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Colonização
• Lugar comum dizer que América (Latina) é fruto da colonização
européia
• O que se quer dizer exatamente com colonização ?
• Existe um único “sentido da colonização” ?
Tipologias da colonização
América Latina: países diferenças étnicas
Classificação das colônias
 Leroy Beaulieu (século XIX)
• Fortemente usada no Brasil:
• Caio Prado Jr, Fernando Novaes etc
• Visão do colonizador: suas possibilidades e intenções:
1. Colônias comerciais
entrepostos, feitorias
2. Colônias agrícolas
colônias de povoamento
3. Colônias de exploração
Outra possibilidade de tipologia
• Diferenciar povoamento de exploração
nem sempre fácil
• Hardy (XX)
• Colônias de enraizamento
• Por substituição
• Substituição da população
pré-existente pela metropolitana
• Por associação
• Mesclagem das duas populações
• Por repovoamento
• Importação de um terceiro grupo populacional (mão de obra)
• Colônias de enquadramento
• Massa populacional que continua sendo constituída pela população pré-existente, mas
dirigida “enquadrada” por colonizadores
De volta as tipologias ...
Pode-se diferenciar os povos da América Latina por grau de
sedentarismo:
1. Sedentários
2. Semi-sedentários
3. Não sedentários
• Debates se são graus de desenvolvimento ou (mais
moderno) graus de adaptação às condições ambientais
dadas as tecnologias existentes
• Separação talvez forçado, na prática deve existir uma
espécie de continuum,
• ninguém totalmente sedentário ou totalmente nômade
• Relação dos europeus (colonização) diferente dependendo
da forma como esta estruturado o outro
Combinação de Tipologias
comercial povoamento exploração
Enraizamento
por
substituição
por
associação
com
repovoamento
Enquadramento
América Latina no final do primeiro quarto do XIX
• Com Independência:
“Balcanização” da América
latina
• América do Norte
• Diversas coloniais se
confederam para formar
dois países: EUA e Canadá
• América Latina:
• 5 “Vice reinos”: formam 16
países sem falar do Caribe e
colônias
Onde não se tornou
independente:
Cuba e Porto Rico
Colônias espanholas
Guianas
Colônias (GB, Fr, Hol)
Ilhas Caribenas
Martinica e Guadalupe (Fr)
Jamaica, Trinada e Tobago e
Bermudas (GB)
Curação (Hol)
Ilhas Virgens (Din)
S. Bartolomeu (Suécia)
Belize
Protetorado britânico
• Brasil: único “vice-reino” onde
continuidade territorial é mantida
• Vice Reino da Nova Espanha
• México inicialmente se separa da
Capitania (Audiência) da
Guatemala onde se funda a
Federação Centro Americana
• Esta por sua vez se subdivide em
5 países:
• Guatemala
• El Salvador
• Nicarágua
• Honduras
• Costa Rica
• México: perda do Texas (36)
Vice Reino de Nova Granada
tentativa de formação da “Grã
Colômbia” mas acaba criando três
(depois 4) países
 Equador (audiência de Quito)
 Venezuela
 Colômbia
 Inicialmente envolvia Panamá,
depois este se separa
Vice Reino do Peru
Forma duas regiões:
 Chile (Audiência)
 Peru (junta audiências de Lima e
Cuzco)
 Num primeiro momento tenta
se estabelecer um
confederação com a Bolivia
(Audiência de Charcas), depois
Peru e Bolívia se separam
Vice Reino do Prata
Na origem se configura a
Confederação do Rio da Prata
Depois separação do
Paraguai
Bolívia (audiência de Charcas
– Alto Peru) que tenta se unir
com Peru mas acaba ficando
isolada
Uruguai
Argentina (Províncias Unidas
do Prata)
Ainda temos Haiti e Republica
Dominicana no Caribe
Independência:
• Reconhecimento no exterior:
• Inglaterra e EUA são os primeiros – evitar recolonização (Discurso de Monroe)
• Depois países europeus, por último Portugal e Espanha
• México (35), Argentina (58), Peru (65) e Colômbia (81)
• Algumas tentativas de recolonização (64: Peru/Chile)
• Existe alguns ataques externos
• GB: contra Argentina (Malvinas) e com França – abrir o Rio do Prata
• França: México 38, depois 61-67 – impõe um Imperador
• EUA: México 46: toma Califórnia, Arizona e Novo México (já tinha o Texas desde 45)
• Não campo de batalha com outras nações
• Relações normais, diplomacia etc.
Relações internas: interesses nacionais
prevalecem
• Tentativa de sistema colaborativo: fracasso
• 1826 – Congresso do Panamá
• 48 e 65 – Conferencias Internacionais
• Vários Conflitos
• Haiti x Republica Dominicana
• Brasil x Argentina: Uruguai
• Conflito Centro Americano
• Chile x Peru / Bolívia: 37 e 79 (Guerra do Pacífico)
• Guerra da Tríplice Aliança (Paraguai)
• Peru x Bolívia, Peru x Equador, Equador x Colômbia
América Latina: países diferenças étnicas
População
• População com diferenças étnicas importantes
• Evolução desigual
• Na independência:
• De modo geral fuga de parte da população espanhola
• Venezuela, México, Haiti problemas
• Brasil ao contrário
• Ao longo do tempo
• Argentina e Brasil: evolução forte
• Peru, Venezuela e México: lento
• Crescimento interno x imigração diferenças
• Escravos (poucos lugares e início),
• Branqueamento e mão de obra
• chinos
Questões sócio-políticas
• Sociedade formalmente mais equitativa
• Mito do “todos iguais” perante a lei
• Fim da escravidão
• Colônias: GB (38), França (1794, volta 1802, ext. 1848), Holanda (63)
• Chile e México: década de 20
• Resto anos 50, exceção Brasil e Cuba (espanhol) – onde era importante
• Indígenas supressão tributo (fim da mita)
• Ascensão política dos crioulos (fuga dos espanhóis, funcionários metropolitanos, grandes
comerciantes)
• Cuidado:
• Contribuição indígena e tomada das terras (conflitos)
• Escravidão disfarçada e peões (escravidão por divida)
• Problemas por pequenos/médios proprietários – comerciantes
• democracia de jure (democracia censitária) x de facto
• Na pratica elitismo é a marca
• disputa do poder pela oligarquia ligada principalmente a terra (donos de haciendas e caudillos)
Economia
• Montagem e desenvolvimento das economias nacionais agro-exportadora
• Expansão dos núcleos exportadores de produtos agrícolas e minerais (já começou antes
da independência)
• Manutenção e diversificação da mineração
• Novos e velhos produtos agrícolas: a loteria dos commodities
• Conflitos político-econômicos com economia de base interna
• Mineração
• Problemas durante independência e recuperação imediatamente posterior dificuldades
• Guerras: expulsão, donos, inundações etc.
