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Report Diário: impactos do Covid-19 no
agronegócio brasileiro
Trigo e Derivados: como a pandemia afeta os
preços no mercado global e no Brasil?
Overview 20/04/2020
Consolidado: 19h15
PÁGINA 2
➢ O dólar à vista fechou a segunda-feira em alta de 1,35%, cotado a R$ 5,3078.
➢ Em um dia de desvalorização de moedas emergentes e ligadas ao petróleo, que
teve um dia queda forte, a moeda spot chegou a ser vendida por R$ 5,32.
➢ O comportamento da moeda teve alguns drivers importantes e um deles veio do
próprio Banco Central: as palestras online fechadas à imprensa do presidente do
BC, Roberto Campos, e também do diretor de Política Monetária da autoridade
monetária, Fabio Kanckzuk, foram consideradas “dovish”.
➢ A postura reduziria ainda mais o diferencial de juros do Brasil com o mundo, o que
provocaria um fluxo cambial ainda mais desfavorável para o Real.
➢ O BC sinaliza que há espaços para novos cortes na taxa básica de juros.
ÍNDICE
OVERVIEW 20/04/2020: INDICADORES
PÁGINA 3
➢ Ibovespa fechou praticamente estável (-0,02%), em 78.990 pontos.
➢ O Ibovespa mostrou resiliência em sessão de vencimento de opções sobre ações.
➢ Em abril, o índice acumula ganho de 8,15%, mas ainda cede 31,71% no ano.
➢ Apesar de todo estresse na esfera política e a derrocada do petróleo, o Ibovespa
recuou muito menos do que o mercado internacional, em vista da forte queda dos
juros futuros, movimento que favoreceu em especial o setor de consumo e varejo.
➢ O mercado ficou atento ao “tom muito dovish” do presidente do Banco Central,
Roberto Campos Neto, em teleconferência pela manhã, na qual reforçou o
compromisso da autoridade monetária em oferecer fluxo de crédito, que é a
principal preocupação do mercado neste momento.
ÍNDICE
OVERVIEW 20/04/2020: INDICADORES
PÁGINA 4
➢ Petróleo Brent teve forte baixa de 8,94%, para US$ 25,57 o barril.
➢ Os mercados internacionais têm operado em meio a um descompasso entre oferta
e demanda de petróleo, já que os cortes de produção anunciados pela Organização
dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), cada vez mais, parecem
insuficientes para compensar a queda na demanda, decorrência direta da retração
da atividade global por conta do novo coronavírus.
➢ As pressões do descompasso entre oferta e demanda sobre os contratos, diante da
retração da atividade global em meio à pandemia da Covid-19, foram acentuadas
em razão do vencimento, em 21/04, do contrato do petróleo WTI para maio,
negociado abaixo de US$ 0 pela 1ª vez na história.
ÍNDICE
PETRÓLEO: COTAÇÃO ABAIXO DE ZERO
PÁGINA 5
➢ O contrato futuro do petróleo WTI foi negociado abaixo de US$ 0 pela 1ª vez na
história, com o vencimento do contrato maio, que acontece na terça-feira (21/04).
➢ A liquidação em massa ocorre para evitar entrega física do barril da commodity, em
um contexto em que não há espaço para armazenamento.
➢ Isso significa que os fornecedores estão sendo pagos para ficar com o produto.
➢ Dessa forma, o petróleo está agora em “contango”, ou seja, os contratos de
petróleo para entrega futura são mais caros do que os preços à vista.
➢ A negociação no campo negativo, contudo, é restrita ao contrato maio, e, ainda que
colabore para perdas em outros contratos, não se reflete em cotações abaixo de
US$ 0 nos contratos mais líquidos.
ÍNDICE
PETRÓLEO: COTAÇÃO ABAIXO DE ZERO
PÁGINA 6
TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS
TRIGO: CENÁRIO POSITIVO
➔ O trigo, 2º cereal mais consumido globalmente, também registra desempenho similar ao
do arroz, por fazer parte da cesta básica de diversos países, especialmente na Europa,
que tem o maior consumo per capita do mundo.
➔ O Brasil tem histórica dependência de 50% do consumo interno oriundo de importações,
principalmente da Argentina, levando à disparada de preços com a combinação da
entressafra doméstica e da alta das cotações internacionais.
➔ Importações encarecidas pelo dólar em alta manterão preços em patamares elevados.
➔ Área deverá crescer na safra 2020 com os preços elevados ao longo de 2019 e 2020.
➔ Alternativa para regiões que decidiram não cultivar milho 2ª safra com risco climático.
PÁGINA 7
TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS
TRIGO: CENÁRIO POSITIVO
➔ A tendência é de sustentação do preço em patamares elevados, com a forte alta do dólar
e o aumento das cotações internacionais elevando os custos de importação em período
de entressafra no Brasil.
➔ No acumulado de 2020, os preços do trigo em grãos registram forte alta de 32,6% no
mercado interno, enquanto a alta das cotações globais foi de 22,4% no mesmo período.
➔ No mercado de derivados, as cotações das farinhas seguem em tendência de alta, com
aumento do custo da matéria prima (trigo em grãos) decorrente da alta do dólar, mesmo
com a demanda interna mais aquecida.
➔ A comercialização de trigo no mercado interno segue aquecida.
