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Report Diário: impactos do Covid-19 no
agronegócio brasileiro
Café: como a pandemia afeta os mercados no
Brasil e no exterior?
Overview 24/04/2020
Consolidado: 18h45
PÁGINA 2
➢ O dólar à vista fechou a sexta-feira (24/04) em alta de 2,40%, cotado a R$ 5,6614.
➢ Ao longo da sexta-feira (24/04), o dólar chegou a cravar R$ 5,74, mas desacelerou o
ritmo, após o Banco Central efetuar uma sequência de ofertas de swap cambial e
de linha, incluindo operações para rolagens de contratos.
➢ A sexta-feira foi marcada por forte volume de negócios no mercado futuro de
câmbio, chegando a US$ 27 bilhões, um dos mais altos das últimas semanas.
➢ Na semana, o dólar acumula uma valorização de 7% e ano de 41% e o Real agora é
a moeda com o pior desempenho mundial em 2020.
➢ A divisa que chega mais perto, entre os principais emergentes, é a África do Sul,
onde o dólar já subiu 36% em 2020 e o México, com 32%.
ÍNDICE
OVERVIEW 24/04/2020: INDICADORES
PÁGINA 3
➢ Ibovespa fechou a sexta-feira (24/04) em baixa de 5,76%, para 75.060 pontos.
➢ A saída do ministro Sergio Moro com o dedo apontado para ingerência política do
presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal criou tempestade perfeita na sexta-
feira (24/04), com dólar em novos níveis recordes e o Ibovespa ameaçando chegar
a circuit breaker no pior momento do dia, aos 72.040,82 pontos (-9,58%).
➢ Com a perda de 4,63% na última semana, o Ibovespa limita o avanço acumulado no
mês a 3,16%, cedendo agora 34,86% no ano.
➢ A queda interrompe a recuperação e o padrão menos volátil observado até aqui em
abril, especialmente se comparado a fevereiro e março, quando a pandemia do
coronavírus estremeceu o mercado.
ÍNDICE
OVERVIEW 24/04/2020: INDICADORES
PÁGINA 4
➢ Petróleo Brent teve alta de 0,52% na sexta-feira (24/04), para US$ 21,44 o barril.
➢ Em uma sessão volátil, os contratos futuros de petróleo continuaram o movimento
de recuperação na sexta-feira (24/04) e fecharam em alta, mas acumularam
quedas entre 23% e 33% na última semana, em que a commodity energética foi
negociada abaixo de US$ 0 pela primeira vez na história.
➢ O mercado deve seguir com considerável volatilidade de preços por, pelo menos,
mais um mês, até que a demanda global de petróleo atinja seu nível mais baixo.
➢ A oferta de petróleo não pode ser suficientemente reduzida no curto prazo.
➢ No entanto, os cortes de produção esperados, juntamente com a retomada da
demanda, devem levar a um reequilíbrio do mercado na segunda metade deste ano.
ÍNDICE
OVERVIEW 24/04/2020: INDICADORES
PÁGINA 5
CAFÉ: CENÁRIO POSITIVO
➔ Preços em patamares elevados em plena proximidade de safra recorde em 2020/2021.
➔ Dólar em patamares recordes sustenta os preços no mercado físico brasileiro.
➔ No mercado interno, o café arábica acumula uma expressiva alta de 7,3% entre janeiro e
a parcial deste mês de abril e de 53,7% nos últimos 12 meses.
➔ Aumento das vendas antecipadas das safras 2020/2021 e 2021/2022.
➔ Margens mais altas em 2020 devem estimular aumento dos tratos culturas nos cafezais.
➔ A tendência é que os preços se acomodem ao longo do 2º semestre, com maior oferta.
➔ O momento é excelente para a fixação de preços, tanto para entrega neste ano, com
ofertas de R$ 600/saca de 60 Kg para fim de 2020 a R$ 640/saca de 60 Kg para 2021.