• Década de 20 fracasso de inúmeras iniciativas com capital estrangeiro
• Década de 30/40 – recuperação Prata: Peru, México e Ouro: Colômbia e México (problema fim do
Padrão Prata)
• novos locais e produtos
• Prata – Chile (mais barato);
• Cobre – Chile (expansão da demanda), Salitre – Chile, Guano - Peru
A questão do livre comércio
• Fim do entreposto comercial-metropolitano
• Saída principais exportadores metropolitanos (exceções)
• Penetração capital externo
• Pouco na produção (exceção salitre e estradas de ferro), forte no setor comercial-financeiro (problemas durante
independência – calotes)
• Livre comércio não é algo dado: debate (forte) sobre proteção:
• Resistência ao livre comércio, receios de destruição da economia interna (já existia)
• Exemplos proteção: própria Inglaterra e EUA (Hamilton)
• Questão fiscal – financiamento do governo
• Capacidade de pagamento da dívida externa
• Mas problemas:
• Mercado interno pequeno (escala)
• Pressão países europeus - imperialismo do livre comércio
• Pressão local: qualidade e preços (regressividade) e política: exportadores e comerciantes
• Vitória do livre comércio: clara quando setor exportador se desenvolve de maneira mais
forte
• Ajudado por tendência positiva dos termos de troca
A loteria das commodities
• Restabelecimento de economia agrícola e crescimento das exportações
• Alguns países efeito da guerra significativo
• Recuperação mais lenta no inicio, acelera segunda metade do XIX
• Novos produtos agrícolas:
• Café (Brasil, Venezuela, América Central) e Pecuária Ovina (Argentina),
• Produtos Tradicional: em geral dificuldades
• Corantes (América Central); Tabaco (Colômbia, Caribe); Cacau (Venezuela, Equador)
• Açúcar (exceção: Cuba e Caribe para EUA)
• Questão chave:
• Inserção diferenciada dos países no comércio exterior
• Argentina e Chile – forte expansão
• Brasil/ Cuba posição boa
• Peru / México – ficam para trás
• Bolívia/Colômbia/Paraguai
• Não esquecer – nexos com economia interna
• Brasil, Peru, Cuba: problemas
• Argentina e Chile melhor
Economia Latino americana no início do
século XX – Expansão
• Crescimento da economia mundial
• Forte expansão do comércio mundial
• Tendência a especialização (superprodução)
• Demanda por produtos primários cresce forte no período (elasticidade renda menor que 1 ?)
• Revolução tecnológica e nos transportes
• Estradas de ferro e navios
• Necessidade de minério
• Aumento da demanda por alimentos
• Influxos de capital
• Desenvolvimento de instrumentos e canais financeiros
• Estabilização com Padrão Ouro
• Influxos de pessoas
• Fase exportadora das economias latino americanas
• Gera crescimento
• Mas até onde este crescimento acompanhado de:
• Desenvolvimento de infra-estrutura (transporte e urbana)
• Instituições (códigos/leis, bancos, associações )
• Progresso técnico
• Diversificação produtiva e ampliação do mercado interno
• Produtos diferem quanto à
• Nível de vulnerabilidade
• Importância de atividades à montante
• Necessidade de capital x recursos naturais (terra)
• Capital estrangeiro mais ou menos necessário
• Controle da expansão de terra mais ou menos importante
• Resolução de problemas trabalhistas mais ou menos fundamental
• Grau de formação do estado e integração nacional
• Importante especialmente para controlar “exploração imperialista”
• Necessidade de contar com capital estrangeiro x capacidade de conduzi-lo
positivamente
• Para “controlar” conflito com população local e coordenar processo
até a fronteira agrária
• Para induzir efeitos de encadeamento
• Possibilidade ou não de induzir medidas minimamente protecionistas
• Maior parte: crescimento extensivo – poucos
estímulos ao progresso técnico
• poucas iniciativas de resolver problemas para enfrentar
problemas de recursos naturais
• Exc. Transporte e mão de obra
• Tamanho do país é uma variável importante
• Brasil: Poder de barganha (exportação de custos) e
desenvolvimento de um mercado interno atrativo
• diversidade grande
• Reduz vulnerabilidade,
• Mas dificulta acordos políticos – coesão
• Muitos países crises federalistas na raíz dos problemas
• Especialização e superprodução
• um produto – loteria mais importante
Exportações e Desenvolvimento
• Diversidade de exemplos:
• O que ajuda e o que atrapalha desenvolvimento de longo prazo a partir de
exportações,
encadeamentos diretos e indiretos
diversificação
Desenvolvimento institucional e infra-estrutura
Propensões a poupar e investir
• Vulnerabilidade a choques externos
• Dependência de importações
• Desestimulo à produção e diversificação
A Evolução do Sistema Monetário Internacional
Fase Padrão Ouro Entre Guerras Bretton
Woods
Atual
Período Até 1914 1914 - 1945 1945 - 1973 1973 - hoje
Regime
Cambial
fixo flutuante fixo flutuante
Ativo de
reserva
Ouro (libra) Ouro (libra,
dólar)
Ouro, dólar,
DES
Moedas
Fortes
Mobilidade Plena Controles Grande Total
Mecanismo
ajuste
automático desvalorização Regras FMI Regras FMI
desvaloriza
instituições Não existe Não existe FMI BIRD
GATT
FMI, BIRD,
OMC
Controles
Padrão Ouro: Origens
• Mais fácil dizer quando acaba do que quando começa o
Padrão Ouro
• Problema quantos países precisam aderir e qual estabilidade da
adesão (por quanto tempo)
• Em 1850 não há Padrão Ouro, em 1900 existe PO
 Em geral, entre 1870 (Eichengreen) - 1879 (MacCkinon)
• Padrão Ouro evolui a partir de uma diversidade de padrões
de “commodities” e moedas-mercadorias existentes
mesmo antes da difusão do papel-moeda e da moeda
bancária
Padrão Ouro: origens
• Padrão ouro generalizado se deve
1. a adoção pela GB deste padrão no séc. XVIII (acidental ?)
• 1717 – Issac Newton fixa valor baixo para a prata em ouro -
desaparecem de circulação as moedas de prata
• 1821 – conversibilidade exclusiva
2. A importância da GB no XIX, especialmente com
Revolução Industrial,
• práticas monetárias inglesas se tornam atraentes para países
que negociam (mercadorias ou empréstimos) com GB
• Países adotam moeda inglesa como ativo de reserva e taxas fixas de
cambio de suas moedas em relação ao ouro (libra)
• Conceito de “Externalidades em rede”
Adesão (e saída) do Padrão Ouro
Clássico – antes da IGM
Existe uma visão idealizada do Padrão
Ouro
• arranjo durável e eficiente para manter estabilidade do
valor da moeda nacional e gerar condições para garantir
um crescimento estável e sustentado, baseado no
• Crescimento do comércio
• Crescimento dos investimentos externos
• virtudes surgem em função da valorização
• do “mecanismo automático” de correção de desequilíbrios do BP e
• da diminuição da possibilidade de políticas discricionárias
• Clima intelectual que proteja governos das pressões de orientar
suas políticas para caminhos que não sejam os da estabilidade da
moeda e do cambio
Padrão Ouro – visão geral
1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de
Ouro”
• Reservas em ouro - liquidez,
• Na prática, com tempo, muitos países adotam libra,
2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa
• se todos os países - sistema de cambio fixo
• taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte
e seguro
• Internamente existem diferentes possibilidades: sistema fiduciário e
proporcional (não critério único) – importante garantia (confiança) de
conversibilidade a uma taxa fixa
Padrão ou padrões ouro ?