PÁGINA 8
MILHO; 1.135,5;
33%
TRIGO; 754,9;
22%
ARROZ; 499,3;
14%
SOJA; 350,1;
10%
CEVADA; 152,6;
4%
GIRASSOL; 68,1;
2%
SORGO;
58,7; 2%
DEMAIS; 444,8;
13%
GRÃOS: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA GLOBAL EM 2019/2020 EM MILHÕES
DE TONELADAS E EM %
9
PÁGINA 9
-7,5%
-0,3%
-16,8%
22,4%
37,9%
-21,0%
-23,8%
-8,5%
27,7%
-0,2%
-4,7%
-10,6%
11,3%
44,4%
-31,7%
-18,7%
30,7%
34,7%
SOJA FARELO MILHO TRIGO ARROZ ALGODÃO AÇÚCAR CAFÉ DÓLAR
EVOLUÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO EXTERNO (%)
VAR. EM 2020 VAR. EM 12 MESES
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100,00
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400,00 2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
TRIGO: PREÇOS HARD PANIFICADOR FOB PORTO ARGENTINA
US$/TONELADA
11
PÁGINA 11
13,8%
9,9%
15,4%
32,6%
24,3%
5,4% 5,8%
12,9%
27,7%
31,9%
46,1%
35,7%
29,9%
62,2%
-4,6%
53,0%
15,7%
34,7%
SOJA MILHO ARROZ TRIGO FEIJÃO ALGODÃO CAFÉ AÇÚCAR DÓLAR
EVOLUÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO INTERNO (%)
VAR. EM 2020 VAR. EM 12 MESES
PÁGINA 12
TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS
TRIGO: CENÁRIO POSITIVO
➔ Com redução da oferta de grão argentino, os moinhos buscam outras fontes de
importação alternativas de matéria-prima a custos menores, a fim de sustentar a
demanda aquecida por farinhas e derivados.
➔ Os moinhos continuam ativos na busca por novos lotes para aquisição, enquanto os
produtores aproveitam para negociar a preços atraentes o baixo volume disponível da
última safra (2019).
➔ Os preços mais elevados ao longo de 2019 e também neste ano de 2020 deverão levar ao
aumento da área plantada no Brasil na próxima safra de inverno de 2020, o que poderá
estabilizar os preços no 2º semestre do ano.
PÁGINA 13
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80,00
90,00 2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
TRIGO GRÃOS: PREÇO FOB PRODUTOR PARANÁ- R$/SACA 60 KG
VALORES DEFLACIONADOS PELO IGP-DI MARÇO/2020
PÁGINA 14
2,15 2,17 1,90
2,21
2,76
2,45
2,12 1,92 2,04 2,04 2,13
5,88
5,79
4,38
5,53
5,97
5,53
6,73
4,26
5,43 5,15
6,55
09/10
10/11
11/12
12/13
13/14
14/15
15/16
16/17
17/18
18/19
19/20
TRIGO: ÁREA E PRODUÇÃO NO BRASIL
ÁREA - MILHÕES HA PRODUÇÃO - MILHÕES T
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TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS
TRIGO: CENÁRIO POSITIVO
➔ Preços atingiram patamares recordes nominais nas regiões produtoras.
➔ No Paraná, lotes são negociados entre R$ 1.150/tonelada e R$ 1.170/tonelada FOB.
➔ No Rio Grande do Sul, na região da Serra Gaúcha, as cotações subiram de R$
1.000/tonelada FOB para R$ 1.100,00 por tonelada FOB.
➔ A demanda pelo cereal é impulsionada pelo aumento do consumo doméstico das
famílias, observado desde a adoção das medidas de isolamento social.
➔ Os moinhos relatam que os clientes estão absorvendo toda a produção.
➔ Eles buscam repassar parte do aumento dos custos, mas ainda negociam.
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TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS
TRIGO: CENÁRIO POSITIVO
➔ A tendência é de alta para o grão e derivados, com moinhos se antecipando ao consumo
em meio à pandemia e pelo maior consumo de produtos alimentícios à base de trigo.
➔ A indústria de pães, massas e biscoitos do Brasil prepara reajustes de 12% a 30% em seu
portfólio ao longo deste semestre, para repassar o aumento de custos com o trigo, ao
mesmo tempo em que vê o consumo de seus produtos crescendo com a Covid-19.
➔ A alta de preços poderá até gerar desaceleração na demanda, em um primeiro momento.
➔ O setor está sendo beneficiado pelo isolamento domiciliar, pois vende produtos que
oferecem facilidades aos consumidores, com a praticidade muitas vezes prevalecendo
sobre os custos na hora da decisão de compra.
PÁGINA 17
TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS
TRIGO: CENÁRIO POSITIVO
➔ Em março, a indústria de pães, massas e bolos industrializados registrou alta de 15% a
20% no volume comercializado em relação ao igual período do ano anterior, no momento
que parte da população temeu pela eventual escassez de produtos.
➔ Macarrão é um produto relativamente barato e que sai ganhando quando a população
passa a se alimentar dentro de casa.
➔ O pão de forma também tem a demanda mantida porque as pessoas reduzem o
deslocamento a padarias e não deve haver recuo de volume de vendas neste ano.
➔ Não há problemas no abastecimento destes produtos para o comércio varejista.
➔ A projeção para o segmento de pães é de aumento de 3% a 5% nas vendas em 2020.
PÁGINA 18
TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS
TRIGO: CENÁRIO POSITIVO
➔ No ano passado, estes segmentos, juntos, movimentaram R$ 36,7 bilhões, 3,5% acima
do valor alcançado no ano anterior, e 3,3 milhões de toneladas em volume de vendas,
mesmo resultado obtido em 2018, com base em dados da consultoria Nielsen.
➔ O aumento nas despesas com o trigo, matéria-prima da farinha usada nesses produtos
industrializados, ocorrerá na esteira da valorização do câmbio ante o Real, considerando
que o Brasil precisa importar o cereal para complementar a oferta local.
➔ Os reajustes de preços dos produtos do portfólio ocorrem todos os anos, durante a
entressafra do trigo, mas em 2020 serão mais intensos por causa do patamar histórico
do dólar, que registra ganhos de mais de 30% em 2020.
