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HELMINTHOS
PARASITAS
Karla Bittencourt
HELMINTHOS
PARASITAS
NEMATODA PLATYHELMINTHES
Filo Nematoda
 (gr.) nema = fio + odes = forma
 Vermes redondos, cilídricos
 Parasitos (animais e plantas) ou de vida livre
 Exemplos de nematóides parasitos de humanos:
 Ascaris lumbricoides – lombriga, ascaridíase
 Ancylostoma duodenale - amarelão
 Necator americanus - amarelão
 Wuchereria bancrofti - elefantíase
 Enterobius vermicularis – oxiurus, oxiurose
"O estado de completo bem-estar físico, mental e
social e não simplesmente a ausência de doenças
ou enfermidades."
O conceito de saúde definido pela Organização
Mundial da Saúde, em 1948, é:
Taxonomia dos helmintos (vermes)
REINO ANIMALIA
SUB-REINO METAZOA
-FILO PLATYHELMINTHES
TREMATODA
CLASSE DIGENA
CLASSE CESTODARIA
-FILO NEMATHELMINTHES
CLASSE NEMATODA
Nematelmintos
- 500 mil espécies
Muitos habitats, grandes pops
- 80 mil espécies são parasitas vertebrados
- 197 são gastrointestinais
- 50 espécies parasitam o homem
Parasitas humanos- OMS, 1997
1,38 bilhões infecções por Ascaris
1,25 bilhões infecções por ancilostomídeos
1 bilhão infecções por Trichuris
45,5 milhões doentes
17,7 milhões infecções oncocercose
Características
- Tamanho variado (1mm até > 1m)
- Fusiformes, alongados e não segmentados
- Simetria bilateral
- Boca e ânus
- Muitos ovos, casca espessa
-Parasitas: dióicos (♂ e ♀), ♀ > ♂
Vida livre: hermafroditas
ou partenogenéticos
Desenvolvimento dos Nematóides
Estágio
embrionário
Estágio Larval Estágio Adulto
Larvas: menores e sexualmente imaturas, aeróbicas
(aeróbico facultativo)
Até 4 estágios larvais, seguidos de mudas
(bainhas)
Diapausa (condições do meio externo)
Estrutura do corpo
Cutícula- exoesqueleto
* Proteção
* Locomoção (extensão-retração)
- Estratificada
- Poder ter estriações, cristas e expansões
- Proteínas, lipídeos e carboidratos
- Pouco permeável (SDigestivo e SExcretor)
- Entrada de oxigênio
- Crescimento-síntese (Ascaris:mm-20cm)
Estrutura do corpo
Hipoderme
- Produz materiais da cutícula
Mitocôndrias, glicogênio, lipídios
- 4 cordões longitudinais
Musculatura
- Exclusiva: céls fusiformes
- Ligada à cutícula
- Prolongamentos aos cordões nervosos
- Musculatura SDigestivo, Reprodutor, etc
Pseudoceloma
Líquido
- Esqueleto hidrostático
- Circulação
Músculo longitudinal
Pseudoceloma
Intestino
Canal excretório
Útero
Cordão dorsal
Ovário
Cutícula
Hipoderme
Estrutura do corpo
Sistemas
Digestivo
Nervoso
Excretor
Reprodutor masculino
Reprodutor feminino
Não tem sistema circulatório, hemoglobinas de alta afinidade
Aparelho digestivo
- Completo (boca e ânus)
- Esôfago musculoso e com válvulas
Alimentação
- Bactérias e restos digeridos
Ascaris e Enterobius
- Sangue: perfuram a mucosa int,vivem no lúmem
Ancylostoma, Necator
- Penetram na mucosa e causam histólise
Trichuris
- Vivem nos tecidos
Strongyloides (mucosa) e Larvas migrans
Sistema reprodutor
Machos
- 1 testículo
- Cloaca
- Órgãos acessórios cópula (espículos)
- Espermatozóides amebóides
Fêmeas
- 1 ou 2 ovários
- Útero com espermatozóides
- Fecundação no útero
- Vagina
Formas de transmissão
Transmissão oro-fecal
Penetração pela pele
Ingestão ovos
Parasitas intestinais
Ascaris lumbricoides
Enterobius vermicularis
Strongyloides stercoralis
Ancilostomídeos
Larva migrans
Trichuris trichiura
Trichinella spiralis Lagochilascaris minor
Angiostrongylus costaricensis
- Parasita exclusivamente humano
- Maior nematóide intestinal humano
♂ (15-30 cm) ♀ (30-40 cm)
- 6 parasitos por pessoa (500 – 700)
-200.000 ovos por dia
-90% jejuno (ileo>duodeno, estômago)