• Últimas décadas do XIX maior parte dos países
adotam o ouro como a base de seu “estatuto
monetário”
• Pagamentos internacionais em parte baseados no
ouro
• Em boa parte se transfere “equivalentes a ouro”
• Porém nem todas as estruturas (estatutos)
monetários são semelhantes
44
Padrões-Ouro
Padrões Ouro
Reservas
na
forma
de
Meio Circulante doméstico
Predominância de
moedas de ouro
Ouro, prata, moedas
representativas e
papel-moeda
Ouro
Inglaterra
Alemanha
França, EUA
Bélgica
Suíça
Predominância
de divisas
estrangeiras
Rússia, Egito
Austrália
África do Sul
Áustria-Hungria
Japão, Holanda
Escandinávia
Outras colônias britânicas
Totalmente em
divisas
estrangeiras
Filipinas
Índia
Latino americanos
Reservas
• Reservas em ouro ? Possível ter em moeda de
outros países? Quanto se deve ter em reservas ?
• Inglaterra tem menos reservas em Ouro que
muitos países (França, Áustria-Hungria, EUA,
Alemanha, Itália)
• Japão e Índia tem mais libras (e/ou títulos do
governo Britânico) em reservas que Inglaterra
tem de ouro
• Vários países mantém reservas também em
• franco (Rússia) e/ou títulos franceses
• marco (Chile) e/ou títulos alemães,
• prata (Espanha)
Papel moeda e reserva metalica
Países: utilizam papel-moeda e moedas
representativas
• Muitos trabalham com sistema proporcional
• Relação entre dinheiro em circulação (notas) e
“equivalente” ouro (35/40%)
• Existe diferentes “alavancagens” na relação entre o meio circulante, o
ouro e as reservas em haveres estrangeiros
• Alguns países sistema quase totalmente fiduciário
• Emissão de montante de moeda não totalmente lastreada
em reservas, apenas aumento na oferta de moeda
lastreada em ampliação das divisas
Fazem parte do Padrão Ouro pois sempre que
solicitados trocam papel por ouro a um preço fixo
Padrão Ouro – visão geral
1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de
Ouro”
• Reservas em Ouro - liquidez,
• Na prática, com tempo, muitos países adotam libra
2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa
• se todos os países - sistema de cambio fixo
• taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte
e seguro
3. Liberdade na exportação e importação de divisas (Au) - livre fluxo
de capitais
• em alguns países (CH, Hol, Belg) conversão não automática
• pode existir intervenções evitando saída
4. Qual mecanismo de ajuste do Balanço de Pagamento
Atrelar Política Monetária às reservas
 Variação de reservas leva a uma variação da oferta interna de moeda
Como funciona o Padrão Ouro ?
O equilíbrio no Balanço de pagamentos
Regras do Padrão Ouro
Os mecanismos “automáticos” de
ajustes nos Balanços de pagamentos:
• Mecanismo de D. Hume (1752):
mecanismo de fluxo de moedas metálicas
• Bal Comercial negativa – saída de ouro – deflação
• Bal Comercial positiva – entrada de ouro - inflação
• mecanismo de preço possui um impacto sobre balança.
Comercial que corrige o desequilíbrio
• hipótese: P e w flexíveis facilitam ajustes
• Modelo antigo:
• só circulam moedas de ouro
• Não existe papel moeda e bancos não tem função
• Fluxos de ouro – só para pagar mercadorias,
• balança de capital e diferenças de juros entre países não tem
importância no modelo
As “regras do Jogo” (Keynes 1925)
• Mecanismo de juros no redesconto
• mesmo efeito de Hume mas não necessário saída de ouro
• Se BC (autoridade monetária) percebe (ou prevê que
existirá) uma saída de ouro (déficit Balanço de Pagtos)
• Aumento de juros (do redesconto)
• diminui desejo dos bancos de fazerem empréstimos
redescontando títulos junto ao BC – produz um aperto
monetário
• diminui crédito, diminui demanda e diminui importações
• Impacto positivo sobre balança de capitais, atrai capital
• Consequências normalmente recessivas
mas resolve problema de saída de ouro (deficit Bal
pgtos)
51
Ajuste em câmbio fixo
Déficit
BP
R
Currency
Board
Ms
juros
preços
Entrada de
capitais
Recessão
Equilíbrio
BP
Padrão Ouro – visão geral
1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de
Ouro”
• Reservas em Ouro - liquidez,
• Na prática, com tempo, muitos países adotam libra
2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa
• se todos os países - sistema de cambio fixo
• taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte
e seguro
3. Liberdade na exportação e importação de divisas (Au) - livre fluxo
de capitais
• em alguns países (CH, Hol, Belg) conversão não automática
• pode existir intervenções evitando saída
4. Qual mecanismo de ajuste do Balanço de Pagamento
Atrelar Política Monetária às reservas
 Variação de reservas leva a uma variação da oferta interna de moeda
• nem sempre existe monopólio das notas - qual comportamento do
sistema bancário na emissão?
Regras ou discrição ?
Até onde regras do jogo são seguidas ?
(regras do jogo não foram assinadas)
• Autoridade Monetária tem poder discricionário e pode (ou é
levado a usá-lo), por exemplo,
• Não aumentando os juros pois
• Problema com recessão
• Problema com perda de lucro e de clientes dos bancos nacionais
privados
• Problema liquidez (emprestador última instancia)
• Quebra de bancos: p.ex. Overend & Gurney (1866) e Baring (1890)
• Problema com custo da divida pública
• Nos momentos inversos, não abaixando os juros e fazer a
“esterilização” de entrada de recursos (políticas de neutralização)
• em função por exemplo de possível surto inflacionário
54
O Padrão-Ouro como instituição
característica de um momento histórico
• Se Autoridade Monetária (AM) pode usar seu poder discricionário e
sair das “regras do jogo” então não existe o Padrão ouro ?
• Não existe estabilidade das taxas de cambio, fluxos de capital ?
