Treinamento NR 18.pdf .......................................
MARA WATA Ano Llallagua Pumas
1. 2. MULLP’U ~ MALLK’U
CIÊNCIA ÉTNICA
A ARTE DE RECONSTRUIR
MARA WATA
Ano Llallagua Pumas
AWTI WAYRAPACHA TUTUKA
•
THALARA YAPARI
17 de Agosto a 13 de Setembro de 2022
Mallku Chanez Willka Kallawaya
3. Era Luqiqaman Tink’u
O valor energético para uso próprio
Originário da transcendência energética do
Tiowayaku no Kollasuyo, Bolívia.
Jaxy Ovoguaçu, Lua Cheia, 090922
4. Luquiqaman Tink’u
O valor energético para uso próprio
Ritual de Transcendência Energética de Luquiqaman Tink’u na Lua Cheia
Jaxy Ovoguaçu, Lua Cheia, 2000
5. MARA WATA K’UYCHI
Constelações Andinas e Amazônicas
Ano LLallagua Pumas
Constelação boreal cujas duas estrelas principais são Cástor e Pólux
6. * LLallagua Pumas
Constelação boreal cujas duas estrelas principais são
Cástor e Pólux
A puma femea e o puma macho (casal de pumas*) das germinações andinas e
amazônicas, simbolizam o TU’Y, positivo, e o PU’Y, negativo, que se complementam
energeticamente. Os olhos (as duas estrelas principais) enfatizam as relações entre o
desenvolvimento eletromagnético e as transformações do organismo sensorial da
Pessoa Paisagem (Pp).
Sinônimos: ‘Jaguaratê’, ‘felina’, ‘jaguar’, ‘felino’, ‘onça pintada’ e sua variante onça preta. Outra espécie, tal como o puma ( Felis concolor ) são referidas
com o nome próprio.
7. A Pachakana, a constelação do Cruzeiro do Sul
TU’Y
positivo
PU’Y
negativo
8. AWTI WAYRAPACHA TUTUKA
•
THALARA YAPARI
17 de Agosto a 13 de Setembro de 2022
A Pachakana, Cruzeiro do Sul, nos indica desde o dia
três de setembro a época da realização dos TINK’US, rituais,
para a união dos opostos, alimentando a Pachamama, Mãe Terra,
com as sementes, é quando se inicia o período de
fecundidade e da fertilidade mais intensa na natureza, no
Estado Plurinacional do Kollasuyo, Bolívia.
9. Thalara Yapari
é o mês dedicado
às festividades e à
comemoração das
Warmis, mulheres,
que não corrompem a
Pachamama,
Mãe Terra
10. Os meses, phajhsi, do Kollasuyo foram observados pela variação anual das estações do ano, pela
temperatura, pelas mudanças atmosféricas que os amawtas, yatiris, yachischis e as LAIKKAS calcularam
matematicamente. Assim, se obteve através da ciência étnica do Kollasuyo toda a tradição rural, câmbios mercantis,
baseados nos produtos originários do ventre da Mãe Terra, Pachamama.
2. A prova destas observações da ciência ética foi concluinte uma vez que foi descoberta através das maravilhosas
ruínas do INTI LLOQE e SUPARI CUNCA, sítios arqueológicos encontrados a cem quilômetros do centro do Lago
Titikaka (o puma que ilumina de cima das pedras).
3. Thalara Yapari (17 de Agosto a 13 de Setembro) é o período em que se inicia a lavoura da Ppeske, quinua, que se
denomina Jupa Chhilaña, já que nessa época, renascem as nevadas, as nuvens fazem sombra por cima das colinas,
provocam as chuvas do céu que são intensas em alguns períodos, umedecem e molham a Pachamama, a Pacas Mili,
a Mãe Terra, para a produção dos alimentos que permanecerão para todo o sempre.