Boca com três lábios
Ascaris lumbricoides
Distribuição mundial
Afeta 1,5 bilhões de pessoas, 60 mil mortes
Ciclo
Fêmeas
vivem 12-18
meses
Ovos (solo):
infectantes em 3 sem
(calor, umidade,
oxigenação)
~ 2 meses de ovo
a adulto maduro
Ciclo de vida de Ascaris
lumbricoides
Pneumonite de Löeffler
Fases larvárias
1º interior do ovo
2º interior do ovo
3º estômago
4º alvéolos pulmonares
Adulto- luz do ID
Sintomatologia e Patologia
- Proporcional à carga parasitas (geralmente 10)
- 1 em cada 6 é sintomático
- Pulmões
Edema inflamatório
Pneumonia
Síndrome de Loeffler (eusinófilos)
- Intestino
Dor abdominal
Náusea, emagrecimento
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Diarréia
Obstrução intestinal
Perfuração do intestino
- Infecções intensas (problemas hepáticos)
Ovos de Ascaris
Fertilizado, normal, cor
castanho amarelado
Fertilizado, sem cobertura de
proteína e incolor
Não fertilizado amarelo
claro
Não fertilizado, de cor escura
FERTILIZADO
NÃO FERTILIZADO
A= Cobertura protéica
Ponta de flecha=casca
http://www.youtube.com/watch?v=krjSJKV7xJk
ovo_AscarisAVI
Ovos de Ascaris
- Exame de fezes (ovos)
- Observação do verme
- Radiografias
- Imunológicos-ruins
Diagnóstico
Tratamento e profilaxia
-Pirantel
-Mebendazol e Levamisol
-Piperazina (GABA)
Não são eficazes contra as formas larvais
Exame de fezes deve ser repetido
-Cirurgia
- Higiene
- Saneamento
Ovos sobrevivem a tratamento de esgotos mas não 50oC
Ovos podem ser aspirados com poeira
100 – 250 ovos por grama de terra
- ♀ 1 cm e ♂ 3 a 5 mm
- Vivem na região cecal
- Saprófitas
Enterobius vermiculares
Cosmopolita
Helminto intestinal mais comum em países desenvolvidos
Maior incidência em climas temperados
Ásia, Europa, América do Norte, América Latina, África, Oceania
EUA e Canadá, escolares e pré-escolares: 30 a 70%!
Todo ciclo na luz intestinal
Homem é único hospedeiro
Ciclo vital de Enterobius vermicularis
Ciclo: 2 meses
Ovo com larva infectante
Eclode no ID
Ovos retidos na pele e mucosa
perianal, às vezes nas fezes
5 sem
O ovo
- Ovos nos úteros (5.000 a 16.000), fêmea rompe-se
- Ovos aderentes, maturam em 6h
- Fêmea grávida na região perianal à noite (prurido)
- Fêmea vive 1-3 meses, macho 7 semanas?
Formato característico, 50-60um
Transmissão
-Heteroinfecção
-Auto-infecção externa (oral)
-Auto-infecção interna (retal)
Transmissão intradomiciliar, instituições
Sintomatologia
- Número de vermes ( 1 ou 10.000)
- Prurido anal
- Hemorragia anal
- Diarréia, colite e emagrecimento
- Perfurações da parede do peritônio
- Vaginite
Diagnóstico
- Exame de fezes
- Eosinofilia
-“Swab anal”
- Mebendazol
- Piperazina
- Pamoato de Pirvíneo
- Pamoato de Pirantel
Tratamento
- Banho
- Troca e limpeza de roupas
- Higiene das mãos
- Tratamento dos doentes
- Limpeza de banheiros
Profilaxia
Único parasito com duplo ciclo evolutivo: vida livre e parasitária
Formação de machos depende de fatores ambientais
Homem é único hospedeiro
Strongyloides stercoralis
Ciclo de vida livre
- ♀ - 1 a 1,5 mm e ♂ 0,7 mm (cauda recurvada)
- Vivem no solo ou esterco (bactérias e matéria orgânica)
- Ovos
- Larvas rabditóides
- Talvez não mais de uma geração no solo
Ciclo parasitário
-Invadem a pele (secretam enzimas)
-Ciclo pulmonar
-Somente fêmeas partenogenéticas na mucosa do
intestino
-Ovos eclodem na mucosa e geram larvas rabditóides
que se transformam em:
-machos e fêmeas (ciclo indireto)
-larvas filarióides infectantes (ciclo direto)
(5 semanas no solo )
Hormônio 20hidroxiecdisona (glicocorticóide): formação de larvas filarióides
Ciclo de vida
II Guerra: 40 anos!
