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LITERATURA
LUIZ
ROMERO
02 ESTUDOS
LITERÁRIOS
PAZ NA
ESCOLA
16/02/2020
Estudos Literários
Análise Crítica História Teoria
 Análise literária – Ocupa-se da análise de forma e conteúdo da obra literária,
interagindo com outras disciplinas, como a Sociologia, a Psicanálise, a
Filosofia, a Psicologia. É um instrumento de compreensão e interpretação do
texto literário.
2
 Crítica literária – Apoiada na análise, a Crítica emite juízo
de valor estético. Muito cuidado, porque a Literatura é
dinâmica e seus valores se modificam com o tempo.
Também é usada em sua finalidade mundana, para
orientar/manipular o público leitor.
3
 História da Literatura – O mais popular dos estudos
literários, cuja finalidade maior é divulgar a literatura,
associando-a aos fatos históricos e aos movimentos
artísticos. Serve-se da Crítica Literária – para estabelecer os
parâmetros históricos de um determinado período.
4
Teoria da Literatura – Tem como finalidade mostrar
como o fenômeno literário ocorre, porque ocorre e
quais suas perspectivas. É a matéria que estuda,
sistematiza e explica a literatura.
5
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
03 ESTUDOS
LITERÁRIOS
PAZ NA
ESCOLA
27/02/2020
7
ATIVIDADE DE CLASSE
SONETO 88 DE CAMÕES
Sete anos de pastor Jacó servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida.
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: – Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!
 Tomando por base o Soneto 88 de
Camões: Leia, comente e aplique os
quatro pilares de os Estudos
Literários.
 Comentar o texto sob ponto de
vista da intelecção e interpretação.
TEORIA DA LITERATURA
obra
literária
autor
estudos
interdisciplinares
leitor
Momento
histórico
público
História
literária
8
LEITOR + TEXTO = LEITURA
Pensar
Conhecer
Interpretar
Compreender
Ler
9
LER – o ato em si, de que qualquer pessoa alfabetizada, por
definição, é capaz.
COMPREENDER – perceber, apreender intelectualmente o que
se leu.
INTERPRETAR – dar um sentido, um significado, ao que foi lido.
10
CONHECER – tomar para si o sentido encontrado,
agregando experiência e conhecimento ao seu
acervo cultural.
PENSAR – refletir sobre a leitura, produzindo
conhecimento.
11
12
RETRATO
eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
– Em que espelho ficou perdida
a minha face?
 O texto poético é de Cecília
Meireles, poeta do Modernismo
Brasileiro.
 Comente e compare o retrato que a
poeta faz de ontem com o de hoje
13
 Tomando por base o texto RETRATO, de Cecília Meireles,
responda:
1. Por que o eu lírico / voz poética / eu poético se sente tão
abalado com a mudança física?
2. Por que o uso do pronome demonstrativo de primeira
pessoa no poema?
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
04 GÊNEROS
LITERÁRIOS
PAZ NA
ESCOLA
05/03/2020
GÊNEROS LITERÁRIOS
GÊNEROS LITERÁRIOS
LÍRICO = sentimentos / emoções / poesia em geral;
NARRATIVO = técnica da narração / Objetividade;
DRAMÁTICO = textos de encenação / diálogos.
15
1. LÍRICO: ritmo e melodia; mundo interior (eu lírico)
 FORMAS FIXAS:
Haicai = 3 versos / natureza e vida conjugados / Estrutura métrica: 5-
7-5
Um sereno lento
algumas recordações
molham minha face
(Marins)
Uma folha morta.
Um galho no céu, grisalho.
Fecho a minha porta.
(Guilherme de Almeida)
16
AMARANTE, SONETO DE DA COSTA E SILVA
A minha terra é um céu, se há um céu sobre a terra:
É um céu sob outro céu tão límpido e tão brando,
Que eterno sonho azul parece estar sonhando
Sobre o vale natal, que o seio à luz descerra...
Que encanto natural o seu aspecto encerra!
Junto à paisagem verde, a igreja branca, o bando
Das casas, que se vão, pouco a pouco, apagando
Com o nevoento perfil nostálgico da serra...
Com o seu povo feliz, que ri das próprias mágoas,
Entre os três rios, lembra uma ilha, alegre e linda,
A cidade sorrindo aos ósculos das águas.
Terra para se amar com o grande amor que eu tenho!
Terra onde tive o berço e de onde espero ainda
Sete palmos de gleba e os dois braços de um lenho!
17
ATIVIDADE DE CLASSE
 Explicar porque o SONETO é a
forma fixa mais conhecida do
Gênero Lírico.
 Esclarecer a estrutura do
texto.