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
6
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-7,6%
-1,0%
-16,5%
21,4%
37,9%
-16,7%
-27,3%
-18,4%
37,8%
-0,3%
-5,3%
-10,3%
10,4%
44,4%
-28,0%
-22,5%
16,5%
45,3%
SOJA FARELO MILHO TRIGO ARROZ ALGODÃO AÇÚCAR CAFÉ DÓLAR
EVOLUÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO EXTERNO EM US$ (%)
VAR. EM 2020 VAR. EM 12 MESES
7
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1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
5,50
6,00
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
TAXA DE CÂMBIO NO BRASIL (R$/US$) - MÉDIA MENSAL
8
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20,1%
0,5%
16,9%
40,9%
21,5%
3,3%
7,3% 9,1%
37,8%39,2%
33,7%
37,4% 38,1%
58,5%
-6,5%
53,7%
11,9%
45,3%
SOJA MILHO ARROZ TRIGO FEIJÃO ALGODÃO CAFÉ AÇÚCAR DÓLAR
EVOLUÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO INTERNO EM R$ (%)
VAR. EM 2020 VAR. EM 12 MESES
maio | 2018
PÁGINA 9
AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: CULTURAS/ATIVIDADES
FAVORECIDAS DESFAVORECIDAS
SOJA AÇÚCAR
MILHO ETANOL
TRIGO ALGODÃO
FEIJÃO LEITE
ARROZ LÁCTEOS
CAFÉ FRUTAS
BOI LEGUMES
FRANGO VERDURAS
SUÍNO FLORICULTURA
maio | 2018
PÁGINA 10
COMMODITY
EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS EM MARÇO/2020 E NO 1º TRIMESTRE/2020
MARÇO/2020* 1º TRIMESTRE/2020*
SOJA +37,7% +15,3%
MILHO -40,1% -53,3%
ALGODÃO +35,1% +33,5%
CAFÉ -5,1% -8,1%
AÇÚCAR +44,1% +32,2%
ARROZ -47,5% -38,1%
CARNE BOVINA +6,2% +5,1%
CARNE DE FRANGO +2,6% +8,8%
CARNE SUÍNA +31,5% +32,1%
SUCO DE LARANJA -5,7% -11,7%
* Comparativos em volumes ante o mesmo período do ano anterior
PÁGINA 11
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ O mercado de café vive um momento de incerteza, em meio ao avanço da pandemia de
coronavírus, com preocupações, de um lado, sobre como as condições de trabalho na
cafeicultura poderão afetar a colheita e a oferta e, de outro, sobre como a demanda se
comportará à medida que a crise avance e o consumo migre dos food services para a
casa das pessoas, em isolamento social.
➔ O mercado futuro do arábica, na Bolsa de Nova York, permanece oscilando no intervalo
entre 115 e 120 centavos de dólar por libra-peso nos contratos mais negociados.
➔ Há uma preocupação com a logística nos portos e com a possibilidade de uma
paralisação da colheita no Brasil, diante da perspectiva de haver um pico da
disseminação do Covid-19 nos próximos meses.
PÁGINA 12
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ Do lado da demanda, ainda há dúvidas se o aumento do consumo de café em casa será
suficiente para suprir o fechamento de cafeterias, bares e restaurantes.
➔ A demanda de curto prazo ainda está positiva, mas não é tão aquecida como
anteriormente, com alguma desaceleração da estocagem de café nos lares.
➔ Além disso, a redução do food service, com o isolamento social, não é compensada
inteiramente pelo consumo em casa.
➔ Nada que, por ora, preocupe tanto, haja vista o apoio financeiro oferecido pelos governos
a seus cidadãos e considerando que a partir de maio as pessoas comecem a voltar as
ruas – seguindo as precauções necessárias.
➔ O mercado segue atento às informações sobre o cenário macroeconômico global.
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CAFÉ: PRODUÇÃO x CONSUMO GLOBAL - MILHÕES DE SACAS DE 60 KG
PRODUÇÃO DEMANDA
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60% 64% 60% 63% 60% 62% 60% 62% 58% 59% 58% 56% 57%
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40% 36% 40% 37% 40% 38% 40% 38% 42% 41% 42% 44% 43%
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CAFÉ: DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO GLOBAL - ARÁBICA x ROBUSTA
ROBUSTA ARÁBICA
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CAFÉ: RELAÇÃO ESTOQUES FINAIS/DEMANDA MUNDIAL (%)
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CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), se a economia crescer em um ritmo
um ponto percentual menor, a demanda global por café aumentaria 0,95% a menos, o
que representa deixar de crescer 1,6 milhão de sacas de 60 Kg.
➔ Havendo uma perda de ritmo ainda maior no crescimento do PIB, ou, até mesmo, uma
situação de recessão global, poderia ocorrer uma estagnação a declínio do consumo de
café em relação a anos anteriores à crise, quando crescia a taxas de 1,5% a 2,0% ao ano.
➔ Os números estão em um estudo dos efeitos do Covid-19 sobre a demanda, divulgado
neste mês de abril, com base em informações sobre os 20 maiores países consumidores.
➔ Esses países, cujos dados analisados eram do período de 1990 a 2019, respondem por
71% da demanda global, mas a OIC reconhece que há limitações na pesquisa.
PÁGINA 17
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ Crises ocorridas em anos anteriores – que faziam parte da série história usada na
análise – provavelmente não têm comparação com a atual, na magnitude de seus efeitos
sobre a economia global.
➔ Medidas tomadas em reação à pandemia, como o distanciamento social, não têm
precedentes e podem afetar de forma severa o consumo de café.
➔ O impacto da pandemia da Covid-19 sobre o setor cafeeiro global provavelmente será
profundo, abrangendo produção, consumo e comércio internacional.
➔ O estudo da OIC se concentrou nos efeitos da pandemia apenas do lado da demanda.
➔ Outros efeitos na demanda refletem o impacto das medidas de distanciamento social
sobre o consumo fora de casa.
PÁGINA 18
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ De acordo com a OIC, enquanto o consumo caiu de forma significativa fora de casa,
aumentou no mercado varejista, sugerindo que os consumidores optaram por armazenar
uma quantidade maior de café em um primeiro momento.