Eventualmente ingestão
24h
20hidroxi
desova!
Adultos e larvas de Strongyloides stercoralis
1 = cavidade bucal
2 = anel nervoso
3 = esôfago
4 = intestino
5 = primórdio genital
6 = ânus
7 = gônada masculina
8 = espícula
9 = cloaca
10 = ovário
11 = oviduto
12= útero
13 = vulva
* = receptáculo seminal
Fêmea adulta
partenogenética;
parasita
Larva rabditóide
Larva filarióide
Fêmea adulta vida livre
Macho adulto
vida livre
500 µm
200 a 300 µm
Fêmeas parasitas no epitélio do intestino humano
70-100 vermes= 1000 ovos/dia=larvas (assintomáticos)
Patologia e Sintomatologia
- Lesões cutâneas
- Pulmões
Hemorragias
Pneumonia
Síndrome de Loeffler (eusinófilos)
- Intestino
Lesões, Hemorragias
Infecções
Perfuração do intestino
Obstrução
- Febre, Pneumonia
- Diarréia
- Dores abdominais
- Eosinofilia
- Emagrecimento e anemia
Diagnóstico
- Larvas nas fezes
- Coprocultura- Harada-Mori (1-2sem)
-Testes imunológicos
RID: 90% dos casos
ELISA e WB: alguns cruzados
-Tiabeldazol (adultas, repetir)-70 a 90% cura
Efeitos colaterais
-Ivermectina- bem tolerada
Tratamento
Larva Strongyloides- fezes
Controle
- Saneamento básico
- Pés calçados
- Tratamento dos doentes
- Homem como reservatório
Ancilostomídeos
Ancylostoma duodenale
Necator americanus
Ancylostoma braziliense
Distribuição mundial
Mundo: 1,25 bilhões (OMS 1998)
Brasil: 24 milhões
Os parasitos
-Aproximadamente 1 cm
-Cápsula bucal
-Ancylostoma (dentes)
-Necator (lâminas)
-Intestino delgado
-Aderidos ou em deslocamento
-5.000 a 20.000 ovos/dia
-Vivem de 1 a 5 anos
No mundo: Ancylostoma no HN, Necator na África e Américas
No Brasil há 3500 anos (múmias).