• Questão-chave para compreender o funcionamento do Padrão-Ouro
• Padrão Ouro é um mecanismo informal mas é uma
“instituição” socialmente construída:
• Historicamente AM está bem protegidos contra pressões que o
afastam das “regras do jogo”
• Pedra fundamental: Confiança no compromisso dos governos com os
princípios do Padrão-Ouro e consenso (mundial ?) no benefício da
preservação das regras de ouro
“Assim é melhor e assim se fará”
1) Credibilidade da Autoridade Monetária e fluxos de
capitais de natureza estabilizadora
• BC pode se afastar das regras e até agir por algum tempo em
sentido oposto mas se acredita que no longo prazo teremos a
manutenção (ou volta) às regras do jogo
• Existe confiança de que “assim é melhor e assim será feito” mesmo que
no curto prazo existam razões conjunturais para se afastar da boa prática
• Não existem muitos movimentos financeiros desestabilizadores
(ataques), ao contrário, quando há a perspectiva de desvalorização,
existe um movimento de compra (expectativa de ação da AM) e volta
ao normal
 Mesmo desrespeito às regras do jogo no curto prazo resulta em fluxos
estabilizadores pois existe confiança que AM’s respeitem as regras no
longo prazo
56
Consenso: assim é melhor
2) Reduzida pressão política em favor de outros objetivos
que não a estabilização econômica (regras do jogo)
• Estabilização econômica : manter taxas de cambio estáveis, preços
estabilizados e com base nisto permitir expansão
• “Regras” podem implicar em políticas contracionistas mas as
pressões para evitá-las são pequenas pois
a) Não existe consenso na época sobre a relação entre uma possível política
do BC e a atenuação do desemprego, ainda mais que preços eram flexíveis
b) Salários e preços flexíveis políticas tem menor impacto sobre o emprego
c) Junto com Padrão Ouro existe o crescimento do mundo ricardiano e da
economia global e seus beneficiários são fortes defensores do padrão ouro
d) trabalhadores como principais atingidos tem reduzida participação política
em função de ainda prevalecer voto censitário
e) Governos privilegiam laços internacionais a demandas internas
3. Solidariedade Internacional
Problemas quando situação é assimétrica
Necessário políticas diferenciadas e “solidariedade”
Exemplo: Crise do Baring (1890) – Argentina
• Dúvida se Banco da Inglaterra é capaz de, como emprestador em ultima
instancia, socorrer o Baring e ao mesmo tempo defender a paridade da libra
(seguir as regras do jogo (política monetária adequada)
 Por que socorrer é importante: efeito contágio (liquidez e psicológico), crise
sistêmica etc
 Solução: Banco da Inglaterra recebeu recursos (ouro) de outros países (França e
Rússia) para garantir seu papel de emprestador em última instancia e manter
libra conversível
• Existem outros exemplos de medidas de cooperação internacional – esta
se mostrou necessária em momentos de crise internacional
• Dinamarca 1882, EUA 1893, Alemanha 1898
• Nacionalismo da política monetária não plenamente difundido e vistos
como problemas temporários e pontuais
• Aceita-se por vezes clausulas de exceção: suspensão temporária da
conversibilidade
• Solidariedade e aceitação de excepcionalidade mais fácil dentro do
clube; fora dele nem tanto
Problemas
• Estabilidade - depende de confiança e cooperação
(Eichengreen)
• não existir pressão política interna (isolamento das autoridades)
• nem conflitos internacionais – solidariedade
• Com tempo existe diminuição das condições de
confiança e solidariedade
• falta de Ouro e desconfiança da alavancagem da Inglaterra
• Diminui papel central da GB e crescimento novos países
industriais
• Disputas internacionais afetam credibilidade e possibilidades de
solidariedade
• Regente da orquestra: disputa pela posição ou ninguém quer seu ônus
• crescem pressões políticas: Internas e externas
• Diminui consenso – benefícios para quem ?
• Trabalhadores e periféricos
• Pareto otimo - todos ganham mas não igualmente
• Será Pareto otimo?
• Por que perseguir Pareto otimo ?
Assimetrias sob PO
• PO no centro – leva a estabilidade
• Estabilidade que não se verifica na periferia por que ?
• Problemas auto inflingidos
• Assimetrias no ajustamento
A política anti Padrão Ouro na Periferia
• Defensores de Padrão ouro – não tão forte fora da
Europa
•EUA é um exemplo – grandes críticos do crime de
73 e da deflação
•Pressão para recunhagem da prata, alavancagem do
sistema
• AL: defensores da desvalorização (e da inflação)
Sistema não funciona tão bem na periferia
• Cooperação não atinge periferia
• Se GB problemas – socorro. Se AL ?
• Problemas da periferia não põe em risco sistema
• Países AL – não instituições (bancos centrais ?) para fazer cooperação
• Países periféricos : sistema financeiro menos desenvolvido
• Perda de Ouro – implica automaticamente em política monetária
apertada
• Não é possível – “compensações temporárias”
• Não existe BC que esteriliza saída de capital
• Não existe emprestador em última instancia,
• Não existe mercado de títulos para política de esterilização
As assimetrias
•Problema superávit de um, déficit de
outro - manter sistema mais difícil para
país devedor que credor
•Até onde coordenação automática e
simetria?
•Mais fácil desacelerar exportações de
capital quando há problemas na conta
corrente do que conseguir novos
empréstimos para financiar BTC ou fazer
ajustes na própria
Países exportadores de commodities
•Dependência de poucos produtos
•Sujeitos à abalos muito fortes nos preços
das exportações
• Oscilações significativas dos termos de troca
•Sujeitos a efeitos desestabilizadores dos
fluxos de capital
•Conta corrente (comercial) e de capital se
reforçam mutuamente
Furtado e o PO
• “impossibilidade de adaptar-se às regras do
padrão ouro, base de toda a economia
internacional no período que aqui nos ocupa”
• ordem internacional era assimétrica
• economia especializada na exportação de poucos
produtos primários era incapaz de permanecer no
padrão ouro
• Incapacidade fundamentalmente explicada pela
instabilidade cíclica das exportações e as
dificuldades quando das crises e quedas dos
preços das commodities
Padrão Ouro na AL: problemas
Furtado: AL possui diferenças em relação aos países centrais
• Exportações e Balanço de Pagamentos – mais importante no total
da renda e na sua dinâmica que países centrais
• Elevado coeficiente de importações
• Oscilações do BP (oscilações do Preço dos produtos exportados)
são mais agudas que nos países centrais
• déficit BP e seu combate: efeitos fortes na economia da AL
• regras de PO (cambio fixo e política monetária metalista) – podem
causar recessão profunda
• Queda de reservas grande, contração monetária também deveria ser
substancial para reverter BP – traumatiza sistema
• Fluxos de capital – não funciona de forma contra-ciclica, ao contrário
existe saída de capital se economia cafeeira entra em crise
• Os mecanismos de transmissão internacional das crises
para os países periféricos envolveriam tanto o mercado de
bens quanto os fluxos de capital.
• Há(via) uma correlação positiva entre a variação cíclica
das receitas de exportação e dos influxos de capital
• uma dupla bonança (comercial e financeira) nas fases de alta
que seria seguida por uma dupla penúria assim que uma crise
cíclica se verificasse nos centros industriais.
• Estes ciclos seriam transmitidos ao sistema econômico
periférico de modo além de seu controle, de maneira
que “a crise penetrava neste de fora para dentro e seu
impacto alcançava necessariamente grandes
proporções”
Os ajustes no centro
Problema BP
(p.ex. diminuição de
exportações)
Restrições monetárias e
aumento de juros
Deflação e recessão
• Queda de importações e
aumento de exportações
• Entrada de capitais
(contra cíclicos)
“Resolve” BP
E os efeitos sobre periferia
Crise nos Países Centrais
• Diminui suas
importações (diminui
exportações dos
periféricos)
Problema BP na
periferia
• Queda de demanda por
produtos primários:
queda das exportações e
diminuição dos TT
Mesmo com aumento
dos juros fluxos de
capital não entram
(pró-ciclicos)
BP dificuldade de se
estabilizar
Outros problemas de longo prazo
• Até onde existe tendências estruturais dos
termos de troca e preços das commodities
Brasil: Termos de Troca (1850 - 2000)
Indice 1930 = 100
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1850 1860 1870 1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Anos
Indice
Preço
das
Exportações
e
Importações
0
50
100
150
200
250
300
Indice
Termos
de
Troca
Preço das Exportações
Preço das Importações
Termos de Troca

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  • 1.
