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Manual de Formação
UFCD 3377 - Práticas de segurança,
higiene e saúde nos serviços de
andares em hotelaria
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ÍNDICE
1. OBJETIVO(S) DO CURSO .................................................................................................................. 3
2. CONTEÚDOS/TEMÀTICAS................................................................................................................. 3
CONCEITOS GERAIS......................................................................................................................................... 4
Riscos Profissionais......................................................................................................................................... 4
RISCOS FISICOS............................................................................................................................................... 5
Vírus, Bactérias e Fungos................................................................................................................................. 6
Riscos Químicos.............................................................................................................................................. 6
Riscos Ergonómicos......................................................................................................................................... 6
Sinalização ..................................................................................................................................................... 6
Sinais de Segurança ........................................................................................................................................ 8
EPI ............................................................................................................................................................... 10
Riscos Químicos............................................................................................................................................ 16
Acidente Trabalho ........................................................................................................................................ 21
Consequências dos acidentes de Trabalho ..................................................................................................... 25
Como prevenir os Acidentes de Trabalho ....................................................................................................... 25
Custos Dos Acidentes de Trabalho ................................................................................................................. 27
Bibliografia Aconselhada............................................................................................................................... 30
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1. OBJETIVO(S) DO CURSO
No final da formação, os formandos deverão ser capazes de identificar as normas e
procedimentos de segurança, higiene e saúde no trabalho, com especial incidência nos
serviços de andares em hotelaria.
2. CONTEÚDOS/TEMÀTICAS
Objetivos Específicos:
Recolher conhecimentos dos formandos sobre Higiene e saúde nos serviços de hotelaria;
Saber identificar os conceitos de segurança/higiene e saúde nos andares na hotelaria;
Conhecer e aplicar os as regras de aplicação do Manual de segurança, Plano de segurança na
unidade hoteleira;
Conhecer e aplicar os meios e regras de segurança;
Explicar a segurança na condução de equipamentos e na manutenção de materiais na unidade hoteleira;
Definir os planos de segurança na UH e plano contra roubos;
Conteúdos:
 Segurança na condução de equipamento e na movimentação de materiais na unidade hoteleira
– Normas do vestuário
– Prevenção de choques elétricos
– Movimentação de peças pesadas
 Plano de segurança da unidade hoteleira
– Plano de prevenção de acidentes
– Plano de prevenção de incêndios
– Plano de evacuação
 Plano contra roubos
 Causas de acidentes no trabalho
– Acidentes de movimentação
– Choques e quedas
– Acidentes provocados por ferramentas e máquinas em movimento
– Choques elétricos
– Acidentes provocados por químicos e gases
– Queimaduras
 Tipos de feridas
– Ferida aberta e ferida fechada
– Queimadura
– Choque elétrico
 Atuação em situações de emergência
– Perda de sentidos
– Feridas
– Electrocuções
– Ataque cardíaco
– Entorses ou distensões
– Envenenamento
– Queimadura
 Noções gerais sobre os fogos
 Causas de risco de incêndio
– Sistema de aquecimento e cozedura
– Chaminé e tubos de fumo
– Materiais inflamáveis
– Aparelhos elétricos
– Trabalhadores e outras pessoas fumadoras
 Tipos de incêndio
– Incêndios provocados por uma explosão
– Incêndio de hidrocarbonetos
– Incêndio de matérias sólidas
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– Incêndio causado por curto-circuito elétrico
 Sistemas de deteção
 Tipos de extintores
– Extintores automáticos, ditos de água
– Extintores de pó químico
– Extintores de espuma
– Outros
 Atuação em caso de incêndio
– Plano de ataque
– Manipulação dos extintores
– Acionamento do sistema automático
 Técnicas de extinção de incêndio de gás
CONCEITOS GERAIS
Segurança no Trabalho - Conjunto de métodos que visam controlar os riscos associados ao
local de trabalho e ao processo produtivo, quer ao nível dos equipamentos e matérias-primas,
quer ao nível do ambiente de trabalho, etc. O objetivo é a prevenção de acidentes de trabalho.
Higiene no Trabalho – Conjunto de métodos e de boas práticas (não médicas) importantes para
a prevenção de doenças profissionais, nomeadamente o controlo dos agentes físicos (ruído),
agentes químicos (ácidos) e agentes biológicos (bactérias).
Riscos Profissionais
OS RISCOS PROFISSIONAIS QUE RODEIAM O POSTO DE TRABALHO
• Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento das suas
tarefas diárias.
• Alguns destes riscos atingem grupos específicos de profissionais, como é o caso, dos
mergulhadores, que trabalham submetidos a altas pressões e a baixas temperaturas.
Por esse facto, são obrigados a usar roupas especiais, para conservar a temperatura do
Qualquer situação de perigo que seja associada a uma atividade profissional,
podendo atingir a saúde do trabalhador.
O desconhecimento dos perigos da sinalização e de regras básicas de
segurança são os principais riscos.
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corpo, e passam por cabines de compressão e descompressão, cada vez que mergulham
ou sobem à superfície.