Primeiro Ancylostoma (da Ásia), depois Necator
(dos escravos África)
Ancylostoma duodenale
(agkylos=ganchos)
Necator americanus
(do latim: matador)
C= cápsula bucal
E= Esôfago
R= raios bilaterais da bursa
copuladora do macho
Rabo da fêmea
A= ânus
Verme da subfamília Ancylostomatinae
Desenho original de A. Looss (1905)-penetração
Ancylostoma duodenale
Ciclo vital dos ancilostomídeos
1-2 dias
1 sem
2sem após infecção
(viáveis 6sem)
A doença- Ancilostomíase
- Carga parasitária
- Problemas pulmonares
- Intestinos
Dilacerações
Infecções
Modificação das pregas intestinais
Perda de sangue
30 – 300 µl / dia / parasitos
100 – 1000 parasitos – 30 ml
1.000 a 3.500 parasitos – 250 ml
Ancylostoma duodenale
100 vermes=sintomas graves
Necator americanus
<25 vermes=sem sintomas
25-100 vermes=sintomas leves
500-1000 vermes= sintoma severos
>1000 vermes=geralmente fatais
Sintomas, diagnóstico e tratamento
Amarelão
- Anemia
- Coceira
- Tosse
- Dor abdominal
- Subnutrição
- Ovos nas fezes
- Eosinofilia
- Mebendazol
- Albendazol
- Levamisol
- Pirantel
-Reposição de Fe
Controle
- Saneamento básico
- Uso de calçados
- Combate às larvas no solo: plantio de
capim-cidreira e outros
- Medicamentos
Ancylostoma: também por ingestão
(sem ciclo pulmonar)
Larva migrans
- Hospedeiro errado
-Larva não evolui
Penetração pela pele: retidas sob a pele
Larva migrans cutânea
Via oral: “encalham” no fígado, pulmão, outros
Larva migrans visceral
• Larvas de Ancylostoma braziliense
(intestino de cães e gatos)
Penetram pela pele e migram no tecido
subcutâneo 2-5cm/dia, dias-meses
Infecções autolimitadas, prurido
Larva migrans cutânea
“Bicho geográfico”
Tratamento
Tiabendazol tópico ou oral
Controle
Praias
(escolher áreas alagadas)
Tanques de areia
Larva migrans cutânea
Larva migrans visceral
- Toxocara canis
- 2 milhões de ovos por dia
- ID de cães e gatos
- Ingestão de ovos com larvas de 3o estágio
- Fígado>pulmões>cérebro>olhos>gânglios
Casos fatais
- Corrente sanguínea e órgãos: granulomas
- Parecido com Ascaris
- Difícil diagnóstico:
Clínico, hematológico, radiológico, biópsia de fígado
-Tratamento:
Tiabendazol e dietilcarbamazina (DEC)
Problema mundial
-Europa, Am Norte e Ásia: 15 a 54% cães infectados
-Ovos resistentes
Controle:
Tratamento periódico cães e gatos
Proteção parques infantis
Redução cães e gatos vadios
Cooper & Bundy, Parasitol. Today 4:301-306, 1988
Trichuris trichiura (Tricuríase)
1 bilhão de indivíduos parasitados
10.000 mortes / ano
Alagoas e Sergipe
Distribuição cosmopolita
O parasito
- Parasita humano
- Peças bucais rudimentares
- 3–5cm
- Vivem no ceco e cólon
- 2-10 parasitos (1000)
Trichuris trichiura: thrix= cabelo, oura=cauda. Erro!
Adultos de Trichuris trichiura
Macho
Fêmea
Vermes mergulhados na mucosa
Ovos
- 50um x 22um
-3.000 – 7.000 ovos / dia
-Só embrionam no meio exterior
-Viaveis por vários meses
-Eclodem no intestino
Ciclo
Sintomas, diagnóstico e tratamento
- Assintomáticos
- Irritações nas terminações nervosas
- Dor abdominal, diarréia, perda de peso
-Mebendazol
-Pamoato de Oxantel
- Procura de ovos nas fezes
Trichinella spiralis (Triquinelose)
http://www.trichinella.org/
Europa, Ásia, América do Norte
Nunca no Brasil!
O parasito
- Adultos:♀3-4 mm e ♂2 mm na mucosa duodeno e jejuno
-♀ viviparas -350 -1.500 larvas
-Doença humana: carne de porco (Levítico e Deuteronômio)
- Larvas: encistadas no tecido muscular esquelético
Ciclo
- ♂ morre após a fecundação
Sintomas
- Febre alta e gânglios linfáticos
- Dores reumatóides
- Sistema nervos (convulsões)
- Coração (infiltrados inflamatórios)
Morte da larva:
Cozimento 77oC
Congelamento -15oC 20dias
Larvas encistadas
vivem meses a anos
Diagnóstico e tratamento
Difícil!
Geralmente só na fase muscular (larvas)
Biópsia muscular
Sorologia – ELISA
RID
Mebendazol
Albendazol
Pirantel
Cortisona
Ratos são reservatórios!
Nematódios intestinais: diagnóstico
Nematódios intestinais: tratamento
EFEITO DO TRATAMENTO EM CRIANÇAS
A= crianças tratadas
B= adultos
C= população
PRAZIQUANTEL E ALBENDAZOL
Interação com
fosfolípides e
proteínas
afetando
transporte de
íons.
Contrações da
musculatura e
vacuolização
do tegumento.