  • 2. Colonização • Lugar comum dizer que América (Latina) é fruto da colonização européia • O que se quer dizer exatamente com colonização ? • Existe um único “sentido da colonização” ? Tipologias da colonização
  • 3. América Latina: países diferenças étnicas
  • 4. Classificação das colônias  Leroy Beaulieu (século XIX) • Fortemente usada no Brasil: • Caio Prado Jr, Fernando Novaes etc • Visão do colonizador: suas possibilidades e intenções: 1. Colônias comerciais entrepostos, feitorias 2. Colônias agrícolas colônias de povoamento 3. Colônias de exploração
  • 5. Outra possibilidade de tipologia • Diferenciar povoamento de exploração nem sempre fácil • Hardy (XX) • Colônias de enraizamento • Por substituição • Substituição da população pré-existente pela metropolitana • Por associação • Mesclagem das duas populações • Por repovoamento • Importação de um terceiro grupo populacional (mão de obra) • Colônias de enquadramento • Massa populacional que continua sendo constituída pela população pré-existente, mas dirigida “enquadrada” por colonizadores
  • 6. De volta as tipologias ... Pode-se diferenciar os povos da América Latina por grau de sedentarismo: 1. Sedentários 2. Semi-sedentários 3. Não sedentários • Debates se são graus de desenvolvimento ou (mais moderno) graus de adaptação às condições ambientais dadas as tecnologias existentes • Separação talvez forçado, na prática deve existir uma espécie de continuum, • ninguém totalmente sedentário ou totalmente nômade • Relação dos europeus (colonização) diferente dependendo da forma como esta estruturado o outro
  • 7. Combinação de Tipologias comercial povoamento exploração Enraizamento por substituição por associação com repovoamento Enquadramento
  • 8. América Latina no final do primeiro quarto do XIX • Com Independência: “Balcanização” da América latina • América do Norte • Diversas coloniais se confederam para formar dois países: EUA e Canadá • América Latina: • 5 “Vice reinos”: formam 16 países sem falar do Caribe e colônias
  • 9. Onde não se tornou independente: Cuba e Porto Rico Colônias espanholas Guianas Colônias (GB, Fr, Hol) Ilhas Caribenas Martinica e Guadalupe (Fr) Jamaica, Trinada e Tobago e Bermudas (GB) Curação (Hol) Ilhas Virgens (Din) S. Bartolomeu (Suécia) Belize Protetorado britânico
  • 10. • Brasil: único “vice-reino” onde continuidade territorial é mantida • Vice Reino da Nova Espanha • México inicialmente se separa da Capitania (Audiência) da Guatemala onde se funda a Federação Centro Americana • Esta por sua vez se subdivide em 5 países: • Guatemala • El Salvador • Nicarágua • Honduras • Costa Rica • México: perda do Texas (36)
  • 11. Vice Reino de Nova Granada tentativa de formação da “Grã Colômbia” mas acaba criando três (depois 4) países  Equador (audiência de Quito)  Venezuela  Colômbia  Inicialmente envolvia Panamá, depois este se separa Vice Reino do Peru Forma duas regiões:  Chile (Audiência)  Peru (junta audiências de Lima e Cuzco)  Num primeiro momento tenta se estabelecer um confederação com a Bolivia (Audiência de Charcas), depois Peru e Bolívia se separam
  • 12. Vice Reino do Prata Na origem se configura a Confederação do Rio da Prata Depois separação do Paraguai Bolívia (audiência de Charcas – Alto Peru) que tenta se unir com Peru mas acaba ficando isolada Uruguai Argentina (Províncias Unidas do Prata) Ainda temos Haiti e Republica Dominicana no Caribe
  • 13. Independência: • Reconhecimento no exterior: • Inglaterra e EUA são os primeiros – evitar recolonização (Discurso de Monroe) • Depois países europeus, por último Portugal e Espanha • México (35), Argentina (58), Peru (65) e Colômbia (81) • Algumas tentativas de recolonização (64: Peru/Chile) • Existe alguns ataques externos • GB: contra Argentina (Malvinas) e com França – abrir o Rio do Prata • França: México 38, depois 61-67 – impõe um Imperador • EUA: México 46: toma Califórnia, Arizona e Novo México (já tinha o Texas desde 45) • Não campo de batalha com outras nações • Relações normais, diplomacia etc.
  • 14. Relações internas: interesses nacionais prevalecem • Tentativa de sistema colaborativo: fracasso • 1826 – Congresso do Panamá • 48 e 65 – Conferencias Internacionais • Vários Conflitos • Haiti x Republica Dominicana • Brasil x Argentina: Uruguai • Conflito Centro Americano • Chile x Peru / Bolívia: 37 e 79 (Guerra do Pacífico) • Guerra da Tríplice Aliança (Paraguai) • Peru x Bolívia, Peru x Equador, Equador x Colômbia
  • 15. América Latina: países diferenças étnicas
  • 16.