4. Thalara Yapari é o mês dedicado às festividades e à comemoração das Warmis, mulheres, que não corrompem a
Mãe Terra. Elas são as semeadoras do AIRU, do prazer e da fecundação, unem os opostos no centro energético da
Mãe d’Umbigo, em seu ventre, onde não existem conflitos, fortalecendo o equilíbrio da natureza, dando poder a
sobrenatureza do seu próprio renascimento e do nascimento da sua criança. Elas percebem e sentem a luz e dão
valor energético para o uso próprio, Luqiqamam Tink’u. Alimentando seu poder instintivo, intuitivo e de inspiração,
associam-se diretamente ao ventre da Pachamama.
Com o poder energético unificado da Pachamama e da TAICA, mãe, celebra-se a fertilidade e a fecundidade
que nos alimentam e nos criam no Kollasuyo.
11. Quando nossos ancestrais levantaram os olhos para o céu, fizeram leitura dos oitos céus, assim, criaram a
Wiphala ou Laphaqay, e abaixo contemplaram e acompanharam a germinação na Mãe Terra.
12. 5. Em muitas regiões, neste mês, inicia-se a semeadura antecipada dos alimentos como a Yapu Sata, para a qual
toma-se muito em conta a Sumaj Mara, um ano bom, quando as nascentes brotam das pedras via baixa. Esta união
com a semeadura dará uma boa produção de alimentos que não corromperá a natureza da Pachamama. Esta união
com a semeadura nos darão uma voa produção de alimentos.
6. Após ramificar a semeadura e equilibrar a Mãe Terra com os oito céus, Wiphala ou Laphaqay, algumas Pessoas
Paisagens percebem e acertam a leitura cósmica da natureza e classificam em Jallu Mara, quando o ano é mais
chuvoso; em Aliqa Mara, quando o ano é regular; em Juk’a jalluni Mara, quando o ano é chuvoso.
7. Para os rituais ou TINK’US, realizam-se jejuns e abstém-se dos relacionamentos íntimos dos casais para doar força
energética, os AJAYOS, para a reconciliação nossa com a Pachamama, Mãe Terra, digna de louvores.
8. As kollas e os kollas do KOLLASUYO se apresentam nas chácaras antes do sair do Inti, Sol, para reverenciar o
dia, para o diálogo e a reciprocidade com a kkoka, a q’uwa, o miski, os untus, e a khaura, a llama, etc. Para os
rituais da CHCHOQE, papa, todas as Pessoas Paissagens, Alís, chegam às chácaras com ramas e flores silvestres
no chapéu para que floresça a CHCHOQE.
9. As Yuntas e as Taxllas são adornos feitos com kaitus (lãs) de cor colocadas nas orelha das khauras, llamas.
Também são preparadas as Wiphalas Kurmis e Wiphalas Brancas, para iniciar as semeaduras, fortalecendo-as com
discernimento para poder seguir com paciência as sendas abertas e semear um pacto de reciprocidade de corações
abertos com a Pachamama.
13. MARA WATA K’UYCHI
Constelações Andinas e Amazônicas
•Observada a partir do Tiowayaku ou
Tiawanaku,
•a Mãe d’Umbigo dos povos originários
14. 10. Com as AIRUS, sementes, abrem-se os Tink’us, ritos. As AIRUS, sementes primordiais que foram alcançadas e
tocadas pelos oito céus coloridos e pela Pachamama são honradas e apreciadas nessa época, ACAPACHAN, a qual
muitas vezes, ALLOJPACHA, acumulará em seu interior inúmeros benefícios energéticos para as Pessoas
Paisagens, a fim de que o aviltamento ou o descrédito, a pobreza, a miséria, não se estendam como um flagelo sobre
a Mãe Terra da maneira como atualmente está acontecendo.
11. Para as oferendas preparam-se a T’allpa, koas, com miskis, flores, q’uwa, untu, kkoka, akallapu, farinha de
quinua, etc. Também se cria artesanalmente uma lhaminha com o untu, adornando-a com folhas de kkoka na cabeça,
na boca e na cauda, com cores de uma claridade que alegrem a vista e os Ajayos.