• Outros fatores de risco não escolhem profissão: agridem trabalhadores de diferentes
áreas e níveis ocupacionais, de maneira subtil, praticamente impercetível. Esses últimos
são os mais perigosos, porque são os mais ignorados
Os principais tipos de risco profissionais que afetam os trabalhadores de um modo geral,
estão separados em:
􀀻 Riscos físicos
􀀻 Riscos químicos
􀀻 Riscos Biológicos
􀀻 Riscos Ergonómicos
RISCOS FISICOS
Mecânicos
 Relacionados com o movimento de máquinas, ferramentas e instrumentos de trabalho,
os quais devem estar devidamente protegidos;
Iluminação
• Sendo insuficiente, excessiva ou inadequada, pode originar acidentes ou infeções na
vista;
Ruído
 Para além de um determinado nível torna-se incómodo, e um obstáculo à comunicação,
contribuindo para o aumento da fadiga, podendo provocar alterações no sistema
nervoso e auditivo;
Eletricidade
• Sendo uma forma de energia essencial a qualquer empresa, constitui um risco sempre
presente, muitas vezes por má utilização, ou adulteração das finalidades para que as
instalações elétricas foram criadas;
Temperaturas Extremas e Humidade Excessiva
 O calor provoca desgaste e fadiga excessivos, cefaleias, taquicardia, astenia e
dificuldades de concentração, consumo anormal de alimentos. Por seu lado, o frio, leva,
por vezes, ao “choque térmico”, queimaduras e alterações nas extremidades do corpo;
Vibrações
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• Resultantes das trepidações de equipamentos mal protegidos, afinados ou ajustados,
provocam alterações da coluna, do sistema nervoso, ósseo e articular, bem como
dificuldades respiratórias;
Incêndio
• Resultante da existência de matérias-primas, produtos acabados ou subsidiários com
características combustíveis ou carburantes perto de locais onde há chama livre,
trabalhos de manutenção, ou máquinas desenvolvendo calor pelo atrito são fatores a
considerar.
Vírus, Bactérias e Fungos
 Característicos de locais como Hospitais, Matadouros, Indústria Alimentar, provocam
frequentemente doenças infeciosas;
Riscos Químicos
 Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de
poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da
atividade, de exposição, possam ter contacto ou ser absorvido pelo organismo através
da pele ou por ingestão.
Riscos Ergonómicos
• As lesões por Esforço Repetitivo são problemas de saúde que ocorrem mais frequente
nos escritórios modernos. Estas lesões resultam de planos e estações de trabalho
projetados de forma inadequada.
Sinalização
A sinalização é a técnica que administra uma indicação relativa á segurança de pessoas ou
materiais.
Quando é que se deve aplicar?
Quando não é possível eliminar o risco no projeto.
Quando não é possível a utilização de sistemas de proteção coletivas.
Quando não é possível proteger o trabalhador com equipamento de proteção
individual ( EPI)
 Como complemento das restantes ações de prevenção
ONDE EXISTIR
• Em todos os locais de trabalho:
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- Abranger todos os trabalhadores;
- Abranger todos aqueles que temporariamente aí se encontrem (ex: visitas,
fornecedores, prestadores de serviços externos).
• Nos locais que habitualmente se encontram abertos ao público.
Sinalização
Requisitos
- Atrair a atenção dos trabalhadores;
- Dar a conhecer o risco ou a informação que se pretende transmitir para que o
trabalhador possa atuar;
- Ter uma única interpretação, ser clara: não afixar um número excessivo de sinais ou
utilizando sinalização que possa confundir-se;
- Indicar a maneira correta de atuar em cada caso concreto;
- Estar instalado em local bem iluminado, a uma altura e posição apropriadas;
- Ser retirados sempre que a situação que os justificava deixe de se verificar;
- Ser de materiais que ofereçam resistência a choques e intempéries.
- Em caso de iluminação deficiente devem usar-se cores fosforescentes, materiais
refletores ou iluminação artificial na sinalização;
- reparados ou substituídos;
- O bom funcionamento e a eficiência deve ser verificada antes da sua entrada em serviço
e, posteriormente, de forma repetida;
- O número e a localização dependem da importância dos riscos, dos perigos e da
extensão da zona a cobrir;
- Os dispositivos que funcionem mediante uma fonte de energia deve ser assegurar uma
alimentação alternativa de emergência;
- Sinal luminoso ou acústico, que indique o início de uma ação, deve prolongar-se durante
o tempo que a situação o exigir;
- Sinal luminoso ou acústico deve ser rearmado imediatamente após cada utilização.
Princípios de Eficiência
• Evitar a fixação de um número excessivo de placas na proximidade umas das outras;
• Não utilizar simultaneamente dois sinais luminosos que possam ser confundidos;
• Não utilizar um sinal luminoso na proximidade de outra fonte luminosa pouco nítida;
• Não utilizar dois sinais sonoros ao mesmo tempo;
• Não utilizar um sinal sonoro quando o ruído ambiente for demasiado forte.
MANUTENÇÃO
• Todos os equipamentos de sinalização deverão ser mantidos em bom estado de
conservação (limpeza, reparação, substituição e funcionamento).
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• Não deve ser confundida ou afetada por qualquer outro tipo de sinalização ou fonte
emissora estranha à sinalização de segurança.
Sinais de Segurança
São os que resultam da combinação de uma forma geométrica, uma cor (cor de segurança), um
símbolo e um desenho.
Classe dos sinais
Consoante o significado, os sinais podem ser classificados em:
 PROIBIÇÃO
 OBRIGAÇÃO
 AVISO
 SOCORRO
Incêndio
PROIBIÇÃO
Indicam comportamentos proibidos de acordo com o desenho inseridos no sinal. São utilizados
em instalações, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Tem a forma circular, o
contorno vermelho, o desenho a preto e o fundo branco.
Proibição de apagar com
água
Proibição de fazer lume e de
fumar
Proibição de fumar
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OBRIGAÇÃO
Impõe um determinado comportamento consoante o desenho nesse inserido. Tem uma forma
circular, um contraste e fundo azul e o desenho em branco.
AVISO
Indicam situações de risco potencial de acordo com o desenho inserido no sinal. São utilizados
em instalações, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Têm forma triangular, o
contorno e o desenho a preto e fundo amarelo.
Proteção obrigatória dos
ouvidos
Proteção obrigatória dos
olhos
Proteção obrigatória da
cabeça
• Agulheta de incêndio
• Escada de Incêndio
• Extintor
• Telefone para luta contra incêndios
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Sinalização de indicação sobre o material de combate a incêndios:
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SOCORRO
Fornecem informações de salvamento de acordo com o desenho inserido no sinal. São
utilizados em instalações, acessos e equipamentos, etc. Têm a forma retangular, fundo verde e
desenho branco.
EPI
PROTECÇÃO DAS MÃOS PROTECÇÃO DO CORPO
Uma sinalização correta é eficaz na qualidade da técnica de segurança
complementar, mas nunca esquecer que ela (a sinalização) não elimina
os riscos.
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Decreto – Lei 441/91
Este diploma indica qual a prioridade da proteção coletiva sobre a individual:
 Medidas de carácter construtivo
 Medidas de carácter organizativo
 Medidas de proteção individual
Medidas de Carácter construtivo:
– Eliminar o risco na origem, na fonte;
– Envolver o risco, isolamento do risco;
Medidas de carácter organizativo
– Afastar o homem da exposição ao risco;
Medidas de proteção individual
– Envolver o homem
O que é um equipamento de proteção individual?
• Qualquer equipamento destinado a ser usado ou detido pelo trabalhador para a sua proteção
contra um ou mais riscos suscetíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde no trabalho.
• É pois, necessário que o equipamento em questão se destine especificamente a proteger a
saúde e a segurança do trabalhador no trabalho, excluindo qualquer outro objetivo de interesse
geral para a empresa como, por exemplo, o uso de uniformes.
Um EPI deve ser concebido e executado em conformidade com as disposições regulamentares em vigor:
• A entidade patronal fornece gratuitamente aos trabalhadores EPI em bom estado:
• adequados relativamente aos riscos a prevenir;
• que não sejam eles próprios geradores de novos riscos;
• que tenham em conta parâmetros pessoais associados ao utilizador e à natureza do seu
trabalho.
• A regra é um equipamento para cada pessoa exposta! Se forem fornecidos a um trabalhador
vários EPI, estes devem ser compatíveis entre si.
• Se um só EPI servir para vários trabalhadores, será necessário velar pelo estrito respeito das
regras de higiene.
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• A entidade patronal deve velar para que as informações necessárias à utilização dos EPI se
encontrem disponíveis na empresa sob uma forma que possa ser compreendida pelos
trabalhadores que os utilizam, a cujo conhecimento elas devem ser levadas.
• A entidade patronal deve organizar sessões de formação e de treino dos trabalhadores em
causa, a fim de garantir uma utilização dos EPI em conformidade com os folhetos de instruções.
• Os EPI devem ser usados pelo trabalhador exclusivamente nas circunstâncias para as quais são
recomendados e depois de a entidade patronal ter informado o trabalhador da natureza dos
riscos contra os quais o referido EPI o protege.
Como avaliar um EPI do ponto de vista da segurança?
• Convém proceder ao estudo das partes do corpo suscetíveis de serem expostas a riscos:
– Riscos Físicos;
– Riscos Químicos;
– Riscos Biológicos.
Ensaio de Dispositivos de Proteção Individual na Empresa
• Para testar um novo EPI, devem tanto quanto possível, escolher-se trabalhadores com um
critério objetivo de apreciação.
• É indispensável a sua elucidação quanto aos riscos a controlar, bem como o ensaio de mais de
um tipo de proteção.
• O registo de elementos como: durabilidade, efeito de proteção, comodidade, possibilidade de
limpeza, entre outros, é extremamente importante para uma solução definitiva.
• A decisão final sobre a utilização do EPI deve ser tomada com base numa análise cuidada do
posto de trabalho, análise essa em que devem participar chefias e trabalhadores.
•
• A co-decisão conduz a uma maior motivação para o seu uso.
Formação do Utilizador
• Os EPI's são simples?
• É fácil a utilização correta de um dado EPI?
• Para muitos EPI's é necessária uma ação de demonstração, quando são utilizados pela primeira
vez.
• A transferência de informação deve estar associada à motivação.
Os pontos fundamentais na formação do utilizador são os seguintes
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1) Porquê utilizar um determinado EPI e qual o tipo de proteção que ele garante?
1) Qual o tipo de proteção que ele NÃO garante?
1) Como utilizar o EPI e ficar seguro de que o EPI garante a proteção esperada?
1) Quando se devem substituir as peças de um dado EPI?
Principais tipos de proteção individual
• A cabeça deve ser adequadamente protegida perante o risco de queda de objetos pesados,
pancadas violentas ou projeção de partículas.
• A proteção da cabeça obtém-se mediante uso de capacete de proteção, o qual deve apresentar
elevada resistência ao impacto e à penetração.
Protecção dos Olhos e do Rosto
• Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes podem atingir a
maior gravidade.
• As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho, podem ser devidas a diferentes
causas:
• Ações mecânicas, através de poeiras, partículas ou aparas;
• Ações óticas, através de luz visível (natural ou artificial), invisível (radiação ultravioleta ou
infravermelha) ou ainda raios laser;
Proteção dos Olhos e do Rosto
• Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras apropriados, cujos vidros deverão
resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos.
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• Ações térmicas, devidas a temperaturas extremas.
• Ações químicas, através de produtos corrosivos (sobretudo ácidos e bases) no estado sólido
líquido ou gasoso;
Proteção das Vias Respiratórias
• A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas vezes, contaminada em virtude da
existência de agentes químicos agressivos, tais como gases, vapores, neblinas, fibras, poeiras.
• A proteção das vias respiratórias é feita através dos chamados dispositivos de proteção
respiratória - aparelhos filtrantes (máscaras).
Proteção dos Ouvidos
• Há fundamentalmente, dois tipos de protetores de ouvidos: os auriculares (ou tampões) e os
auscultadores (ou protetores de tipo abafador).
• Os auriculares são introduzidos no canal auditivo externo e visam diminuir a intensidade das
variações de pressão que alcançam o tímpano.
Proteção do Tronco
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• O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confecionado em diferentes tecidos.
• O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se evitar a sua prisão pelos órgãos em
movimento. A gravata ou cachecol constituem, geralmente, um risco.
• Na promulgação do manual deve ser feita a justificação das exclusões e
referência ao Representante da Gestão para os assuntos da Qualidade.
• Verificação, Aprovação e Revisão – definir periodicidade de revisão, como se
procede sempre que existe uma alteração, como é feita a sua distribuição e
controlo;
Proteção dos Pés e dos Membros Inferiores
 A proteção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir de efeitos
mecânicos, térmicos, químicos ou eléctricos. Quando há possibilidade de queda de materiais,
deverão ser usados sapatos ou botas revestidos interiormente com biqueiras de aço,
eventualmente com reforço no artelho e no peito do pé.
Proteção dos Pés e dos Membros Inferiores
Em certos casos verifica-se o risco de perfuração da planta dos pés (ex: trabalhos de construção civil)
devendo, então, ser incorporada uma palmilha de aço no respetivo calçado.
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Proteção das Mãos e dos Membros Superiores
• Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na indústria. Daí
a necessidade da sua proteção.
• O braço e o antebraço estão, geralmente menos expostos do que as mãos, não sendo contudo
de subestimar a sua proteção.
Proteção contra Quedas
Em todos os trabalhos que apresentam risco de queda livre deve utilizar-se o cinto de segurança, que
poderá ser reforçado com suspensórios fortes e, em certos casos associado a dispositivos mecânicos
amortecedores de quedas.
Riscos Químicos
Armazenamento de produtos químicos
• Estar devidamente identificados e em condições de segurança;
• Só terem acesso pessoas devidamente autorizadas;
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• Ter pelo menos duas saídas;
• Estar devidamente iluminados e ventilados;
• Serem providos de sistema de arrefecimento de ar;
• Não permitir fumar nem fazer lume;
• Não ser permitido usar aquecimentos;
• Não ser permitido misturar ou transferir químicos;
• As vias de evacuação estarem desimpedidas.
PRATELEIRAS
• As garrafas e contentores maiores estarem armazenados a menos de 60 cm do chão;
• Contentores de produtos químicos corrosivos estarem abaixo do nível dos olhos;
• As prateleiras estarem inclinadas ou ter guardas para evitar a queda dos contentores;
• Existir espaço suficiente e os compostos não estarem uns em cima dos outros;
• Não haver garrafas vazias nas prateleiras;
• As prateleiras serem estáveis, resistentes e devidamente presas às paredes;
• As prateleiras estarem limpas, libertas de poeiras e de contaminação dos químicos.
ROTULAGEM
• A ROTULAGEM É OBRIGATÓRIA E SERVE PARA INFORMAR IMEDIATAMENTE O UTILIZADOR
DO PRODUTO, PERMITINDO COM ISSO, EVITAR CONFUSÕES E ERROS DE MANIPULAÇÃO
Sinalização de recipientes
• Portaria n.º 1152/97, de 12/Novembro – define as regras de ROTULAGEM para os recipientes e
tubagens com substâncias ou preparações perigosas;
Sinalização:
- Rótulo sob a forma de pictograma sobre fundo colorido ou
- Placas com o sinal adequado e informação complementar (fórmula química, pormenores sobre
o risco, regras segurança,...)
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ROTULAGEM DOS RECIPIENTES
• Todos os frascos estarem devidamente rotulados com o seu conteúdo;
• Os rótulos serem legíveis e livres de contaminações ou corrosão;
• Os rótulos estarem devidamente ligados aos frascos ou contentores;
• Os contentores estarem rotulados com os avisos adequados (venenoso, corrosivo, etc);
• Todos os contentores apresentarem data de compra e o prazo de validade;
• Os rótulos incluem as precauções necessárias para o composto específico.
ROTULAGEM
SIMBOLOS de perigo
"E" EXPLOSIVO
• Este símbolo refere-se a uma substância que pode explodir se entrar em
contacto com uma chama, ou se sofrer choque ou fricção.
"O" OXIDANTE
• Este símbolo refere-se a uma substância que produz calor quanto reage
com outras substâncias, particularmente inflamáveis.
“F” ALTAMENTE INFLAMÁVEL
• Este símbolo refere-se a uma substância que entra em ignição em condições normais de pressão e
temperatura , ou se for um sólido pode entrar em ignição em contato com a fonte de calor, e o qual
continua queimando por reação química mesmo depois da remoção da fonte. Se esta substância for
gás, ela queima em contacto com o ar em condições normais de pressão.
Em contato com água ou ar húmido esta substância pode lançar gases altamente inflamáveis em
quantidades perigosas.
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"F+" EXTREMAMENTE INFLAMÁVEL
• Este símbolo refere-se a uma substância líquida que entra em ignição quando seus vapores
entram em contacto com uma fonte de calor.
"T+" MUITO TÓXICO
• Este símbolo refere-se a uma substância que se inalada, ingerida, ou em contacto com a pele,
pode causar danos imediato à saúde e a longo prazo pode levar à morte.
"C" CORROSIVO
• Este símbolo refere-se a uma substância que causa destruição e queimaduras de tecidos vivos.
"T" TÓXICO
• Este símbolo refere-se a uma substância altamente perigosa à saúde.
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"Xn" PREJUDICIAL - MENOS QUE "T"
• Este símbolo refere-se a uma substância que pode causar risco à saúde. Pode haver reacção
alérgica.
"Xi" IRRITANTE - MENOS QUE "C"
• Este símbolo refere-se a uma substância que pode causar irritação em contacto com a pele.
