9. Quadro 3 - Classificação do grau da perda auditiva (Lloyd e Kaplan, 1978)
Lloyd e Kaplan (1978)
10. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
A descrição dos resultados audiológicos deve conter:
Tipo da perda auditiva
Grau da perda auditiva
Configuração da perda auditiva
Lateralidade da perda auditiva
Outras informações importantes
Deve-se descrever na folha do exame de audiometria, os autores nos quais, você
utilizou como critério de classificação.
Existem vários autores e o profissional, fica a vontade para escolher qual deles vai
utilizar como critério de classificação.
11. RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
- Quanto ao grau da perda auditiva
Para a classificação da perda auditiva quanto ao grau, são encontradas na literatura diversas recomendações.
Alguns autores classificam a perda auditiva com base nos limiares auditivos para as frequências 500, 1.000 e 2.000
Hz, em perdas leve, moderada, moderadamente severa, severa e profunda, com base nos autores: (Lloyd e
Kaplan, 1978) e (Davis, 1970, 1978).
Outros tomam por base as frequências de 500, 1.000, 2.000 e 4.000 Hz , em perdas leve, moderada,
moderadamente severa, severa e profunda, com base nos autores: Bureau International d’Audio Phonologie (BIAP,
1996) e Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014 - 2020) .
- Quanto ao tipo da perda auditiva
A classificação do tipo de perda auditiva tem por objetivo realizar o topodiagnóstico da alteração.
Sugere-se a descrição com base nos autores Silman e Silverman (1997).
As perdas auditivas são classificadas em condutiva , sensorineural e mista.
12. - Quanto à configuração audiométrica
Esta classificação leva em consideração a configuração dos limiares auditivos de via aérea de cada orelha.
Sugere-se a classificação de Silman e Silverman (1997) adaptada de Carhart (1945) e Lloyd e Kaplan (1978).
Pode ser: ascendente, horizontal, descendente (leve, acentuada e em rampa), em U, em U invertido e em
entalhe.
- Quanto à lateralidade
A audição pode ser classificada de acordo com a lateralidade: Bilateral ou Unilateral.
RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
13. - Outra descrição associada à curva audiométrica
Simétrica: são consideradas as que possuem o mesmo grau e a mesma configuração audiométrica.
Assimétrica: de acordo com ASHA (2015), assimetria significa que cada orelha tem grau e configuração
diferentes.
Existem outras classificações para a interpretação de perda auditiva assimétrica:
Quando houver diferença interaural ≥ que 15 dB NA em pelo menos duas frequências continuas entre
as orelhas direita e esquerda (Parving; Newton, 1995).
Quando houver diferença interaural de ≥ 20 dB NA em duas frequências contiguas ou ≥ 15 dB NA em
qualquer das duas frequências entre 2000 Hz e 8000 Hz (Durakovic et al., 2019).
“É dever do fonoaudiólogo descrever o resultado da avaliação audiológica”
A escolha da classificação fica a critério do profissional.
É imprescindível que o fonoaudiólogo indique qual foi a classificação adotada e que esta seja reconhecida e
validada cientificamente.
RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
14. RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
QUANTO AO TIPO DA PERDA AUDITIVA
A classificação do tipo de perda auditiva tem por
objetivo realizar o topodiagnóstico da alteração ---
determinar o local da lesão no sistema auditivo.
Análise dos limiares auditivos por via aérea e por
via óssea e a análise da presença de GAP aéreo-
ósseo em cada orelha.
Sugere-se a descrição com base nos autores Silman e
Silverman (1997).
16. Limiares de VA: > 25 dB NA*
Limiares de VO: ≤ 15 dB NA
GAP VA-VO: presente e ≥ 15 dB NA
PERDA AUDITIVA CONDUTIVA
Sugere-se alterações a nível de orelha externa e orelha média
17. PERDA AUDITIVA SENSORIONEURAL
Limiares de VA: > que 25 dB NA
Limiares de VO: > que 15 dB NA
GAPVA-VO: ausente ou ≤10 dB NA (no máximo).