ESTROFE = um verso ou grupos de versos em que os poetas
dividem seus textos. O número de versos agrupados em cada
estrofe pode variar e são chamados:
1 verso – monóstico;
2 versos = dístico;
3 versos = terceto;
4 versos = quarteto . . .
18
A ESTROFE quanto à métrica:
1. ISOMÉTRICA = igualdade na medida dos versos de um poema.
Na remansosa paz da rústica fazenda,
à luz quente do sol e à fria luz do luar;
vive, como a expiar uma culpa tremenda,
o engenho de madeira a gemer e a chorar.
2. HETEROMÉTRICA = diferença na medida dos versos.
Eu nasci além dos mares (7)
Os meus lares (3)
Meus amores ficam lá (7)
-Onde canta nos retiros (7)
Seus suspiros, (3)
Suspiros o sabiá (7)
19
Epitalâmio = Canto ou poema nupcial.
Exemplos.: “Cântico dos Cânticos” (Bíblia).
Outro exemplo:
S
H
E
EPITHALAMIUM - II
• Elegia = lamento / pranto / tristeza / sentimento
doloroso e fúnebre / morte.
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
05 GÊNEROS
LITERÁRIOS
PAZ NA
ESCOLA
12/03/2020
22
S
H
E
EPITHALAMIUM -II  O texto ao lado é do poeta Pedro Xisto,
modernista (Concretismo).
 Epitalâmio é um poema nupcial.
 De acordo com seus conhecimentos sobre
TEXTO, comente os tipos de linguagem
utilizados no poema.
 Comente o processo de Intelecção e
Compreensão.
Sátira = criticar / debochar / ironizar / ridicularizar vícios de
pessoas e de épocas. Ex.: Gregório de Matos
Ode = texto longo de homenagem para ser entoado. Ex.: “Ode
Triunfal” – Fernando Pessoa
Acróstico = as letras iniciais de cada verso formam na leitura vertical
o nome de alguma pessoa ou coisa.
23
Há uma história para ser narrada, contada.
Técnica da narração / Objetividade
Onisciente/Observador/narrador-Personagem
Discurso direto, indireto e indireto livre (simultâneo)
2. NARRATIVO OU ÉPICO
24
 Epopeias / Romances / Contos / Novelas / Fábulas / parábolas . . .
 Personagem: seres criados pelo autor com características físicas
e psicológicas determinadas.
- Plano: número pequeno de atributos que são identificados
facilmente pelo leitor; são dois tipos: tipo e caricatural. Ex.:
Fabiano (Vidas Secas); Luíza (O primo Basílio).
- Redondo ou Esférico: características que podem ser: físicas,
psicológicas, sociais, ideológicas e morais. Ex.: Capitu (Dom
Casmurro); Aurélia Camargo (Senhora).
25
Espaço: o momento e o local em que os fatores são narrados e
onde se desenrolam.
Ex.: O CORTIÇO
Tempo: cronológico (fatos em ordem natural) e psicológico
(ordem determinada pelo desejo ou pela imaginação do
narrador ou dos personagens / enredo não-linear / utiliza-se o
flashback).
26
Clássica = versos – Ilíada / Odisseia / Os Lusíadas. . .
Moderna = prosa – O Guarani / Iracema / Grande sertão: veredas. . .
Clássica – longa narrativa de caráter heroico, moralista, grandioso e histórico;
constituída de 5 partes: proposição / invocação / dedicatória / narração / epílogo.
EPOPEIA
27
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
LITERATURA
LUIZ
ROMERO
06 GÊNEROS
LITERÁRIOS
PAZ NA
ESCOLA
16/04/2020
29
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
ATIVIDADE
 COMENTAR A ESTRUTURA
DA ESTROFE QUANTO AOS
ASPECTOS FORMAIS.
Romance = densa / complexa / observação e análise / verossímil ou
inverossímil / núcleos simultâneos.
1
3 4
2
30
Conto = breve / ação única / concentração textual.
Novela = predomínio da ação e fatos / verossímil / linear /
mais de um núcleo narrativo.
1
3
2
1
31
Crônica = predomina a denotação / tom coloquial e breve;
recriação do cotidiano por meio da fantasia. Rubem Braga / Cineas
Santos / Rogério Newton...
FÁBULA = tom didático e moralizante / animais como personagens /
caráter inverossímil e alegórico. Grécia: Fedro e Esopo. França: La
Fontaine. Brasil: Monteiro Lobato.
32
Apólogo = lição de moral através de seres inanimados
(objetos) como personagens.
3. DRAMÁTICO
- textos para encenação (Palco);
- diálogos;
- dirige-se ao público;
- não há narrador.
(do grego drân: agir)
33
Tragédia = representação de um sofrimento: catarse / clima
punitivo / purificação / transgressão da ordem social ou familiar.
