2. Tragicidade da Ação  A acção desta obra apresenta certas características da tragédia clássica, tais como o destino (Anankê) influência personagens da alta sociedade. Neste caso é Guimarães que representa o destino, uma vez que é ele que revela a verdade a Ega, e consequentemente a Carlos. Apesar da sua passagem rápida pela obra ele muda completamente a via de todos.
  • 3. (Continuação)  Outro aspecto importante é o facto de surgir vestido de negro, o que prediz a desgraça; a peripécia (peripeteia) que consiste na mudança inesperada na vida de todos, nomeadamente quando Carlos descobre o seu parentesco com Maria Eduarda; o sofrimento (pathos) das personagens após a revelação da verdade; e por fim, a catástrofe (Catastrophe) que é a morte de Afonso e a separação de Carlos e Maria Eduarda que partem para caminhos
  • 4. Ação Secundária  A acção secundária envolve substancialmente Pedro da Maia, Maria Monforte, Afonso da Maia e Trancedo.  Pedro, após um ano da morte da mãe, cai em amores pela bela Maria Monforte. Namoram- se e casam-se desautorizando Afonso da Maia, na altura opositor ao casamento, chamando Maria de "negreira" e questionando as suas origens e valores morais. Após uma fuga para o estrangeiro, Pedro e Maria estão de volta para
  • 5. (Continuação)  Nascem dois filhos, Carlos e Maria Eduarda, e mesmo assim Maria Monforte adia sempre o encontro com o sogro. Entretanto Pedro fere acidentalmente Trancedo, que se instala na sua casa para se recompor. Maria Monforte e Trancedo apaixonam-se e fogem, levando consigo a pequena Maria Eduarda. Pedro, ainda desgostoso leva Carlos para o Ramalhete, onde conta tudo ao pai. Depois de escrever uma final carta, suicida-se... Deixando Carlos e Afonso.
  • 6. Ação Principal  Na intriga principal são retratados os amores incestuosos de Carlos e Maria Eduarda que terminam com a desagregação da família – morte de Afonso da Maia e separação de Carlos e Maria Eduarda.  Carlos é protagonista da intriga principal.  A acção principal inicia-se quando Carlos vê Maria Eduarda acompanhada por Castro Gomes.
  • 7. (Continuação)  De seguida visita Rosa, filha de Maria Eduarda, a pedido de Dâmaso uma vez que a família não se encontrava presente. No entanto, ele volta, mas desta vez a pedido da própria Maria Eduarda para cuidar de Miss Sara que estava doente. Pouco tempo depois Carlos declara-se a Maria Eduarda que mostra sentir o mesmo. Aqui dá-se a consumação do encesto.
  • 8. (Continuação)  Apesar de roda a felicidade sentida na altura, Guimarães, que conhece Maria Eduarda, revela a Ega que ela e Carlos são na realidade irmãos. Este revela a Carlos que por sua vez abre-se com o avô. Após todo esta situação Carlos realiza o incesto voluntariamente até que Afonso morre.  No entanto, Maria Eduarda descobre toda a verdade e parte para Paris, enquanto que ele viaja durante dez anos pela Europa. Desta forma, dá-se a separação do casal.
  • 9. (Continuação)  Depois dessa longa viajem, Carlos volta a Portugal.  Entre a intriga principal e a intriga secundária podemos observar um certo paralelismo, uma vez que a intriga principal só se dá porque são criadas condições para tal, pela intriga secundária, e além disso há pontos em comum entre estas.
  • 10. (Continuação)  Apesar das educações opostas de Pedro e de Carlos, ambos são vítimas do meio em que se inserem e que levará à frustração dos seus ideais e capacidades. Tanto Pedro como Carlos tem vidas muito relaxadas. O primeiro desejou o encontro com Maria Monforte e consegui-o graças a Alencar, o segundo desejou o encontro com Maria Eduarda e consegui-o, também, mas graças ao Dâmaso, ambos são objectos de uma paixão avassaladora.
  • 11. (Continuação)  Afonso opõe-se a ambos os romances, ao de Pedro devido aos antecedentes de Maria Monforte, cujo pai enriquecera por negociar escravos, ao de Carlos por considerar Maria Eduarda “uma amante”.  Maria Monforte retarda o encontro com Afonso, enquanto que Carlos e Maria Eduarda retardam a felicidade por causa de Afonso. Em ambos os romances surge um elemento desencadeador do drama, no caso de Pedro, e da tragédia no caso de Carlos, sendo Tancredo para Pedro e Guimarães para o de Carlos.
  • 12. (Continuação)  Pedro suicida-se fisicamente, enquanto que Carlos se suicida psicologicamente.  Há ainda pequenas acções secundárias como os relacionamentos amorosos adúlteros de Ega e Raquel Cohen, e, de Carlos e Condessa de Gouvarinho, como o comportamento e as atitudes de figurantes, nomeadamente de Dâmaso. Euzébiozinho e Palma Cavalão, e ainda como o paralelismo entre a educação dada a Carlos e a Euzébiozinho.