Covid-19: veja o que será das commodities agrícolas após fim da pandemia

1. Report Diário: impactos do Covid-19 no
agronegócio brasileiro
Overview 08/04/2020
Consolidado: 20h45

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➢ O dólar à vista fechou em forte baixa de 1,60%, cotado a R$ 5,1430, a terceira
sessão consecutiva de queda, no menor nível desde 27 de março (R$ 5,1025).
➢ A baixa acompanhou o movimento de busca por risco e a recomposição de
portfólio no mercado internacional.
➢ A queda de 1,60% foi o maior percentual em relação ao visto frente a boa parte de
moedas de emergentes que se valorizaram.
➢ No exterior, as moedas mostraram comportamento misto ante a divisa americana.
➢ A trajetória do dólar também espelhou o bom comportamento no mercado
acionário global, já que está havendo uma assimetria forte do dólar com as bolsas,
justamente indicando apetite por risco.
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OVERVIEW 08/04/2020: INDICADORES

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➢ Ibovespa fechou em alta de 2,97%, para 78.624 pontos, atingindo o maior nível de
fechamento desde 13 de março: essa é a terceira alta consecutiva.
➢ Após sessões sem direção única nos mercados da Ásia e da Europa, as bolsas de
Nova York tiveram firme alta na sequência de leves perdas no dia anterior.
➢ Contribuíram para o bom humor a expectativa por corte de produção da Opep, o
que levou o petróleo a acentuar alta no meio da tarde.
➢ Petróleo Brent subiu 3,04%, para US$ 32,84 o barril, com investidores atentos ao
noticiário sobre um possível corte na produção da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo e aliados, que formam o grupo chamado Opep+, que
ajudou a fortalecer a commodity mais para o fim da sessão.
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OVERVIEW 08/04/2020: INDICADORES

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➢ As exportações do agronegócio brasileiro no 1º trimestre de 2020 somaram US$
21,4 bilhões e ficaram estáveis (leve queda de 0,4%) ante igual período de 2019.
➢ A China foi o principal destino das vendas externas do agronegócio brasileiro, com
embarques para o país asiático de US$ 7,2 bilhões, o equivalente a 34% do total.
➢ A China apresentou grande demanda por soja em grãos, carne bovina, carne de
frango e algodão.
➢ União Europeia e Estados Unidos foram, respectivamente, o segundo e o terceiro
maiores compradores no Brasil nos primeiros três meses do ano.
➢ Soja em grãos, carne bovina e carne de frango foram os principais produtos
exportados no 1º trimestre, respondendo por 44% das vendas externas.
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EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO EM 2020

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➢ A receita com as vendas de soja somou US$ 6,2 bilhões, alta de 9,4% na
comparação com igual período de 2019.
➢ As maiores variações nas compras de soja em grãos se deram para União
Europeia, China e Tailândia.
➢ As três regiões em conjunto contribuíram com um aumento de US$ 494,5 milhões
no primeiro trimestre de 2020 em relação a 2019.
➢ As vendas externas de carne bovina cresceram 29,9% no primeiro trimestre,
chegando a US$ 1,6 bilhão, enquanto o faturamento com a exportação de carne de
frango somou US$ 1,5 bilhão, elevação de 7,0%.
➢ A demanda chinesa contribuiu para o incremento.
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EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO EM 2020

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➢ Em relação à carne bovina, as compras chinesas do Brasil aumentaram 124,7% no
primeiro trimestre deste ano, em relação ao primeiro trimestre de 2019, alcançando
o montante de US$ 767,5 milhões neste início de 2020.
➢ De carne de frango, a China comprou US$ 123,3 milhões a mais do Brasil do que no
primeiro trimestre de 2019, alcançando o montante de US$ 345,3 milhões.
➢ O algodão registrou o segundo maior crescimento percentual nos embarques ao
exterior no primeiro trimestre de 2020, em relação ao mesmo período de 2019,
consolidando o Brasil como segundo maior exportador global em 2020.
➢ A commodity foi altamente demandada pela Ásia, e a China foi o país que mais
ampliou compras da fibra brasileira – as exportações para lá cresceram 119,1%.
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EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO EM 2020

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➢ Entretanto, milho e frutas tiveram redução nas exportações na comparação entre o
primeiro trimestre de 2020 e o mesmo período do ano anterior.
➢ No caso do milho, a queda foi de 51% nos primeiros três meses do ano em
comparação com o mesmo período do ano anterior.
➢ Com o aquecimento no mercado doméstico e a forte redução dos estoques,
produtor tem optado por negociar a mercadoria internamente, em detrimento da
venda para exportação.
➢ As vendas externas de frutas caíram 9% em receita no primeiro trimestre de 2020,
em relação ao primeiro trimestre de 2019, em consequência da queda dos
embarques para a União Europeia, principal importador de frutas do Brasil.
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EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO EM 2020

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➢ Nos últimos 15 dias, período de distanciamento social da população brasileira, o
valor da carcaça casada bovina seguiu estável, enquanto as cotações do frango
inteiro e da carcaça especial suína recuaram.
➢ O preço do frango inteiro resfriado é R$ 9,92 por quilo inferior ao da carcaça casada
bovina, diferença 2,6% maior do que a registrada há duas semanas.
➢ Já na comparação com a carcaça suína, a diferença é de R$ 2,70 por quilo, um
recuo de 33% e o menor patamar desde meados de setembro/2019.
➢ Com isso, a carne de frango perde competitividade na comparação com a carne
suína, mas ganha na relação à carne bovina.
➢ A menor demanda por frango está pressionando as cotações neste mês.
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CARNES: A DESVALORIZAÇÃO DOS PREÇOS NO ATACADO

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➢ Nos últimos 15 dias, o frango inteiro resfriado se desvalorizou 4,4% no atacado de
São Paulo, para uma média de R$ 4,33 o quilo.
➢ Os preços da carne bovina seguiram firmes no período, principalmente por conta da
demanda de varejistas para manter seus estoques.
➢ No atacado de São Paulo, a carcaça casada bovina subiu 0,4% no mesmo período,
para R$ 14,25 o quilo, em média.
➢ Para a carne suína, a lentidão nos negócios e a dificuldade de escoar a produção
têm pressionado as cotações de todos os produtos do setor (carne e animal vivo).
➢ Assim, a carcaça especial suína se desvalorizou 17,8% nos últimos 15 dias, caindo
para R$ 7,02 o quilo.
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CARNES: A DESVALORIZAÇÃO DOS PREÇOS NO ATACADO

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Fontes de Consultas
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Agências: Broadcast Agro, Reuters, Agência Brasil, Valor Econômico e Bloomberg
Cepea – Centro de Pesquisas Econômicas da Esalq/USP
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
CNA – Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária
ANEC – Associação Nacional dos Exportadores de Cereais
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
OMS – Organização Mundial da Saúde
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Elaboração: COGO INTELIGÊNCIA EM AGRONEGÓCIO

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