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MÃE D’UMBIGO
Y’PYRUÁ SY
~ ~
MÃE D’ÁGUA
Y’SY
As Mães d’Água são as prenhas vestidas que
realizam seus nascimentos em casa,
manifestando o movimento pélvico- ventral, a
coragem, a força, a agressividade e a
liberdade das Olhos d’Água, as prenhas
nuas dos rios amazônicos. As(os) recém
nascidas(os) são recebidas(os) pelas
Mães d’Umbigo.
17ª Mallku Chanez
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Facebook: Mallku Chanez
IKA: Instituto Kallawaya de Pesquisa Andino
WhatsApp: 55 11 9 6329 3080
Mallku Chanez Pacha Lea Chanez
Medicina Kallawaya Itinerante
Luquiqaman Tink’u
A transcendência energética
A grande emanação das forças energéticas vibratórias,
a qual se relaciona com os movimentos magnéticos
naturais e sobrenaturais.
Era Luqiqaman Tink’u
o valor energético para uso próprio
Originário da transcendência energética do
Tiowayaku no Kollasuyo, Bolívia.
Jaxy Py’a Hu, novembro de 2019
O patuá do uapé
Anel d’Aguaí, placenta
O Anel d’Aguaí representado pela vitória-régia
A pulsação do Anel d’Aguaí, placenta
Aparar o Anel d’Umbigo
O cerimonial do corte do Anel d’Umbigo e o recebimento do Anel d’Aguaí
Utensílios para aparar o Anel de Umbigo:
Preparar um cordão, um pavio de algodão ou, ainda, um pavio de Embira ensopado
em azeite doce de mamona para amarrar o cordão umbilical a três polegadas do pé do umbigo
da coroinha.
2. Uma dobradura de papel branco de tamanho certo. Queimar uma de suas pontas, deixando-a
na forma de uma rodinha. Ensopá-la com azeite de gergelim para ser colocada ao redor do
umbigo.
3. Manter o(a) brotinho(a) enfaixado(a) de três a quatro dias com o cueiro, do umbigo até a altura
do peito. No final desse tempo, cairá o cordão umbilical.
4. A Mãe d’Umbigo aparava o Anel do Umbigo, cordão umbilical, e o Anel d’Aguaí, placenta. Após o
término da pulsação do Anel d’Aguaí, medindo três polegadas a partir do corpo do coroinha,
aparava-se o Anel do Umbigo.
- A primeira parte do Anel era o extremo que estava ligado ao(à) brotinho(a), Anel pelo
qual recebia aconchego, sentimento e alimentação. Esse extremo do Anel, depois de aparado pela
Mãe d’Umbigo, era mantido com o(a) brotinho(a) por três Luas, através do qual deveria manter os
laços com a mama’e até se adaptar a sua nova realidade e ter uma continuidade, acompanhado(a)
pelo cheirinho doce da sagrada erva, o alfazema.
- A segunda parte do Anel pertencia ao Universo energético aberto, à Mãe Cósmica,
representada pela Mãe d’Umbigo. O ponto de separação física era o lugar onde se realizava o
corte. Era o ponto de mudança. Ainda assim, a Mãe d’Umbigo e a coroinha se manteriam unidas
para sempre.
- A terceira parte do cordão umbilical, que brotava do Anel d’Aguaí, pertencia à Mãe
d’Água e à Mãe Terra. O Anel d’Aguaí era unido a um cordão de algodão ou de Embira para ser
colocado ao redor da cintura da Mãe d’Água e formar um novo grande Anel.
5. Aparada a coroinha, suavemente se fazia deslizar o Anel d‘Aguaí até a conclusão do
renascimento da Mãe d’Água. O Anel d’Aguaí era logo plantado ou semeado dentro da capoeira,
debaixo de uma irmã árvore pela Mãe d’Umbigo. Desta maneira, era finalizada a cerimônia da
pulsação do Anel d’Aguaí.
