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Teste Crónica de D. João I de Fernão Lopes (Sequência 3)
1
©Edições ASA  2015  Entre Palavras 10  António Vilas-Boas e Manuel Vieira
Teste de avaliação sumativa
GRUPO I
A
Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário.
CAPÍTULO 115
Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-rei de Castela pôs cerco sobr’ela
[…]
Onde sabee que como o Meestre e os da cidade souberom a viinda del-Rei de Castela, e esperarom
seu grande e poderoso cerco, logo foi ordenado de recolherem pera a cidade os mais mantiimentos que
haver podessem, assi de pam e carnes, come quaes quer outras cousas. E iam-se muitos aas lizirias em
barcas e batees, depois que Santarem esteve por Castela, e dali tragiam muitos gaados mortos que
salgavom em tinas, e outras cousas de que fezerom grande açalmamento; e colherom-se dentro aa cidade5
muitos lavradores com as molheres e filhos, e cousas que tiinham; e doutras pessoas da comarca d’arredor,
aqueles a que prougue de o fazer; e deles passarom o Tejo com seus gaados e bestas e o que levar
poderom, e se foram contra Setuval, e pera Palmela; outros ficarom na cidade e nom quiserom dali partir; e
taes i houve que poserom todo o seu, e ficarom nas vilas que por Castela tomarom voz. […]
E ordenou o Meestre com as gentes da cidade que fosse repartida guarda dos muros pelos fidalgos e10
cidadãos honrados; aos quaes derom certas quadrilhas e beesteiros e homeẽs d’armas pera ajuda de cada
uũ guardar bem a sua. Em cada quadrilha havia uũ sino pera repicar quando tal cousa vissem, e como cada
uũ ouvia o sino da sua quadrilha, logo todos rijamente corriam pera ela; por quanto aas vezes os que
tiinham cárrego das torres viinham espaçar pela cidade, e leixavom-nas encomendadas a homeẽs de que
muito fiavom; outras vezes nom ficavom em elas senom as atalaias; mas como davom aa campãa, logo os15
muros eram cheos, e muita gente fora.
E nom soomente os que eram assiinados em cada logar pera defensom, mas ainda as outras gentes da
cidade, ouvindo repicar na See, e nas outras torres, avivavom-se os corações deles; e os mesteiraes dando
folgança a seus oficios, logo todos com armas corriam rijamente para u diziam que os Castelãos mostravom
de viinr. Ali viriees os muros cheos de gentes, com muitas trombetas e braados e apupos esgrimindo20
espadas e lanças e semelhantes armas, mostrando fouteza contra seus ẽmigos. […]
E nom embargando todo isto, o Meestre que sobre todos tiinha especial cuidado de guarda e
governança da cidade, dando seu corpo a mui breve sono, requeria per muitas vezes de noite os muros e
torres com tochas acesas ante si, bem acompanhado de muitos que sempre consigo levava. Nom havia i
neuũs revees dos que haviam de velar, nem tal a que esquecesse cousa do que lhe fosse encomendado;25
mas todos muito prestes a fazer o que lhe mandavom, de guisa que, a todo boom regimento que o Meestre
ordenava, nom minguava avondança de trigosos executores. […]
Fernão Lopes, Crónica de D. João I, Lisboa, Seara Nova / Comunicação, 1980, pp. 170 a 173.
Teste Crónica de D. João I de Fernão Lopes (Sequência 3)
2
©Edições ASA  2015  Entre Palavras 10  António Vilas-Boas e Manuel Vieira
Vocabulário
açalmamento, l.5 – açambarcamento; aqueles a que prougue de o fazer, l.7 – os que o quiseram fazer; contra Setuval,
l. 8 – em direção a Setúbal; poseram todo o seu, l. 9 – puseram na cidade tudo o que tinham; quadrilhas, l. 11 – quadrelas, lanços
de muralha que cabem a cada vigia; e como cada uũ, l1. 12-13 – logo que cada um; os que tinham carrego das torres, ll. 13-14 –
os que estavam encarregados das torres das muralhas; espaçar, l. 14 – espairecer, passear; davom aa campãa, l. 15 – tocavam o
sino a rebate; assinados, l. 17 – designados; mesteiraes, l. 18 – operários; dando folgança a seus ofícios, ll. 18-19 – interrompendo
as suas atividades; fouteza, l. 21 – coragem; nom embargando todo isto, l. 22 – apesar de tudo isto; requeria, l. 23 – percorria; nom
minguava avondança de trigosos executores, l. 27 – não faltava quem quisesse cumprir corajosamente o que o Mestre ordenava.
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
1. O texto apresenta um herói individual. Caracteriza-o.
2. No texto está também presente um herói coletivo. Justifica esta afirmação.
3. Refere dois exemplos de atitudes dos cercados que revelem uma consciência coletiva.
4. Explicita o sentido da frase: «outras gentes da cidade, ouvindo repicar na See, e nas outras torres,
avivavom-se os corações deles;», ll. 17-18
B
Um dos aspetos da Crónica de D. João I de Fernão Lopes que mais cativa o leitor de hoje – habituado
às lutas sociais, tão frequentes – é a consciência coletiva que emana do povo da cidade de Lisboa cercada.
Escreve um texto de natureza expositiva no qual comproves esta firmação com base na tua
experiência de leitura.