Grécia: Ésquilo (Prometeu Acorrentado), Sófocles (Édipo Rei,
Antígona), Eurípedes (Medeia) / Shakespeare...
Farsa = peças curtas / crítica à sociedade e seus costumes /
burlesco / tom caricatural. Ex.: “A Farsa de Inês Pereira” – Gil
Vicente.
34
- Comédia = aborda fatos do cotidiano / temas alegres, leves /
ironia / riso / crítica de costumes. Grécia: Aristófanes (As Nuvens,
As Aves) / “O Juiz de Paz na roça” (Martins Pena). /
“Comédias da vida privada” (Luís F. Veríssimo);
- Tragicomédia = mistura do real com o imaginário / a dor e o
riso. Ex.: “Beijo no asfalto”; “Vestido de Noiva”; “Toda nudez será
castigada” – Nélson Rodrigues.
35
Auto = crítica moralizante /
religiosidade / alegorias.
- Ex.: “Auto da Barca do inferno” – Gil Vicente
- Ex.: “Auto da Compadecida” – Ariano
Suassuna
Ex.: “Auto do Lampião no Além” – Gomes
Campos
36
37
Introdução aos estudos de
LITERATURA PORTUGUESA
Introdução aos estudos de
LITERATURA PORTUGUESA
T
R
O
V
A
D
O
R
I
S
M
O
TEMPLO DE
DIANA EM
ÉVORA
DOMINAÇÃO ROMANA (a partir de 219 a.C)
39
MURALHA ÁRABE
EM ÓBIDOS
40
DOMINAÇÃO ÁRABE (a partir do séc. VIII)
CASTELO DE
ALMOUROL
41
PRESENÇA DOS TEMPLÁRIOS
42
Em 1128 – Afonso Henriques, filho de D. Henrique de Borgonha
e Teresa (D. Tareja) – proclamou a independência do Condado...
Em 1143 – Afonso VII, “imperador de toda a Espanha”, filho de
Raimundo e Urraca, concedeu a Afonso Henriques o título de rei
de Portugal na Conferência de Samora.
 Em 1185 – morreu Afonso Henriques, os muçulmanos ainda
dominavam o sul de Portugal.
Primeira dinastia portuguesa: a dinastia de Borgonha.
O ESTADO PORTUGUÊS
O ESTADO PORTUGUÊS
43
 TEOCENTRISMO
 FEUDALISMO
 AS CRUZADAS
 AS PRIMEIRAS UNIVERSIDADES
 ARTE GÓTICA
 O ESTADO PORTUGUÊS
 A DINASTIA BORGONHA
 A PESTE NEGRA
 D. PEDRO E INÊS DE CASTRO
44
T R O V A D O R I S MO
(1189/98 - - - - - 1434)
A LINGUAGEM DO TROVADORISMO
 Composições acompanhadas de música
Lirismo: Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo;
Sátira: Cantigas de Escárnio e Cantigas de Maldizer;
 Prosa medieval (Novelas de Cavalaria):
Ciclo bretão ou arturiano: Demanda do Santo Graal, Amadis de
Gaula e Tristão e Isolda são as mais conhecidas. Ainda o Ciclo
carolíngio e clássico.
45
CANTIGA
DE
AMOR
Ambiente palaciano / provençal (sul da França);
Eu lírico masculino / sofrimento consciente;
Amor cortês / platônico / inacessível;
Vassalagem amorosa / Mulher idealizada; distante;
O eu lírico expõe a “coita d’amor”.
Categorias: Trovador / Segrel ou menestrel. . .
CANTIGAS LÍRICAS
46
CANTIGAS LÍRICAS
CANTIGA
DE
AMIGO
Ambiente popular, rural e urbano;
Influência espanhola / musicalidade / paralelismo;
Eu lírico feminino / lamentação e sofrimento;
Amor natural / real / espontâneo;
Natureza / Religiosidade / Diálogo / Categorias:
Pastorelas / Bailias ou Bailadas / Albas ou alvas /
marinhas ou barcarolas.