6. O gongo dos sonhos
Se a coroinha ainda estava sonhando (dormindo) depois de aparada e separada da
Mãe do Corpo, era levada ao gongo. O sino era muitas vezes feito especialmente de
cabaça. Quando as mãos experientes da Mãe d’Umbigo davam três toques firmes, ele
emitia um som suave e harmonioso. Na ausência do gongo, utilizava-se uma bacia. O
importante era fazer ecoar um som harmonioso para acordar a coroinha. Quanto mais
leve e suave fosse o som, melhor seria porque o toque deveria acompanhar o
batimento cardíaco da mama’e. Também, se levava a coroinha para o gongo para que
ela não sentisse falta do colo da Mãe do Corpo assim que acordasse, nos dizia a Mãe
d’Umbigo Marta, de 72 anos.
O banho escaldado para a mitã e o
banho do aperto das carnes da Mãe d’Água
Banho escaldado para a mitã, Y’Guary
A preparação do banho era feita com muito carinho. A coroinha era recebida
com água escaldada, imediatamente após descer do colo da Mãe do Corpo para o colo
da Mãe d’Umbigo. A partir desse momento, iniciava-se o resguardo da mitã durante sete
dias.
Preparação:
- a água era esquentada em fogo vivo, num fogão de barro ou de pedra amarela;
- após o aquecimento, a água era despejada num tacho de madeira cheirosa, ipewa, no
qual se misturava uma pitadinha de sal grosso em pedra;
- assim, o banho com água escaldada estava pronto para limpar as impurezas
(desinfetar) e acelerar a cicatrização do umbigo da coroinha. O banho escaldado era,
também, uma forma importante de proteção contra as impurezas do mau-olhado, do
relâmpago e da Pancada do Raio, tupã
2. “Descendo acordada ou sonhando, a coroinha era levada para aquele banho
escaldado. O primeiro banho era sempre feito pelas mãos experientes das Mães
d’Umbigo.
3. Depois de lavar a mitã, a Mãe d’Umbigo limpava-a, secava-a e defumava-a com
alfazema. Assim, recebia-se a coroinha que, então, ia para o colo da Mãe d’Água, a
qual lhe oferecia aconchego, carinho e a amamentava com o leite da mama’e. Era
muito bonito, era um momento nosso, era muito emocionante o que acontecia no
instante do nosso renascimento e do nascimento da Olhinha d’Água”. (D. Ana)
4. Todos gostavam de assistir e de ajudar quando a Mãe d’Água dispunha a se sentar
na calma e fazia chover e descer a ‘Flor Bonita’. As irmãs d’Água iam para a casa da
Mãe d’Água acompanhar aqueles momentos de experiências universais inesquecíveis
assistidos pela Mãe d’Umbigo Raizeira.
5. Banho para o retraimento da Mãe do Corpo e para fechar as carnes da Mãe d’Água.
Depois do seu renascimento, a Mãe d’Água tomava o ‘banho de assento do aperto’
para que as carnes voltassem a seu lugar e para que as dores do escancaramento
abrandassem.
Banho de assento do aperto: voltar a Mãe do Corpo, útero:
Aruera; Imburana Velha (cheirosa); Imbu; Caju Novo; Romão; Malva Branca; Catinga da
Mulata
Banho de assento para o ventre inchado:
Asa Peixe
Aruera
Quichava
Barba Timão
Tanxagem
Banho de assento para o Anel do Metal, Períneo :
Tanxagem
Ipewa
Pereite
Guajama
(Sal)
Banho para a inflamação do útero e hemorroidas:
Sarama
Murure
Ochoo
Anel do Beiço, canal do nascimento de fluxo via baixa da Mãe d’Água.
Nhe’ẽ Ambará Amby
A cuia das virtudes e das atitudes da mama’e
Do seio, a cuia energética, é
necessário beber o leite materno no
momento apropriado e na medida certa,
nhe’ẽ mbará amby, para que se possa
5. ‘sentir os movimentos da energia viva’.
Isso explica o porquê das
virtudes e das atitudes dos povos originários
amazônicos não serem chamadas de
ética nem de moralidade, mas, sim, de
10. nhe’ẽ ambará amby.
Dos domínios profundos da vida natural, uma gota de leite surge para
alimentar a mitã. É como uma faísca que faz ascender a fogueira para alimentar a
Força d’Alento Universal, o ânimo. São duas unidades, os fluidos e o fogo,
provenientes de uma força íntima e fecunda , a INSTINTIVIDADE, para manter viva a
Mãe Terra.