➔ Mas, depois de um pico inicial, a tendência é de redução da procura nos pontos de venda,
à medida que vão sendo utilizados os estoques mantidos nas casas dos consumidores.
➔ Pode-se esperar um efeito mais profundo na demanda global de café em consequência
da recessão global desencadeada por efeitos diretos e indiretos da pandemia.
➔ A redução das rendas familiares poderá se traduzir em menor demanda por café, em
termos de volume e, além disso, os consumidores sensíveis a preços poderão substituir
café de valor mais alto por blends ou marcas de menor valor.
PÁGINA 19
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ As estimativas atuais indicam uma queda nas taxas de crescimento do consumo, para
0,5% em 2020, contra a média histórica de 1,5% a 2,0% ao ano.
➔ O consumo dentro dos lares deve compensar parcialmente o isolamento social, que
levou ao fechamento de cafeterias, padarias e restaurantes.
➔ A pandemia proporciona oportunidades, com destaque para as marcas que atuam com
mais força no varejo e os players do setor de café em cápsula também devem ganhar
participação, além daqueles de atuam no e-commerce.
➔ Em contrapartida, cafeterias e torrefadores independentes, sem grande fluxo de caixa,
devem ser os mais prejudicados pela pandemia.
➔ Devem perder espaço fabricantes que atuam no segmento de café especiais.
PÁGINA 20
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ No mercado interno, a maior procura por parte dos compradores tem sido por lotes de
melhor qualidade a finos e o café cereja descascado bem preparado é comercializado
entre R$ 640 e R$ 680 por saca de 60 Kg.
➔ Um café fino ou extrafino das regiões da Mogiana ou de Minas está cotado entre R$ 620
e R$ 650 por saca de 60 Kg.
➔ As bolsas de café não estão alheias à volatilidade dos mercados ao redor do mundo, que
reagem instantaneamente aos novos números da pandemia.
➔ Porém, no mercado de café, ainda há um cenário de baixos estoques mundiais e de
preocupações com eventuais problemas de logística que a pandemia de coronavírus
pode trazer para a colheita, beneficiamento, armazenamento e transporte da safra nova.
PÁGINA 21
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ Também são crescentes as preocupações com as dificuldades que os produtores
poderão enfrentar para colher a nova safra brasileira 2020/2021, cujo início coincidirá
com os meses de agravamento da pandemia no Brasil, maior produtor, maior exportador
e segundo maior consumidor de café do mundo.
➔ A pandemia começa a se espalhar pela América Latina e Central.
➔ No Brasil, outra variável a ser monitorada é o clima nas regiões produtoras de café.
➔ Segundo a Somar Meteorologia, a clima nas regiões produtoras brasileiras de café
começa a ser monitorado, com a aproximação da época de baixas temperaturas.
➔ As cotações internacionais do grão tendem a ganhar volatilidade, por causa do risco de
geadas nos cafezais.
PÁGINA 22
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ Ondas de frio intenso não devem ocorrer com frequência nos próximos meses, com
grande espaçamento entre elas, mas, quando elas ocorrerem, devem ser fortes.
➔ A expectativa é de entrada de uma massa de ar polar forte na Região Sudeste, onde se
concentra a produção de café, no fim de maio.
➔ Haverá, ainda, uma segunda onda de frio intenso na primeira quinzena de julho, mas, de
modo geral, a temperatura no inverno deve até ficar acima da média histórica.
➔ Outro problema para os cafeicultores nos próximos meses é a ocorrência de chuvas, que
podem derrubar os frutos no chão e também atrapalhar a secagem dos grãos.
➔ As simulações meteorológicas indicam que em meados de maio pode chover vários dias,
com pouco volume de água.
PÁGINA 23
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ As cotações domésticas do café arábica têm avançado durante a safra 2019/2020.
➔ Na parcial da temporada (julho de 2019 a abril de 2020), o Indicador CEPEA/ESALQ do
café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, registra média de R$
497,47 por saca de 60 Kg, elevação de 9,8% em relação ao mesmo período da safra
2018/2019, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de março/2020).
➔ Em 2018/2019, os preços tiveram forte baixa, influenciados pela produção recorde.
➔ No dia 16 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica atingiu o maior patamar
nominal de toda a série histórica, a R$ 591,03 por saca de 60 Kg.
➔ Em termos reais, no entanto, trata-se do valor mais elevado desde fevereiro de 2017.
➔ O maior valor real, por sua vez, é de R$ 1.352,61 por saca de 60 Kg, em maio de 1997.
PÁGINA 24
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ Nesta safra 2019/2020, de bienalidade negativa, os valores se recuperaram, tendo como
suporte a restrição de oferta e a redução dos estoques de passagem.
➔ Mais recentemente, fatores resultantes da pandemia de coronavírus, como acentuada
valorização do dólar frente ao Real, problemas de logística, elevação pontual da
demanda pela commodity e aceleração do consumo dos estoques de passagem nos
países consumidores, também reforçaram o movimento de alta dos preços internos.