  • 17. População • População com diferenças étnicas importantes • Evolução desigual • Na independência: • De modo geral fuga de parte da população espanhola • Venezuela, México, Haiti problemas • Brasil ao contrário • Ao longo do tempo • Argentina e Brasil: evolução forte • Peru, Venezuela e México: lento • Crescimento interno x imigração diferenças • Escravos (poucos lugares e início), • Branqueamento e mão de obra • chinos
  • 18. Questões sócio-políticas • Sociedade formalmente mais equitativa • Mito do “todos iguais” perante a lei • Fim da escravidão • Colônias: GB (38), França (1794, volta 1802, ext. 1848), Holanda (63) • Chile e México: década de 20 • Resto anos 50, exceção Brasil e Cuba (espanhol) – onde era importante • Indígenas supressão tributo (fim da mita) • Ascensão política dos crioulos (fuga dos espanhóis, funcionários metropolitanos, grandes comerciantes) • Cuidado: • Contribuição indígena e tomada das terras (conflitos) • Escravidão disfarçada e peões (escravidão por divida) • Problemas por pequenos/médios proprietários – comerciantes • democracia de jure (democracia censitária) x de facto • Na pratica elitismo é a marca • disputa do poder pela oligarquia ligada principalmente a terra (donos de haciendas e caudillos)
  • 19. Economia • Montagem e desenvolvimento das economias nacionais agro-exportadora • Expansão dos núcleos exportadores de produtos agrícolas e minerais (já começou antes da independência) • Manutenção e diversificação da mineração • Novos e velhos produtos agrícolas: a loteria dos commodities • Conflitos político-econômicos com economia de base interna • Mineração • Problemas durante independência e recuperação imediatamente posterior dificuldades • Guerras: expulsão, donos, inundações etc. • Década de 20 fracasso de inúmeras iniciativas com capital estrangeiro • Década de 30/40 – recuperação Prata: Peru, México e Ouro: Colômbia e México (problema fim do Padrão Prata) • novos locais e produtos • Prata – Chile (mais barato); • Cobre – Chile (expansão da demanda), Salitre – Chile, Guano - Peru
  • 20. A questão do livre comércio • Fim do entreposto comercial-metropolitano • Saída principais exportadores metropolitanos (exceções) • Penetração capital externo • Pouco na produção (exceção salitre e estradas de ferro), forte no setor comercial-financeiro (problemas durante independência – calotes) • Livre comércio não é algo dado: debate (forte) sobre proteção: • Resistência ao livre comércio, receios de destruição da economia interna (já existia) • Exemplos proteção: própria Inglaterra e EUA (Hamilton) • Questão fiscal – financiamento do governo • Capacidade de pagamento da dívida externa • Mas problemas: • Mercado interno pequeno (escala) • Pressão países europeus - imperialismo do livre comércio • Pressão local: qualidade e preços (regressividade) e política: exportadores e comerciantes • Vitória do livre comércio: clara quando setor exportador se desenvolve de maneira mais forte • Ajudado por tendência positiva dos termos de troca
  • 21. A loteria das commodities • Restabelecimento de economia agrícola e crescimento das exportações • Alguns países efeito da guerra significativo • Recuperação mais lenta no inicio, acelera segunda metade do XIX • Novos produtos agrícolas: • Café (Brasil, Venezuela, América Central) e Pecuária Ovina (Argentina), • Produtos Tradicional: em geral dificuldades • Corantes (América Central); Tabaco (Colômbia, Caribe); Cacau (Venezuela, Equador) • Açúcar (exceção: Cuba e Caribe para EUA) • Questão chave: • Inserção diferenciada dos países no comércio exterior • Argentina e Chile – forte expansão • Brasil/ Cuba posição boa • Peru / México – ficam para trás • Bolívia/Colômbia/Paraguai • Não esquecer – nexos com economia interna • Brasil, Peru, Cuba: problemas • Argentina e Chile melhor
  • 22. Economia Latino americana no início do século XX – Expansão • Crescimento da economia mundial • Forte expansão do comércio mundial • Tendência a especialização (superprodução) • Demanda por produtos primários cresce forte no período (elasticidade renda menor que 1 ?) • Revolução tecnológica e nos transportes • Estradas de ferro e navios • Necessidade de minério • Aumento da demanda por alimentos • Influxos de capital • Desenvolvimento de instrumentos e canais financeiros • Estabilização com Padrão Ouro • Influxos de pessoas
  • 23. • Fase exportadora das economias latino americanas • Gera crescimento • Mas até onde este crescimento acompanhado de: • Desenvolvimento de infra-estrutura (transporte e urbana) • Instituições (códigos/leis, bancos, associações ) • Progresso técnico • Diversificação produtiva e ampliação do mercado interno
  • 24. • Produtos diferem quanto à • Nível de vulnerabilidade • Importância de atividades à montante • Necessidade de capital x recursos naturais (terra) • Capital estrangeiro mais ou menos necessário • Controle da expansão de terra mais ou menos importante • Resolução de problemas trabalhistas mais ou menos fundamental • Grau de formação do estado e integração nacional • Importante especialmente para controlar “exploração imperialista” • Necessidade de contar com capital estrangeiro x capacidade de conduzi-lo positivamente • Para “controlar” conflito com população local e coordenar processo até a fronteira agrária • Para induzir efeitos de encadeamento • Possibilidade ou não de induzir medidas minimamente protecionistas
  • 25. • Maior parte: crescimento extensivo – poucos estímulos ao progresso técnico • poucas iniciativas de resolver problemas para enfrentar problemas de recursos naturais • Exc. Transporte e mão de obra • Tamanho do país é uma variável importante • Brasil: Poder de barganha (exportação de custos) e desenvolvimento de um mercado interno atrativo • diversidade grande • Reduz vulnerabilidade, • Mas dificulta acordos políticos – coesão • Muitos países crises federalistas na raíz dos problemas • Especialização e superprodução • um produto – loteria mais importante
  • 26. Exportações e Desenvolvimento • Diversidade de exemplos: • O que ajuda e o que atrapalha desenvolvimento de longo prazo a partir de exportações, encadeamentos diretos e indiretos diversificação Desenvolvimento institucional e infra-estrutura Propensões a poupar e investir • Vulnerabilidade a choques externos • Dependência de importações • Desestimulo à produção e diversificação
  • 27. A Evolução do Sistema Monetário Internacional Fase Padrão Ouro Entre Guerras Bretton Woods Atual Período Até 1914 1914 - 1945 1945 - 1973 1973 - hoje Regime Cambial fixo flutuante fixo flutuante Ativo de reserva Ouro (libra) Ouro (libra, dólar) Ouro, dólar, DES Moedas Fortes Mobilidade Plena Controles Grande Total Mecanismo ajuste automático desvalorização Regras FMI Regras FMI desvaloriza instituições Não existe Não existe FMI BIRD GATT FMI, BIRD, OMC Controles
  • 28. Padrão Ouro: Origens • Mais fácil dizer quando acaba do que quando começa o Padrão Ouro • Problema quantos países precisam aderir e qual estabilidade da adesão (por quanto tempo) • Em 1850 não há Padrão Ouro, em 1900 existe PO  Em geral, entre 1870 (Eichengreen) - 1879 (MacCkinon) • Padrão Ouro evolui a partir de uma diversidade de padrões de “commodities” e moedas-mercadorias existentes mesmo antes da difusão do papel-moeda e da moeda bancária
  • 29. Padrão Ouro: origens • Padrão ouro generalizado se deve 1. a adoção pela GB deste padrão no séc. XVIII (acidental ?) • 1717 – Issac Newton fixa valor baixo para a prata em ouro - desaparecem de circulação as moedas de prata • 1821 – conversibilidade exclusiva 2. A importância da GB no XIX, especialmente com Revolução Industrial, • práticas monetárias inglesas se tornam atraentes para países que negociam (mercadorias ou empréstimos) com GB • Países adotam moeda inglesa como ativo de reserva e taxas fixas de cambio de suas moedas em relação ao ouro (libra) • Conceito de “Externalidades em rede”
  • 30.
