O documento descreve a importância estratégica da Crimeia para a Rússia, devido à sua posição geográfica que permite o controle do Mar Negro e do acesso aos mares quentes. Também discute a história da Crimeia, que foi controlada por diferentes impérios ao longo dos séculos, e as tensões recentes entre Rússia e Ucrânia em relação ao território da Crimeia.
2. A importância estratégica da crimeia
• A Crimeia é uma província semiautônoma da Ucrânia localizada na região sul do
país, em uma península situada às margens do Mar Negro. Trata-se de uma zona
que, apesar de fazer parte do território ucraniano, ainda possui fortes relações
étnicas e políticas com a Rússia, sendo um dos principais entraves entre os dois
países em âmbito diplomático.
• O principal valor estratégico da Crimeia é, sem dúvida, a sua posição geográfica. A
região representa uma saída importante para o Mar Negro, que é o único porto de
águas quentes da Rússia. Isso significa que essa zona possui relevância tanto em
nível comercial quanto no plano militar para os russos, por facilitar a
movimentação de cargas e por garantir o controle do canal que liga esse mar ao
Mar de Arzov , conforme podemos observar no mapa a seguir:
3. Outro ponto importante é o valor econômico da província, que é uma grande produtora
de grãos e vinhos, apresentando também uma avançada indústria alimentícia. Os portos
da Crimeia também são responsáveis por boa parte do escoamento da produção agrícola
ucraniana que segue em direção à Europa e à própria Rússia, além de ser o ponto onde o
país realiza uma considerável parte de suas importações, incluindo o gás russo.
Em um acordo firmado em 2010, a Rússia instalou uma base militar em Sebastopol,
cidade localizada no sul da Crimeia, com a permanência prevista até o ano de 2042. Em
troca, o governo de Moscou cedeu US$ 40 bilhões de dólares em gás natural, fonte de
energia da qual a Ucrânia é extremamente dependente.
Além de todos esses fatores, na região concentra-se uma grande quantidade de povos
ligados à Rússia, utilizando o idioma do país vizinho.
4. História da Crimeia
O Canato da Crimeia é um Estado que, depois de se ter separado da horda, existiu
até ao século XVII (1443).
O império otomano conquista a maior parte da crimeia. Sob influência turca, o
Canato da Crimeia organiza incursões permanentes em terras russas (1475).
Em resultado da guerra Russo-Turca de 1774, o Canato da crimeia deixou de estar
dependente da Turquia e fica a protetorado da Rússia , unindo-se definitivamente
ao Império russo em 1783.
5. Durante a Guerra civil da Rússia o poder na Crimeia mudou várias vezes de
mãos.A guerra terminou com a formação da República Autónoma
Socialista Soviética da Crimeia e a sua adesão á uinão Soviética (1917-
1922).
Durante a 2ªGuerra Mundial a Crimeia esteve ocupada pelas tropas
nazistas (1941-1944).
Em 1944 da Crimeia foram deportados tártaros , arménios, búlgaros e
gregos sob a acusação te tem colaborado da ocupação nazi na 2ªGuerra
Mundial.
Em 1989 essa deportação foi declarada como ilegítima.
6. Em 1954 a direção soviética liderada por Nikita Khruschev transfere a
Crimeia para a Ucrânia .
Em Fevereiro de 1991 a região da Crimeia obteve o estatuto de República
Autónoma. Em Maio 1992 foi aprovada a Constituição da República
(revogada em Março de 1995) .
No dia 16 de Março foi realizado referendo para determinação do
estatuto da Crimeia . Mais de 96% dos eleitores votaram pela integração
da Crimeia na Rússia (2014).
7. Guerra da Crimeia
A Guerra da Crimeia foi um conflito
que se desdobrou de 1853 a 1856, na
península da Crimeia (no mar Negro,
ao sul da atual Ucrânia), no sul da
Rússia e nos Balcãs. Envolveu de um
lado a Rússia e, de outro, uma
coligação integrada pelo Reino Unido,
França, Piemonte-Sardenha (na atual
Itália) - formando a Aliança Anglo-
Franco-Sarda - e o Império Turco-
Otomano (atual Turquia). Esta
coligação foi formada com o objetivo
de conter a expansão russa.