➔ Para o restante da safra 2019/2020, as expectativas são de preços remuneradores.
➔ Apesar da aproximação da colheita da temporada 2020/2021, que deve ser volumosa, os
trabalhos de campo devem ganhar força apenas em meados de maio, com maior
quantidade de café novo chegando ao mercado apenas em junho.
PÁGINA 25
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ Para o restante de 2020, no entanto, o movimento das cotações ainda é incerto.
➔ De um lado, as expectativas de maior oferta na safra 2020/2021 e de limitação no
consumo da bebida fora de casa, devido ao fechamento de cafeterias e restaurantes em
decorrência do coronavírus, podem pressionar os valores do grão.
➔ Porém, os estoques de passagem apertados e as atenções ao desenvolvimento da safra
2021/2022 (de bienalidade negativa) no 2º semestre podem impedir quedas intensas.
➔ A previsão é de ocorrência de fenômeno climático La Niña apenas no fim do ano.
➔ No entanto, as águas do Oceano Pacífico já se mostram mais frias do que a média, o que
pode provocar irregularidade das chuvas, principalmente na primavera – isso pode
influenciar a florada da próxima safra, com perda parcial das flores.
PÁGINA 26
CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
➔ No mercado de robusta, ao contrário do arábica, os preços estão menores em 2019/2020
e, na parcial da temporada (julho/2019 a abril/2020), o Indicador CEPEA/ESALQ do
robusta, tipo 6, peneira 13, acima, tem média de R$ 330,47 por saca de 60 Kg, 9% inferior
ao mesmo período de 2018/2019 (valores deflacionados pelo IGP-DI de março/2020).
➔ Após os preços recordes de 2016/2017, o café robusta vem se desvalorizando nas
últimas safras, devido à recuperação da produção brasileira em 2016/2017, ao recorde
em 2019/2020 e ao bom desempenho do Vietnã (maior produtor mundial da variedade).
➔ Além disso, as projeções indicando maior disponibilidade da variedade, especialmente
do Vietnã, e o avanço gradual da colheita da safra 2020/2021 no Brasil têm impedido
aumento dos preços da variedade na mesma intensidade do arábica.
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BRASIL
34%
VIETNÃ
19%
COLÔMBIA
8%
INDONÉSIA
6%
ETIÓPIA
4%
HONDURAS
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ÍNDIA
3%
MÉXICO
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PERU
3%
UGANDA
3%
DEMAIS
13%
CAFÉ: DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO GLOBAL EM 2019/2020
MIL SACAS DE 60 KG E %
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BRASIL
26%
VIETNÃ
21%
COLÔMBIA
10%
INDONÉSIA
6%
HONDURAS
5%
ÍNDIA
4%
PERU
3%
ETIÓPIA
3%
UGANDA
3%
MÉXICO
2%
DEMAIS
17%
CAFÉ: DISTRIBUIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES GLOBAIS EM 2019/2020
MIL SACAS DE 60 KG E %
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UE-28
28%
EUA
16%
BRASIL
14%
JAPÃO
5%
FILIPINAS
4%
INDONÉSIA
3%
CANADÁ
3%
RÚSSIA
3%
ETIÓPIA
2%
CHINA
2%
DEMAIS
20%
CAFÉ: DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO GLOBAL EM 2019/2020
MIL SACAS DE 60 KG E %
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2,4
2,6 2,6
2,4 2,4 2,4
2,3
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2,4 2,3 2,3 2,3 2,3 2,3 2,3 2,2 2,2 2,2 2,2 2,1 2,2
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CAFÉ: ÁREA TOTAL (COLHEITA + EM FORMAÇÃO) NO BRASIL - MILHÕES HA
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14,0
12,0
18,7
12,0
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16,9
19,5
17,0
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19,1
21,8 21,3
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23,1
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23,1
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2020/2021
CAFÉ: PRODUTIVIDADE MÉDIA NO BRASIL - SACAS 60 KG/HECTARE
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CAFÉ: CALENDÁRIO DE COLHEITA NO BRASIL
0,0 0,0 0,4
3,6
18,8
25,0
27,7
18,1
5,1
1,0 0,2 0,1
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
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DÓLAR POR LIBRA-PESO) x TAXA DE CÂMBIO NO BRASIL (R$/US$)
TAXA DE CÂMBIO R$/US$ CAFÉ 1º VENCIMENTO ICE US
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CAFÉ ARÁBICA: PREÇOS FOB PRODUTOR MG - R$/60 KG
VALORES DEFLACIONADOS PELO IGP-DI MARÇO/2020
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Fontes de Consultas
ÍNDICE
Agências: Broadcast Agro, Reuters, Agência Brasil, Valor Econômico e Bloomberg
Cepea – Centro de Pesquisas Econômicas da Esalq/USP
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
CNA – Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária
ANEC – Associação Nacional dos Exportadores de Cereais