  • 31. Adesão (e saída) do Padrão Ouro Clássico – antes da IGM
  • 32. Existe uma visão idealizada do Padrão Ouro • arranjo durável e eficiente para manter estabilidade do valor da moeda nacional e gerar condições para garantir um crescimento estável e sustentado, baseado no • Crescimento do comércio • Crescimento dos investimentos externos • virtudes surgem em função da valorização • do “mecanismo automático” de correção de desequilíbrios do BP e • da diminuição da possibilidade de políticas discricionárias • Clima intelectual que proteja governos das pressões de orientar suas políticas para caminhos que não sejam os da estabilidade da moeda e do cambio
  • 33. Padrão Ouro – visão geral 1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de Ouro” • Reservas em ouro - liquidez, • Na prática, com tempo, muitos países adotam libra, 2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa • se todos os países - sistema de cambio fixo • taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte e seguro • Internamente existem diferentes possibilidades: sistema fiduciário e proporcional (não critério único) – importante garantia (confiança) de conversibilidade a uma taxa fixa
  • 34. Padrão ou padrões ouro ? • Últimas décadas do XIX maior parte dos países adotam o ouro como a base de seu “estatuto monetário” • Pagamentos internacionais em parte baseados no ouro • Em boa parte se transfere “equivalentes a ouro” • Porém nem todas as estruturas (estatutos) monetários são semelhantes
  • 35. 44 Padrões-Ouro Padrões Ouro Reservas na forma de Meio Circulante doméstico Predominância de moedas de ouro Ouro, prata, moedas representativas e papel-moeda Ouro Inglaterra Alemanha França, EUA Bélgica Suíça Predominância de divisas estrangeiras Rússia, Egito Austrália África do Sul Áustria-Hungria Japão, Holanda Escandinávia Outras colônias britânicas Totalmente em divisas estrangeiras Filipinas Índia Latino americanos
  • 36. Reservas • Reservas em ouro ? Possível ter em moeda de outros países? Quanto se deve ter em reservas ? • Inglaterra tem menos reservas em Ouro que muitos países (França, Áustria-Hungria, EUA, Alemanha, Itália) • Japão e Índia tem mais libras (e/ou títulos do governo Britânico) em reservas que Inglaterra tem de ouro • Vários países mantém reservas também em • franco (Rússia) e/ou títulos franceses • marco (Chile) e/ou títulos alemães, • prata (Espanha)
  • 37. Papel moeda e reserva metalica Países: utilizam papel-moeda e moedas representativas • Muitos trabalham com sistema proporcional • Relação entre dinheiro em circulação (notas) e “equivalente” ouro (35/40%) • Existe diferentes “alavancagens” na relação entre o meio circulante, o ouro e as reservas em haveres estrangeiros • Alguns países sistema quase totalmente fiduciário • Emissão de montante de moeda não totalmente lastreada em reservas, apenas aumento na oferta de moeda lastreada em ampliação das divisas Fazem parte do Padrão Ouro pois sempre que solicitados trocam papel por ouro a um preço fixo
  • 38. Padrão Ouro – visão geral 1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de Ouro” • Reservas em Ouro - liquidez, • Na prática, com tempo, muitos países adotam libra 2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa • se todos os países - sistema de cambio fixo • taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte e seguro 3. Liberdade na exportação e importação de divisas (Au) - livre fluxo de capitais • em alguns países (CH, Hol, Belg) conversão não automática • pode existir intervenções evitando saída 4. Qual mecanismo de ajuste do Balanço de Pagamento Atrelar Política Monetária às reservas  Variação de reservas leva a uma variação da oferta interna de moeda
  • 39. Como funciona o Padrão Ouro ? O equilíbrio no Balanço de pagamentos
  • 40. Regras do Padrão Ouro Os mecanismos “automáticos” de ajustes nos Balanços de pagamentos: • Mecanismo de D. Hume (1752): mecanismo de fluxo de moedas metálicas • Bal Comercial negativa – saída de ouro – deflação • Bal Comercial positiva – entrada de ouro - inflação • mecanismo de preço possui um impacto sobre balança. Comercial que corrige o desequilíbrio • hipótese: P e w flexíveis facilitam ajustes • Modelo antigo: • só circulam moedas de ouro • Não existe papel moeda e bancos não tem função • Fluxos de ouro – só para pagar mercadorias, • balança de capital e diferenças de juros entre países não tem importância no modelo
  • 41. As “regras do Jogo” (Keynes 1925) • Mecanismo de juros no redesconto • mesmo efeito de Hume mas não necessário saída de ouro • Se BC (autoridade monetária) percebe (ou prevê que existirá) uma saída de ouro (déficit Balanço de Pagtos) • Aumento de juros (do redesconto) • diminui desejo dos bancos de fazerem empréstimos redescontando títulos junto ao BC – produz um aperto monetário • diminui crédito, diminui demanda e diminui importações • Impacto positivo sobre balança de capitais, atrai capital • Consequências normalmente recessivas mas resolve problema de saída de ouro (deficit Bal pgtos)
  • 42. 51 Ajuste em câmbio fixo Déficit BP R Currency Board Ms juros preços Entrada de capitais Recessão Equilíbrio BP
  • 43. Padrão Ouro – visão geral 1. Liquidação de pagamentos internacionais – “transferência de Ouro” • Reservas em Ouro - liquidez, • Na prática, com tempo, muitos países adotam libra 2. Conversibilidade da moeda nacional em Ouro à uma taxa fixa • se todos os países - sistema de cambio fixo • taxas de cambio só flutuam entre pontos do ouro - custo de transporte e seguro 3. Liberdade na exportação e importação de divisas (Au) - livre fluxo de capitais • em alguns países (CH, Hol, Belg) conversão não automática • pode existir intervenções evitando saída 4. Qual mecanismo de ajuste do Balanço de Pagamento Atrelar Política Monetária às reservas  Variação de reservas leva a uma variação da oferta interna de moeda • nem sempre existe monopólio das notas - qual comportamento do sistema bancário na emissão?