PÁGINA 19
TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS
TRIGO: CENÁRIO POSITIVO
➔ O repasse de custos para os derivados deve ser iniciado a partir deste mês de abril.
➔ Este aumento tende a ser gradual, pois não há espaço para elevar os preços de uma só
vez para o consumidor final.
➔ As indústrias estão com estoques de trigo e produto acabado para dois a três meses de
consumo, a depender do fabricante.
➔ Isso significa que os fabricantes precisarão do cereal importado até meados de
setembro, quando começa a colheita da safra nacional.
➔ Das 12 milhões de toneladas de trigo consumidas por ano no Brasil, metade vêm
principalmente da Argentina, este ano com 30% de aumento de preço, em média.
PÁGINA 20
TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS
TRIGO: CENÁRIO POSITIVO
➔ A farinha de trigo representa 70% do custo das massas, 60% nos pães e bolos e 30% nos
biscoitos: qualquer variação no preço do trigo tem impacto direto para os fabricantes.
➔ A indústria de biscoitos, que responde pela maior participação no faturamento do setor,
fechou o ano passado com receita de R$ 18,7 bilhões, aumento de 1,7% ante 2018, e
vendas de 1,47 milhão de toneladas, retração de 1,1% em volume.
➔ Em 2019, as indústrias de pães movimentaram R$ 7 bilhões, com aumento de 4,5% na
receita, resultante da venda de 537 mil toneladas de produtos, com alta de 3,4%.
➔ Já o mercado de bolos industrializados atingiu R$ 1,1 bilhão em faturamento, 1,5% a
mais se comparado com 2018.
PÁGINA 21
ÁREA DE PRODUTIVIDADE PRODUÇÃO COMÉRCIO CONSUMO CONSUMO ESTOQUES ESTOQUES/
CULTIVO MÉDIA MUNDIAL GLOBAL RAÇÕES TOTAL FINAIS CONSUMO
milhões ha Kg/hectare milhões t milhões t milhões t milhões t milhões t %
1999/2000 216,6 2.706 586,0 112,8 99,3 585,2 207,0 35,4%
2000/2001 219,4 2.660 583,7 102,8 106,4 585,7 205,0 35,0%
2001/2002 215,6 2.697 581,6 108,1 107,9 586,3 201,0 34,3%
2002/2003 213,7 2.656 567,7 110,1 112,6 604,1 166,1 27,5%
2003/2004 210,6 2.633 554,6 104,5 96,7 588,8 132,7 22,5%
2004/2005 218,9 2.872 628,6 111,1 106,6 610,0 151,2 24,8%
2005/2006 218,8 2.840 621,5 116,2 111,3 624,4 147,7 23,6%
2006/2007 215,3 2.767 595,6 111,6 106,2 615,2 128,2 20,8%
2007/2008 217,2 2.810 610,4 117,2 96,3 616,9 123,3 20,0%
2008/2009 225,6 3.024 682,2 143,7 117,9 641,5 166,7 26,0%
2009/2010 225,6 3,039 685,6 135,8 117,7 650,2 200,8 30,9%
2010/2011 218,3 3,192 652,2 132,9 116,1 654,7 198,9 28,5%
2011/2012 221,7 2,942 697,0 157,8 146,9 697,1 198,9 30,4%
2012/2013 221,3 2,977 658,7 137,4 137,0 680,0 175,6 25,8%
2013/2014 219,6 3,255 714,9 165,9 126,5 697,9 193,9 27,8%
2014/2015 221,7 3,284 728,1 164,5 131,6 705,4 217,6 30,8%
2015/2016 225,0 3,268 735,2 172,8 136,6 711,2 242,7 34,1%
2016/2017 222,2 3,405 756,4 183,4 147,0 739,1 262,3 35,5%
2017/2018 218,3 3,495 762,9 182,5 146,6 742,0 283,7 38,2%
2018/2019 215,4 3,395 731,5 173,5 139,4 737,1 278,1 37,7%
2019/2020 218,7 3,495 764,5 182,7 144,3 749,8 292,8 39,0%
% 2020/2019 1,5% 2,9% 4,5% 5,3% 3,5% 1,7% 5,3% 3,5%
TRIGO: SUPRIMENTO MUNDIAL
SAFRA
Fonte: USDA ABRIL/2020
Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO
PÁGINA 22
RÚSSIA;
33,5; 18%
UE-28;
33,5; 18%
EUA;
26,8; 15%CANADÁ;
23,0; 13%
UCRÂNIA;
20,5; 11%
ARGENTINA;
14,0; 8%
AUSTRÁLIA;
8,2; 4%
DEMAIS;
23,2; 13%
TRIGO: PRINCIPAIS EXPORTADORES MUNDIAIS 2019/2020 - MILHÕES T E %
PÁGINA 23
SEMENTES/
RAÇÕES
MOAGEM TOTAL
2000/2001 6,497 2.457 15,96 6,29 22,25 0,08 4,50 4,99 11,27 5,99
2001/2002 7,109 2.152 15,30 5,99 21,29 0,05 4,50 4,75 10,80 5,74
2002/2003 6,300 1.953 12,30 5,74 18,04 0,05 4,60 5,16 6,76 6,12
2003/2004 6,040 2.411 14,56 6,12 20,68 0,05 4,80 5,23 9,41 6,05
2004/2005 6,260 2.549 15,96 6,05 22,00 0,08 4,93 5,01 11,83 5,16
2005/2006 5,222 2.408 12,57 5,16 17,74 0,08 4,80 5,00 8,50 4,24
2006/2007 5,676 2.572 14,60 4,24 18,84 0,08 4,80 4,90 9,51 4,43
2007/2008 5,948 2.749 16,35 4,43 20,78 0,08 5,05 5,13 8,91 6,74
2008/2009 4,732 1.769 8,37 6,74 15,11 0,08 5,00 5,08 3,10 6,93
2009/2010 3,556 2.531 9,00 6,93 15,93 0,53 6,28 6,81 3,73 5,39
2010/2011 4,577 3.474 15,90 5,39 21,29 0,46 6,60 7,06 7,75 6,48
2011/2012 4,630 3.132 14,50 6,48 20,98 0,40 6,30 6,70 11,40 2,88