2. Da natureza íntima da mama’e, de sua cuia energética, flui o leite, contendo as
virtudes e as atitudes da mama’e, para alimentar a Força d’Alento da Y’Agury.
3. A ética humana e a moralidade humana surgiram como ervas daninhas.
Cresceram provocando muitas dores e sofrimentos, sendo intoxicadas e cegadas
pela sua própria ambição. Árvores foram destruídas e transformadas em fumaça e as
águas dos rios e riachos ficaram estagnadas, perdendo a fluidez. Transformaram-se
em prisioneiros de sua própria ilusão e ambição. As espumas brancas nos rios vão
crescendo, levando para suas camas contaminadas, uma insondável e infinita
solidão.
4. A natureza última, do poder da ética humana e a moralidade do homem
civilizado romperam frontalmente com os hábitos tradicionais de preservação e de
amamentação, com a intuição e com o instinto de ensinar e educar as crianças
cuidadosamente sobre os meios de subsistência necessários para viver através do
nhe’ẽ ambará amby.
A jaguaratê, a Mãe do Fogo sempre presente nos renascimentos das
Mães d’Água e nos nascimentos das Y’Gurys Anhangatus.
4. Jaguanhenhén, jaguanhenhén
Mama’e, mama’e, eu prefiro teu suave rosnar
A representação da
jaguanhenhén, jaguanhanhén,
a mama’e jaguaratê que amamenta a cria,
perpassa as cosmologias
5. andinas e amazônicas.
A jaguaratê e o jaguar,
símbolos antigamente
recorrentes, estão ressurgindo
após terem ficado adormecidos durante
10. muito tempo na Terra sem Males.
Jaguanhenhén, jaguanhenhén
Mama’e, mama’e, eu prefiro teu suave rosnar
Kamby
Leite do peito materno
O homem civilizado se empenha
em dar comida à jaguaratê.
Convida-a com expressões que
anunciam a mil vozes suas
5. provisões das mais excelentes e agradáveis.
A mama’e jaguaratê aceita alegre.
Vai com muito apetite.
Porém, encontra sobre a mesa
folhas secas dentro de uma
10. fonte afunilada.
Para ela que as observava
com sentimento e apetite,
pareciam ser uma ricota macia, saborosa.
Inútil era tentar com suas garras o
15. garfo imitar.
O distinto civilizado, com seus dentes,
triturava a maminha sobre a
achatada fonte. Limpava-a tão bem
quanto podia com suas
20. mãos e com sua língua.
Mais tarde, para o convidado, a
mãe jaguaratê achava-se preparada:
uma tambiku ka’a-guá cheia de leite materno.
Aí, se viu a aflição do distinto civilizado,
25. aí, seu desespero, aí, sua angústia.
Seu nariz gozoso à Nhe’ẽ ka’a-guá,
Força d’Alento do leite, se achegou em vão.
Pois, na sua arrogância, no seu
orgulho, na sua inveja e vaidade tomou a
30. tambiku ka’a-guá da vida e lançou-a fora.
Saborear, lamber com sua língua anelava.
Triturar com seus dentes desejava,
pois era predador. Queria beber sangue, pois era
canibal por excelência.
35. Assim foi criado pelo homem racional.
Invejoso se quedo perceber que a
serenidade, a jaguanhenhén,
convivia com a kamby, leite do peito materno.
Só uma voz se ouvia com toque maternal:
40. jaguanhenhén, jaguanhenhén.
O canibal civilizado voltou, tentou, se afastou,
cheirou, se desconsolou, se desatinou e,
enfim, se aborreceu. Pôs o
‘Rabo’ entre as pernas tão depressa que
45. nem teve, ainda, tino da saída.
O que dizer dos refinados civilizados?
“Estão verdes ainda”,
imaturos como antes?
Negam, ainda, trilhar o
50. início da transcendência energética?
Também há o desengano
para os pícaros
civilizados religiosos,
os euroíndios e os eurointelectuais.
Mama’e, mama’e,
55. eu prefiro teu suave rosnar.
Não há entranhas mais eletromagnéticas que as das Kollas andinas e
amazônicas. Chegamos ao mudo através da fluidez de Luqiqaman Tink’u, a
transcendência energética, e em outros braços as abandonamos.