8. A guerra teve seu início com as
incursões russas comandadas pelo czar
Nicolau I nos principados otomanos da
Moldávia e da Valáquia (hoje Romênia).
Os turcos abriram guerra à Rússia, que
os derrotou facilmente em Sinope,
Ucrânia. Temendo a expansão russa, a
aliança foi formada. Em troca de apoio,
os turcos consentiam a entrada de
capital ocidental na região. Em setembro
de 1854, os russos já haviam sido
expulsos da região. No entanto, os
ingleses acreditavam que a base naval
russa em Sabastopol, na Crimeia, era
uma ameaça futura. Para impedir novos
conflitos, ingleses e franceses investiram
contra a cidade, dominando-a em 1856.
9. A guerra chegou ao fim com a assinatura do tratado de Paris de 30 de março
de 1856. Pelos seus termos, o novo Czar, Alexandre II da Rússia, restituía o sul
da Bessarábia e a embocadura do rio Danúbio para a Turquia e a Moldávia,
abdicava a qualquer pretensão sobre os Balcãs e ficava impedido de manter
bases ou forças navais no mar Negro.
10. Crise da Crimeia em 2014
• Crise da Crimeia de 2014 foi uma crise
político-institucional ocorrida na
sequência da revolução ucraniana de
2014, em que o governo do
presidente Viktor Yanukovych foi deposto.
Trata-se de protestos de milhares de
pessoas russas étnicas que opuseram-se
aos eventos em Kiev e reivindicam laços
estreitos ou a integração com a Rússia,
além de autonomia expandida ou
possível independência
da Crimeia. Outros grupos, incluindo
os tártaros da Crimeia, têm protestado
em apoio a revolução.
• Adversários armados das novas
autoridades de Kiev tomaram uma série
de edifícios importantes na Crimeia,
incluindo o edifício do parlamento e dois
aeroportos. Kiev acusou a Rússia de
intervir nos assuntos internos da Ucrânia,
enquanto o lado russo negou
oficialmente tais alegações. Sob cerco, o
Conselho Supremo da Crimeia indeferiu o
governo da república autônoma e
substituiu o presidente do Conselho de
Ministros da Crimeia, Anatolii
Mohyliov por Sergey Aksyonov.
• As tropas russas estacionadas na Crimeia
em acordo bilateral foram reforçadas e
dois navios da Frota do Báltico da Rússia
violaram as águas ucranianas.
11. • Em 1 de março, o parlamento russo concedeu ao presidente Vladimir
Putin a autoridade para usar a força militar na Ucrânia, na sequência de
um pedido de ajuda não-oficial do líder pró-Moscou, Sergey Aksyonov.
Os Estados Unidos e seus aliados condenaram uma intervenção russa na
Crimeia, incentivando a Rússia a retirar-se.[15]
• Múltiplos interesses estão direcionados na invasão da Crimeia, sendo elas
por parte da Rússia pela extensão de gasodutos e a base militar da
Crimeia, cuja localização entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto é
estratégica.
13. • A Primeira Guerra Balcânica, também conhecida como Primeira
Guerra dos Bálcãs, foi um conflito militar que durou de outubro
de 1912 a maio de 1913 e colocou a Liga
balcânica (Sérvia, Montenegro, Grécia e Bulgária) contra o Império
Otomano. As forças combinadas dos Estados balcânicos
conseguiram superar as forças otomanas, numericamente
inferiores e em desvantagem estratégica, conseguindo um rápido
sucesso. Como resultado da guerra, quase todos os territórios
europeus do Império Otomano foram conquistados e divididos
entre os aliados, e um Estado independente albanês foi criado,
por pressão da Áustria-Hungria e da Itália. Apesar deste sucesso,
as nações balcânicas permaneceram insatisfeitas com o resultado
da guerra, e as tensões internas que surgiram com a retirada da
ameaça otomana, que até então os unira, logo resultou
na Segunda Guerra Balcânica.
