Este documento discute a importância dos processos para as empresas e a relação entre gestores e empreendedores. Apesar de inicialmente processos serem vistos como distantes dos resultados de curto prazo, eles trazem benefícios como previsibilidade, eficiência e qualidade. Processos devem ser mapeados quando atingem maturidade, priorizando princípios como unificação, simplicidade e acessibilidade. Isso permite inovação e questionamento constante, fazendo gestores e empreendedores conviverem de forma saudável.
1. PROCESSO – O DESAFIO DE TODO GESTOR
Nosso maior desafio hoje é tentar abordar um tema tão denso como processos, de
forma leve e interessante aos nossos leitores.
O excesso de teorias e ferramentas, que vem desde o nascimento dos programas de
qualidade no chão das fábricas, sob o rótulo da “Qualidade Total”, criou um certo
distanciamento de profissionais focados em resultados, desse mundo de processos.
Algumas empresas chegaram a criar áreas especificas de qualidade, para isolar as
discussões infinitas, do dia a dia de áreas que precisavamentregar resultados.
Não temos como discordar da posição destes profissionais, tendo em vista o custo x
benefício, que era agravado pela visão de médio/longo prazo do benefício vs a
urgência de resultados de curto prazo que priorizava decisões de negócios.
Acredito que prêmios/certificados surgiram como uma forma de compensar esse
desbalanceamento. E a estratégica deu certo – ter certificado de qualidade passou a
ser uma condição ou um diferencial para empresas de todos os setores Mas como
todo modismo do mundo corporativo, com o tempo, perdeu seu valor.
Por que então ainda falar de processos? Qual a relevância deste pilar no contexto
da governança corporativa?
Quem viveu a implantação de algum projeto de Mapeamento e Melhoria de
Processos como eu, percebe uma quantidade exagerada de teorias e ferramentas,
mas também reconhece as vantagens de ter um processo sob controle –
2. previsibilidade de resultados, eficiência de recursos, garantia de qualidade para o
cliente final, engajamento do time. Impossível desprezar benefícios desta relevância.
Os processos, principalmente em pequenas e médias empresas, nascem de forma
descontrolada e devem ser mapeados e otimizados quando atingem determinado
grau de maturidade, priorizando ferramentas que garantam os princípios de
unificação, simplicidade, acessibilidade (USA).
A unificação prevê que a empresa é um único processo fim a fim, que pode ser
dividido em diversas camadas até o nível das atividades de cada funcionário ou
parceiro de negócio. A simplicidade e acessibilidade estão diretamente relacionadas,
pois consideram a necessidade de economicidade dos sistemas corporativos, onde
menos complexidade garante mais engajamento e mais resultado.
Os benefícios a partir daí são inquestionáveis e atendem a demanda dos gestores,
que acreditam na melhoria de resultados através de controles, previsões e
otimizações. Além disso, com processos controlados, surge espaço para o
empreendedor emergir e mais uma vez questionar a realidade, e propor novos
negócios, novos produtos e novos processos, que uma vez maduros iniciam novo
ciclo de mapeamento e melhorias.
E assim a convivência difícil, mas saudável entre gestor e empreendedor segue
protagonizando histórias de sucesso no mundo corporativo e ajuda a ilustrar a forma
como devemos considerar a relevância do pilar de processos.
Se você chegou até aqui, uhu!!! Esperamos que entendendo a relevância do
controle dos processos, nos ajude a divulgar de forma simples e acessível.
Fica aqui uma pergunta para você – com que perfil você mais se identificou – o
gestor ou o empreendedor? Ou ambos, se é que isso é possível? Deixe o seu
comentário.