A ação principal retrata o romance incestuoso entre Carlos e Maria Eduarda que termina com a morte de Afonso da Maia e a separação do casal. A ação secundária envolve o casamento de Pedro da Maia e Maria Monforte e o subsequente adultério desta com Trancedo. Ambas as ações são afetadas pela oposição de Afonso da Maia.
1. Ação na obra “Os
Maias”
Trabalho realizado por: Marta Jorge nº6
2. Tragicidade da Ação
A acção desta obra apresenta certas
características da tragédia clássica, tais como
o destino (Anankê) influência personagens da
alta sociedade. Neste caso é Guimarães que
representa o destino, uma vez que é ele que
revela a verdade a Ega, e consequentemente
a Carlos. Apesar da sua passagem rápida pela
obra ele muda completamente a via de todos.
3. (Continuação)
Outro aspecto importante é o facto de surgir
vestido de negro, o que prediz a desgraça; a
peripécia (peripeteia) que consiste na
mudança inesperada na vida de
todos, nomeadamente quando Carlos
descobre o seu parentesco com Maria
Eduarda; o sofrimento (pathos) das
personagens após a revelação da verdade; e
por fim, a catástrofe (Catastrophe) que é a
morte de Afonso e a separação de Carlos e
Maria Eduarda que partem para caminhos
4. Ação Secundária
A acção secundária envolve substancialmente
Pedro da Maia, Maria Monforte, Afonso da
Maia e Trancedo.
Pedro, após um ano da morte da mãe, cai em
amores pela bela Maria Monforte. Namoram-
se e casam-se desautorizando Afonso da
Maia, na altura opositor ao
casamento, chamando Maria de "negreira" e
questionando as suas origens e valores
morais. Após uma fuga para o
estrangeiro, Pedro e Maria estão de volta para
5. (Continuação)
Nascem dois filhos, Carlos e Maria Eduarda, e
mesmo assim Maria Monforte adia sempre o
encontro com o sogro. Entretanto Pedro fere
acidentalmente Trancedo, que se instala na
sua casa para se recompor. Maria Monforte e
Trancedo apaixonam-se e fogem, levando
consigo a pequena Maria Eduarda.
Pedro, ainda desgostoso leva Carlos para o
Ramalhete, onde conta tudo ao pai. Depois de
escrever uma final carta, suicida-se...
Deixando Carlos e Afonso.
6. Ação Principal
Na intriga principal são retratados os amores
incestuosos de Carlos e Maria Eduarda que
terminam com a desagregação da família –
morte de Afonso da Maia e separação de
Carlos e Maria Eduarda.
Carlos é protagonista da intriga principal.
A acção principal inicia-se quando Carlos vê
Maria Eduarda acompanhada por Castro
Gomes.
7. (Continuação)
De seguida visita Rosa, filha de Maria
Eduarda, a pedido de Dâmaso uma vez que a
família não se encontrava presente. No
entanto, ele volta, mas desta vez a pedido da
própria Maria Eduarda para cuidar de Miss
Sara que estava doente. Pouco tempo depois
Carlos declara-se a Maria Eduarda que
mostra sentir o mesmo. Aqui dá-se a
consumação do encesto.
8. (Continuação)
Apesar de roda a felicidade sentida na
altura, Guimarães, que conhece Maria
Eduarda, revela a Ega que ela e Carlos são
na realidade irmãos. Este revela a Carlos que
por sua vez abre-se com o avô. Após todo
esta situação Carlos realiza o incesto
voluntariamente até que Afonso morre.
No entanto, Maria Eduarda descobre toda a
verdade e parte para Paris, enquanto que ele
viaja durante dez anos pela Europa. Desta
forma, dá-se a separação do casal.
9. (Continuação)
Depois dessa longa viajem, Carlos volta a
Portugal.
Entre a intriga principal e a intriga secundária
podemos observar um certo paralelismo, uma
vez que a intriga principal só se dá porque são
criadas condições para tal, pela intriga
secundária, e além disso há pontos em comum
entre estas.
10. (Continuação)
Apesar das educações opostas de Pedro e de
Carlos, ambos são vítimas do meio em que se
inserem e que levará à frustração dos seus
ideais e capacidades. Tanto Pedro como
Carlos tem vidas muito relaxadas. O primeiro
desejou o encontro com Maria Monforte e
consegui-o graças a Alencar, o segundo
desejou o encontro com Maria Eduarda e
consegui-o, também, mas graças ao
Dâmaso, ambos são objectos de uma paixão
avassaladora.
11. (Continuação)
Afonso opõe-se a ambos os romances, ao de
Pedro devido aos antecedentes de Maria
Monforte, cujo pai enriquecera por negociar
escravos, ao de Carlos por considerar Maria
Eduarda “uma amante”.
Maria Monforte retarda o encontro com
Afonso, enquanto que Carlos e Maria Eduarda
retardam a felicidade por causa de Afonso. Em
ambos os romances surge um elemento
desencadeador do drama, no caso de Pedro, e da
tragédia no caso de Carlos, sendo Tancredo para
Pedro e Guimarães para o de Carlos.
12. (Continuação)
Pedro suicida-se fisicamente, enquanto que
Carlos se suicida psicologicamente.
Há ainda pequenas acções secundárias como
os relacionamentos amorosos adúlteros de
Ega e Raquel Cohen, e, de Carlos e
Condessa de Gouvarinho, como o
comportamento e as atitudes de
figurantes, nomeadamente de Dâmaso.
Euzébiozinho e Palma Cavalão, e ainda como
o paralelismo entre a educação dada a Carlos
e a Euzébiozinho.