"N" PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE
• Este símbolo refere-se a uma substância que causa danos ao meio ambiente.
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Exemplo de Etiqueta
Fichas de Dados de Segurança
1. IDENTIFICAÇÃO DA SUBSTÂNCIA / PREPARAÇÃO E DA SOCIEDADE / EMPRESA
2. COMPOSIÇÃO/INFORMAÇÃO SOBRE OS COMPONENTES
3. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS
4. PROCEDIMENTOS PARA PRIMEIROS SOCORROS
5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIOS
6. MEDIDAS A TOMAR EM CASO DE FUGAS ACIDENTAIS
7. MANUSEAMENTO E ARMAZENAGEM
8. CONTROLO DE EXPOSIÇÃO / PROTECÇÃO INDIVIDUAL
9. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS
10.ESTABILIDADE E REACTIVIDADE
11. INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA
12.INFORMAÇÃO ECOLÓGICA
13. QUESTÕES RELATIVAS À ELIMINAÇÃO DO PRODUTO
14. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO TRANSPORTE
15. INFORMAÇÃO SOBRE REGULAMENTAÇÃO
16. OUTRAS INFORMAÇÕES
Acidente Trabalho
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Muitos estudos sobre as causas dos acidentes de trabalho têm vindo a dar razão ao que os
psicólogos do trabalho há muito afirmam, isto é, que é sobre o homem que é necessário agir
para diminuir os acidentes
Na realidade está estatisticamente provado que mais de 80% dos acidentes do trabalho têm
causas humanas.
Assim sendo, a ação prioritária para reduzir os acidentes deve ter como objeto os
trabalhadores, nomeadamente na sua formação e informação.
As causas humanas dos acidentes de trabalho mais comuns, são:
• Maus hábitos de trabalho
• Falta de experiência
• Falta ou deficiente formação profissional
• Cansaço
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• Stress
Entre as causas materiais dos acidentes, as mais comuns são:
• Materiais defeituosos
• Equipamentos em más condições
Todos os acidentes de trabalho devem ser participados, podendo fazer-se sob várias
modalidades:
• por parte da vítima ou familiares à entidade patronal;
• pela entidade patronal à seguradora;
• pela entidade patronal à respetiva instituição de previdência;
• pelo médico do trabalho ao delegado.
A participação de um acidente faz-se com o preenchimento e envio para a entidade
competente de um documento que descreve o acidente da forma mais completa, indicando
designadamente:
• nome da entidade empregadora ;
• companhia de seguros ;
• dados pessoais do sinistrado ;
• dados sobre o acidente ;
• destino do acidentado ;
• Causa (s) do acidente ;
• Tipo (s) de lesão (ões);
• Parte (s) dos corpo atingida (s) ;
• consequências do acidente.
Participação do acidente de Trabalho
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Consequências dos acidentes de Trabalho
Como prevenir os Acidentes de Trabalho
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As ações e medidas destinadas a evitar acidentes de trabalho dependem diretamente do tipo de
atividade exercida, do ambiente de trabalho e das tecnologias e técnicas utilizadas.
Porém, tenha em atenção o seguinte:
• Faça com que o seu local de trabalho seja confortável;
• Tenha muito cuidado e siga todas as regras de segurança na realização de atividades mais
perigosas;
• Organize o local de trabalho ou o seu posto de trabalho, não deixe objetos fora dos seus lugares
ou mal arrumados. Se tudo estiver no seu lugar não precisa de improvisar perante imprevistos e
isso reduz os acidentes;
• Saiba quais os riscos e cuidados que deve ter na atividade que desenvolve e quais as formas de
proteção para reduzir esses riscos;
• Participe sempre nas ações ou cursos de prevenção de acidentes que a empresa lhe
proporcionar;
• Aplique as medidas e dispositivos de prevenção de acidentes que lhe são facultados,
designadamente o uso de vestuário de proteção adequado, como as proteções
auriculares para o ruído, óculos, capacetes e dispositivos anti-queda, e equipamento de
proteção respiratória, entre outras;
• Identificar e avaliar os Riscos;
• Não aceitar passivamente
o Risco;
• NNããoo ssuubbeessttiimmaarr oo RRiissccoo (( qquuee nneemm
sseemmpprree éé ccoonnttrroolláávveell));;
• Planear a segurança, não deixar “portas
abertas” ao improviso;
• Dar prioridade à proteção colectiva, face à
proteção individual ;
• Investir na formação/qualificação,
informação e sensibilização;
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• Não receie sugerir à empresa onde trabalha a realização de palestras, seminários e
ações de formação sobre prevenção de acidentes
•
Custos Dos Acidentes de Trabalho
Desde os estudos levados a cabo por H. W. Heinrich em 1931, passaram a classificar-se os
custos dos acidentes de trabalho em dois tipos:
• Custos diretos
• Custos indiretos
Os custos diretos como o nome indica, são aqueles que podem ser diretamente imputados a
dado acidente e por norma podem ser quantificáveis com facilidade.
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Doenças Profissionais
O que são doenças profissionais?
Doença profissional é aquela que resulta diretamente das condições de trabalho, consta da
Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de Julho) e causa
incapacidade para o exercício da profissão ou morte.
E se eu tiver uma doença que não consta da Lista de Doenças Profissionais?
O QUE SÃO DOENÇAS
PROFISSIONAIS?
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A Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não
incluídas na lista serão indemnizáveis, desde que se provem serem consequência, necessária e
direta, da atividade exercida e não representem normal desgaste do organismo (Código do
Trabalho, n.º 2 do art. 310).
Em que é que as doenças profissionais diferem das outras doenças?
As doenças profissionais em nada se distinguem das outras doenças, salvo pelo facto de terem
a sua origem em fatores de risco existentes no local de trabalho.