2012/2013 3,162 2.536 8,02 2,88 10,90 0,40 5,50 5,90 3,10 1,90
2013/2014 3,648 2.519 9,19 1,90 11,09 0,40 6,00 6,40 1,75 2,94
2014/2015 5,260 2.648 13,93 2,94 16,87 0,40 5,81 6,21 6,20 4,46
2015/2016 4,380 2.580 11,30 4,46 15,76 0,50 5,59 6,09 6,75 2,92
2016/2017 6,360 2.892 18,39 2,92 21,31 0,90 5,86 6,76 12,81 1,74
2017/2018 5,927 3.124 18,52 1,74 20,26 0,90 5,99 6,89 11,83 1,54
2018/2019 6,287 3.095 19,46 1,54 21,00 0,90 5,95 6,85 12,20 1,95
2019/2020 6,500 3.000 19,50 1,95 21,45 0,90 5,90 6,80 14,00 0,65
VAR. 2020/2019 3% -3% 0% 27% 2% 0% -1% -1% 15% -67%
Fontes: Agritrend Consultoria e Bolsa de Cereais de Buenos Aires
Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO
ESTOQUES
FINAIS
MILHÕES T
ARGENTINA: OFERTA E DEMANDA DE TRIGO (DEZEMBRO A NOVEMBRO)
ANO SAFRA
PRODUÇÃO
EM MILHÕES
T
OFERTA
TOTAL
MILHÕES T
DEMANDA EM MILHÕES T EXPORTAÇÕES
GRÃOS EM
MILHÕES T
ESTOQUES
INICIAIS
MILHÕES T
RENDIMENTO
MÉDIO EM
KG/HA
ÁREA DE
CULTIVO
MILHÕES HA
PÁGINA 24
ANO ANO ESTOQUE OFERTA DEMANDA ESTOQUE
PLANTIO COMERCIAL INICIAL TOTAL INTERNA FINAL
2000 2000/2001 567,7 1.658,4 7.632,4 9.858,5 1,3 9.338,7 518,5
2001 2001/2002 518,5 3.194,2 7.055,4 10.768,1 4,7 10.059,2 704,2
2002 2002/2003 704,2 2.913,9 6.853,2 10.471,3 5,0 9.851,5 614,8
2003 2003/2004 614,8 6.073,5 5.373,8 12.062,1 1.373,3 9.642,0 1.046,8
2004 2004/2005 1.046,8 5.845,9 4.971,2 11.863,9 3,5 9.803,0 2.057,4
2005 2005/2006 2.057,4 4.873,1 5.844,2 12.774,7 784,9 10.231,0 1.758,8
2006 2006/2007 1.758,8 2.233,7 7.164,1 11.156,6 19,7 9.600,0 1.536,9
2007 2007/2008 1.536,9 4.097,1 5.926,4 11.560,4 746,7 9.618,0 1.195,7
2008 2008/2009 1.195,7 5.884,0 5.676,4 12.756,1 351,4 9.398,0 3.006,7
2009 2009/2010 3.006,7 5.026,2 5.922,2 13.955,1 1.170,4 9.614,2 3.170,5
2010 2010/2011 2.879,7 5.881,6 5.798,4 14.559,7 2.515,9 9.842,4 2.201,4
2011 2011/2012 2.201,4 5.788,6 6.011,8 14.001,8 1.901,0 10.144,9 1.955,9
2012 2012/2013 1.955,9 4.379,5 7.010,2 13.345,6 1.683,8 10.134,3 1.527,5
2013 2013/2014 1.527,5 5.527,9 6.642,4 13.697,8 47,4 11.381,5 2.268,9
2014 2014/2015 2.268,9 5.971,1 5.328,8 13.568,8 1.680,5 10.713,7 1.174,6
2015 2015/2016 1.174,6 5.534,9 5.517,6 12.227,1 1.050,5 10.367,3 809,3
2016 2016/2017 809,3 6.726,8 7.088,5 14.624,6 576,8 11.517,7 2.530,1
2017 2017/2018 2.530,1 4.262,1 6.387,0 13.179,2 206,2 11.287,4 1.685,6
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-43,8% 27,0% -5,7% 4,9% 66,7% 0,9% 73,9%
TRIGO: OFERTA E DEMANDA NO BRASIL
EM MIL TONELADAS ANO COMERCIAL AGOSTO-JULHO
PRODUÇÃO
VAR. 2020-2021/2019-2020
IMPORTAÇÕES EXPORTAÇÕES
ANO COMERCIAL 2020/2021: AGOSTO DE 2020 A JULHO DE 2021 Fontes: Conab, Ibge, Abitrigo, Secex e Cogo Inteligência em Agronegócio
Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO
PÁGINA 25
Fontes de Consultas
ÍNDICE
Agências: Broadcast Agro, Reuters, Agência Brasil, Valor Econômico e Bloomberg
Cepea – Centro de Pesquisas Econômicas da Esalq/USP
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
CNA – Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária
ANEC – Associação Nacional dos Exportadores de Cereais
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
OMS – Organização Mundial da Saúde
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO
+55 51 32481117
+55 51 999867666
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Impactos da Covid-19 no agronegócio e preços do trigo

  • 1. Report Diário: impactos do Covid-19 no agronegócio brasileiro Trigo e Derivados: como a pandemia afeta os preços no mercado global e no Brasil? Overview 20/04/2020 Consolidado: 19h15
  • 2. PÁGINA 2 ➢ O dólar à vista fechou a segunda-feira em alta de 1,35%, cotado a R$ 5,3078. ➢ Em um dia de desvalorização de moedas emergentes e ligadas ao petróleo, que teve um dia queda forte, a moeda spot chegou a ser vendida por R$ 5,32. ➢ O comportamento da moeda teve alguns drivers importantes e um deles veio do próprio Banco Central: as palestras online fechadas à imprensa do presidente do BC, Roberto Campos, e também do diretor de Política Monetária da autoridade monetária, Fabio Kanckzuk, foram consideradas “dovish”. ➢ A postura reduziria ainda mais o diferencial de juros do Brasil com o mundo, o que provocaria um fluxo cambial ainda mais desfavorável para o Real. ➢ O BC sinaliza que há espaços para novos cortes na taxa básica de juros. ÍNDICE OVERVIEW 20/04/2020: INDICADORES
