O documento discute como a empatia pode ser treinada através de atividades como ler ficção, estudar música, dançar, meditar e passar tempo na natureza. Essas atividades ativam áreas do cérebro associadas à empatia e compreensão dos sentimentos de outras pessoas. Embora a empatia seja parcialmente genética, ela pode ser desenvolvida através de experiências que estimulam a neuroplasticidade.
2. Empatia. “Você sabe o que isso significa? Não é
dizer para outra pessoa: “não foi nada, não fique
assim”. É falar “eu sei que é difícil e eu estou aqui
com você”. Você já viu alguém super feliz e ficou
feliz com o outro? Ou viu alguém triste, doente ou
chorando e ficou triste também e com vontade de
ajudar? Essa conexão de perceber os sentimentos
das pessoas com uma motivação para cuidar
acontece graças a empatia. Ela é uma das mais
incríveis capacidades humanas [1].”
3. “Empatia não é apenas a capacidade de se colocar
no lugar do outro, ela nos conecta com as pessoas,
sem preconceitos, julgamentos, porque
entendemos que somos todos diferentes.”
Você sente isso? (ATIVIDADE)
Vamos pensar sobre e tentar responder essa
questão!
4. Mas é possível treinar ou aprender empatia?
“Neurocientistas tinham essa mesma pergunta e
fizeram experimentos para testar que situações
podem treinar a empatia. Eles descobriram que a
empatia é influenciada em parte pela genética [10].
Mas, se você tem dificuldades em sentir empatia,
isso pode ser aprendido ou treinado. Mostrando
isso, as crianças aprendem a não prejudicar os
outros para evitar sentimentos ruins associados à
angústia da vítima [4].”
5. “Por incrível que pareça, estudar música é uma
das maneiras de treinar a empatia. Isso porque
cada música transmite um sentimento e para tocá-
la é preciso entendê-lo. Entender as notas
musicais também treina o reconhecimento de
variações sutis do tom de voz das pessoas de
acordo com suas emoções [11,12, 13].”
6. “Neurocientistas descobriram e publicaram na
revista científica Science, uma das melhores do
mundo, que quem tem o hábito de ler livros de
ficção aumenta a empatia e a compreensão com
outras pessoas. Isso porque para compreender os
personagens e os conflitos das histórias é preciso
sentir empatia por eles [14]. Ler histórias com
animais para as crianças também é uma maneira de
treinar essa capacidade delas [15]. Além disso,
foram desenvolvidos jogos que melhoram a
empatia. Neles, você é um dos personagens em
situações conflitos [16].”
7.
8. “Dançar em dupla também trabalha a empatia pelo estímulo da
comunicação não verbal, que é necessária para seguir os passos do
parceiro. A dança tem esse efeito até mesmo em pessoas com
transtornos do espectro autista e esquizofrenia [17]. Meditar
também ajuda, além de diminuir preconceitos [18, 19]. Ver outra
pessoa sendo tocada ou abraçada ativa os neurônios da empatia, e
isso pode ser usado como treino [20]. O contato com a natureza
também é capaz de trazer melhoras, pois as cenas naturais ativam
áreas associadas à empatia e altruísmo [18]. Isso tudo é possível
graças a neuroplasticidade, mudanças nos neurônios causadas por
uma nova experiência.”
9.
10. “Então, leia livros, medite, caminhe na natureza,
dance, estude música e observe as pessoas ao
seu redor para treinar sua empatia. Assim,
incluindo essas atividades diferenciadas em suas
práticas, educadores podem ensinar mais do que
conteúdos lógico matemáticos, biológicos ou
linguísticos para as crianças e adultos. Pode-se
treinar a capacidade de ser empático e
transformar a sociedade.”
* Leia outras descobertas da neurociência no blog
da pesquisadora.
11. Você lê livros? (ATIVIDADE)
Você gosta de dançar sozinho ou em dupla?
Você gosta de andar em meio a natureza, quando tem
oportunidade?
Você estuda música?
Aonde?
Quais instrumentos você sabe tocar?
Você é um bom observador?
12. Vamos escrever!
Eu gosto muito de ler livros, entre eles os de ficção são os que mais
gosto. A natureza
13. Referências:
1. Decety, J., et al., 2016. Empathy as a driver of prosocial behaviour: highly conserved
neurobehavioural mechanisms across species. Phil. Trans. R. Soc. B, v. 371, p. 1686,
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5. 12. Sousa, M. D. R., Neto, F., Mullet, E. Can music change ethnic atitudes among
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6. 13. Parsons, C. E.; Young, K. S.; Kringelbach, M. L. Music training and empathy positively
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17. Meekums, B.; Karkou, V.; Nelson, E. A. Cochrane Database. Dance movement therapy
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