O centro irá estudar a situação e avaliar se se trata, ou não, de doença profissional, mediante
solicitação do próprio trabalhador afetado, em impresso próprio. Também as prestações
pecuniárias e em espécie deverão ser requeridas ao CNPRP pelo trabalhador doente.
O que é o Centro Nacional de Proteção contra Riscos Profissionais (CNPRP)?
• É uma instituição que pertence ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e
que tem por missão assegurar a prevenção, tratamento, recuperação e reparação de
doenças ou incapacidades resultantes de riscos profissionais.
• Tem um corpo de médicos especialistas que se encarregam de certificar as doenças
profissionais, isto é, estudam as doenças que são comunicadas através das participações
e a as condições de trabalho em que se desenvolveram para compreenderem se
existem, ou não, relações entre ambas.
MANUAL
PÁGINA 30 DE 30
Bibliografia Aconselhada
Edições Verlag Dashofer
Miguel Alberto, “Manual de Higiene E segurança do Trabalho”, 8 Edição,2005, Porto Editora
Manual do Curso: “Curso de Formação para o Desempenho de Funções de Segurança e Higiene
no Trabalho por Trabalhadores Designado”, Instituto de Desenvolvimento e Inspeção Condições
de Trabalho (ACT).
www.dgct.mts.gov.pt
www.igit.gov.pt
www.ishst.pt
www.catim.pt
www.pt.osha.eu.int

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Segurança Hotelaria

  • 1. Manual de Formação UFCD 3377 - Práticas de segurança, higiene e saúde nos serviços de andares em hotelaria
  • 2. MANUAL PÁGINA 2 DE 30 ÍNDICE 1. OBJETIVO(S) DO CURSO .................................................................................................................. 3 2. CONTEÚDOS/TEMÀTICAS................................................................................................................. 3 CONCEITOS GERAIS......................................................................................................................................... 4 Riscos Profissionais......................................................................................................................................... 4 RISCOS FISICOS............................................................................................................................................... 5 Vírus, Bactérias e Fungos................................................................................................................................. 6 Riscos Químicos.............................................................................................................................................. 6 Riscos Ergonómicos......................................................................................................................................... 6 Sinalização ..................................................................................................................................................... 6 Sinais de Segurança ........................................................................................................................................ 8 EPI ............................................................................................................................................................... 10 Riscos Químicos............................................................................................................................................ 16 Acidente Trabalho ........................................................................................................................................ 21 Consequências dos acidentes de Trabalho ..................................................................................................... 25 Como prevenir os Acidentes de Trabalho ....................................................................................................... 25 Custos Dos Acidentes de Trabalho ................................................................................................................. 27 Bibliografia Aconselhada............................................................................................................................... 30
  • 3. MANUAL PÁGINA 3 DE 30 1. OBJETIVO(S) DO CURSO No final da formação, os formandos deverão ser capazes de identificar as normas e procedimentos de segurança, higiene e saúde no trabalho, com especial incidência nos serviços de andares em hotelaria. 2. CONTEÚDOS/TEMÀTICAS Objetivos Específicos: Recolher conhecimentos dos formandos sobre Higiene e saúde nos serviços de hotelaria; Saber identificar os conceitos de segurança/higiene e saúde nos andares na hotelaria; Conhecer e aplicar os as regras de aplicação do Manual de segurança, Plano de segurança na unidade hoteleira; Conhecer e aplicar os meios e regras de segurança; Explicar a segurança na condução de equipamentos e na manutenção de materiais na unidade hoteleira; Definir os planos de segurança na UH e plano contra roubos; Conteúdos:  Segurança na condução de equipamento e na movimentação de materiais na unidade hoteleira – Normas do vestuário – Prevenção de choques elétricos – Movimentação de peças pesadas  Plano de segurança da unidade hoteleira – Plano de prevenção de acidentes – Plano de prevenção de incêndios – Plano de evacuação  Plano contra roubos  Causas de acidentes no trabalho – Acidentes de movimentação – Choques e quedas – Acidentes provocados por ferramentas e máquinas em movimento – Choques elétricos – Acidentes provocados por químicos e gases – Queimaduras  Tipos de feridas – Ferida aberta e ferida fechada – Queimadura – Choque elétrico  Atuação em situações de emergência – Perda de sentidos – Feridas – Electrocuções – Ataque cardíaco – Entorses ou distensões – Envenenamento – Queimadura  Noções gerais sobre os fogos  Causas de risco de incêndio – Sistema de aquecimento e cozedura – Chaminé e tubos de fumo – Materiais inflamáveis – Aparelhos elétricos – Trabalhadores e outras pessoas fumadoras  Tipos de incêndio – Incêndios provocados por uma explosão – Incêndio de hidrocarbonetos – Incêndio de matérias sólidas
  • 4. MANUAL PÁGINA 4 DE 30 – Incêndio causado por curto-circuito elétrico  Sistemas de deteção  Tipos de extintores – Extintores automáticos, ditos de água – Extintores de pó químico – Extintores de espuma – Outros  Atuação em caso de incêndio – Plano de ataque – Manipulação dos extintores – Acionamento do sistema automático  Técnicas de extinção de incêndio de gás CONCEITOS GERAIS Segurança no Trabalho - Conjunto de métodos que visam controlar os riscos associados ao local de trabalho e ao processo produtivo, quer ao nível dos equipamentos e matérias-primas, quer ao nível do ambiente de trabalho, etc. O objetivo é a prevenção de acidentes de trabalho. Higiene no Trabalho – Conjunto de métodos e de boas práticas (não médicas) importantes para a prevenção de doenças profissionais, nomeadamente o controlo dos agentes físicos (ruído), agentes químicos (ácidos) e agentes biológicos (bactérias). Riscos Profissionais OS RISCOS PROFISSIONAIS QUE RODEIAM O POSTO DE TRABALHO • Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas diárias. • Alguns destes riscos atingem grupos específicos de profissionais, como é o caso, dos mergulhadores, que trabalham submetidos a altas pressões e a baixas temperaturas. Por esse facto, são obrigados a usar roupas especiais, para conservar a temperatura do Qualquer situação de perigo que seja associada a uma atividade profissional, podendo atingir a saúde do trabalhador. O desconhecimento dos perigos da sinalização e de regras básicas de segurança são os principais riscos.