Inibe polimerização
de tubulina nos
microtúbulos.
Diminui captação de
glicose em larvas e
adultos e portanto
produção de energia:
imobilização e morte
Ca2+
Praziquantel
Canais de Ca2+ controlados por voltagem e praziquantel
Greenberg Int. J. Parasitol., 35:1-9, 2005
Benzimidazóis
Albendazol, mebendazol
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  • 3. Filo Nematoda  (gr.) nema = fio + odes = forma  Vermes redondos, cilídricos  Parasitos (animais e plantas) ou de vida livre  Exemplos de nematóides parasitos de humanos:  Ascaris lumbricoides – lombriga, ascaridíase  Ancylostoma duodenale - amarelão  Necator americanus - amarelão  Wuchereria bancrofti - elefantíase  Enterobius vermicularis – oxiurus, oxiurose
  • 4.
  • 5. "O estado de completo bem-estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doenças ou enfermidades." O conceito de saúde definido pela Organização Mundial da Saúde, em 1948, é:
  • 6. Taxonomia dos helmintos (vermes) REINO ANIMALIA SUB-REINO METAZOA -FILO PLATYHELMINTHES TREMATODA CLASSE DIGENA CLASSE CESTODARIA -FILO NEMATHELMINTHES CLASSE NEMATODA
  • 7. Nematelmintos - 500 mil espécies Muitos habitats, grandes pops - 80 mil espécies são parasitas vertebrados - 197 são gastrointestinais - 50 espécies parasitam o homem
  • 8. Parasitas humanos- OMS, 1997 1,38 bilhões infecções por Ascaris 1,25 bilhões infecções por ancilostomídeos 1 bilhão infecções por Trichuris 45,5 milhões doentes 17,7 milhões infecções oncocercose
  • 9. Características - Tamanho variado (1mm até > 1m) - Fusiformes, alongados e não segmentados - Simetria bilateral - Boca e ânus - Muitos ovos, casca espessa -Parasitas: dióicos (♂ e ♀), ♀ > ♂ Vida livre: hermafroditas ou partenogenéticos
  • 10. Desenvolvimento dos Nematóides Estágio embrionário Estágio Larval Estágio Adulto Larvas: menores e sexualmente imaturas, aeróbicas (aeróbico facultativo)
  • 11. Até 4 estágios larvais, seguidos de mudas (bainhas) Diapausa (condições do meio externo)
  • 12. Estrutura do corpo Cutícula- exoesqueleto * Proteção * Locomoção (extensão-retração) - Estratificada - Poder ter estriações, cristas e expansões - Proteínas, lipídeos e carboidratos - Pouco permeável (SDigestivo e SExcretor) - Entrada de oxigênio - Crescimento-síntese (Ascaris:mm-20cm)
  • 13. Estrutura do corpo Hipoderme - Produz materiais da cutícula Mitocôndrias, glicogênio, lipídios - 4 cordões longitudinais Musculatura - Exclusiva: céls fusiformes - Ligada à cutícula - Prolongamentos aos cordões nervosos - Musculatura SDigestivo, Reprodutor, etc Pseudoceloma Líquido - Esqueleto hidrostático - Circulação
  • 14. Músculo longitudinal Pseudoceloma Intestino Canal excretório Útero Cordão dorsal Ovário Cutícula Hipoderme Estrutura do corpo
  • 15. Sistemas Digestivo Nervoso Excretor Reprodutor masculino Reprodutor feminino Não tem sistema circulatório, hemoglobinas de alta afinidade
  • 16. Aparelho digestivo - Completo (boca e ânus) - Esôfago musculoso e com válvulas Alimentação - Bactérias e restos digeridos Ascaris e Enterobius - Sangue: perfuram a mucosa int,vivem no lúmem Ancylostoma, Necator - Penetram na mucosa e causam histólise Trichuris - Vivem nos tecidos Strongyloides (mucosa) e Larvas migrans
  • 17. Sistema reprodutor Machos - 1 testículo - Cloaca - Órgãos acessórios cópula (espículos) - Espermatozóides amebóides Fêmeas - 1 ou 2 ovários - Útero com espermatozóides - Fecundação no útero - Vagina
  • 18. Formas de transmissão Transmissão oro-fecal Penetração pela pele Ingestão ovos
  • 19. Parasitas intestinais Ascaris lumbricoides Enterobius vermicularis Strongyloides stercoralis Ancilostomídeos Larva migrans Trichuris trichiura Trichinella spiralis Lagochilascaris minor Angiostrongylus costaricensis
  • 20. - Parasita exclusivamente humano - Maior nematóide intestinal humano ♂ (15-30 cm) ♀ (30-40 cm) - 6 parasitos por pessoa (500 – 700) -200.000 ovos por dia -90% jejuno (ileo>duodeno, estômago) Boca com três lábios Ascaris lumbricoides
  • 21.