  • 3. PÁGINA 3 ➢ Ibovespa fechou praticamente estável (-0,02%), em 78.990 pontos. ➢ O Ibovespa mostrou resiliência em sessão de vencimento de opções sobre ações. ➢ Em abril, o índice acumula ganho de 8,15%, mas ainda cede 31,71% no ano. ➢ Apesar de todo estresse na esfera política e a derrocada do petróleo, o Ibovespa recuou muito menos do que o mercado internacional, em vista da forte queda dos juros futuros, movimento que favoreceu em especial o setor de consumo e varejo. ➢ O mercado ficou atento ao “tom muito dovish” do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em teleconferência pela manhã, na qual reforçou o compromisso da autoridade monetária em oferecer fluxo de crédito, que é a principal preocupação do mercado neste momento. ÍNDICE OVERVIEW 20/04/2020: INDICADORES
  • 4. PÁGINA 4 ➢ Petróleo Brent teve forte baixa de 8,94%, para US$ 25,57 o barril. ➢ Os mercados internacionais têm operado em meio a um descompasso entre oferta e demanda de petróleo, já que os cortes de produção anunciados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), cada vez mais, parecem insuficientes para compensar a queda na demanda, decorrência direta da retração da atividade global por conta do novo coronavírus. ➢ As pressões do descompasso entre oferta e demanda sobre os contratos, diante da retração da atividade global em meio à pandemia da Covid-19, foram acentuadas em razão do vencimento, em 21/04, do contrato do petróleo WTI para maio, negociado abaixo de US$ 0 pela 1ª vez na história. ÍNDICE PETRÓLEO: COTAÇÃO ABAIXO DE ZERO
  • 5. PÁGINA 5 ➢ O contrato futuro do petróleo WTI foi negociado abaixo de US$ 0 pela 1ª vez na história, com o vencimento do contrato maio, que acontece na terça-feira (21/04). ➢ A liquidação em massa ocorre para evitar entrega física do barril da commodity, em um contexto em que não há espaço para armazenamento. ➢ Isso significa que os fornecedores estão sendo pagos para ficar com o produto. ➢ Dessa forma, o petróleo está agora em “contango”, ou seja, os contratos de petróleo para entrega futura são mais caros do que os preços à vista. ➢ A negociação no campo negativo, contudo, é restrita ao contrato maio, e, ainda que colabore para perdas em outros contratos, não se reflete em cotações abaixo de US$ 0 nos contratos mais líquidos. ÍNDICE PETRÓLEO: COTAÇÃO ABAIXO DE ZERO
  • 6. PÁGINA 6 TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS TRIGO: CENÁRIO POSITIVO ➔ O trigo, 2º cereal mais consumido globalmente, também registra desempenho similar ao do arroz, por fazer parte da cesta básica de diversos países, especialmente na Europa, que tem o maior consumo per capita do mundo. ➔ O Brasil tem histórica dependência de 50% do consumo interno oriundo de importações, principalmente da Argentina, levando à disparada de preços com a combinação da entressafra doméstica e da alta das cotações internacionais. ➔ Importações encarecidas pelo dólar em alta manterão preços em patamares elevados. ➔ Área deverá crescer na safra 2020 com os preços elevados ao longo de 2019 e 2020. ➔ Alternativa para regiões que decidiram não cultivar milho 2ª safra com risco climático.
  • 7. PÁGINA 7 TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS TRIGO: CENÁRIO POSITIVO ➔ A tendência é de sustentação do preço em patamares elevados, com a forte alta do dólar e o aumento das cotações internacionais elevando os custos de importação em período de entressafra no Brasil. ➔ No acumulado de 2020, os preços do trigo em grãos registram forte alta de 32,6% no mercado interno, enquanto a alta das cotações globais foi de 22,4% no mesmo período. ➔ No mercado de derivados, as cotações das farinhas seguem em tendência de alta, com aumento do custo da matéria prima (trigo em grãos) decorrente da alta do dólar, mesmo com a demanda interna mais aquecida. ➔ A comercialização de trigo no mercado interno segue aquecida.