47
Mandad’ ei comigo,
ca vem meu amigo:
e rei, madr’, a Vigo
Comigu’ ei mandado,
ca vem meu amado:
e irei, madr’, a Vigo
Ca vem meu amigo
e vem san’ e vivo:
e irei, madr’, a Vigo
Ca vem meu amado
e ven viv’e, e sano:
e irei, madr’, a Vigo
Notícias tenho comigo,
que vem, meu amigo:
e irei, mãe, a Vigo
Comigo tenho notícias
que vem meu amado:
e irei, mãe, a Vigo
Que vem meu amigo
e vem são e vivo:
e irei, mãe, a Vigo
Que vem meu amado
e vem vivo e são:
e irei, mãe, a Vigo
CANTIGA DE AMIGO
48
2. CANTIGAS SATÍRICAS
CANTIGA DE ESCÁRNIO CANTIGA DE MALDIZER
Crítica indireta; normalmente a
pessoa satirizada não é identificada
Crítica direta; geralmente a
pessoa satirizada é identificada
Ironia Zombaria
Linguagem trabalhada: sutilezas,
trocadilhos e ambiguidades
Presença do social e do sensual
Linguagem agressiva, direta e
obscena
pornográfica
49
CANCIONEIROS
 CANCIONEIRO DA AJUDA – É o mais antigo dos cancioneiros conhecidos,
sendo contemporâneos dos trovadores. Contém 310 cantigas de amor.
 CANCIONEIRO DA VATICANA – Encontrado na Biblioteca do Vaticano, é cópia
de um manuscrito anterior e contém 1205 cantigas.
 CANCIONEIRO DA BIBLIOTECA NACIONAL – É uma cópia italiana de
manuscritos anteriores. Pertenceu a um humanista italiano, Ângelo Colocci,
e mais tarde integrou a biblioteca do conde Brancuti – por muito tempo
conhecido como Cancioneiro de Colocci-Brancuti. Contém 1567 cantigas.
50
● A DINASTIA DE AVIS (1385 – 1580);
● CRISE DO FEUDALISMO;
● ALIANÇA ENTRE O REI E A BURGUESIA;
● DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO, SOBRETUDO DO COMÉRCIO
MARÍTIMO;
● INVENÇÕES: BÚSSOLA, PAPEL, IMPRENSA (GUTEMBERG), PÓLVORA...
● FORMAÇÃO DO IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS NA ÁFRICA E A
DESCOBERTA DO BRASIL;
● TRANSIÇÃO PARA O ANTROPOCENTRISMO.
51
HUMANISMO (1434 – 1527)
HUMANISMO (1434 – 1527)
PRODUÇÃO LITERÁRIA
POESIA:
Separação entre o texto poético e a música.
 Poesia palaciana: declamada / lírica / publicada / Poesia de
tradição e renovação.
 Cancioneiro Geral - Garcia Resende, 1516, escrito na medida
velha (Redondilhas). Poemas conhecidos: Vilancete /
cantiga / esparsa.
52
PRODUÇÃO LITERÁRIA
Prosa:
As crônicas históricas de Fernão Lopes:
 a figura do rei e do herói;
 painel coletivo de Portugal;
 o povo em ação;
 considera as causas econômicas dos fatos.AR
53
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
Tão doentes da partida,
Tão cansados, tão chorosos,
Da morte mais desejosos
Cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes os tristes,
Tão fora d’esperar bem,
Que nunca tão tristes vistes
Outros nenhuns por ninguém. 54
CANTIGA SUA
PARTINDO-SE
(João Roiz de
Castelo-Branco)
G I L V I C E N T E (1465– 1539)
FUNDADOR DO TEATRO PORTUGUÊS
CRISTÃO / HUMANISTA
transição entre a Idade Média e o
Renascimento.
•Poeta e teatrólogo de prestígio na Corte
•1ª peça: “Auto da Visitação ou
Monólogo do Vaqueiro” – 1502.
55
56
Trilogia das Barcas (alegorias da morte):
“Auto da Barca do Inferno”
“Auto da Barca do Purgatório”
“Auto da Barca da Glória”.
 Teatro alegórico / simples / popular;
 Satírico, moralizante e poético;
 “Pelo riso corrigem-se os costumes”;
 Personagens caricaturais;
 Crítica às instituições sociais e
pessoas.
Arte de Marcílio Godói
57
A missão do teatro vicentino
 O teatro vicentino não é teocêntrico.
 Retrata o homem em sociedade, com a missão moralizante e reformadora.
 Não visa atingir instituições, mas os homens inescrupulosos que as compõem.
 Demonstra como o ser humano em geral é egoísta, falso, mentiroso,
orgulhoso e frágil perante os apelos da carne e do dinheiro.
 Crítico da nova ordem social e dos valores burgueses que surgiam na
sociedade portuguesa do início do século XVI.
 Modalidades teatrais: mistérios / milagres / sotties / farsas / autos...
58
59
Atividade para os alunos desenvolverem em casa:
Ex:
- Exercícios;
- Pesquisa;
- Seminário;
- Portfólio;
- Etc.
Todo o Mundo: Eu hei nome Todo
o Mundo e meu tempo todo inteiro
sempre é buscar dinheiro e
sempre nisto me fundo.
Ninguém: E eu hei nome
Ninguém, e busco a consciência.
