4. Autorregulação e habilidades emocionais
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Vamos falar de algo muito importante, as EMOÇÕES
Como ensinar uma criança a lhe dar melhor com as
emoções? Primeiro nós precisamos entender o que são
elas, o que que são as emoções para a análise do
comportamento.
Nós temos uma série de sentimentos, mudanças fisiológicas
no nosso organismo que ao longo da vida aprendemos a
nomeá-las. A gente não nasce sabendo quais são as
emoções, aprendemos com as pessoas, que vão nos
ensinando o que é isso o que é aquilo.
Ex: Emoçoes como a SAUDADE – Não existe esse termo em
outras línguas, a gente aprende que quando eu sinto uma
série de reações, porque uma pessoa está longe de mim, ou
porque faz tempo que não entro em contato que o nome
daquele sentimento é SAUDADE.
Posso sentir reações parecidas com a da saudade, se eu
perco um ente querido, eu aprende que esse sentimento é
LUTO.
Se eu perco meu emprego, eu chamo isso de TRISTEZA.
Percebe que é o contexto que vai me ajudar a identificar o
que eu estou sentindo?
Por mais que isso pareça tão normal para nós, para pessoas
com autismo pode ser muito difícil de aprender o que são
essas séries de reações que afeta o estado de equilíbrio.
Quando não sabemos nomear o que estamos sentindo, é
muito comum a gente se desesperar e isso pode gerar um
1º estratégia –nomear as emoções
Mostrar figuras das principais emoções e pedir para ela
nomear. EX: O que ela está sentindo? (raiva).
2º estratégia – identificar
Colocar figuras sobre a mesa e pedir para a criança pegar o
que você está solicitando ( Pega a raaiva pra mim)
3º estratégia – adivinhar o que o outro está sentindo através
da imitação. ( imitar várias emoções para a criança tentar
adivinhar o que você está sentindo).
4º estratégia – é a criança aprender a imitar essas
expressões. Mostrar figuras para ela e pedir que ela imite.
Depois que a criança aprendeu identificar as emoções, aí
sim chegou o momento de perguntas e respostas, que
podem ser utilizados os estímulos visuais. Ex: Selecionar
figuras – pessoa andando de bicicleta /pergunta: o que uma
pessoa que está feliz faz?
Aprender a selecionar esses estímulos com todos os
sentimentos, a´´i sim vem o último passo / inverso.
Mostrar atividades para a criança, para que ela identifique as
emoções, isso pode ser através de figuras, vídeos, dessa
forma eu vu questionando a criança. Ex: Vídeo – para o
desenho e pergunta o que ele está sentindo?
Posso fazer isso com uma sequência de imagens.
Seguindo esse passo a passo a criança vai chegar a
identificar as emoções nela mesma, que seria o último
passo do trabalho.
5. Autorregulação e habilidades emocionais
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CONTINUAÇÃO...
Ex: Olha hoje você tirou uma nota boa no trabalho, o que
você sentiu?
Trazer exemplos da vida da criança que estão acontecendo
naquele momento para que depois ela consiga falar do
passado.
Não são todas as crianças que precisamos iniciar da 1º
estratégia, vai depender da avaliação realizada com a
criança e do nível que ela se encontra para buscar
estratégias para ela.
6. Tópico dois
Atenção compartilhada
Para intervir na área de socialização é necessário avaliar.
1º passo: Realização de testes ( inventário de habilidades sociais versão adulto
e versão infantil) que são os famosos testes psicológicos privativos de
psicólogos. Trabalho com uma equipe multidisciplinar. Entre outros protocolos
de avaliação como o VB-MAPP, Ablls. O Checklist que qualquer pessoa que
tenha conhecimento sobre a criança pode aplicar.
Saber qual o repertório de habilidades da criança, para selecionar os bons
objetivos que vão ajudar a reduzir comportamentos que prejudicam o bem-
estar.
1º Grande habilidade social: Atenção compartilhada: Como eu vou aprender a
socializar se eu não tenho a atenção voltada para outra pessoa? Como eu vou
aprender as regras daquele ambiente se e não observo esse ambiente? Como
eu vou responder como ouvinte se eu não presto atenção no que o outro está
dizendo?
A atenção compartilhada é um comportamento, e podemos ensinar alguém a
melhorar sua capacidade de manter o foco, de prestar atenção.