  • 8. PÁGINA 8 MILHO; 1.135,5; 33% TRIGO; 754,9; 22% ARROZ; 499,3; 14% SOJA; 350,1; 10% CEVADA; 152,6; 4% GIRASSOL; 68,1; 2% SORGO; 58,7; 2% DEMAIS; 444,8; 13% GRÃOS: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA GLOBAL EM 2019/2020 EM MILHÕES DE TONELADAS E EM %
  • 9. 9 PÁGINA 9 -7,5% -0,3% -16,8% 22,4% 37,9% -21,0% -23,8% -8,5% 27,7% -0,2% -4,7% -10,6% 11,3% 44,4% -31,7% -18,7% 30,7% 34,7% SOJA FARELO MILHO TRIGO ARROZ ALGODÃO AÇÚCAR CAFÉ DÓLAR EVOLUÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO EXTERNO (%) VAR. EM 2020 VAR. EM 12 MESES
  • 11. 11 PÁGINA 11 13,8% 9,9% 15,4% 32,6% 24,3% 5,4% 5,8% 12,9% 27,7% 31,9% 46,1% 35,7% 29,9% 62,2% -4,6% 53,0% 15,7% 34,7% SOJA MILHO ARROZ TRIGO FEIJÃO ALGODÃO CAFÉ AÇÚCAR DÓLAR EVOLUÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO INTERNO (%) VAR. EM 2020 VAR. EM 12 MESES
  • 12. PÁGINA 12 TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS TRIGO: CENÁRIO POSITIVO ➔ Com redução da oferta de grão argentino, os moinhos buscam outras fontes de importação alternativas de matéria-prima a custos menores, a fim de sustentar a demanda aquecida por farinhas e derivados. ➔ Os moinhos continuam ativos na busca por novos lotes para aquisição, enquanto os produtores aproveitam para negociar a preços atraentes o baixo volume disponível da última safra (2019). ➔ Os preços mais elevados ao longo de 2019 e também neste ano de 2020 deverão levar ao aumento da área plantada no Brasil na próxima safra de inverno de 2020, o que poderá estabilizar os preços no 2º semestre do ano.
  • 13. PÁGINA 13 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 TRIGO GRÃOS: PREÇO FOB PRODUTOR PARANÁ- R$/SACA 60 KG VALORES DEFLACIONADOS PELO IGP-DI MARÇO/2020
  • 14. PÁGINA 14 2,15 2,17 1,90 2,21 2,76 2,45 2,12 1,92 2,04 2,04 2,13 5,88 5,79 4,38 5,53 5,97 5,53 6,73 4,26 5,43 5,15 6,55 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18 18/19 19/20 TRIGO: ÁREA E PRODUÇÃO NO BRASIL ÁREA - MILHÕES HA PRODUÇÃO - MILHÕES T
  • 15. PÁGINA 15 TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS TRIGO: CENÁRIO POSITIVO ➔ Preços atingiram patamares recordes nominais nas regiões produtoras. ➔ No Paraná, lotes são negociados entre R$ 1.150/tonelada e R$ 1.170/tonelada FOB. ➔ No Rio Grande do Sul, na região da Serra Gaúcha, as cotações subiram de R$ 1.000/tonelada FOB para R$ 1.100,00 por tonelada FOB. ➔ A demanda pelo cereal é impulsionada pelo aumento do consumo doméstico das famílias, observado desde a adoção das medidas de isolamento social. ➔ Os moinhos relatam que os clientes estão absorvendo toda a produção. ➔ Eles buscam repassar parte do aumento dos custos, mas ainda negociam.
  • 16. PÁGINA 16 TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS TRIGO: CENÁRIO POSITIVO ➔ A tendência é de alta para o grão e derivados, com moinhos se antecipando ao consumo em meio à pandemia e pelo maior consumo de produtos alimentícios à base de trigo. ➔ A indústria de pães, massas e biscoitos do Brasil prepara reajustes de 12% a 30% em seu portfólio ao longo deste semestre, para repassar o aumento de custos com o trigo, ao mesmo tempo em que vê o consumo de seus produtos crescendo com a Covid-19. ➔ A alta de preços poderá até gerar desaceleração na demanda, em um primeiro momento. ➔ O setor está sendo beneficiado pelo isolamento domiciliar, pois vende produtos que oferecem facilidades aos consumidores, com a praticidade muitas vezes prevalecendo sobre os custos na hora da decisão de compra.
  • 17. PÁGINA 17 TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS TRIGO: CENÁRIO POSITIVO ➔ Em março, a indústria de pães, massas e bolos industrializados registrou alta de 15% a 20% no volume comercializado em relação ao igual período do ano anterior, no momento que parte da população temeu pela eventual escassez de produtos. ➔ Macarrão é um produto relativamente barato e que sai ganhando quando a população passa a se alimentar dentro de casa. ➔ O pão de forma também tem a demanda mantida porque as pessoas reduzem o deslocamento a padarias e não deve haver recuo de volume de vendas neste ano. ➔ Não há problemas no abastecimento destes produtos para o comércio varejista. ➔ A projeção para o segmento de pães é de aumento de 3% a 5% nas vendas em 2020.
  • 18. PÁGINA 18 TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS TRIGO: CENÁRIO POSITIVO ➔ No ano passado, estes segmentos, juntos, movimentaram R$ 36,7 bilhões, 3,5% acima do valor alcançado no ano anterior, e 3,3 milhões de toneladas em volume de vendas, mesmo resultado obtido em 2018, com base em dados da consultoria Nielsen. ➔ O aumento nas despesas com o trigo, matéria-prima da farinha usada nesses produtos industrializados, ocorrerá na esteira da valorização do câmbio ante o Real, considerando que o Brasil precisa importar o cereal para complementar a oferta local. ➔ Os reajustes de preços dos produtos do portfólio ocorrem todos os anos, durante a entressafra do trigo, mas em 2020 serão mais intensos por causa do patamar histórico do dólar, que registra ganhos de mais de 30% em 2020.