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A pulsação do Anel d’Aguaí, placenta e o cerimonial do corte do Anel d’Umbigo

  • 1. MÃE D’UMBIGO Y’PYRUÁ SY ~ ~ MÃE D’ÁGUA Y’SY As Mães d’Água são as prenhas vestidas que realizam seus nascimentos em casa, manifestando o movimento pélvico- ventral, a coragem, a força, a agressividade e a liberdade das Olhos d’Água, as prenhas nuas dos rios amazônicos. As(os) recém nascidas(os) são recebidas(os) pelas Mães d’Umbigo. 17ª Mallku Chanez
  • 2. www.mallkuchanez.com Facebook: Mallku Chanez IKA: Instituto Kallawaya de Pesquisa Andino WhatsApp: 55 11 9 6329 3080
  • 3. Mallku Chanez Pacha Lea Chanez Medicina Kallawaya Itinerante Luquiqaman Tink’u A transcendência energética A grande emanação das forças energéticas vibratórias, a qual se relaciona com os movimentos magnéticos naturais e sobrenaturais.
  • 4. Era Luqiqaman Tink’u o valor energético para uso próprio Originário da transcendência energética do Tiowayaku no Kollasuyo, Bolívia. Jaxy Py’a Hu, novembro de 2019
  • 5. O patuá do uapé Anel d’Aguaí, placenta O Anel d’Aguaí representado pela vitória-régia
  • 6. A pulsação do Anel d’Aguaí, placenta Aparar o Anel d’Umbigo O cerimonial do corte do Anel d’Umbigo e o recebimento do Anel d’Aguaí Utensílios para aparar o Anel de Umbigo: Preparar um cordão, um pavio de algodão ou, ainda, um pavio de Embira ensopado em azeite doce de mamona para amarrar o cordão umbilical a três polegadas do pé do umbigo da coroinha. 2. Uma dobradura de papel branco de tamanho certo. Queimar uma de suas pontas, deixando-a na forma de uma rodinha. Ensopá-la com azeite de gergelim para ser colocada ao redor do umbigo. 3. Manter o(a) brotinho(a) enfaixado(a) de três a quatro dias com o cueiro, do umbigo até a altura do peito. No final desse tempo, cairá o cordão umbilical.
  • 7. 4. A Mãe d’Umbigo aparava o Anel do Umbigo, cordão umbilical, e o Anel d’Aguaí, placenta. Após o término da pulsação do Anel d’Aguaí, medindo três polegadas a partir do corpo do coroinha, aparava-se o Anel do Umbigo. - A primeira parte do Anel era o extremo que estava ligado ao(à) brotinho(a), Anel pelo qual recebia aconchego, sentimento e alimentação. Esse extremo do Anel, depois de aparado pela Mãe d’Umbigo, era mantido com o(a) brotinho(a) por três Luas, através do qual deveria manter os laços com a mama’e até se adaptar a sua nova realidade e ter uma continuidade, acompanhado(a) pelo cheirinho doce da sagrada erva, o alfazema. - A segunda parte do Anel pertencia ao Universo energético aberto, à Mãe Cósmica, representada pela Mãe d’Umbigo. O ponto de separação física era o lugar onde se realizava o corte. Era o ponto de mudança. Ainda assim, a Mãe d’Umbigo e a coroinha se manteriam unidas para sempre. - A terceira parte do cordão umbilical, que brotava do Anel d’Aguaí, pertencia à Mãe d’Água e à Mãe Terra. O Anel d’Aguaí era unido a um cordão de algodão ou de Embira para ser colocado ao redor da cintura da Mãe d’Água e formar um novo grande Anel. 5. Aparada a coroinha, suavemente se fazia deslizar o Anel d‘Aguaí até a conclusão do renascimento da Mãe d’Água. O Anel d’Aguaí era logo plantado ou semeado dentro da capoeira, debaixo de uma irmã árvore pela Mãe d’Umbigo. Desta maneira, era finalizada a cerimônia da pulsação do Anel d’Aguaí.