  • 5. MANUAL PÁGINA 5 DE 30 corpo, e passam por cabines de compressão e descompressão, cada vez que mergulham ou sobem à superfície. • Outros fatores de risco não escolhem profissão: agridem trabalhadores de diferentes áreas e níveis ocupacionais, de maneira subtil, praticamente impercetível. Esses últimos são os mais perigosos, porque são os mais ignorados Os principais tipos de risco profissionais que afetam os trabalhadores de um modo geral, estão separados em: 􀀻 Riscos físicos 􀀻 Riscos químicos 􀀻 Riscos Biológicos 􀀻 Riscos Ergonómicos RISCOS FISICOS Mecânicos  Relacionados com o movimento de máquinas, ferramentas e instrumentos de trabalho, os quais devem estar devidamente protegidos; Iluminação • Sendo insuficiente, excessiva ou inadequada, pode originar acidentes ou infeções na vista; Ruído  Para além de um determinado nível torna-se incómodo, e um obstáculo à comunicação, contribuindo para o aumento da fadiga, podendo provocar alterações no sistema nervoso e auditivo; Eletricidade • Sendo uma forma de energia essencial a qualquer empresa, constitui um risco sempre presente, muitas vezes por má utilização, ou adulteração das finalidades para que as instalações elétricas foram criadas; Temperaturas Extremas e Humidade Excessiva  O calor provoca desgaste e fadiga excessivos, cefaleias, taquicardia, astenia e dificuldades de concentração, consumo anormal de alimentos. Por seu lado, o frio, leva, por vezes, ao “choque térmico”, queimaduras e alterações nas extremidades do corpo; Vibrações
  • 6. MANUAL PÁGINA 6 DE 30 • Resultantes das trepidações de equipamentos mal protegidos, afinados ou ajustados, provocam alterações da coluna, do sistema nervoso, ósseo e articular, bem como dificuldades respiratórias; Incêndio • Resultante da existência de matérias-primas, produtos acabados ou subsidiários com características combustíveis ou carburantes perto de locais onde há chama livre, trabalhos de manutenção, ou máquinas desenvolvendo calor pelo atrito são fatores a considerar. Vírus, Bactérias e Fungos  Característicos de locais como Hospitais, Matadouros, Indústria Alimentar, provocam frequentemente doenças infeciosas; Riscos Químicos  Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contacto ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. Riscos Ergonómicos • As lesões por Esforço Repetitivo são problemas de saúde que ocorrem mais frequente nos escritórios modernos. Estas lesões resultam de planos e estações de trabalho projetados de forma inadequada. Sinalização A sinalização é a técnica que administra uma indicação relativa á segurança de pessoas ou materiais. Quando é que se deve aplicar? Quando não é possível eliminar o risco no projeto. Quando não é possível a utilização de sistemas de proteção coletivas. Quando não é possível proteger o trabalhador com equipamento de proteção individual ( EPI)  Como complemento das restantes ações de prevenção ONDE EXISTIR • Em todos os locais de trabalho:
  • 7. MANUAL PÁGINA 7 DE 30 - Abranger todos os trabalhadores; - Abranger todos aqueles que temporariamente aí se encontrem (ex: visitas, fornecedores, prestadores de serviços externos). • Nos locais que habitualmente se encontram abertos ao público. Sinalização Requisitos - Atrair a atenção dos trabalhadores; - Dar a conhecer o risco ou a informação que se pretende transmitir para que o trabalhador possa atuar; - Ter uma única interpretação, ser clara: não afixar um número excessivo de sinais ou utilizando sinalização que possa confundir-se; - Indicar a maneira correta de atuar em cada caso concreto; - Estar instalado em local bem iluminado, a uma altura e posição apropriadas; - Ser retirados sempre que a situação que os justificava deixe de se verificar; - Ser de materiais que ofereçam resistência a choques e intempéries. - Em caso de iluminação deficiente devem usar-se cores fosforescentes, materiais refletores ou iluminação artificial na sinalização; - reparados ou substituídos; - O bom funcionamento e a eficiência deve ser verificada antes da sua entrada em serviço e, posteriormente, de forma repetida; - O número e a localização dependem da importância dos riscos, dos perigos e da extensão da zona a cobrir; - Os dispositivos que funcionem mediante uma fonte de energia deve ser assegurar uma alimentação alternativa de emergência; - Sinal luminoso ou acústico, que indique o início de uma ação, deve prolongar-se durante o tempo que a situação o exigir; - Sinal luminoso ou acústico deve ser rearmado imediatamente após cada utilização. Princípios de Eficiência • Evitar a fixação de um número excessivo de placas na proximidade umas das outras; • Não utilizar simultaneamente dois sinais luminosos que possam ser confundidos; • Não utilizar um sinal luminoso na proximidade de outra fonte luminosa pouco nítida; • Não utilizar dois sinais sonoros ao mesmo tempo; • Não utilizar um sinal sonoro quando o ruído ambiente for demasiado forte. MANUTENÇÃO • Todos os equipamentos de sinalização deverão ser mantidos em bom estado de conservação (limpeza, reparação, substituição e funcionamento).