DIÁLOGO DO AUTO DA LUSITÂNIA
60
Berzabu: Esta é boa experiência:
Dinato, escreve isto bem.
Dinato: Que escreverei
companheiro?
Berzabu: Que Ninguém busca
consciência, e Todo o Mundo
dinheiro.
61
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  • 2. Estudos Literários Análise Crítica História Teoria  Análise literária – Ocupa-se da análise de forma e conteúdo da obra literária, interagindo com outras disciplinas, como a Sociologia, a Psicanálise, a Filosofia, a Psicologia. É um instrumento de compreensão e interpretação do texto literário. 2
  • 3.  Crítica literária – Apoiada na análise, a Crítica emite juízo de valor estético. Muito cuidado, porque a Literatura é dinâmica e seus valores se modificam com o tempo. Também é usada em sua finalidade mundana, para orientar/manipular o público leitor. 3
  • 4.  História da Literatura – O mais popular dos estudos literários, cuja finalidade maior é divulgar a literatura, associando-a aos fatos históricos e aos movimentos artísticos. Serve-se da Crítica Literária – para estabelecer os parâmetros históricos de um determinado período. 4
  • 5. Teoria da Literatura – Tem como finalidade mostrar como o fenômeno literário ocorre, porque ocorre e quais suas perspectivas. É a matéria que estuda, sistematiza e explica a literatura. 5
  • 7. 7 ATIVIDADE DE CLASSE SONETO 88 DE CAMÕES Sete anos de pastor Jacó servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; Mas não servia ao pai, servia a ela, E a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, Passava, contentando-se com vê-la; Porém o pai, usando de cautela, Em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos Lhe fora negada a sua pastora, Como se a não tivera merecida. Começa de servir outros sete anos, Dizendo: – Mais servira, se não fora Para tão longo amor tão curta a vida!  Tomando por base o Soneto 88 de Camões: Leia, comente e aplique os quatro pilares de os Estudos Literários.  Comentar o texto sob ponto de vista da intelecção e interpretação.
  • 9. LEITOR + TEXTO = LEITURA Pensar Conhecer Interpretar Compreender Ler 9
  • 10. LER – o ato em si, de que qualquer pessoa alfabetizada, por definição, é capaz. COMPREENDER – perceber, apreender intelectualmente o que se leu. INTERPRETAR – dar um sentido, um significado, ao que foi lido. 10
  • 11. CONHECER – tomar para si o sentido encontrado, agregando experiência e conhecimento ao seu acervo cultural. PENSAR – refletir sobre a leitura, produzindo conhecimento. 11
  • 12. 12 RETRATO eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: – Em que espelho ficou perdida a minha face?  O texto poético é de Cecília Meireles, poeta do Modernismo Brasileiro.  Comente e compare o retrato que a poeta faz de ontem com o de hoje
  • 13. 13  Tomando por base o texto RETRATO, de Cecília Meireles, responda: 1. Por que o eu lírico / voz poética / eu poético se sente tão abalado com a mudança física? 2. Por que o uso do pronome demonstrativo de primeira pessoa no poema?
  • 15. GÊNEROS LITERÁRIOS GÊNEROS LITERÁRIOS LÍRICO = sentimentos / emoções / poesia em geral; NARRATIVO = técnica da narração / Objetividade; DRAMÁTICO = textos de encenação / diálogos. 15
  • 16. 1. LÍRICO: ritmo e melodia; mundo interior (eu lírico)  FORMAS FIXAS: Haicai = 3 versos / natureza e vida conjugados / Estrutura métrica: 5- 7-5 Um sereno lento algumas recordações molham minha face (Marins) Uma folha morta. Um galho no céu, grisalho. Fecho a minha porta. (Guilherme de Almeida) 16
  • 17. AMARANTE, SONETO DE DA COSTA E SILVA A minha terra é um céu, se há um céu sobre a terra: É um céu sob outro céu tão límpido e tão brando, Que eterno sonho azul parece estar sonhando Sobre o vale natal, que o seio à luz descerra... Que encanto natural o seu aspecto encerra! Junto à paisagem verde, a igreja branca, o bando Das casas, que se vão, pouco a pouco, apagando Com o nevoento perfil nostálgico da serra... Com o seu povo feliz, que ri das próprias mágoas, Entre os três rios, lembra uma ilha, alegre e linda, A cidade sorrindo aos ósculos das águas. Terra para se amar com o grande amor que eu tenho! Terra onde tive o berço e de onde espero ainda Sete palmos de gleba e os dois braços de um lenho! 17 ATIVIDADE DE CLASSE  Explicar porque o SONETO é a forma fixa mais conhecida do Gênero Lírico.  Esclarecer a estrutura do texto.
  • 18. ESTROFE = um verso ou grupos de versos em que os poetas dividem seus textos. O número de versos agrupados em cada estrofe pode variar e são chamados: 1 verso – monóstico; 2 versos = dístico; 3 versos = terceto; 4 versos = quarteto . . . 18
  • 19. A ESTROFE quanto à métrica: 1. ISOMÉTRICA = igualdade na medida dos versos de um poema. Na remansosa paz da rústica fazenda, à luz quente do sol e à fria luz do luar; vive, como a expiar uma culpa tremenda, o engenho de madeira a gemer e a chorar. 2. HETEROMÉTRICA = diferença na medida dos versos. Eu nasci além dos mares (7) Os meus lares (3) Meus amores ficam lá (7) -Onde canta nos retiros (7) Seus suspiros, (3) Suspiros o sabiá (7) 19
  • 20. Epitalâmio = Canto ou poema nupcial. Exemplos.: “Cântico dos Cânticos” (Bíblia). Outro exemplo: S H E EPITHALAMIUM - II • Elegia = lamento / pranto / tristeza / sentimento doloroso e fúnebre / morte.
  • 22. 22 S H E EPITHALAMIUM -II  O texto ao lado é do poeta Pedro Xisto, modernista (Concretismo).  Epitalâmio é um poema nupcial.  De acordo com seus conhecimentos sobre TEXTO, comente os tipos de linguagem utilizados no poema.  Comente o processo de Intelecção e Compreensão.
  • 23. Sátira = criticar / debochar / ironizar / ridicularizar vícios de pessoas e de épocas. Ex.: Gregório de Matos Ode = texto longo de homenagem para ser entoado. Ex.: “Ode Triunfal” – Fernando Pessoa Acróstico = as letras iniciais de cada verso formam na leitura vertical o nome de alguma pessoa ou coisa. 23
  • 24. Há uma história para ser narrada, contada. Técnica da narração / Objetividade Onisciente/Observador/narrador-Personagem Discurso direto, indireto e indireto livre (simultâneo) 2. NARRATIVO OU ÉPICO 24  Epopeias / Romances / Contos / Novelas / Fábulas / parábolas . . .
  • 25.  Personagem: seres criados pelo autor com características físicas e psicológicas determinadas. - Plano: número pequeno de atributos que são identificados facilmente pelo leitor; são dois tipos: tipo e caricatural. Ex.: Fabiano (Vidas Secas); Luíza (O primo Basílio). - Redondo ou Esférico: características que podem ser: físicas, psicológicas, sociais, ideológicas e morais. Ex.: Capitu (Dom Casmurro); Aurélia Camargo (Senhora). 25
  • 26. Espaço: o momento e o local em que os fatores são narrados e onde se desenrolam. Ex.: O CORTIÇO Tempo: cronológico (fatos em ordem natural) e psicológico (ordem determinada pelo desejo ou pela imaginação do narrador ou dos personagens / enredo não-linear / utiliza-se o flashback). 26
  • 27. Clássica = versos – Ilíada / Odisseia / Os Lusíadas. . . Moderna = prosa – O Guarani / Iracema / Grande sertão: veredas. . . Clássica – longa narrativa de caráter heroico, moralista, grandioso e histórico; constituída de 5 partes: proposição / invocação / dedicatória / narração / epílogo. EPOPEIA 27 As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;
  • 29. 29 As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; ATIVIDADE  COMENTAR A ESTRUTURA DA ESTROFE QUANTO AOS ASPECTOS FORMAIS.
  • 30. Romance = densa / complexa / observação e análise / verossímil ou inverossímil / núcleos simultâneos. 1 3 4 2 30
  • 31. Conto = breve / ação única / concentração textual. Novela = predomínio da ação e fatos / verossímil / linear / mais de um núcleo narrativo. 1 3 2 1 31 Crônica = predomina a denotação / tom coloquial e breve; recriação do cotidiano por meio da fantasia. Rubem Braga / Cineas Santos / Rogério Newton...
  • 32. FÁBULA = tom didático e moralizante / animais como personagens / caráter inverossímil e alegórico. Grécia: Fedro e Esopo. França: La Fontaine. Brasil: Monteiro Lobato. 32 Apólogo = lição de moral através de seres inanimados (objetos) como personagens.