  • 8. 6. O gongo dos sonhos Se a coroinha ainda estava sonhando (dormindo) depois de aparada e separada da Mãe do Corpo, era levada ao gongo. O sino era muitas vezes feito especialmente de cabaça. Quando as mãos experientes da Mãe d’Umbigo davam três toques firmes, ele emitia um som suave e harmonioso. Na ausência do gongo, utilizava-se uma bacia. O importante era fazer ecoar um som harmonioso para acordar a coroinha. Quanto mais leve e suave fosse o som, melhor seria porque o toque deveria acompanhar o batimento cardíaco da mama’e. Também, se levava a coroinha para o gongo para que ela não sentisse falta do colo da Mãe do Corpo assim que acordasse, nos dizia a Mãe d’Umbigo Marta, de 72 anos.
  • 9. O banho escaldado para a mitã e o banho do aperto das carnes da Mãe d’Água Banho escaldado para a mitã, Y’Guary A preparação do banho era feita com muito carinho. A coroinha era recebida com água escaldada, imediatamente após descer do colo da Mãe do Corpo para o colo da Mãe d’Umbigo. A partir desse momento, iniciava-se o resguardo da mitã durante sete dias. Preparação: - a água era esquentada em fogo vivo, num fogão de barro ou de pedra amarela; - após o aquecimento, a água era despejada num tacho de madeira cheirosa, ipewa, no qual se misturava uma pitadinha de sal grosso em pedra; - assim, o banho com água escaldada estava pronto para limpar as impurezas (desinfetar) e acelerar a cicatrização do umbigo da coroinha. O banho escaldado era, também, uma forma importante de proteção contra as impurezas do mau-olhado, do relâmpago e da Pancada do Raio, tupã
  • 10. 2. “Descendo acordada ou sonhando, a coroinha era levada para aquele banho escaldado. O primeiro banho era sempre feito pelas mãos experientes das Mães d’Umbigo. 3. Depois de lavar a mitã, a Mãe d’Umbigo limpava-a, secava-a e defumava-a com alfazema. Assim, recebia-se a coroinha que, então, ia para o colo da Mãe d’Água, a qual lhe oferecia aconchego, carinho e a amamentava com o leite da mama’e. Era muito bonito, era um momento nosso, era muito emocionante o que acontecia no instante do nosso renascimento e do nascimento da Olhinha d’Água”. (D. Ana) 4. Todos gostavam de assistir e de ajudar quando a Mãe d’Água dispunha a se sentar na calma e fazia chover e descer a ‘Flor Bonita’. As irmãs d’Água iam para a casa da Mãe d’Água acompanhar aqueles momentos de experiências universais inesquecíveis assistidos pela Mãe d’Umbigo Raizeira. 5. Banho para o retraimento da Mãe do Corpo e para fechar as carnes da Mãe d’Água. Depois do seu renascimento, a Mãe d’Água tomava o ‘banho de assento do aperto’ para que as carnes voltassem a seu lugar e para que as dores do escancaramento abrandassem. Banho de assento do aperto: voltar a Mãe do Corpo, útero: Aruera; Imburana Velha (cheirosa); Imbu; Caju Novo; Romão; Malva Branca; Catinga da Mulata
  • 11. Banho de assento para o ventre inchado: Asa Peixe Aruera Quichava Barba Timão Tanxagem Banho de assento para o Anel do Metal, Períneo : Tanxagem Ipewa Pereite Guajama (Sal) Banho para a inflamação do útero e hemorroidas: Sarama Murure Ochoo
  • 12. Anel do Beiço, canal do nascimento de fluxo via baixa da Mãe d’Água.
  • 13. Nhe’ẽ Ambará Amby A cuia das virtudes e das atitudes da mama’e Do seio, a cuia energética, é necessário beber o leite materno no momento apropriado e na medida certa, nhe’ẽ mbará amby, para que se possa 5. ‘sentir os movimentos da energia viva’. Isso explica o porquê das virtudes e das atitudes dos povos originários amazônicos não serem chamadas de ética nem de moralidade, mas, sim, de 10. nhe’ẽ ambará amby. Dos domínios profundos da vida natural, uma gota de leite surge para alimentar a mitã. É como uma faísca que faz ascender a fogueira para alimentar a Força d’Alento Universal, o ânimo. São duas unidades, os fluidos e o fogo, provenientes de uma força íntima e fecunda , a INSTINTIVIDADE, para manter viva a Mãe Terra.