Sugere-se alterações a nível de orelha interna ou nervo auditivo
18. Limiares de VA: > que 25 dB NA
Limiares de VO: > que 15 dB NA
GAP VA-VO: presente e ≥ 15 dB NA
PERDA AUDITIVA MISTA
Sugere-se alteração a nível de orelha externa e/ou média + orelha interna
21. Otite Externa Granulosa
Pericondrite e Condrite
Otohematoma
Colesteatoma do MAE
Corpos Estranhos no MAE
Exostoses do MAE (múltiplas e bilaterais)
Osteoma(única e unilateral)
Mal formações e agenesias
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DE ORELHA
EXTERNA
22. Perfuração Timpânica
Disfunção da Tuba Auditiva
Otite Média Aguda
Otite Média Secretora
Purulenta
Serosa
Mucosa
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DE ORELHA MÉDIA
23. Otite Média Crônica Silenciosa
Colesteatoma
Tumor Glômico
Otosclerose
Barotrauma
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DE ORELHA MÉDIA
24. Presbiacusia
Síndrome de Menière
Fístula Perilinfática
Schawannoma Vestibular (neurinoma do acústico)
Síndrome da Terceira Janela (deiscência de CSC)
Meningite Bacteriana
Perda Auditiva Induzida por Ruído
Trauma Acústico
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DE ORELHA INTERNA
25. Surdez Súbita
Ototoxicidade
Covid-19
Alterações por Doenças Metabólicas: diabetes, hiperinsulinemia, distúrbios da tireóide e do
metabolismo de lipídeos.
Disacusia Congênita por síndrome Genética: Alport, Waadenbrug, Usher, Pendred.
Deficiência auditiva em decorrência de infecções virais: paramixovírus (parotidite epidêmica),
Episten-Barr (mononucleose), herpes simples, herpes-zoster, adenovírus, enterovírus,
influenza, parainfluenza, vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV),
citomegalovírus(CMV), toxoplasmose e rubéola.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DE ORELHA INTERNA
26. RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
QUANTO AO GRAU DA PERDA AUDITIVA
Para a classificação da perda auditiva quanto ao grau, são encontradas na
literatura diversas recomendações.
As mais utilizadas e validadas cientificamente são:
Com base nos limiares auditivos para as frequências de 500, 1.000 e
2.000Hz ( média tritonal):
Lloyd & Kaplan(1978)
Davis(1970e1978)
Com base nos limiares auditivos para as frequências de 500, 1.000, 2.000
e 4.000Hz ( média quadritonal):
Bureau International d’Audio Phonologie (BIAP, 1996)
Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014 e 2020)
27. O grau da perda auditiva está
relacionado com a dificuldade
que o indivíduo tem para
compreender a fala sendo
portador daquela perda de
audição.
Por isso não se fala em grau
por frequência isolada e sim
pela média das frequências da
fala, conforme o critério utilizado.
AUDIÇÃO X COMPREENSÃO DE FALA
28. RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
IMPORTANTE - ATENÇÃO
A escolha da classificação fica a critério do profissional.
É imprescindível que o fonoaudiólogo indique qual foi a
classificação adotada e que esta seja reconhecida e validada
cientificamente
30. É importante lembrar que há que se considerar a idade do paciente avaliado.
Para analisar os resultados de crianças abaixo dos 7 anos, é recomendada a
classificação de Northern e Downs (1984)
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA AUDITIVA DE ACORDO
COM O GRAU, PARA CRIANÇAS ATÉ 07 ANOS DE IDADE
(NORTHERN E DOWNS, 1984)
Média Tritonal Denominação
≤ 15 dBNA Audição normal
16 - 25 dBNA Perda auditiva discreta ou mínima
26 - 40 dBNA Perda auditiva de grau leve
41 - 65 dBNA Perda auditiva de grau moderado
66 - 95 dBNA Perda auditiva de grau severo
≥ 96 dBNA Perda auditiva de grau profundo
34. Classificação de acordo com a Média das frequências de 500,1000,2000 e 4000 Hz .
Audição Normal 0 a 15 dBNA Leve 16 a 30 dBNA Moderado 31 a 60dBNA Severo 61 a 80 dBNA
Profundo ≥ 81 dBNA
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO GRAU DA PERDA
AUDITIVA, PARA CRIANÇAS ATÉ 07 ANOS DE IDADE,
SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE
(OMS, 2014)
Média Quadritonal Denominação
≤ 15 dBNA Audição normal
16 - 30 dBNA Perda auditiva leve
31 - 60 dBNA Perda auditiva de grau moderado
61 - 80 dBNA Perda auditiva de grau severo
≥ 81 dBNA Perda auditiva de grau profundo
37. Esta classificação leva em consideração a configuração
dos limiares auditivos de via aérea de cada orelha.
Sugere-se a classificação de Silman e Silverman (1997)
adaptada de Carhart (1945) e Lloyd e Kaplan (1978).