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
OMS – Organização Mundial da Saúde
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO
+55 51 32481117
+55 51 999867666
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Relatório Coronavírus - 24 de abril

  • 1. Report Diário: impactos do Covid-19 no agronegócio brasileiro Café: como a pandemia afeta os mercados no Brasil e no exterior? Overview 24/04/2020 Consolidado: 18h45
  • 2. PÁGINA 2 ➢ O dólar à vista fechou a sexta-feira (24/04) em alta de 2,40%, cotado a R$ 5,6614. ➢ Ao longo da sexta-feira (24/04), o dólar chegou a cravar R$ 5,74, mas desacelerou o ritmo, após o Banco Central efetuar uma sequência de ofertas de swap cambial e de linha, incluindo operações para rolagens de contratos. ➢ A sexta-feira foi marcada por forte volume de negócios no mercado futuro de câmbio, chegando a US$ 27 bilhões, um dos mais altos das últimas semanas. ➢ Na semana, o dólar acumula uma valorização de 7% e ano de 41% e o Real agora é a moeda com o pior desempenho mundial em 2020. ➢ A divisa que chega mais perto, entre os principais emergentes, é a África do Sul, onde o dólar já subiu 36% em 2020 e o México, com 32%. ÍNDICE OVERVIEW 24/04/2020: INDICADORES
  • 3. PÁGINA 3 ➢ Ibovespa fechou a sexta-feira (24/04) em baixa de 5,76%, para 75.060 pontos. ➢ A saída do ministro Sergio Moro com o dedo apontado para ingerência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal criou tempestade perfeita na sexta- feira (24/04), com dólar em novos níveis recordes e o Ibovespa ameaçando chegar a circuit breaker no pior momento do dia, aos 72.040,82 pontos (-9,58%). ➢ Com a perda de 4,63% na última semana, o Ibovespa limita o avanço acumulado no mês a 3,16%, cedendo agora 34,86% no ano. ➢ A queda interrompe a recuperação e o padrão menos volátil observado até aqui em abril, especialmente se comparado a fevereiro e março, quando a pandemia do coronavírus estremeceu o mercado. ÍNDICE OVERVIEW 24/04/2020: INDICADORES
  • 4. PÁGINA 4 ➢ Petróleo Brent teve alta de 0,52% na sexta-feira (24/04), para US$ 21,44 o barril. ➢ Em uma sessão volátil, os contratos futuros de petróleo continuaram o movimento de recuperação na sexta-feira (24/04) e fecharam em alta, mas acumularam quedas entre 23% e 33% na última semana, em que a commodity energética foi negociada abaixo de US$ 0 pela primeira vez na história. ➢ O mercado deve seguir com considerável volatilidade de preços por, pelo menos, mais um mês, até que a demanda global de petróleo atinja seu nível mais baixo. ➢ A oferta de petróleo não pode ser suficientemente reduzida no curto prazo. ➢ No entanto, os cortes de produção esperados, juntamente com a retomada da demanda, devem levar a um reequilíbrio do mercado na segunda metade deste ano. ÍNDICE OVERVIEW 24/04/2020: INDICADORES
  • 5. PÁGINA 5 CAFÉ: CENÁRIO POSITIVO ➔ Preços em patamares elevados em plena proximidade de safra recorde em 2020/2021. ➔ Dólar em patamares recordes sustenta os preços no mercado físico brasileiro. ➔ No mercado interno, o café arábica acumula uma expressiva alta de 7,3% entre janeiro e a parcial deste mês de abril e de 53,7% nos últimos 12 meses. ➔ Aumento das vendas antecipadas das safras 2020/2021 e 2021/2022. ➔ Margens mais altas em 2020 devem estimular aumento dos tratos culturas nos cafezais. ➔ A tendência é que os preços se acomodem ao longo do 2º semestre, com maior oferta. ➔ O momento é excelente para a fixação de preços, tanto para entrega neste ano, com ofertas de R$ 600/saca de 60 Kg para fim de 2020 a R$ 640/saca de 60 Kg para 2021. CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL
  • 6. 6 PÁGINA 6 -7,6% -1,0% -16,5% 21,4% 37,9% -16,7% -27,3% -18,4% 37,8% -0,3% -5,3% -10,3% 10,4% 44,4% -28,0% -22,5% 16,5% 45,3% SOJA FARELO MILHO TRIGO ARROZ ALGODÃO AÇÚCAR CAFÉ DÓLAR EVOLUÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO EXTERNO EM US$ (%) VAR. EM 2020 VAR. EM 12 MESES
  • 8. 8 PÁGINA 8 20,1% 0,5% 16,9% 40,9% 21,5% 3,3% 7,3% 9,1% 37,8%39,2% 33,7% 37,4% 38,1% 58,5% -6,5% 53,7% 11,9% 45,3% SOJA MILHO ARROZ TRIGO FEIJÃO ALGODÃO CAFÉ AÇÚCAR DÓLAR EVOLUÇÃO DOS PREÇOS NO MERCADO INTERNO EM R$ (%) VAR. EM 2020 VAR. EM 12 MESES
  • 9. maio | 2018 PÁGINA 9 AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: CULTURAS/ATIVIDADES FAVORECIDAS DESFAVORECIDAS SOJA AÇÚCAR MILHO ETANOL TRIGO ALGODÃO FEIJÃO LEITE ARROZ LÁCTEOS CAFÉ FRUTAS BOI LEGUMES FRANGO VERDURAS SUÍNO FLORICULTURA
