O documento discute como a independência da América Espanhola abriu as portas para a livre concorrência da indústria britânica, que passou a exportar produtos manufaturados para a região em troca de matérias-primas. Também analisa como a Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai aniquilou seu desenvolvimento econômico independente e como os empréstimos externos geraram endividamento e deformação econômica na América Latina.
As Naus Britânicas e a Independência da América Espanhola
1.
2.
3. As Naus Britânicas Saudavam a Independência do Meio do Rio
❏Pax Britânica pós Napoleônica
❏Revolução Industrial
❏“A colônia já estava perdida para a
❏metrópole muito antes de 1810[...]”
❏Independência da América Espanhola
4. “O monopólio espanhol não existia, nos fatos, nunca.”
➢Junta revolucionária em Buenos Aires, em 25 de maio de 1810
○ Exportar ouro e prata em moedas
○ Reduzidos impostos de exportação e importação
■ Manchester teares
■ Sheffield ferrarias
■ Worcester e Staffordshire olarias
➢A independência abriu totalmente as portas à livre concorrência da indústria já
desenvolvida na Europa.
5. As dimensões do infanticídio industrial
➢A independência abriu totalmente as portas à livre concorrência da indústria já
desenvolvida na Europa.
MÉXICO PERU CHILE
BRASIL BOLÍVIA ARGENTINA
6. ¨Do Paraguai derrotado não só desapareceu a população; também as tarifas aduaneiras,
os fornos de fundição, a independência econômica e vastas zonas de seu território.¨
● Presença brasileira no Paraguai:
Alfredo Stroessner: Partido Colorado. (treinado pelas tropas brasileiras).
Presença de igrejas e bandeiras brasileiras.
¨A Tríplice Aliança continua sendo um sucesso total¨!!
7. Protecionismo e Livre - Cambismo na América Latina :
● O BREVE VÔO DE LUCAS ALAMÁN
➔ Indústria britânica vendendo industrializados e comprando matérias-primas
➔ Guerra do Ópio
➔ Vicente Guerrero(1829)
➔ Lucas Alemán criou o Banco de Ávio(1830), impulsionando a continuidade da industrialização.
8. A guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai
‘Aniquilou a única experiência, com êxito, de desenvolvimento independente¨.
● Contexto: Gaspar Rodríguez de Francia: economia sustentável.
Ajuda para a população camponesa.
“Não tem menino que não saiba ler e escrever”.
Carlos Antônio Francisco Solano: pleno crescimento da economia.
O Paraguai não possuia nenhuma dívida externa.
9. ● Guerra do Paraguai (1864-1870):
Conflito de interesse entre os países
Brasil invadiu o Uruguai e colocou Venâncio Flores no poder Formação da Tríplice
Aliança
Consolidação do exército brasileir0.
● Consequências:
Morte de Solano López ¨morro com minha pátria¨;
Dívidas dos países vencedores com os bancos ingleses;
Escravos paraguaios;
Primeiro empréstimo paraguaio;
10. As Lanças Montoneras e o Ódio que Sobreviveu a Juan
Manuel de Rosas
1. O país contra o porto
2. Importância do couro, mudanças decorrentes da
valorização do charque.
3. Submissão do gaúcho nômade, Montoneras.
4. “ O surgimento da estância capitalista, no pampa úmido
do litoral, punha todo o país a serviço das exportações de
couro e carne, e machava de mão dadas com a ditadura
livre-cambista de Buenos Aires”
5. Felipe Varela
11. Deformação econômica da América Latina
Empréstimos e Ferrovias
Celso Furtado: “ Entre 1821-
1850 o preço das exportações
brasileiras reduziram cerca de
50% e as importações
estrangeiras estabilizaram-se.”
Contexto:
● Entre 1822-1826, a Inglaterra realizou
empréstimos com colônias espanholas;
● Sociedades apossaram-se de recursos naturais
que encontraram na América Latina, em que os
lucros voltavam-se à economia inglesa;
● Comércio livre.
Problemática:
Aumento das importações;
O governo realizou muitos empréstimos visando
luxuos para privilegiados (minoria);
Financiamento externo necessário (buraco tapando
buraco).
12. Deformação econômica da América Latina
Empréstimos e Ferrovias
“Solução”:
● Empréstimos “idenizariam” a vulnerável
economia latino-americana;
● Inflação necessária;
Resultado:
● Buenos Aires fez empréstimos, sendo
hipotecada tendo renda comprometida como
garantia;
● Ministro da Fazenda
● A dívida externa absorvia cerca de 40% do
orçamento brasileiro;
“Não estamos em
circunstâncias de tomar
medidas contra o comércio
estrangeiro, particularmente o
inglês, porque achamo-nos
emprenhados em grandes
dívidas com aquela nação (...).”
13. Deformação econômica da América Latina
Empréstimos e Ferrovias
Ferrovias
● Os empréstimos, em sua maioria, aplicavam-se no
financiamento de ferrovias para viabilizar o
embarque ao exterior de minerais e alimentos;
● Não tinham função inicial de unir regiões, senão de
conectar centros de produções com portos;
● Criaram problemas ambientais e econômicos;
● Após determinado tempo, as ferrovias já não
apresentavam rendimento, incidindo em desuso;
● Rebelião do Contestado (1912-1916).
14. Protecionismo e livre-cambismo nos Estados Unidos
Livre-cambismo: Cada país deveria produzir
os produtos nos quais tivessem maior
facilidade de obtenção, com divisão
internacional do trabalho e consequente
especialização das produções.
Protecionismo: Completa liberdade das
atividades econômicas e a livre circulação de
produtos permitindo o surgimento de
desigualdade de riquezas e de oportunidades
econômicas entre países.
Guerra da Secessão (1861-
1865)
Norte dos EUA
vs
Sul dos EUA
15. O sucesso não foi obra de uma mão invisível
Economia com êxito
● Adotaram o livre comércio;
● Geraram desde cedo uma consciência
industrializadora, porquanto o solo não era
propício;
● Blessing of the bay;
● Aproveitaram os recursos que possuíam para
comercializar;
● Aprimoraram as manufaturas locais;
Pensamento liberalista:
Deixai fazer, deixai
passar.
16. REFERÊNCIAS
GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Tradução de Galeano Freitas. 39° ed. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 2000. 307p. Título original: Las venas abiertas de América Latina (Coleção Estudos Latino-
Americanos,v.12).
://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/guerra-civil-americana.htm
https://www.suapesquisa.com/historia/guerradoparaguai/
http://www.infoescola.com/historia/revolucao-industrial/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historia-america/independencia-america-espanhola.htm