  • 19. PÁGINA 19 TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS TRIGO: CENÁRIO POSITIVO ➔ O repasse de custos para os derivados deve ser iniciado a partir deste mês de abril. ➔ Este aumento tende a ser gradual, pois não há espaço para elevar os preços de uma só vez para o consumidor final. ➔ As indústrias estão com estoques de trigo e produto acabado para dois a três meses de consumo, a depender do fabricante. ➔ Isso significa que os fabricantes precisarão do cereal importado até meados de setembro, quando começa a colheita da safra nacional. ➔ Das 12 milhões de toneladas de trigo consumidas por ano no Brasil, metade vêm principalmente da Argentina, este ano com 30% de aumento de preço, em média.
  • 20. PÁGINA 20 TRIGO: EFEITOS DA COVID-19 SOBRE PREÇOS EXTERNOS E INTERNOS TRIGO: CENÁRIO POSITIVO ➔ A farinha de trigo representa 70% do custo das massas, 60% nos pães e bolos e 30% nos biscoitos: qualquer variação no preço do trigo tem impacto direto para os fabricantes. ➔ A indústria de biscoitos, que responde pela maior participação no faturamento do setor, fechou o ano passado com receita de R$ 18,7 bilhões, aumento de 1,7% ante 2018, e vendas de 1,47 milhão de toneladas, retração de 1,1% em volume. ➔ Em 2019, as indústrias de pães movimentaram R$ 7 bilhões, com aumento de 4,5% na receita, resultante da venda de 537 mil toneladas de produtos, com alta de 3,4%. ➔ Já o mercado de bolos industrializados atingiu R$ 1,1 bilhão em faturamento, 1,5% a mais se comparado com 2018.
  • 21. PÁGINA 21 ÁREA DE PRODUTIVIDADE PRODUÇÃO COMÉRCIO CONSUMO CONSUMO ESTOQUES ESTOQUES/ CULTIVO MÉDIA MUNDIAL GLOBAL RAÇÕES TOTAL FINAIS CONSUMO milhões ha Kg/hectare milhões t milhões t milhões t milhões t milhões t % 1999/2000 216,6 2.706 586,0 112,8 99,3 585,2 207,0 35,4% 2000/2001 219,4 2.660 583,7 102,8 106,4 585,7 205,0 35,0% 2001/2002 215,6 2.697 581,6 108,1 107,9 586,3 201,0 34,3% 2002/2003 213,7 2.656 567,7 110,1 112,6 604,1 166,1 27,5% 2003/2004 210,6 2.633 554,6 104,5 96,7 588,8 132,7 22,5% 2004/2005 218,9 2.872 628,6 111,1 106,6 610,0 151,2 24,8% 2005/2006 218,8 2.840 621,5 116,2 111,3 624,4 147,7 23,6% 2006/2007 215,3 2.767 595,6 111,6 106,2 615,2 128,2 20,8% 2007/2008 217,2 2.810 610,4 117,2 96,3 616,9 123,3 20,0% 2008/2009 225,6 3.024 682,2 143,7 117,9 641,5 166,7 26,0% 2009/2010 225,6 3,039 685,6 135,8 117,7 650,2 200,8 30,9% 2010/2011 218,3 3,192 652,2 132,9 116,1 654,7 198,9 28,5% 2011/2012 221,7 2,942 697,0 157,8 146,9 697,1 198,9 30,4% 2012/2013 221,3 2,977 658,7 137,4 137,0 680,0 175,6 25,8% 2013/2014 219,6 3,255 714,9 165,9 126,5 697,9 193,9 27,8% 2014/2015 221,7 3,284 728,1 164,5 131,6 705,4 217,6 30,8% 2015/2016 225,0 3,268 735,2 172,8 136,6 711,2 242,7 34,1% 2016/2017 222,2 3,405 756,4 183,4 147,0 739,1 262,3 35,5% 2017/2018 218,3 3,495 762,9 182,5 146,6 742,0 283,7 38,2% 2018/2019 215,4 3,395 731,5 173,5 139,4 737,1 278,1 37,7% 2019/2020 218,7 3,495 764,5 182,7 144,3 749,8 292,8 39,0% % 2020/2019 1,5% 2,9% 4,5% 5,3% 3,5% 1,7% 5,3% 3,5% TRIGO: SUPRIMENTO MUNDIAL SAFRA Fonte: USDA ABRIL/2020 Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO
  • 22. PÁGINA 22 RÚSSIA; 33,5; 18% UE-28; 33,5; 18% EUA; 26,8; 15%CANADÁ; 23,0; 13% UCRÂNIA; 20,5; 11% ARGENTINA; 14,0; 8% AUSTRÁLIA; 8,2; 4% DEMAIS; 23,2; 13% TRIGO: PRINCIPAIS EXPORTADORES MUNDIAIS 2019/2020 - MILHÕES T E %