O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras.

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CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 

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  • 1. Teste Crónica de D. João I de Fernão Lopes (Sequência 3) 1 ©Edições ASA  2015  Entre Palavras 10  António Vilas-Boas e Manuel Vieira Teste de avaliação sumativa GRUPO I A Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário. CAPÍTULO 115 Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-rei de Castela pôs cerco sobr’ela […] Onde sabee que como o Meestre e os da cidade souberom a viinda del-Rei de Castela, e esperarom seu grande e poderoso cerco, logo foi ordenado de recolherem pera a cidade os mais mantiimentos que haver podessem, assi de pam e carnes, come quaes quer outras cousas. E iam-se muitos aas lizirias em barcas e batees, depois que Santarem esteve por Castela, e dali tragiam muitos gaados mortos que salgavom em tinas, e outras cousas de que fezerom grande açalmamento; e colherom-se dentro aa cidade5 muitos lavradores com as molheres e filhos, e cousas que tiinham; e doutras pessoas da comarca d’arredor, aqueles a que prougue de o fazer; e deles passarom o Tejo com seus gaados e bestas e o que levar poderom, e se foram contra Setuval, e pera Palmela; outros ficarom na cidade e nom quiserom dali partir; e taes i houve que poserom todo o seu, e ficarom nas vilas que por Castela tomarom voz. […] E ordenou o Meestre com as gentes da cidade que fosse repartida guarda dos muros pelos fidalgos e10 cidadãos honrados; aos quaes derom certas quadrilhas e beesteiros e homeẽs d’armas pera ajuda de cada uũ guardar bem a sua. Em cada quadrilha havia uũ sino pera repicar quando tal cousa vissem, e como cada uũ ouvia o sino da sua quadrilha, logo todos rijamente corriam pera ela; por quanto aas vezes os que tiinham cárrego das torres viinham espaçar pela cidade, e leixavom-nas encomendadas a homeẽs de que muito fiavom; outras vezes nom ficavom em elas senom as atalaias; mas como davom aa campãa, logo os15 muros eram cheos, e muita gente fora. E nom soomente os que eram assiinados em cada logar pera defensom, mas ainda as outras gentes da cidade, ouvindo repicar na See, e nas outras torres, avivavom-se os corações deles; e os mesteiraes dando folgança a seus oficios, logo todos com armas corriam rijamente para u diziam que os Castelãos mostravom de viinr. Ali viriees os muros cheos de gentes, com muitas trombetas e braados e apupos esgrimindo20 espadas e lanças e semelhantes armas, mostrando fouteza contra seus ẽmigos. […] E nom embargando todo isto, o Meestre que sobre todos tiinha especial cuidado de guarda e governança da cidade, dando seu corpo a mui breve sono, requeria per muitas vezes de noite os muros e torres com tochas acesas ante si, bem acompanhado de muitos que sempre consigo levava. Nom havia i neuũs revees dos que haviam de velar, nem tal a que esquecesse cousa do que lhe fosse encomendado;25 mas todos muito prestes a fazer o que lhe mandavom, de guisa que, a todo boom regimento que o Meestre ordenava, nom minguava avondança de trigosos executores. […] Fernão Lopes, Crónica de D. João I, Lisboa, Seara Nova / Comunicação, 1980, pp. 170 a 173.
  • 2. Teste Crónica de D. João I de Fernão Lopes (Sequência 3) 2 ©Edições ASA  2015  Entre Palavras 10  António Vilas-Boas e Manuel Vieira Vocabulário açalmamento, l.5 – açambarcamento; aqueles a que prougue de o fazer, l.7 – os que o quiseram fazer; contra Setuval, l. 8 – em direção a Setúbal; poseram todo o seu, l. 9 – puseram na cidade tudo o que tinham; quadrilhas, l. 11 – quadrelas, lanços de muralha que cabem a cada vigia; e como cada uũ, l1. 12-13 – logo que cada um; os que tinham carrego das torres, ll. 13-14 – os que estavam encarregados das torres das muralhas; espaçar, l. 14 – espairecer, passear; davom aa campãa, l. 15 – tocavam o sino a rebate; assinados, l. 17 – designados; mesteiraes, l. 18 – operários; dando folgança a seus ofícios, ll. 18-19 – interrompendo as suas atividades; fouteza, l. 21 – coragem; nom embargando todo isto, l. 22 – apesar de tudo isto; requeria, l. 23 – percorria; nom minguava avondança de trigosos executores, l. 27 – não faltava quem quisesse cumprir corajosamente o que o Mestre ordenava. Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. O texto apresenta um herói individual. Caracteriza-o. 2. No texto está também presente um herói coletivo. Justifica esta afirmação. 3. Refere dois exemplos de atitudes dos cercados que revelem uma consciência coletiva. 4. Explicita o sentido da frase: «outras gentes da cidade, ouvindo repicar na See, e nas outras torres, avivavom-se os corações deles;», ll. 17-18 B Um dos aspetos da Crónica de D. João I de Fernão Lopes que mais cativa o leitor de hoje – habituado às lutas sociais, tão frequentes – é a consciência coletiva que emana do povo da cidade de Lisboa cercada. Escreve um texto de natureza expositiva no qual comproves esta firmação com base na tua experiência de leitura. O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras.