O documento discute a urbanização no Brasil, o rápido crescimento da população urbana desde os anos 1960, e os problemas decorrentes da urbanização desordenada como favelização, violência e poluição.
2. RESUMO DE URBANIZAÇÃO NO BRASIL
• O que é – Urbanização é o aumento da proporção da população que vive nas
cidades em relação à que vive no campo. Atualmente, ela é mais acelerada
em países em desenvolvimento, como o Brasil, ou pouco desenvolvidos.
Desde 2008, a população urbana mundial é maior que a rural, e essa
proporção continua crescendo.
• Brasil urbano – Desde a década de 1960, mais precisamente em 1965, a
população brasileira passou a ser majoritariamente urbana. Hoje o país está
entre ao mais urbanizados do mundo, com mais de 80% dos habitantes
morando nas mais de 5,5 mil cidades brasileiras.
3. • Regiões metropolitanas – O Brasil possui 31 regiões
metropolitanas, que abrigam um terço dos domicílios urbanos
e 30% da população do país. A maior delas, a Grande São
Paulo, é uma megalópole com 18 milhões de habitantes.
• Problemas ligados à urbanização – A urbanização desordenada
acentua a desigualdade social. O déficit habitacional de
milhões de moradias, por exemplo, contribui para o
crescimento da população de rua e crescente favelização ou
mesmo a criação de movimentos sociais, como o Movimento
dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST)
4. PROCESSO DE URBANIZAÇÃO
• Em 1940, apenas 31% da população brasileira vivia em cidades. Foi a
partir de 1950 que o processo de urbanização se intensificou, pois com a
industrialização promovida por Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek
houve a formação de um mercado interno integrado que atraiu milhares
de pessoas para o Sudeste do país, região que possuía a maior
infraestrutura e, consequentemente, a que concentrava o maior número
de indústrias.
• A partir de 1970, mais da metade dos brasileiros já se encontrava em
áreas urbanas, cuja oferta de emprego e de serviços, como saúde,
educação e transporte, eram maiores. Em 60 anos, a população rural
aumentou cerca de 12%, enquanto que a população urbana passou de
13 milhões de habitantes para 138 milhões, um aumento de mais de
1.000%.
7. FAVELIZAÇÃO E OUTROS PROBLEMAS
DA URBANIZAÇÃO
• A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para
atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de
problemas sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a
criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água. Relatório do
Programa Habitat, órgão ligado à ONU, revela que 52,3 milhões de brasileiros
- cerca de 28% da população - vivem nas 16.433 favelas cadastradas no
país, contingente que chegará a 55 milhões de pessoas em 2020.
8. PROBLEMAS URBANOS
• Favelização – Ocupações irregulares nas principais capitais brasileiras, como Rio
de Janeiro e São Paulo, serão fruto do grande fluxo migratório em direção às áreas
de maior oferta de emprego do país.
Violência Urbana – Mesmo com o crescimento industrial do país e com a grande
oferta de emprego nas cidades do sudeste, não havia oportunidades de emprego o
bastante para o grande fluxo populacional que havia se deslocado em um curto
espaço de tempo.
Poluição – O grande número de indústrias, automóveis e de habitantes vai impactar
o aumento das emissões de gases poluentes, assim como com a contaminação dos
lençóis freáticos e rios dos principais centros urbanos.
Enchentes – A impermeabilização do solo pelo asfaltamento e edificações,
associado ao desmatamento e ao lixo industrial e residencial, fazem com que o
problemas das enchentes seja algo comum nas grandes cidades brasileiras.
12. A região Sudeste, por concentrar a maior parte das indústrias do país, foi a que
recebeu grandes fluxos migratórios vindos da área rural, principalmente da região
nordeste.
Na região Centro-Oeste, o processo de urbanização teve como principal fator a
construção de Brasília, em 1960, que atraiu milhares de trabalhadores, a maior parte
deles vindos das regiões Norte e Nordeste.
A urbanização na região Sul foi lenta até a década de 1970, em razão de suas
características econômicas de predomínio da propriedade familiar e da policultura, pois
um número reduzido de trabalhadores rurais acabava migrando para as áreas urbanas.
A região Nordeste é a que apresenta hoje a menor taxa de urbanização no Brasil.
Até a década de 60 a Região Norte era a segunda mais urbanizada do país, porém a
concentração da economia do país no Sudeste e o fluxo de migrantes dessa para
outras regiões, fez com que o crescimento relativo da população urbana regional
diminuísse.