São classificada em:
Ascendente
Horizontal
Descendente leve
Descendente acentuada
Descendente em rampa
Curva em U
Curva em U invertido
Em entalhe
Irregular.
RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
QUANTO A CONFIGURAÇÃO DA PERDA AUDITIVA
38. CLASSIFICAÇÃO DA CONFIGURAÇÃO DA PERDA
AUDITIVA DE SILMAN E SILVERMAN (1997)
ADAPTADA DE CARHART (1945) E LLOYD E
KAPLAN (1978).
39. Melhora ≥ que 5 dB por oitava em
direção às frequências altas.
ASCENDENTE
48. A audição pode ser classificada de acordo com
a lateralidade:
Bilateral: significa que ambas as orelhas
apresentam perda auditiva ou normalidade de
limiares auditivos.
Unilateral: significa que apenas uma das
orelhas apresenta perda auditiva.
RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
QUANTO A LATERALIDADE DA PERDA AUDITIVA
49. RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
QUANTO A CURVA DA PERDA AUDITIVA
Outra descrição associada à curva audiométrica:
Simétrica: são consideradas as que possuem o mesmo grau e/ou a mesma configuração
audiométrica.
Assimétrica: são consideradas as que possuem grau e/ou configuração audiométrica diferente(s).
Outras classificações para a interpretação de perda auditiva assimétrica:
Quando houver diferença interaural ≥ que 15 dB NA em pelo menos duas frequências contínuas
entre as orelhas direita e esquerda (Parving & Newton, 1995).
Quando houver diferença interaural ≥ que 20 dB NA em duas frequências contíguas ou ≥ 15 dB NA
em qualquer das duas frequências entre 2000 Hz e 8000 Hz (Durakovic et. al.,2019).
52. Limiares auditivos dentro da normalidade (lado / bilateralmente) (Referência,
ano).
Limiares auditivos compatíveis com os padrões de normalidade (lado /
bilateralmente) (Referência, ano).
Perda Auditiva Simétrica, do tipo (xxx), de configuração (xxx) e grau (xxx)
bilateralmente. Referências utilizadas: Silman e Silverman (1997) e BIAP
(1996).
Perda Auditiva Assimétrica, do tipo (xxx) à direita e do tipo (xxx) à
esquerda, com configuração (xxx) à direita e configuração (xxx) à
esquerda, de grau (xxx) à direita e grau (xxx) à esquerda. Referências
utilizadas: Silman e Silverman (1997) e Lloyd e Kaplan (1978).
MODELOS DE RESULTADOS AUDIOLÓGICOS
53. Perda Auditiva assimétrica.
Perda auditiva sensorioneural de grau
moderado a esquerda.
Perda auditiva na frequências de 4000 Hz a
direita.
À direita com configuração de entalhe.
À esquerda com configuração
descendente.
Referências utilizadas: Silman e Silverman
(1997); OMS (2014) e Silman e Silverman
(1997) adaptada de Carhart (1945) e Lloyd e
Kaplan (1978).
EXEMPLOS DE RESULTADOS AUDIOMÉTRICOS
54. EXEMPLOS DE RESULTADOS AUDIOMÉTRICOS
Perda Auditiva Sensorioneural bilateral
simétrica, de configuração
descendente e grau profundo.
Referências utilizadas: Silman e
Silverman (1997); OMS (2014) e Silman
e Silverman (1997) adaptada de Carhart
(1945) e Lloyd e Kaplan (1978).
59. ACUMETRIA
Exame clínico realizado para avaliar a audição
Objetivo – Avaliação Qualitativa da Audição.
Auxilia no topodiagnóstico das lesões e confirma os dados da audiometria.
60. RINNE
O teste recebe o nome em homenagem ao médico Heinrich
Adolf Rinne.
Objetivo – comparação entre a VA e a VO da mesma orelha.
Desta maneira, pode-se rapidamente suspeitar se uma pessoa
tem perda auditiva condutiva.
O teste de Rinne é realizado ao se colocar um diapasão vibrante
(512 ou 256 Hz) no processo mastoide até que o som não seja
mais ouvido pelo paciente. Em seguida, após o paciente
confirmar que não escutou mais o som, o diapasão é colocado
imediatamente ao lado do ouvido a ser testado.
61. RINNE
Num exame normal, o som é audível quando o diapasão é
colocado ao lado do ouvido.
Em uma orelha normal, a condução aérea (CA) é melhor que a
condução óssea (CO)
VO – Coloca o diapasão para vibrar e encosta a ponta no
processo mastoideo e solicita que o paciente informe quando
deixar de ouvir.