  • 33. 3. DRAMÁTICO - textos para encenação (Palco); - diálogos; - dirige-se ao público; - não há narrador. (do grego drân: agir) 33
  • 34. Tragédia = representação de um sofrimento: catarse / clima punitivo / purificação / transgressão da ordem social ou familiar. Grécia: Ésquilo (Prometeu Acorrentado), Sófocles (Édipo Rei, Antígona), Eurípedes (Medeia) / Shakespeare... Farsa = peças curtas / crítica à sociedade e seus costumes / burlesco / tom caricatural. Ex.: “A Farsa de Inês Pereira” – Gil Vicente. 34
  • 35. - Comédia = aborda fatos do cotidiano / temas alegres, leves / ironia / riso / crítica de costumes. Grécia: Aristófanes (As Nuvens, As Aves) / “O Juiz de Paz na roça” (Martins Pena). / “Comédias da vida privada” (Luís F. Veríssimo); - Tragicomédia = mistura do real com o imaginário / a dor e o riso. Ex.: “Beijo no asfalto”; “Vestido de Noiva”; “Toda nudez será castigada” – Nélson Rodrigues. 35
  • 36. Auto = crítica moralizante / religiosidade / alegorias. - Ex.: “Auto da Barca do inferno” – Gil Vicente - Ex.: “Auto da Compadecida” – Ariano Suassuna Ex.: “Auto do Lampião no Além” – Gomes Campos 36
  • 37. 37 Introdução aos estudos de LITERATURA PORTUGUESA Introdução aos estudos de LITERATURA PORTUGUESA
  • 39. TEMPLO DE DIANA EM ÉVORA DOMINAÇÃO ROMANA (a partir de 219 a.C) 39
  • 40. MURALHA ÁRABE EM ÓBIDOS 40 DOMINAÇÃO ÁRABE (a partir do séc. VIII)
  • 42. 42
  • 43. Em 1128 – Afonso Henriques, filho de D. Henrique de Borgonha e Teresa (D. Tareja) – proclamou a independência do Condado... Em 1143 – Afonso VII, “imperador de toda a Espanha”, filho de Raimundo e Urraca, concedeu a Afonso Henriques o título de rei de Portugal na Conferência de Samora.  Em 1185 – morreu Afonso Henriques, os muçulmanos ainda dominavam o sul de Portugal. Primeira dinastia portuguesa: a dinastia de Borgonha. O ESTADO PORTUGUÊS O ESTADO PORTUGUÊS 43
  • 44.  TEOCENTRISMO  FEUDALISMO  AS CRUZADAS  AS PRIMEIRAS UNIVERSIDADES  ARTE GÓTICA  O ESTADO PORTUGUÊS  A DINASTIA BORGONHA  A PESTE NEGRA  D. PEDRO E INÊS DE CASTRO 44 T R O V A D O R I S MO (1189/98 - - - - - 1434)
  • 45. A LINGUAGEM DO TROVADORISMO  Composições acompanhadas de música Lirismo: Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo; Sátira: Cantigas de Escárnio e Cantigas de Maldizer;  Prosa medieval (Novelas de Cavalaria): Ciclo bretão ou arturiano: Demanda do Santo Graal, Amadis de Gaula e Tristão e Isolda são as mais conhecidas. Ainda o Ciclo carolíngio e clássico. 45
  • 46. CANTIGA DE AMOR Ambiente palaciano / provençal (sul da França); Eu lírico masculino / sofrimento consciente; Amor cortês / platônico / inacessível; Vassalagem amorosa / Mulher idealizada; distante; O eu lírico expõe a “coita d’amor”. Categorias: Trovador / Segrel ou menestrel. . . CANTIGAS LÍRICAS 46
  • 47. CANTIGAS LÍRICAS CANTIGA DE AMIGO Ambiente popular, rural e urbano; Influência espanhola / musicalidade / paralelismo; Eu lírico feminino / lamentação e sofrimento; Amor natural / real / espontâneo; Natureza / Religiosidade / Diálogo / Categorias: Pastorelas / Bailias ou Bailadas / Albas ou alvas / marinhas ou barcarolas. 47
  • 48. Mandad’ ei comigo, ca vem meu amigo: e rei, madr’, a Vigo Comigu’ ei mandado, ca vem meu amado: e irei, madr’, a Vigo Ca vem meu amigo e vem san’ e vivo: e irei, madr’, a Vigo Ca vem meu amado e ven viv’e, e sano: e irei, madr’, a Vigo Notícias tenho comigo, que vem, meu amigo: e irei, mãe, a Vigo Comigo tenho notícias que vem meu amado: e irei, mãe, a Vigo Que vem meu amigo e vem são e vivo: e irei, mãe, a Vigo Que vem meu amado e vem vivo e são: e irei, mãe, a Vigo CANTIGA DE AMIGO 48
  • 49. 2. CANTIGAS SATÍRICAS CANTIGA DE ESCÁRNIO CANTIGA DE MALDIZER Crítica indireta; normalmente a pessoa satirizada não é identificada Crítica direta; geralmente a pessoa satirizada é identificada Ironia Zombaria Linguagem trabalhada: sutilezas, trocadilhos e ambiguidades Presença do social e do sensual Linguagem agressiva, direta e obscena pornográfica 49