14. • As tensões entre os Estados balcânicos sobre suas aspirações às
províncias da Rumélia ocupadas pelos otomanos, como a Rumélia
Oriental, a Trácia e a Macedônia, foram interrompidas pela
intervenção das grandes potências nos Balcãs em meados do século
XIX, que visavam garantir a proteção das maiorias cristãs da região e
a manutenção do status quo. Em 1867, a Grécia,
a Sérvia e Montenegro já haviam assegurado suas independências,
confirmadas pelo Tratado de Berlim uma década mais tarde. Mas a
questão da viabilidade do domínio otomano renasceria com
a Revolução dos Jovens Turcos em julho de 1908, que compeliu
o sultão Abd-ul-Hamid II a restaurar a suspensa Constituição
Otomana, e com os significativos desenvolvimentos ocorridos
entre 1909 e 1911.
15. • Os quatro aliados não haviam planejado um plano
geral de batalha, e não fizeram nenhum esforço para
coordenar suas forças. Pelo contrário, a guerra acabaria
por ser conduzida por cada Estado individualmente, e
assim sendo, ela pode ser separada em quatro frentes
de batalha geograficamente definidas. Búlgaros
enfrentam a maior parte das forças otomanas, que
protegiam as rotas para Constantinopla, especialmente
na Trácia e na Macedônia. Sérvios e montenegrinos
atuaram em Kosovo, em sanjaco, no norte da
Macedônia e na região que viria a formar a Albânia. Os
gregos concentraram seus esforços de guerra no sul da
Macedônia e na direção de Salônica.
16. • A Bulgária, então conhecida como a "Prússia dos Bálcãs", era militarmente
o mais poderoso dos quatro aliados, com um grande, bem-treinado e
bem-equipado exército. O exército de 60.000 homens foi expandido para
370.000 combatentes durante a guerra, com uma mobilização total de
600.000 soldados, numa população de 4.300.000 de habitantes. O suposto
comandante das operações era o Czar Ferdinando, enquanto o atual
comando estava nas mãos do General Michail Sakov. Os búlgaros também
possuíam uma pequena marinha composta por seis navios torpedeiros,
que estavam restritos a operações na costa do Mar Negro.
• As forças búlgaras concentraram seus ataques na Trácia e na Macedônia.
Esta última viria a ser dividida entre Sérvia e Grécia, apesar de
originalmente estas duas regiões pertencerem ao reino (foram retiradas
do reino búlgaro em 1878, no Tratado de Berlim, no qual as potências
europeias tentaram impedir o surgimento de um país poderoso nos
Bálcãs). A maior força de ataque foi deixada na Trácia, formando três
exércitos.
17. • Apesar de muito menor em números que o exército
búlgaro, a força militar da Sérvia também era considerável.
A Sérvia convocou aproximadamente 230.000 homens para
formar dez divisões de infantaria, duas brigadas
independentes, e uma divisão de cavalaria sob o comando
do ex-Ministro da Guerra Radomir Putnik. O Alto Comando
sérvio, em suas previsões feitas antes do início da guerra,
concluiu que o melhor campo para uma batalha decisiva
contra o exército otomano seria o planalto de Ovče Polje,
próximo a Escópia. Assim sendo, as principais forças
formaram três exércitos que avançaram sobre Escópia,
enquanto uma brigada independente ajudava os
montenegrinos no Sanjaco de Novi Pazar.
18. • A Grécia era considerada a mais fraca dos três principais aliados,
desde que havia sofrido uma humilhante derrota contra os
otomanos na Guerra Greco-Turca de 1897, e não se esperava que
contribuísse decisivamente contra o exército turco. O reino grego
mostrou-se capaz de juntar apenas 120.000 combatentes para suas
forças de guerra. Entretanto, a Grécia possuía uma poderosa
marinha, que acabou por se tornar vital para a liga, já que era a
única forma de prevenir que reforços turcos chegassem
aos Bálcãs transferidos da Ásia. Previamente, o embaixador grego
em Sófia declarou, com exagero, durante as negociações que
levaram a Grécia a ingressar na Liga: "A Grécia pode prover um
exército de 600.000 combatentes para o esforço de guerra. (...)
200.000 homens em terra, e a marinha estará apta a impedir
400.000 homens de desembarcar [...] entre Salônica e Galípoli.
19. • Os montenegrinos tinham uma reputação de
experientes lutadores, mas seu exército era
pequeno e antiquado. Depois de completar a
mobilização na primeira semana de outubro,
Montenegro organizou seu exército de 35.600
combatentes em quatro divisões. O comandante
era supostamente o Rei Nicolau I, mas o comando
efetivo estava nas mãos do general Lazorović. O
principal foco montenegrino era a captura da
importante cidade de Escodra, enquanto
operações secundárias eram realizadas em Novi
Pazar.
20. • Em 1912, os otomanos viram-se numa posição de extrema
dificuldade. Ainda se encontravam envolvidos numa guerra com os
italianos na Líbia, que durou até 15 de Outubro, poucos dias antes
do início das hostilidades nas Balcãs. O Império Otomano estava
então desprovido de capacidade de reforçar significativamente as
suas posições na península balcânica e as relações com os Estados
da região tinham-se degradado ao longo do ano.
• Em teoria, os otomanos poderiam sentir-se muito superiores
numericamente contra a Liga Balcânica, mas com o Mar Egeu pela
marinha grega, teriam que transportar todos os exércitos da Ásia
por terra, por uma única linha férrea. Mesmo na Europa, os
otomanos não possuíam um plano único contra os seus oponentes,
e as suas forças lutaram isoladas, sem uma coordenação geral.
21. • A Primeira Guerra Balcânica acabou por resultar numa derrota do
Império Otomano e consequente vitória da Liga Balcânica e
culminou na assinatura do Tratado de Londres.
• As condições estabelecidas pelo tratado foram:
• A Albânia foi declarada um estado independente; Sérvia,
Montenegro e Grécia são obrigados a retirar as suas tropas da
Albânia.
• O território de Sandžak é dividido entre a Sérvia e o Montenegro.
• A Bulgária irá adquirir a região da Trácia. Os limites do território
estavam compreendidos entre a cidade de Eno no Mar
Egeu e Midia no Mar Negro.
• Não será tomada nenhuma solução definitiva para a divisão
territorial da Macedônia, entre os vencedores da Primeira Guerra
Balcânica, devido a desentendimentos entre as nações.
22.
23. • A Segunda Guerra Balcânica, ocorreu entre 29 de
junho de 1913 e 10 de agosto de 1913 (no calendário
gregoriano, mas de 16 de junho de 1913 a 18 de julho
de 1913 no calendário juliano, que ainda vigorava nos
países ortodoxos) e foi um conflito entre a Bulgária de
um lado contra seus antigos aliados da Liga Balcânica -
Sérvia,Grécia e Montenegro - somados a Roménia e
o Império Otomano de outro. O resultado desta guerra
tornou a Sérvia, um importante aliado da Rússia, em
uma potência regional dos Balcãs, alarmando a Áustria-
Hungria e indiretamente tornando-se mais uma causa
para a Primeira Guerra Mundial.
24. • Durante a Primeira Guerra Balcânica, a Liga
Balcânica (Sérvia, Montenegro, Grécia e Bulgária)
atacaram e conquistaram as províncias europeias
remanescentes do combalido Império
Otomano (Albánia, Macedónia e Trácia)
deixando-o com o comando apenas das
penínsulas de Chataldja e Gallipoli. O Tratado de
Londres, assinado em 30 de Maio de 1913, que
pôs fim à guerra, reconheceu os ganhos dos
estados balcânicos a leste da linha Enos-Medea e
criou uma Albánia independente.
25. • Entretanto, o tratado acabou por não satisfazer
ninguém. Os estados balcânicos haviam feito um
acordo preliminar de partilha dos territórios
conquistados, especialmente no que dizia respeito à
Macedônia, e a Conferência de Londres acabou apenas
por reconhecer o status quo, mesmo que alguns
territórios tivessem migrado para as respectivas
potências ocupantes. A Bulgária sentiu que seu ganhos
territoriais concedidos depois da guerra,
particularmente na Macedônia, eram insuficientes, e
passou a reclamar a importante cidade de Salônica,
onde um regimento búlgaro já estava consolidado.
26. • O exército do Reino da Bulgária tinha 500.000 combatentes
divididos em cinco exércitos e que se concentravam entre
quinhentos quilômetros abaixo do rio Danúbio ao norte até o mar
Egeu ao sul.
• O exército do Reino da Sérvia contava 230.000 combatentes
divididos em três exércitos, com as principais forças concentradas
na frente Macedônia que seguia ao longo do rio Vardar e
de Escópia. O exército do Reino da Grécia era composto por
120.000 soldados, com sua maioria concentrada em Salônica.
O Reino de Montenegro enviou uma divisão de 12.000 homens
para a frente Macedônia.
• O Reino da Romênia mobilizou 500.000 combatentes, que foram
alocados em cinco divisões. O Império Otomano entrou na guera
com um exército de 255.000 homens.
27. • O desfecho desta guerra passou pela derrota da Bulgária
culminando no Tratado de Bucareste.
• De acordo com os termos do Tratado de Bucareste, a Romênia foi o
país que mais ganhou em proporção com sua perdas.
• Os termos severos impostos à Bulgária contrastaram com as
ambições de seu governo ao entrar nas Guerras Balcânicas: o
território eventualmente ganho foi bastante reduzido
posteriormente; a Bulgária falhou na tentativa de conquistar a
Macedônia, que era seu objetivo maior ao entrar na guerra,
especialmente pelos distritos de Ohrid e Bitola. Além disso, com
apenas uma pequena faixa no litoral do Egeu, e com o pequeno
porto de Dedeagach, os planos de hegemonia balcânica estavam
arruinados.
• Apesar de vitoriosa e triunfante depois da aquisição de Tessalônica,
a Grécia estava insatisfeita.
28.
29. • A Guerra Civil Jugoslava é o nome dado a uma série de violentos conflitos
bélicos ocorridos no território da antiga República Socialista Federativa da
jugoslávia, que ocorreram entre 1991 e 2001. Para a maior parte, o
conflito tem em comum uma unidade no sentido da criação de
várias limpezas étnicas em áreas sérvias dentro da jugoslávia, e sua
eventual união com a Sérvia propriamente dita, criando assim um Estado
povoado por uma esmagadora maioria de etnia sérvia. O ideal de uma
"Grande Sérvia", foi a percepção e a meta principal para muitos dos
combatentes sérvios e voluntários envolvidos no conflito que,
especialmente para os membros das unidades paramilitares sérvias
envolvidas no combate. Dezenas de milhares de não-sérvios foram mortos
(mais de cem mil pessoas morreram no conflito) e centenas de milhares
tiveram de fugir de suas casas, numa guerra que deixou um rastro de
extrema violência. Os croatas e bósnios, em particular alegaram que o
estabelecimento de um Estado foi resultado da ambição dos dirigentes
sérvios, e incluiu esta reivindicação nos respectivas campanhas de guerra.
30.
31. • As tensões provinham da composição multiétnica do primeiro reino da
jugoslávia e da relativa supremacia demográfica e política dos sérvios.
Estas tensões foram exploradas pelo Eixo Roma-Berlim-Tóquio na II Guerra
Mundial, que estabeleceu um Estado fantoche contendo a maior parte da
Croácia e da Bósnia-Herzegovina. Foi posto no comando do Estado
Independente da Croácia para uma organização fascista, a Ustashe, que
conduziu uma política de genocídio contra civis sérvios no território. A
milícia sérvia Chetniks retaliou contra os croatas. Ambos lutaram e foram
derrotados pelo movimento de tendência comunista e anti-fascista,
os Partisans jugoslavos, composta por membros de todos os grupos na
área, que resultou na formação da República Socialista Federativa da
jugoslávia.
• No caso de áreas povoadas por albaneses, a principal causa foi o
crescimento da população albanesa em áreas que anteriormente eram
minoria. No caso do Kosovo, alguns sérvios interpretaram este
crescimento da influência albanesa como uma perda de suas terras
ancestrais.
32. • No Kosovo, na República da Macedônia e na Sérvia, os conflitos
foram caracterizados por tensões políticas e raciais entre os
governos eslavos e minorias albanesas em busca de autonomia ou
independência, como foi o caso do Kosovo.