  • 44. Regras ou discrição ? Até onde regras do jogo são seguidas ? (regras do jogo não foram assinadas) • Autoridade Monetária tem poder discricionário e pode (ou é levado a usá-lo), por exemplo, • Não aumentando os juros pois • Problema com recessão • Problema com perda de lucro e de clientes dos bancos nacionais privados • Problema liquidez (emprestador última instancia) • Quebra de bancos: p.ex. Overend & Gurney (1866) e Baring (1890) • Problema com custo da divida pública • Nos momentos inversos, não abaixando os juros e fazer a “esterilização” de entrada de recursos (políticas de neutralização) • em função por exemplo de possível surto inflacionário
  • 45. 54 O Padrão-Ouro como instituição característica de um momento histórico • Se Autoridade Monetária (AM) pode usar seu poder discricionário e sair das “regras do jogo” então não existe o Padrão ouro ? • Não existe estabilidade das taxas de cambio, fluxos de capital ? • Questão-chave para compreender o funcionamento do Padrão-Ouro • Padrão Ouro é um mecanismo informal mas é uma “instituição” socialmente construída: • Historicamente AM está bem protegidos contra pressões que o afastam das “regras do jogo” • Pedra fundamental: Confiança no compromisso dos governos com os princípios do Padrão-Ouro e consenso (mundial ?) no benefício da preservação das regras de ouro
  • 46. “Assim é melhor e assim se fará” 1) Credibilidade da Autoridade Monetária e fluxos de capitais de natureza estabilizadora • BC pode se afastar das regras e até agir por algum tempo em sentido oposto mas se acredita que no longo prazo teremos a manutenção (ou volta) às regras do jogo • Existe confiança de que “assim é melhor e assim será feito” mesmo que no curto prazo existam razões conjunturais para se afastar da boa prática • Não existem muitos movimentos financeiros desestabilizadores (ataques), ao contrário, quando há a perspectiva de desvalorização, existe um movimento de compra (expectativa de ação da AM) e volta ao normal  Mesmo desrespeito às regras do jogo no curto prazo resulta em fluxos estabilizadores pois existe confiança que AM’s respeitem as regras no longo prazo
  • 47. 56 Consenso: assim é melhor 2) Reduzida pressão política em favor de outros objetivos que não a estabilização econômica (regras do jogo) • Estabilização econômica : manter taxas de cambio estáveis, preços estabilizados e com base nisto permitir expansão • “Regras” podem implicar em políticas contracionistas mas as pressões para evitá-las são pequenas pois a) Não existe consenso na época sobre a relação entre uma possível política do BC e a atenuação do desemprego, ainda mais que preços eram flexíveis b) Salários e preços flexíveis políticas tem menor impacto sobre o emprego c) Junto com Padrão Ouro existe o crescimento do mundo ricardiano e da economia global e seus beneficiários são fortes defensores do padrão ouro d) trabalhadores como principais atingidos tem reduzida participação política em função de ainda prevalecer voto censitário e) Governos privilegiam laços internacionais a demandas internas
  • 48. 3. Solidariedade Internacional Problemas quando situação é assimétrica Necessário políticas diferenciadas e “solidariedade” Exemplo: Crise do Baring (1890) – Argentina • Dúvida se Banco da Inglaterra é capaz de, como emprestador em ultima instancia, socorrer o Baring e ao mesmo tempo defender a paridade da libra (seguir as regras do jogo (política monetária adequada)  Por que socorrer é importante: efeito contágio (liquidez e psicológico), crise sistêmica etc  Solução: Banco da Inglaterra recebeu recursos (ouro) de outros países (França e Rússia) para garantir seu papel de emprestador em última instancia e manter libra conversível • Existem outros exemplos de medidas de cooperação internacional – esta se mostrou necessária em momentos de crise internacional • Dinamarca 1882, EUA 1893, Alemanha 1898 • Nacionalismo da política monetária não plenamente difundido e vistos como problemas temporários e pontuais • Aceita-se por vezes clausulas de exceção: suspensão temporária da conversibilidade • Solidariedade e aceitação de excepcionalidade mais fácil dentro do clube; fora dele nem tanto
  • 49. Problemas • Estabilidade - depende de confiança e cooperação (Eichengreen) • não existir pressão política interna (isolamento das autoridades) • nem conflitos internacionais – solidariedade • Com tempo existe diminuição das condições de confiança e solidariedade • falta de Ouro e desconfiança da alavancagem da Inglaterra • Diminui papel central da GB e crescimento novos países industriais • Disputas internacionais afetam credibilidade e possibilidades de solidariedade • Regente da orquestra: disputa pela posição ou ninguém quer seu ônus • crescem pressões políticas: Internas e externas • Diminui consenso – benefícios para quem ? • Trabalhadores e periféricos • Pareto otimo - todos ganham mas não igualmente • Será Pareto otimo? • Por que perseguir Pareto otimo ?
  • 50. Assimetrias sob PO • PO no centro – leva a estabilidade • Estabilidade que não se verifica na periferia por que ? • Problemas auto inflingidos • Assimetrias no ajustamento
  • 51. A política anti Padrão Ouro na Periferia • Defensores de Padrão ouro – não tão forte fora da Europa •EUA é um exemplo – grandes críticos do crime de 73 e da deflação •Pressão para recunhagem da prata, alavancagem do sistema • AL: defensores da desvalorização (e da inflação)
  • 52. Sistema não funciona tão bem na periferia • Cooperação não atinge periferia • Se GB problemas – socorro. Se AL ? • Problemas da periferia não põe em risco sistema • Países AL – não instituições (bancos centrais ?) para fazer cooperação • Países periféricos : sistema financeiro menos desenvolvido • Perda de Ouro – implica automaticamente em política monetária apertada • Não é possível – “compensações temporárias” • Não existe BC que esteriliza saída de capital • Não existe emprestador em última instancia, • Não existe mercado de títulos para política de esterilização
  • 53. As assimetrias •Problema superávit de um, déficit de outro - manter sistema mais difícil para país devedor que credor •Até onde coordenação automática e simetria? •Mais fácil desacelerar exportações de capital quando há problemas na conta corrente do que conseguir novos empréstimos para financiar BTC ou fazer ajustes na própria
  • 54. Países exportadores de commodities •Dependência de poucos produtos •Sujeitos à abalos muito fortes nos preços das exportações • Oscilações significativas dos termos de troca •Sujeitos a efeitos desestabilizadores dos fluxos de capital •Conta corrente (comercial) e de capital se reforçam mutuamente
  • 55. Furtado e o PO • “impossibilidade de adaptar-se às regras do padrão ouro, base de toda a economia internacional no período que aqui nos ocupa” • ordem internacional era assimétrica • economia especializada na exportação de poucos produtos primários era incapaz de permanecer no padrão ouro • Incapacidade fundamentalmente explicada pela instabilidade cíclica das exportações e as dificuldades quando das crises e quedas dos preços das commodities
  • 56. Padrão Ouro na AL: problemas Furtado: AL possui diferenças em relação aos países centrais • Exportações e Balanço de Pagamentos – mais importante no total da renda e na sua dinâmica que países centrais • Elevado coeficiente de importações • Oscilações do BP (oscilações do Preço dos produtos exportados) são mais agudas que nos países centrais • déficit BP e seu combate: efeitos fortes na economia da AL • regras de PO (cambio fixo e política monetária metalista) – podem causar recessão profunda • Queda de reservas grande, contração monetária também deveria ser substancial para reverter BP – traumatiza sistema • Fluxos de capital – não funciona de forma contra-ciclica, ao contrário existe saída de capital se economia cafeeira entra em crise
  • 57. • Os mecanismos de transmissão internacional das crises para os países periféricos envolveriam tanto o mercado de bens quanto os fluxos de capital. • Há(via) uma correlação positiva entre a variação cíclica das receitas de exportação e dos influxos de capital • uma dupla bonança (comercial e financeira) nas fases de alta que seria seguida por uma dupla penúria assim que uma crise cíclica se verificasse nos centros industriais. • Estes ciclos seriam transmitidos ao sistema econômico periférico de modo além de seu controle, de maneira que “a crise penetrava neste de fora para dentro e seu impacto alcançava necessariamente grandes proporções”
  • 58. Os ajustes no centro Problema BP (p.ex. diminuição de exportações) Restrições monetárias e aumento de juros Deflação e recessão • Queda de importações e aumento de exportações • Entrada de capitais (contra cíclicos) “Resolve” BP
  • 59. E os efeitos sobre periferia Crise nos Países Centrais • Diminui suas importações (diminui exportações dos periféricos) Problema BP na periferia • Queda de demanda por produtos primários: queda das exportações e diminuição dos TT Mesmo com aumento dos juros fluxos de capital não entram (pró-ciclicos) BP dificuldade de se estabilizar
  • 60. Outros problemas de longo prazo • Até onde existe tendências estruturais dos termos de troca e preços das commodities
  • 61. Brasil: Termos de Troca (1850 - 2000) Indice 1930 = 100 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1850 1860 1870 1880 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Anos Indice Preço das Exportações e Importações 0 50 100 150 200 250 300 Indice Termos de Troca Preço das Exportações Preço das Importações Termos de Troca