  • 22. Distribuição mundial Afeta 1,5 bilhões de pessoas, 60 mil mortes
  • 23. Ciclo Fêmeas vivem 12-18 meses Ovos (solo): infectantes em 3 sem (calor, umidade, oxigenação) ~ 2 meses de ovo a adulto maduro
  • 24. Ciclo de vida de Ascaris lumbricoides Pneumonite de Löeffler Fases larvárias 1º interior do ovo 2º interior do ovo 3º estômago 4º alvéolos pulmonares Adulto- luz do ID
  • 25. Sintomatologia e Patologia - Proporcional à carga parasitas (geralmente 10) - 1 em cada 6 é sintomático - Pulmões Edema inflamatório Pneumonia Síndrome de Loeffler (eusinófilos) - Intestino Dor abdominal Náusea, emagrecimento Má absorção de nutrientes Diarréia Obstrução intestinal Perfuração do intestino - Infecções intensas (problemas hepáticos)
  • 26. Ovos de Ascaris Fertilizado, normal, cor castanho amarelado Fertilizado, sem cobertura de proteína e incolor Não fertilizado amarelo claro Não fertilizado, de cor escura FERTILIZADO NÃO FERTILIZADO A= Cobertura protéica Ponta de flecha=casca
  • 28. - Exame de fezes (ovos) - Observação do verme - Radiografias - Imunológicos-ruins Diagnóstico
  • 29. Tratamento e profilaxia -Pirantel -Mebendazol e Levamisol -Piperazina (GABA) Não são eficazes contra as formas larvais Exame de fezes deve ser repetido -Cirurgia - Higiene - Saneamento Ovos sobrevivem a tratamento de esgotos mas não 50oC Ovos podem ser aspirados com poeira 100 – 250 ovos por grama de terra
  • 30. - ♀ 1 cm e ♂ 3 a 5 mm - Vivem na região cecal - Saprófitas Enterobius vermiculares
  • 31. Cosmopolita Helminto intestinal mais comum em países desenvolvidos Maior incidência em climas temperados Ásia, Europa, América do Norte, América Latina, África, Oceania EUA e Canadá, escolares e pré-escolares: 30 a 70%! Todo ciclo na luz intestinal Homem é único hospedeiro
  • 32. Ciclo vital de Enterobius vermicularis Ciclo: 2 meses Ovo com larva infectante Eclode no ID Ovos retidos na pele e mucosa perianal, às vezes nas fezes 5 sem
  • 33. O ovo - Ovos nos úteros (5.000 a 16.000), fêmea rompe-se - Ovos aderentes, maturam em 6h - Fêmea grávida na região perianal à noite (prurido) - Fêmea vive 1-3 meses, macho 7 semanas? Formato característico, 50-60um
  • 34. Transmissão -Heteroinfecção -Auto-infecção externa (oral) -Auto-infecção interna (retal) Transmissão intradomiciliar, instituições
  • 35. Sintomatologia - Número de vermes ( 1 ou 10.000) - Prurido anal - Hemorragia anal - Diarréia, colite e emagrecimento - Perfurações da parede do peritônio - Vaginite
  • 36. Diagnóstico - Exame de fezes - Eosinofilia -“Swab anal”
  • 37. - Mebendazol - Piperazina - Pamoato de Pirvíneo - Pamoato de Pirantel Tratamento - Banho - Troca e limpeza de roupas - Higiene das mãos - Tratamento dos doentes - Limpeza de banheiros Profilaxia
  • 38. Único parasito com duplo ciclo evolutivo: vida livre e parasitária Formação de machos depende de fatores ambientais Homem é único hospedeiro Strongyloides stercoralis
  • 39. Ciclo de vida livre - ♀ - 1 a 1,5 mm e ♂ 0,7 mm (cauda recurvada) - Vivem no solo ou esterco (bactérias e matéria orgânica) - Ovos - Larvas rabditóides - Talvez não mais de uma geração no solo
  • 40. Ciclo parasitário -Invadem a pele (secretam enzimas) -Ciclo pulmonar -Somente fêmeas partenogenéticas na mucosa do intestino -Ovos eclodem na mucosa e geram larvas rabditóides que se transformam em: -machos e fêmeas (ciclo indireto) -larvas filarióides infectantes (ciclo direto) (5 semanas no solo ) Hormônio 20hidroxiecdisona (glicocorticóide): formação de larvas filarióides
  • 41. Ciclo de vida II Guerra: 40 anos! Eventualmente ingestão 24h 20hidroxi desova!
  • 42. Adultos e larvas de Strongyloides stercoralis 1 = cavidade bucal 2 = anel nervoso 3 = esôfago 4 = intestino 5 = primórdio genital 6 = ânus 7 = gônada masculina 8 = espícula 9 = cloaca 10 = ovário 11 = oviduto 12= útero 13 = vulva * = receptáculo seminal Fêmea adulta partenogenética; parasita Larva rabditóide Larva filarióide Fêmea adulta vida livre Macho adulto vida livre 500 µm 200 a 300 µm
  • 43. Fêmeas parasitas no epitélio do intestino humano 70-100 vermes= 1000 ovos/dia=larvas (assintomáticos)
  • 44. Patologia e Sintomatologia - Lesões cutâneas - Pulmões Hemorragias Pneumonia Síndrome de Loeffler (eusinófilos) - Intestino Lesões, Hemorragias Infecções Perfuração do intestino Obstrução - Febre, Pneumonia - Diarréia - Dores abdominais - Eosinofilia - Emagrecimento e anemia
  • 45. Diagnóstico - Larvas nas fezes - Coprocultura- Harada-Mori (1-2sem) -Testes imunológicos RID: 90% dos casos ELISA e WB: alguns cruzados -Tiabeldazol (adultas, repetir)-70 a 90% cura Efeitos colaterais -Ivermectina- bem tolerada Tratamento
  • 47. Controle - Saneamento básico - Pés calçados - Tratamento dos doentes - Homem como reservatório
  • 49. Distribuição mundial Mundo: 1,25 bilhões (OMS 1998) Brasil: 24 milhões
  • 50. Os parasitos -Aproximadamente 1 cm -Cápsula bucal -Ancylostoma (dentes) -Necator (lâminas) -Intestino delgado -Aderidos ou em deslocamento -5.000 a 20.000 ovos/dia -Vivem de 1 a 5 anos
  • 51. No mundo: Ancylostoma no HN, Necator na África e Américas No Brasil há 3500 anos (múmias). Primeiro Ancylostoma (da Ásia), depois Necator (dos escravos África) Ancylostoma duodenale (agkylos=ganchos) Necator americanus (do latim: matador)
  • 52. C= cápsula bucal E= Esôfago R= raios bilaterais da bursa copuladora do macho Rabo da fêmea A= ânus Verme da subfamília Ancylostomatinae
  • 53. Desenho original de A. Looss (1905)-penetração Ancylostoma duodenale
  • 54. Ciclo vital dos ancilostomídeos 1-2 dias 1 sem 2sem após infecção (viáveis 6sem)
  • 55. A doença- Ancilostomíase - Carga parasitária - Problemas pulmonares - Intestinos Dilacerações Infecções Modificação das pregas intestinais Perda de sangue 30 – 300 µl / dia / parasitos 100 – 1000 parasitos – 30 ml 1.000 a 3.500 parasitos – 250 ml
  • 56. Ancylostoma duodenale 100 vermes=sintomas graves Necator americanus <25 vermes=sem sintomas 25-100 vermes=sintomas leves 500-1000 vermes= sintoma severos >1000 vermes=geralmente fatais
  • 57. Sintomas, diagnóstico e tratamento Amarelão - Anemia - Coceira - Tosse - Dor abdominal - Subnutrição - Ovos nas fezes - Eosinofilia - Mebendazol - Albendazol - Levamisol - Pirantel -Reposição de Fe
  • 58. Controle - Saneamento básico - Uso de calçados - Combate às larvas no solo: plantio de capim-cidreira e outros - Medicamentos Ancylostoma: também por ingestão (sem ciclo pulmonar)
  • 59. Larva migrans - Hospedeiro errado -Larva não evolui Penetração pela pele: retidas sob a pele Larva migrans cutânea Via oral: “encalham” no fígado, pulmão, outros Larva migrans visceral
  • 60. • Larvas de Ancylostoma braziliense (intestino de cães e gatos) Penetram pela pele e migram no tecido subcutâneo 2-5cm/dia, dias-meses Infecções autolimitadas, prurido Larva migrans cutânea “Bicho geográfico”
  • 61. Tratamento Tiabendazol tópico ou oral Controle Praias (escolher áreas alagadas) Tanques de areia Larva migrans cutânea
  • 62. Larva migrans visceral - Toxocara canis - 2 milhões de ovos por dia - ID de cães e gatos - Ingestão de ovos com larvas de 3o estágio - Fígado>pulmões>cérebro>olhos>gânglios Casos fatais - Corrente sanguínea e órgãos: granulomas - Parecido com Ascaris
  • 63. - Difícil diagnóstico: Clínico, hematológico, radiológico, biópsia de fígado -Tratamento: Tiabendazol e dietilcarbamazina (DEC) Problema mundial -Europa, Am Norte e Ásia: 15 a 54% cães infectados -Ovos resistentes Controle: Tratamento periódico cães e gatos Proteção parques infantis Redução cães e gatos vadios
  • 64. Cooper & Bundy, Parasitol. Today 4:301-306, 1988 Trichuris trichiura (Tricuríase) 1 bilhão de indivíduos parasitados 10.000 mortes / ano Alagoas e Sergipe Distribuição cosmopolita
  • 65. O parasito - Parasita humano - Peças bucais rudimentares - 3–5cm - Vivem no ceco e cólon - 2-10 parasitos (1000) Trichuris trichiura: thrix= cabelo, oura=cauda. Erro!
  • 66. Adultos de Trichuris trichiura Macho Fêmea Vermes mergulhados na mucosa
  • 67. Ovos - 50um x 22um -3.000 – 7.000 ovos / dia -Só embrionam no meio exterior -Viaveis por vários meses -Eclodem no intestino
  • 68. Ciclo
  • 69. Sintomas, diagnóstico e tratamento - Assintomáticos - Irritações nas terminações nervosas - Dor abdominal, diarréia, perda de peso -Mebendazol -Pamoato de Oxantel - Procura de ovos nas fezes
  • 71. O parasito - Adultos:♀3-4 mm e ♂2 mm na mucosa duodeno e jejuno -♀ viviparas -350 -1.500 larvas -Doença humana: carne de porco (Levítico e Deuteronômio) - Larvas: encistadas no tecido muscular esquelético
  • 72. Ciclo - ♂ morre após a fecundação
  • 73. Sintomas - Febre alta e gânglios linfáticos - Dores reumatóides - Sistema nervos (convulsões) - Coração (infiltrados inflamatórios) Morte da larva: Cozimento 77oC Congelamento -15oC 20dias Larvas encistadas vivem meses a anos
  • 74. Diagnóstico e tratamento Difícil! Geralmente só na fase muscular (larvas) Biópsia muscular Sorologia – ELISA RID Mebendazol Albendazol Pirantel Cortisona Ratos são reservatórios!
  • 77. EFEITO DO TRATAMENTO EM CRIANÇAS A= crianças tratadas B= adultos C= população
  • 78. PRAZIQUANTEL E ALBENDAZOL Interação com fosfolípides e proteínas afetando transporte de íons. Contrações da musculatura e vacuolização do tegumento. Inibe polimerização de tubulina nos microtúbulos. Diminui captação de glicose em larvas e adultos e portanto produção de energia: imobilização e morte
  • 79. Ca2+ Praziquantel Canais de Ca2+ controlados por voltagem e praziquantel Greenberg Int. J. Parasitol., 35:1-9, 2005
  • 80. Benzimidazóis Albendazol, mebendazol Mebendazol: inibição em Ascaris com constante de inibição 250-400 vezes maior que em bovinos