VA – coloca os dois arcos em frente ao pavilhão da mesma
orelha, se o paciente ouvir, quer dizer que a condução aérea
está favorecendo a audição desse paciente.
62. RINNE
RINNE POSITIVO
Transmissão do som por VA dura mais tempo do que pela VO.
Quando ouve pela VA e V O.
Não tem nenhuma alteração de OM.
RINNE NEGATIVO
Na PA condutiva ele ouve por bastante tempo pela VO, mas
quando coloca os arcos em direção ao pavilhão (VA) ele não
escuta.
Se for audição normal ele ouve das duas formas, se for
condutiva ele deixa de ouvir rapidamente e quando é colocado
por VO ele volta a ouvir .
ORELHA NORMAL OU PASN – RINNE POSITIVO
Condução aérea melhor que a condução óssea.
PA CONDUTIVA – RINNE NEGATIVO
Condução óssea melhor que a aérea.
64. W E B E R
O teste recebe o nome em homenagem ao Ernest Heinrich Weber.
Foi criado em 1884.
É uma avaliação que podemos utilizar dentro da audiometria.
É a sensação que nós temos no crânio, sempre em relação a melhor orelha.
Se nós tivermos limiares auditivos normais, não tem necessidade de fazer weber.
O weber é necessário e importante para muitas questões relacionadas ao nosso raciocínio clinico.
Se a orelha média estiver normal, se não existir nenhum problema condutivo, não tiver gap aéreo ósseo, o
weber vai sempre lateralizar para a orelha com melhor audibilidade.
Objetivo – comparar a condução óssea entre as duas orelhas.
Método – teste com diapasão na fronte ( estimula as duas orelhas ao mesmo tempo).
65. W E B E R
O teste recebe o nome em homenagem ao Ernest Heinrich Weber. Foi criado em 1884.
É uma avaliação que podemos utilizar dentro da audiometria.
Se nós tivermos limiares auditivos normais, não tem necessidade de fazer weber.
Usa-se sempre que houver uma dúvida, quanto ao tipo de perda.
Nesse teste um diapasão é batido e o tronco do bastão é colocado no topo do crânio do paciente - em igual
distância das orelhas do paciente.
O paciente então é questionado a dizer em qual orelha o som é escutado com mais intensidade.
66. W E B E R
- Pode ser realizado com o vibrador ósseo.
- Como realizar: coloca o vibrador ósseo na fronte do paciente.
- Orientações ao paciente:
1- Se ele ouvir a direita, levanta a mão Direita,
2- Se ouvir a esquerda, levanta a mão Esquerda
3- Se não souber qual dos dois lados você esta ouvindo, coloca a mão na frente.
- Quais frequências avaliar e qual limiar iniciar:
1- Avalia pelas frequências de 500 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz e 4000 Hz.
2- Inicia com o limiar da via óssea da orelha direita + limiar da via óssea da orelha esquerda, divide por 2 e o
resultado soma + 15 dB (segurança).
68. RESULTADOS DO WEBER
Existindo uma PA condutiva a VO fica melhor, o fato de deixar de ouvir pela VA favorece a percepção dos
sons por condução óssea, ficando mais fácil de perceber o som pela orelha com alteração condutiva.
Um paciente com PA condutiva unilateral deve ouvir o diapasão com mais intensidade no lado da orelha
afetada. Isto acontece porque o problema de condução mascara o barulho do ambiente da sala. Se for
unilateral esquerda, ele dirá que o lado esquerdo ouve melhor.
Um paciente com PA neurossensorial unilateral escutaria o som mais intensamente na orelha não-afetada,
porque a orelha afetada é menos efetiva em absorver o som mesmo que ele seja transmitido diretamente por
condução óssea para o ouvido interno. Perda do lado esquerdo, ele dirá que está ouvindo melhor do lado que
não tem perda, ou seja, lado direito.
69. RESULTADOS DO WEBER
CONDUTIVA
Lateraliza para o lado pior – lado da queixa - lateraliza para o lado condutivo.
SENSORIONEURAL
Lateraliza para o lado melhor , aquele com menor perda auditiva
INDIFERENTE
Perdas simétricas ou normal.
MISTA
Se o paciente tem uma perda condutiva a direita e uma mista a esquerda, o Weber será para a direita, onde o
GAP é maior.
CONDUTIVA assimétricas
Lateraliza para o lado de maior GAP
Normal a direita e sensorioneural a esquerda = lateraliza para a D
Normal a D e condutiva a E = lateraliza a E