  • 10. maio | 2018 PÁGINA 10 COMMODITY EXPORTAÇÕES AGRÍCOLAS EM MARÇO/2020 E NO 1º TRIMESTRE/2020 MARÇO/2020* 1º TRIMESTRE/2020* SOJA +37,7% +15,3% MILHO -40,1% -53,3% ALGODÃO +35,1% +33,5% CAFÉ -5,1% -8,1% AÇÚCAR +44,1% +32,2% ARROZ -47,5% -38,1% CARNE BOVINA +6,2% +5,1% CARNE DE FRANGO +2,6% +8,8% CARNE SUÍNA +31,5% +32,1% SUCO DE LARANJA -5,7% -11,7% * Comparativos em volumes ante o mesmo período do ano anterior
  • 11. PÁGINA 11 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ O mercado de café vive um momento de incerteza, em meio ao avanço da pandemia de coronavírus, com preocupações, de um lado, sobre como as condições de trabalho na cafeicultura poderão afetar a colheita e a oferta e, de outro, sobre como a demanda se comportará à medida que a crise avance e o consumo migre dos food services para a casa das pessoas, em isolamento social. ➔ O mercado futuro do arábica, na Bolsa de Nova York, permanece oscilando no intervalo entre 115 e 120 centavos de dólar por libra-peso nos contratos mais negociados. ➔ Há uma preocupação com a logística nos portos e com a possibilidade de uma paralisação da colheita no Brasil, diante da perspectiva de haver um pico da disseminação do Covid-19 nos próximos meses.
  • 12. PÁGINA 12 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ Do lado da demanda, ainda há dúvidas se o aumento do consumo de café em casa será suficiente para suprir o fechamento de cafeterias, bares e restaurantes. ➔ A demanda de curto prazo ainda está positiva, mas não é tão aquecida como anteriormente, com alguma desaceleração da estocagem de café nos lares. ➔ Além disso, a redução do food service, com o isolamento social, não é compensada inteiramente pelo consumo em casa. ➔ Nada que, por ora, preocupe tanto, haja vista o apoio financeiro oferecido pelos governos a seus cidadãos e considerando que a partir de maio as pessoas comecem a voltar as ruas – seguindo as precauções necessárias. ➔ O mercado segue atento às informações sobre o cenário macroeconômico global.
  • 14. PÁGINA 14 60% 61% 67% 60% 64% 60% 63% 60% 62% 60% 62% 58% 59% 58% 56% 57% 66% 59% 63% 57% 57% 40% 39% 33% 40% 36% 40% 37% 40% 38% 40% 38% 42% 41% 42% 44% 43% 34% 41% 37% 43% 43% 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21 CAFÉ: DISTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO GLOBAL - ARÁBICA x ROBUSTA ROBUSTA ARÁBICA
  • 16. PÁGINA 16 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), se a economia crescer em um ritmo um ponto percentual menor, a demanda global por café aumentaria 0,95% a menos, o que representa deixar de crescer 1,6 milhão de sacas de 60 Kg. ➔ Havendo uma perda de ritmo ainda maior no crescimento do PIB, ou, até mesmo, uma situação de recessão global, poderia ocorrer uma estagnação a declínio do consumo de café em relação a anos anteriores à crise, quando crescia a taxas de 1,5% a 2,0% ao ano. ➔ Os números estão em um estudo dos efeitos do Covid-19 sobre a demanda, divulgado neste mês de abril, com base em informações sobre os 20 maiores países consumidores. ➔ Esses países, cujos dados analisados eram do período de 1990 a 2019, respondem por 71% da demanda global, mas a OIC reconhece que há limitações na pesquisa.
  • 17. PÁGINA 17 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ Crises ocorridas em anos anteriores – que faziam parte da série história usada na análise – provavelmente não têm comparação com a atual, na magnitude de seus efeitos sobre a economia global. ➔ Medidas tomadas em reação à pandemia, como o distanciamento social, não têm precedentes e podem afetar de forma severa o consumo de café. ➔ O impacto da pandemia da Covid-19 sobre o setor cafeeiro global provavelmente será profundo, abrangendo produção, consumo e comércio internacional. ➔ O estudo da OIC se concentrou nos efeitos da pandemia apenas do lado da demanda. ➔ Outros efeitos na demanda refletem o impacto das medidas de distanciamento social sobre o consumo fora de casa.
  • 18. PÁGINA 18 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ De acordo com a OIC, enquanto o consumo caiu de forma significativa fora de casa, aumentou no mercado varejista, sugerindo que os consumidores optaram por armazenar uma quantidade maior de café em um primeiro momento. ➔ Mas, depois de um pico inicial, a tendência é de redução da procura nos pontos de venda, à medida que vão sendo utilizados os estoques mantidos nas casas dos consumidores. ➔ Pode-se esperar um efeito mais profundo na demanda global de café em consequência da recessão global desencadeada por efeitos diretos e indiretos da pandemia. ➔ A redução das rendas familiares poderá se traduzir em menor demanda por café, em termos de volume e, além disso, os consumidores sensíveis a preços poderão substituir café de valor mais alto por blends ou marcas de menor valor.