Como começar a ensinar isso então? Avaliar a criança, suas preferências,
para onde sua atenção está direcionada, ela entrou no meu ambiente, se
interessou por brincar com uma bola, não vou chamar a atenção da criança
para o item que eu estou mostrando, eu vou até ela, é o interesse dela. Vou me
juntar a criança, imitar alguns movimentos que ela está fazendo, me engajar a
todo momento. Criança que não tem essa atenção compartilhada, a gente
precisa se aproximar dela, fazer as atividades junto com ela para aumentar
esse tempo de foco.
Depois de um tempo a criança faz o movimento de prestar
atenção na bola e prestar atenção em mim, uma vez que
estou segurando um objeto de sua preferência e essa se
torna uma atividade prazerosa para ela. Ex: Trabalhar o
movimento do olhar utilizando a bola, posso dar comandos
do tipo olha a bola e jogar a bola para criança, posso
chamá-la pelo nome, posso dizer olha pra mim.
Os estímulos podem variar conforme a brincadeira. O
importante é utilizar os mesmos estímulos no começo da
intervenção e planejar bem que tipo de estratégia usar.
Habilidades que pressupõem a atenção compartilhada
são: Orientação parceiro social, foco no rosto, tomada de
turnos, imitação, rastreio visual, gestos convencionais,
compartilhamento de interesses e coordenação entre
atenção e afeto.
O foco é aumentar a interação da criança na atividade
com alguém, quanto mais tempo ela permanecer numa
atividade com uma outra pessoa, mais tempo ela está
disponível e mantendo o foco para aprender.
7. Tópico três
Brincar social
Essa é uma habilidade fundamental, porque através da brincadeira,
podemos ensinar uma série de outras habilidades.
1º passo é avaliar que tipo de brincadeira a criança gosta.
1º habilidade a ser trabalhada é a imitação. Porque essa imitação é
importante? Porque eu preciso ensinar uma segunda habilidade que é
seguir as regras do jogo, e para que a criança siga essas regras, ela
precisa aprender a me imitar naquele ambiente, para que eu vou utilizar
essa imitação como uma dica para que ela aprenda me vendo, ou seja
por modelação.
Trabalhar sempre uma regre de cada vez, ex: jogo de dama / peças
branca e pretas. Depois vai estipulando outras regras, assim você vai
avançando o ensino de regras com a criança, ter um´passo a passo para
a criança aprender, levando sempre em consideração a idade da
criança o repertório dela, suas dificuldades.
Em seguida vamos para o COMPORTAMENTO DE AGUARDAR - Ou
seja transferir esse comportamento para o jogo: ensinar o MINHA
VEZ/SUA VEZ – momento em que a criança aprende esperar sua vez de
jogar. Sempre elogiar a criança quando ela aguardar sua vez.
Outra habilidade a ser trabalhada é PERMANECER ATÉ O FIM DA
ATIVIDADE,
Se a criança sair ou perder o foco do jogo, convidamos ela novamente
para continuar a brincadeira, acelerando o termino e estipulando
sempre o TEMPO para que não fique cansativo e se torne prazeroso.
Montar um repertório é essencial,
Mais uma Habilidade é SABER GANHAR / PERDER - Saber ganhar
sem zombar, sem desagradar o outro e saber perder, lhe dar bem
com o sentimento da derrota. Dar modelos para criança é fundamental
Ex: Parabéns você ganhou, que legal!! Quando eu ganhar, eu
comemoro e convido a criança para jogar novamente, explicado que
perder também faz parte da brincadeira ( essa não é uma habilidade
fácil de aprender) por isso trabalhar com modelos de ganha e perca
é muito importante.
Manter contato visual no jogo, dar comandos direcionados para o
olhar da criança
Ex: Olha eu avancei 2 casas, olha tirei o 6 no dado, assim eu estimulo
a observaçar a minha jogada. Eu posso chamalá pelo nome,
Ex: de jogo
TABULEIRO / Qualquer jogo que tenha um dado
Resumindo as habilidades trabalhadas.
IMITAÇÃO / CONTATO VISUAL / PERMANECER NA ATIVIDADE /
AGUARDAR
SABER PERDER / SABER GANHAR
Dessa forma podemos trabalhar várias habilidades ENQUANTO A
CRIANÇA SE DIVERTE E APRENDE ATRAVÉS DO ENSINO
NATURALISTICO.