  • 50. CANCIONEIROS  CANCIONEIRO DA AJUDA – É o mais antigo dos cancioneiros conhecidos, sendo contemporâneos dos trovadores. Contém 310 cantigas de amor.  CANCIONEIRO DA VATICANA – Encontrado na Biblioteca do Vaticano, é cópia de um manuscrito anterior e contém 1205 cantigas.  CANCIONEIRO DA BIBLIOTECA NACIONAL – É uma cópia italiana de manuscritos anteriores. Pertenceu a um humanista italiano, Ângelo Colocci, e mais tarde integrou a biblioteca do conde Brancuti – por muito tempo conhecido como Cancioneiro de Colocci-Brancuti. Contém 1567 cantigas. 50
  • 51. ● A DINASTIA DE AVIS (1385 – 1580); ● CRISE DO FEUDALISMO; ● ALIANÇA ENTRE O REI E A BURGUESIA; ● DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO, SOBRETUDO DO COMÉRCIO MARÍTIMO; ● INVENÇÕES: BÚSSOLA, PAPEL, IMPRENSA (GUTEMBERG), PÓLVORA... ● FORMAÇÃO DO IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS NA ÁFRICA E A DESCOBERTA DO BRASIL; ● TRANSIÇÃO PARA O ANTROPOCENTRISMO. 51 HUMANISMO (1434 – 1527) HUMANISMO (1434 – 1527)
  • 52. PRODUÇÃO LITERÁRIA POESIA: Separação entre o texto poético e a música.  Poesia palaciana: declamada / lírica / publicada / Poesia de tradição e renovação.  Cancioneiro Geral - Garcia Resende, 1516, escrito na medida velha (Redondilhas). Poemas conhecidos: Vilancete / cantiga / esparsa. 52
  • 53. PRODUÇÃO LITERÁRIA Prosa: As crônicas históricas de Fernão Lopes:  a figura do rei e do herói;  painel coletivo de Portugal;  o povo em ação;  considera as causas econômicas dos fatos.AR 53
  • 54. Senhora, partem tão tristes meus olhos por vós, meu bem, que nunca tão tristes vistes outros nenhuns por ninguém. Tão tristes, tão saudosos, Tão doentes da partida, Tão cansados, tão chorosos, Da morte mais desejosos Cem mil vezes que da vida. Partem tão tristes os tristes, Tão fora d’esperar bem, Que nunca tão tristes vistes Outros nenhuns por ninguém. 54 CANTIGA SUA PARTINDO-SE (João Roiz de Castelo-Branco)
  • 55. G I L V I C E N T E (1465– 1539) FUNDADOR DO TEATRO PORTUGUÊS CRISTÃO / HUMANISTA transição entre a Idade Média e o Renascimento. •Poeta e teatrólogo de prestígio na Corte •1ª peça: “Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro” – 1502. 55
  • 56. 56 Trilogia das Barcas (alegorias da morte): “Auto da Barca do Inferno” “Auto da Barca do Purgatório” “Auto da Barca da Glória”.
  • 57.  Teatro alegórico / simples / popular;  Satírico, moralizante e poético;  “Pelo riso corrigem-se os costumes”;  Personagens caricaturais;  Crítica às instituições sociais e pessoas. Arte de Marcílio Godói 57
  • 58. A missão do teatro vicentino  O teatro vicentino não é teocêntrico.  Retrata o homem em sociedade, com a missão moralizante e reformadora.  Não visa atingir instituições, mas os homens inescrupulosos que as compõem.  Demonstra como o ser humano em geral é egoísta, falso, mentiroso, orgulhoso e frágil perante os apelos da carne e do dinheiro.  Crítico da nova ordem social e dos valores burgueses que surgiam na sociedade portuguesa do início do século XVI.  Modalidades teatrais: mistérios / milagres / sotties / farsas / autos... 58
  • 59. 59 Atividade para os alunos desenvolverem em casa: Ex: - Exercícios; - Pesquisa; - Seminário; - Portfólio; - Etc.
  • 60. Todo o Mundo: Eu hei nome Todo o Mundo e meu tempo todo inteiro sempre é buscar dinheiro e sempre nisto me fundo. Ninguém: E eu hei nome Ninguém, e busco a consciência. DIÁLOGO DO AUTO DA LUSITÂNIA 60 Berzabu: Esta é boa experiência: Dinato, escreve isto bem. Dinato: Que escreverei companheiro? Berzabu: Que Ninguém busca consciência, e Todo o Mundo dinheiro.
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