  • 14. 2. Da natureza íntima da mama’e, de sua cuia energética, flui o leite, contendo as virtudes e as atitudes da mama’e, para alimentar a Força d’Alento da Y’Agury. 3. A ética humana e a moralidade humana surgiram como ervas daninhas. Cresceram provocando muitas dores e sofrimentos, sendo intoxicadas e cegadas pela sua própria ambição. Árvores foram destruídas e transformadas em fumaça e as águas dos rios e riachos ficaram estagnadas, perdendo a fluidez. Transformaram-se em prisioneiros de sua própria ilusão e ambição. As espumas brancas nos rios vão crescendo, levando para suas camas contaminadas, uma insondável e infinita solidão. 4. A natureza última, do poder da ética humana e a moralidade do homem civilizado romperam frontalmente com os hábitos tradicionais de preservação e de amamentação, com a intuição e com o instinto de ensinar e educar as crianças cuidadosamente sobre os meios de subsistência necessários para viver através do nhe’ẽ ambará amby.
  • 15. A jaguaratê, a Mãe do Fogo sempre presente nos renascimentos das Mães d’Água e nos nascimentos das Y’Gurys Anhangatus.
  • 16. 4. Jaguanhenhén, jaguanhenhén Mama’e, mama’e, eu prefiro teu suave rosnar A representação da jaguanhenhén, jaguanhanhén, a mama’e jaguaratê que amamenta a cria, perpassa as cosmologias 5. andinas e amazônicas. A jaguaratê e o jaguar, símbolos antigamente recorrentes, estão ressurgindo após terem ficado adormecidos durante 10. muito tempo na Terra sem Males.
  • 18. Kamby Leite do peito materno O homem civilizado se empenha em dar comida à jaguaratê. Convida-a com expressões que anunciam a mil vozes suas 5. provisões das mais excelentes e agradáveis. A mama’e jaguaratê aceita alegre. Vai com muito apetite. Porém, encontra sobre a mesa folhas secas dentro de uma 10. fonte afunilada. Para ela que as observava com sentimento e apetite, pareciam ser uma ricota macia, saborosa. Inútil era tentar com suas garras o 15. garfo imitar.
  • 19. O distinto civilizado, com seus dentes, triturava a maminha sobre a achatada fonte. Limpava-a tão bem quanto podia com suas 20. mãos e com sua língua. Mais tarde, para o convidado, a mãe jaguaratê achava-se preparada: uma tambiku ka’a-guá cheia de leite materno. Aí, se viu a aflição do distinto civilizado, 25. aí, seu desespero, aí, sua angústia. Seu nariz gozoso à Nhe’ẽ ka’a-guá, Força d’Alento do leite, se achegou em vão. Pois, na sua arrogância, no seu orgulho, na sua inveja e vaidade tomou a 30. tambiku ka’a-guá da vida e lançou-a fora. Saborear, lamber com sua língua anelava. Triturar com seus dentes desejava, pois era predador. Queria beber sangue, pois era canibal por excelência. 35. Assim foi criado pelo homem racional.
  • 20. Invejoso se quedo perceber que a serenidade, a jaguanhenhén, convivia com a kamby, leite do peito materno. Só uma voz se ouvia com toque maternal: 40. jaguanhenhén, jaguanhenhén. O canibal civilizado voltou, tentou, se afastou, cheirou, se desconsolou, se desatinou e, enfim, se aborreceu. Pôs o ‘Rabo’ entre as pernas tão depressa que 45. nem teve, ainda, tino da saída. O que dizer dos refinados civilizados? “Estão verdes ainda”, imaturos como antes? Negam, ainda, trilhar o 50. início da transcendência energética? Também há o desengano para os pícaros civilizados religiosos, os euroíndios e os eurointelectuais. Mama’e, mama’e, 55. eu prefiro teu suave rosnar.
  • 21. Não há entranhas mais eletromagnéticas que as das Kollas andinas e amazônicas. Chegamos ao mudo através da fluidez de Luqiqaman Tink’u, a transcendência energética, e em outros braços as abandonamos.