12. Nesta época florescem a QHUTQ T’ULA, a QACHUQACHU e as outras WARAQUS, que são esperados para
fortalecer o pressentimento e a intuição com o intuito de conseguir alcançar o prognóstico da ACA MARA, deste ano,
já que é o indicador tradicional da ciência étnica para a semeadura antecipada, para a semeadura atrasada ou para a
semeadura normal.
13. Estas flores nunca, NI CUNA PACHA, deixaram de indicar ou revelar os sinais vitais para lavrar a Mãe Terra, para
regar as plantações e perceber as Kasay (geadas), frentes frias (chiri), Parakay (chuvas), Ritiy (neve), Chijchi
(granizo), secas, portanto elas em seu florescer regulam todas essas atividades agropecuárias dos runas, das
Pessoas Paisagens do Kollasuyo.
15. 14. O comportamento das constelações nos ensina para a produção agropecuária. A associação de pleyades com o
arado que aparecem complementando-se no infinito, iguais e brilhantes, sem criar dificuldades aos nossos olhos, nos
indica um ano chuvoso e cheio de fertilidade. Quando se os vê esparzidos, solitários, espera-se um ano irregular,
quando se os vê opacos, obscurecidos, nos indicam que o ano não será bom para a semeadura e nem para a
colheita.
15. As WAWARA, as estrelas da via láctea, quando brilham flamejantes, nos indicam um bom ano produtivo, os
alimentos brotarão em abundância; se forem pouco brilhantes a produção será regular e teremos dias ameaçadores
e sombrios, se forem opacas, a produção será má, decadente e se viverá calamidades e fome no dia a dia.
16. LAPAKA é a época mais quente que começa no final deste mês e se estende até o final de novembro,
dependendo da região. É a época em que as águas se evaporam, as nuvens ficam prenhas e as chuvas renascem. É
o início da HALLUPACHA para a fecundidade e a fertilidade da Pacas Mili, e a fecundidade da Kheno da Pacas Mili,
da qual receberemos o esplendor energético e a alegria.
17 . A PACHAMAMA inspirada distribuirá ALIMENTOS a todos(as) os(as) esforçados(as) do KOLLASUYO. O estudo,
a formação e a SABEDORIA na CIÊNCIA ÉTNICA garantem a comida na mesa no futuro.
18. Onde estaremos protegidos das intempéries, se as árvores não serão arrancadas, elas estenderão suas sombras
por cima e as fontes e vertentes brotarão por baixo e os alimentos e seus frutos estarão ao alcance de nossas bocas
e vísceras. A PACHAMAMA é conhecedora e sábia para manter o pilar social da sustentabilidade.
16. MARA WATA
Calendário Astronômico Solar e Lunar Andino e Amazônico
MARA WATA: o ano tem 13 meses de 28 dias.
MARA T’AQAYA: hora zero. Intisaya – Intiwatana.
QURIARKA INTILLIMANI: ano novo andino, 21 de junho.
WILLKASI: 21 de junho é a última noite e o primeiro dia do ano solto.
PACHAMAMA, PACAS MILI E KHENO DA PACAS MILI: Mãe Terra
ACHAQAMAN: suprema luz da noite e suprema luz do dia.
TUTUJANAWIN: energia que sustenta o Universo finito e infinito (dá vida a todos os seres).
TUTUNUKI: energia do princípio e do fim das Pessoas Paisagens, runas.
K’ATUTUTU: o infinito no grande Universo (macro cosmos).
SIK’UTUTU: o finito no pequeno Universo ( micro cosmos).
17. Nascemos Phawary, livres, para
alçar voo, e Phawantaj, livres
queremos continuar ...
MARA WATA
A Ciência Étnica e a Medicina
Tradicional do Kollasuyo
O solstício de inverno 2022
associado ao ventre feminino
21 de Junho Ano Novo Andino e
Amazônico -5533 anos.
Jallallay, jallallay, jallallay,
kollasuyo, Bolívia