• O conflito no Kosovo entrou em erupção em uma guerra em grande
escala em 1999, enquanto o conflito entre macedônios e os sérvios
sulistas foi marcado por confrontos entre forças de segurança
estatais e guerrilheiros de etnia albanesa. A guerra do Kosovo
terminou com o bombardeio da OTAN contra a República Federal da
Iugoslávia, mesmo depois distúrbios generalizados no Kosovo
ecloram em 2004. O conflito no sul da Sérvia e na República da
Macedónia terminaram com tratados de paz internacionalmente
fiscalizados entre os insurgentes e o governo, mas a situação
permanece frágil em ambas as regiões.
33. • O termo Guerra do Kosovo ou Conflito do Kosovo é usado
para descrever dois sequenciais e, às vezes paralelos,
conflitos armados no Kosovo. Desde o início de
1998 até 1999, a guerra entre o exército de República
Federal da Jugoslávia e os guerrilheiros rebeldes
albaneses do Kosovo. A partir de 24 de março de 1999 a 10
de junho de 1999 , a OTAN atacou a Jugoslávia, e militantes
albaneses continuaram batalhas com as forças jugoslavas,
no meio de um deslocamento maciço da população do
Kosovo estimada em cerca de 1 milhão de pessoas.
34. • A guerra do Kosovo foi acreditada a ser a primeira
guerra humanitária. Foi o centro das manchetes por
meses, e ganhou uma enorme quantidade de cobertura
e atenção da comunidade internacional e da mídia.
Kosovo e o bombardeio da Iugoslávia foi também uma
guerra muito controversa e continua sendo um tema
controverso, e desde o fim da guerra, o país continua a
ser o território mais disputado na Europa.
35. • Após anos de negociações, Kosovo declara independência com apoio dos
EUA e da UE. Isto veio na ocasião quando o aniversário de dez anos da
Guerra de Kosovo estava aproximando (com o aniversário de cinco anos
ser marcado por desassossego violento); o presidente dos EUA George W.
Bush estava no seu último ano em poder e não era capaz buscar reeleição;
e duas nações que previamente tinham se separado da Iugoslávia estavam
em posições políticas importantes (Eslovénia que preside sobre a UE e
Croácia uma sócia eleita do Conselho de Segurança da ONU). A
proclamação foi informada ter sido adiada até depois da eleição
presidencial sérvia de 2008, realizada em 20 de janeiro e em 3 de
fevereiro. Kosovo era um importante tópico para as campanhas eleitorais.
Entretanto, Rússia, República Popular da China e Sérvia se opõem ao
reconhecimento internacional da independência Estado do Kosovo, que
seria declarado definitivamente nesta data junto à ONU. Os russos sempre
se opuseram aos movimentos separatistas do Kosovo.
36. • A situação permanece ainda em impasse, uma
vez que a maioria dos Estados-membros
das Nações Unidas ainda não reconheceram
a independência de Kosovo, e a ONU
encarregou a Regra da União Europeia da
Missão de Lei em Kosovo para assegurar a
continuação de presença civil internacional no
Kosovo.
37. • A guerra civil terminou com grande parte da antiga
Jugoslávia reduzida à pobreza, enormes perturbações
económicas e persistente instabilidade em todo o
território onde ocorreu os piores combates. As guerras
foram os conflitos mais sangrentos em solo europeu
desde o final da Segunda Guerra Mundial, tornaram-se
famosas pelos crimes de guerra que envolveu, inclusive
a limpeza étnica em massa. De acordo com a ONG
Centro Internacional para Justiça Transicional, os
conflitos na antiga Jugoslávia deixaram um saldo de
mais de 140 000 mortos. Outras 4 milhões de pessoas
ficaram temporariamente desalojadas.
38.
39. • Com este trabalho ficamos a aprender mais
sobre a conjuntura que envolve a disputa
territorial da Crimeia entre Ucrânia e Rússia
que talvez possa ter repercussões a nível
mundial no futuro. Bem como da situação
complicada que assolou e ainda assola os
balcãs deixando marcas na cultura bem como
na sociedade dessas nações agora
independentes.