  • 23. PÁGINA 23 SEMENTES/ RAÇÕES MOAGEM TOTAL 2000/2001 6,497 2.457 15,96 6,29 22,25 0,08 4,50 4,99 11,27 5,99 2001/2002 7,109 2.152 15,30 5,99 21,29 0,05 4,50 4,75 10,80 5,74 2002/2003 6,300 1.953 12,30 5,74 18,04 0,05 4,60 5,16 6,76 6,12 2003/2004 6,040 2.411 14,56 6,12 20,68 0,05 4,80 5,23 9,41 6,05 2004/2005 6,260 2.549 15,96 6,05 22,00 0,08 4,93 5,01 11,83 5,16 2005/2006 5,222 2.408 12,57 5,16 17,74 0,08 4,80 5,00 8,50 4,24 2006/2007 5,676 2.572 14,60 4,24 18,84 0,08 4,80 4,90 9,51 4,43 2007/2008 5,948 2.749 16,35 4,43 20,78 0,08 5,05 5,13 8,91 6,74 2008/2009 4,732 1.769 8,37 6,74 15,11 0,08 5,00 5,08 3,10 6,93 2009/2010 3,556 2.531 9,00 6,93 15,93 0,53 6,28 6,81 3,73 5,39 2010/2011 4,577 3.474 15,90 5,39 21,29 0,46 6,60 7,06 7,75 6,48 2011/2012 4,630 3.132 14,50 6,48 20,98 0,40 6,30 6,70 11,40 2,88 2012/2013 3,162 2.536 8,02 2,88 10,90 0,40 5,50 5,90 3,10 1,90 2013/2014 3,648 2.519 9,19 1,90 11,09 0,40 6,00 6,40 1,75 2,94 2014/2015 5,260 2.648 13,93 2,94 16,87 0,40 5,81 6,21 6,20 4,46 2015/2016 4,380 2.580 11,30 4,46 15,76 0,50 5,59 6,09 6,75 2,92 2016/2017 6,360 2.892 18,39 2,92 21,31 0,90 5,86 6,76 12,81 1,74 2017/2018 5,927 3.124 18,52 1,74 20,26 0,90 5,99 6,89 11,83 1,54 2018/2019 6,287 3.095 19,46 1,54 21,00 0,90 5,95 6,85 12,20 1,95 2019/2020 6,500 3.000 19,50 1,95 21,45 0,90 5,90 6,80 14,00 0,65 VAR. 2020/2019 3% -3% 0% 27% 2% 0% -1% -1% 15% -67% Fontes: Agritrend Consultoria e Bolsa de Cereais de Buenos Aires Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO ESTOQUES FINAIS MILHÕES T ARGENTINA: OFERTA E DEMANDA DE TRIGO (DEZEMBRO A NOVEMBRO) ANO SAFRA PRODUÇÃO EM MILHÕES T OFERTA TOTAL MILHÕES T DEMANDA EM MILHÕES T EXPORTAÇÕES GRÃOS EM MILHÕES T ESTOQUES INICIAIS MILHÕES T RENDIMENTO MÉDIO EM KG/HA ÁREA DE CULTIVO MILHÕES HA
  • 24. PÁGINA 24 ANO ANO ESTOQUE OFERTA DEMANDA ESTOQUE PLANTIO COMERCIAL INICIAL TOTAL INTERNA FINAL 2000 2000/2001 567,7 1.658,4 7.632,4 9.858,5 1,3 9.338,7 518,5 2001 2001/2002 518,5 3.194,2 7.055,4 10.768,1 4,7 10.059,2 704,2 2002 2002/2003 704,2 2.913,9 6.853,2 10.471,3 5,0 9.851,5 614,8 2003 2003/2004 614,8 6.073,5 5.373,8 12.062,1 1.373,3 9.642,0 1.046,8 2004 2004/2005 1.046,8 5.845,9 4.971,2 11.863,9 3,5 9.803,0 2.057,4 2005 2005/2006 2.057,4 4.873,1 5.844,2 12.774,7 784,9 10.231,0 1.758,8 2006 2006/2007 1.758,8 2.233,7 7.164,1 11.156,6 19,7 9.600,0 1.536,9 2007 2007/2008 1.536,9 4.097,1 5.926,4 11.560,4 746,7 9.618,0 1.195,7 2008 2008/2009 1.195,7 5.884,0 5.676,4 12.756,1 351,4 9.398,0 3.006,7 2009 2009/2010 3.006,7 5.026,2 5.922,2 13.955,1 1.170,4 9.614,2 3.170,5 2010 2010/2011 2.879,7 5.881,6 5.798,4 14.559,7 2.515,9 9.842,4 2.201,4 2011 2011/2012 2.201,4 5.788,6 6.011,8 14.001,8 1.901,0 10.144,9 1.955,9 2012 2012/2013 1.955,9 4.379,5 7.010,2 13.345,6 1.683,8 10.134,3 1.527,5 2013 2013/2014 1.527,5 5.527,9 6.642,4 13.697,8 47,4 11.381,5 2.268,9 2014 2014/2015 2.268,9 5.971,1 5.328,8 13.568,8 1.680,5 10.713,7 1.174,6 2015 2015/2016 1.174,6 5.534,9 5.517,6 12.227,1 1.050,5 10.367,3 809,3 2016 2016/2017 809,3 6.726,8 7.088,5 14.624,6 576,8 11.517,7 2.530,1 2017 2017/2018 2.530,1 4.262,1 6.387,0 13.179,2 206,2 11.287,4 1.685,6 2018 2018/2019 1.685,6 5.427,6 6.753,1 13.866,3 582,9 12.481,4 802,0 2019 2019/2020 802,0 5.154,7 7.000,0 12.956,7 300,0 12.206,1 450,6 2020 2020/2021 450,6 6.546,3 6.600,0 13.596,9 500,0 12.313,4 783,5 -43,8% 27,0% -5,7% 4,9% 66,7% 0,9% 73,9% TRIGO: OFERTA E DEMANDA NO BRASIL EM MIL TONELADAS ANO COMERCIAL AGOSTO-JULHO PRODUÇÃO VAR. 2020-2021/2019-2020 IMPORTAÇÕES EXPORTAÇÕES ANO COMERCIAL 2020/2021: AGOSTO DE 2020 A JULHO DE 2021 Fontes: Conab, Ibge, Abitrigo, Secex e Cogo Inteligência em Agronegócio Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO
  • 25. PÁGINA 25 Fontes de Consultas ÍNDICE Agências: Broadcast Agro, Reuters, Agência Brasil, Valor Econômico e Bloomberg Cepea – Centro de Pesquisas Econômicas da Esalq/USP MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis CNA – Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária ANEC – Associação Nacional dos Exportadores de Cereais IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos OMS – Organização Mundial da Saúde ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO
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