  • 19. PÁGINA 19 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ As estimativas atuais indicam uma queda nas taxas de crescimento do consumo, para 0,5% em 2020, contra a média histórica de 1,5% a 2,0% ao ano. ➔ O consumo dentro dos lares deve compensar parcialmente o isolamento social, que levou ao fechamento de cafeterias, padarias e restaurantes. ➔ A pandemia proporciona oportunidades, com destaque para as marcas que atuam com mais força no varejo e os players do setor de café em cápsula também devem ganhar participação, além daqueles de atuam no e-commerce. ➔ Em contrapartida, cafeterias e torrefadores independentes, sem grande fluxo de caixa, devem ser os mais prejudicados pela pandemia. ➔ Devem perder espaço fabricantes que atuam no segmento de café especiais.
  • 20. PÁGINA 20 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ No mercado interno, a maior procura por parte dos compradores tem sido por lotes de melhor qualidade a finos e o café cereja descascado bem preparado é comercializado entre R$ 640 e R$ 680 por saca de 60 Kg. ➔ Um café fino ou extrafino das regiões da Mogiana ou de Minas está cotado entre R$ 620 e R$ 650 por saca de 60 Kg. ➔ As bolsas de café não estão alheias à volatilidade dos mercados ao redor do mundo, que reagem instantaneamente aos novos números da pandemia. ➔ Porém, no mercado de café, ainda há um cenário de baixos estoques mundiais e de preocupações com eventuais problemas de logística que a pandemia de coronavírus pode trazer para a colheita, beneficiamento, armazenamento e transporte da safra nova.
  • 21. PÁGINA 21 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ Também são crescentes as preocupações com as dificuldades que os produtores poderão enfrentar para colher a nova safra brasileira 2020/2021, cujo início coincidirá com os meses de agravamento da pandemia no Brasil, maior produtor, maior exportador e segundo maior consumidor de café do mundo. ➔ A pandemia começa a se espalhar pela América Latina e Central. ➔ No Brasil, outra variável a ser monitorada é o clima nas regiões produtoras de café. ➔ Segundo a Somar Meteorologia, a clima nas regiões produtoras brasileiras de café começa a ser monitorado, com a aproximação da época de baixas temperaturas. ➔ As cotações internacionais do grão tendem a ganhar volatilidade, por causa do risco de geadas nos cafezais.
  • 22. PÁGINA 22 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ Ondas de frio intenso não devem ocorrer com frequência nos próximos meses, com grande espaçamento entre elas, mas, quando elas ocorrerem, devem ser fortes. ➔ A expectativa é de entrada de uma massa de ar polar forte na Região Sudeste, onde se concentra a produção de café, no fim de maio. ➔ Haverá, ainda, uma segunda onda de frio intenso na primeira quinzena de julho, mas, de modo geral, a temperatura no inverno deve até ficar acima da média histórica. ➔ Outro problema para os cafeicultores nos próximos meses é a ocorrência de chuvas, que podem derrubar os frutos no chão e também atrapalhar a secagem dos grãos. ➔ As simulações meteorológicas indicam que em meados de maio pode chover vários dias, com pouco volume de água.
  • 23. PÁGINA 23 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ As cotações domésticas do café arábica têm avançado durante a safra 2019/2020. ➔ Na parcial da temporada (julho de 2019 a abril de 2020), o Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, registra média de R$ 497,47 por saca de 60 Kg, elevação de 9,8% em relação ao mesmo período da safra 2018/2019, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de março/2020). ➔ Em 2018/2019, os preços tiveram forte baixa, influenciados pela produção recorde. ➔ No dia 16 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica atingiu o maior patamar nominal de toda a série histórica, a R$ 591,03 por saca de 60 Kg. ➔ Em termos reais, no entanto, trata-se do valor mais elevado desde fevereiro de 2017. ➔ O maior valor real, por sua vez, é de R$ 1.352,61 por saca de 60 Kg, em maio de 1997.
  • 24. PÁGINA 24 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ Nesta safra 2019/2020, de bienalidade negativa, os valores se recuperaram, tendo como suporte a restrição de oferta e a redução dos estoques de passagem. ➔ Mais recentemente, fatores resultantes da pandemia de coronavírus, como acentuada valorização do dólar frente ao Real, problemas de logística, elevação pontual da demanda pela commodity e aceleração do consumo dos estoques de passagem nos países consumidores, também reforçaram o movimento de alta dos preços internos. ➔ Para o restante da safra 2019/2020, as expectativas são de preços remuneradores. ➔ Apesar da aproximação da colheita da temporada 2020/2021, que deve ser volumosa, os trabalhos de campo devem ganhar força apenas em meados de maio, com maior quantidade de café novo chegando ao mercado apenas em junho.
  • 25. PÁGINA 25 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ Para o restante de 2020, no entanto, o movimento das cotações ainda é incerto. ➔ De um lado, as expectativas de maior oferta na safra 2020/2021 e de limitação no consumo da bebida fora de casa, devido ao fechamento de cafeterias e restaurantes em decorrência do coronavírus, podem pressionar os valores do grão. ➔ Porém, os estoques de passagem apertados e as atenções ao desenvolvimento da safra 2021/2022 (de bienalidade negativa) no 2º semestre podem impedir quedas intensas. ➔ A previsão é de ocorrência de fenômeno climático La Niña apenas no fim do ano. ➔ No entanto, as águas do Oceano Pacífico já se mostram mais frias do que a média, o que pode provocar irregularidade das chuvas, principalmente na primavera – isso pode influenciar a florada da próxima safra, com perda parcial das flores.
  • 26. PÁGINA 26 CAFÉ: EFEITOS DA COVID-19 NO EXTERIOR E NO BRASIL ➔ No mercado de robusta, ao contrário do arábica, os preços estão menores em 2019/2020 e, na parcial da temporada (julho/2019 a abril/2020), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta, tipo 6, peneira 13, acima, tem média de R$ 330,47 por saca de 60 Kg, 9% inferior ao mesmo período de 2018/2019 (valores deflacionados pelo IGP-DI de março/2020). ➔ Após os preços recordes de 2016/2017, o café robusta vem se desvalorizando nas últimas safras, devido à recuperação da produção brasileira em 2016/2017, ao recorde em 2019/2020 e ao bom desempenho do Vietnã (maior produtor mundial da variedade). ➔ Além disso, as projeções indicando maior disponibilidade da variedade, especialmente do Vietnã, e o avanço gradual da colheita da safra 2020/2021 no Brasil têm impedido aumento dos preços da variedade na mesma intensidade do arábica.
  • 30. PÁGINA 30 2,4 2,6 2,6 2,4 2,4 2,4 2,3 2,1 2,4 2,3 2,3 2,3 2,3 2,3 2,3 2,2 2,2 2,2 2,2 2,1 2,2 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020 2020/2021 CAFÉ: ÁREA TOTAL (COLHEITA + EM FORMAÇÃO) NO BRASIL - MILHÕES HA
  • 32. PÁGINA 32 14,0 12,0 18,7 12,0 16,3 13,5 18,3 16,9 19,5 17,0 21,0 19,1 21,8 21,3 20,1 19,2 23,1 20,4 28,6 23,1 28,7 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020 2020/2021 CAFÉ: PRODUTIVIDADE MÉDIA NO BRASIL - SACAS 60 KG/HECTARE
  • 33. PÁGINA 33 CAFÉ: CALENDÁRIO DE COLHEITA NO BRASIL 0,0 0,0 0,4 3,6 18,8 25,0 27,7 18,1 5,1 1,0 0,2 0,1 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 Empercentual(%)
  • 34. PÁGINA 34 33 31 48 29 39 33 43 36 46 39 48 43 51 49 45 43 51 45 62 49 62 19 24 29 26 27 26 28 28 30 30 33 30 31 34 37 36 33 30 41 35 38 13 14 14 14 15 16 16 17 18 19 19 20 20 20 20 21 22 22 23 24 24 0 10 20 30 40 50 60 70 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020 2020/2021 CAFÉ: PRODUÇÃO, EXPORTAÇÕES E CONSUMO INTERNO NO BRASIL EM MILHÕES DE SACAS DE 60 KG PRODUÇÃO EXPORTAÇÃO CONSUMO
  • 37. PÁGINA 37 4,66 4,75 4,81 4,65 4,94 5,06 5,25 5,58 5,59 5,92 5,89 6,11 6,08 6,06 6,07 6,15 6,32 6,50 6,68 6,72 6,77 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 CAFÉ: EVOLUÇÃO DO CONSUMO NO BRASIL - KG/HABITANTE/ANO
  • 38. PÁGINA 38 0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 PREÇO FUTURO DO CAFÉ ARÁBICA NA ICE US FUTURES (CENTAVOS DE DÓLAR POR LIBRA-PESO) x TAXA DE CÂMBIO NO BRASIL (R$/US$) TAXA DE CÂMBIO R$/US$ CAFÉ 1º VENCIMENTO ICE US
  • 39. PÁGINA 39 0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 350,00 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 CAFÉ: COTAÇÕES FUTURAS NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE US) CENTAVOS DE DÓLAR POR LIBRA-PESO
  • 43. PÁGINA 43 Fontes de Consultas ÍNDICE Agências: Broadcast Agro, Reuters, Agência Brasil, Valor Econômico e Bloomberg Cepea – Centro de Pesquisas Econômicas da Esalq/USP MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis CNA – Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária ANEC – Associação Nacional dos Exportadores de Cereais IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos OMS – Organização Mundial da Saúde ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO
  • 44. +55 51 32481117 +55 51 999867666 consultoria@carloscogo.com.br www.carloscogo.com.br @carloscogo