  • 8. MANUAL PÁGINA 8 DE 30 • Não deve ser confundida ou afetada por qualquer outro tipo de sinalização ou fonte emissora estranha à sinalização de segurança. Sinais de Segurança São os que resultam da combinação de uma forma geométrica, uma cor (cor de segurança), um símbolo e um desenho. Classe dos sinais Consoante o significado, os sinais podem ser classificados em:  PROIBIÇÃO  OBRIGAÇÃO  AVISO  SOCORRO Incêndio PROIBIÇÃO Indicam comportamentos proibidos de acordo com o desenho inseridos no sinal. São utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Tem a forma circular, o contorno vermelho, o desenho a preto e o fundo branco. Proibição de apagar com água Proibição de fazer lume e de fumar Proibição de fumar
  • 9. MANUAL PÁGINA 9 DE 30 OBRIGAÇÃO Impõe um determinado comportamento consoante o desenho nesse inserido. Tem uma forma circular, um contraste e fundo azul e o desenho em branco. AVISO Indicam situações de risco potencial de acordo com o desenho inserido no sinal. São utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Têm forma triangular, o contorno e o desenho a preto e fundo amarelo. Proteção obrigatória dos ouvidos Proteção obrigatória dos olhos Proteção obrigatória da cabeça • Agulheta de incêndio • Escada de Incêndio • Extintor • Telefone para luta contra incêndios 1 2 43 Sinalização de indicação sobre o material de combate a incêndios:
  • 10. MANUAL PÁGINA 10 DE 30 SOCORRO Fornecem informações de salvamento de acordo com o desenho inserido no sinal. São utilizados em instalações, acessos e equipamentos, etc. Têm a forma retangular, fundo verde e desenho branco. EPI PROTECÇÃO DAS MÃOS PROTECÇÃO DO CORPO Uma sinalização correta é eficaz na qualidade da técnica de segurança complementar, mas nunca esquecer que ela (a sinalização) não elimina os riscos.
  • 11. MANUAL PÁGINA 11 DE 30 Decreto – Lei 441/91 Este diploma indica qual a prioridade da proteção coletiva sobre a individual:  Medidas de carácter construtivo  Medidas de carácter organizativo  Medidas de proteção individual Medidas de Carácter construtivo: – Eliminar o risco na origem, na fonte; – Envolver o risco, isolamento do risco; Medidas de carácter organizativo – Afastar o homem da exposição ao risco; Medidas de proteção individual – Envolver o homem O que é um equipamento de proteção individual? • Qualquer equipamento destinado a ser usado ou detido pelo trabalhador para a sua proteção contra um ou mais riscos suscetíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde no trabalho. • É pois, necessário que o equipamento em questão se destine especificamente a proteger a saúde e a segurança do trabalhador no trabalho, excluindo qualquer outro objetivo de interesse geral para a empresa como, por exemplo, o uso de uniformes. Um EPI deve ser concebido e executado em conformidade com as disposições regulamentares em vigor: • A entidade patronal fornece gratuitamente aos trabalhadores EPI em bom estado: • adequados relativamente aos riscos a prevenir; • que não sejam eles próprios geradores de novos riscos; • que tenham em conta parâmetros pessoais associados ao utilizador e à natureza do seu trabalho. • A regra é um equipamento para cada pessoa exposta! Se forem fornecidos a um trabalhador vários EPI, estes devem ser compatíveis entre si. • Se um só EPI servir para vários trabalhadores, será necessário velar pelo estrito respeito das regras de higiene.
  • 12. MANUAL PÁGINA 12 DE 30 • A entidade patronal deve velar para que as informações necessárias à utilização dos EPI se encontrem disponíveis na empresa sob uma forma que possa ser compreendida pelos trabalhadores que os utilizam, a cujo conhecimento elas devem ser levadas. • A entidade patronal deve organizar sessões de formação e de treino dos trabalhadores em causa, a fim de garantir uma utilização dos EPI em conformidade com os folhetos de instruções. • Os EPI devem ser usados pelo trabalhador exclusivamente nas circunstâncias para as quais são recomendados e depois de a entidade patronal ter informado o trabalhador da natureza dos riscos contra os quais o referido EPI o protege. Como avaliar um EPI do ponto de vista da segurança? • Convém proceder ao estudo das partes do corpo suscetíveis de serem expostas a riscos: – Riscos Físicos; – Riscos Químicos; – Riscos Biológicos. Ensaio de Dispositivos de Proteção Individual na Empresa • Para testar um novo EPI, devem tanto quanto possível, escolher-se trabalhadores com um critério objetivo de apreciação. • É indispensável a sua elucidação quanto aos riscos a controlar, bem como o ensaio de mais de um tipo de proteção. • O registo de elementos como: durabilidade, efeito de proteção, comodidade, possibilidade de limpeza, entre outros, é extremamente importante para uma solução definitiva. • A decisão final sobre a utilização do EPI deve ser tomada com base numa análise cuidada do posto de trabalho, análise essa em que devem participar chefias e trabalhadores. • • A co-decisão conduz a uma maior motivação para o seu uso. Formação do Utilizador • Os EPI's são simples? • É fácil a utilização correta de um dado EPI? • Para muitos EPI's é necessária uma ação de demonstração, quando são utilizados pela primeira vez. • A transferência de informação deve estar associada à motivação. Os pontos fundamentais na formação do utilizador são os seguintes
  • 13. MANUAL PÁGINA 13 DE 30 1) Porquê utilizar um determinado EPI e qual o tipo de proteção que ele garante? 1) Qual o tipo de proteção que ele NÃO garante? 1) Como utilizar o EPI e ficar seguro de que o EPI garante a proteção esperada? 1) Quando se devem substituir as peças de um dado EPI? Principais tipos de proteção individual • A cabeça deve ser adequadamente protegida perante o risco de queda de objetos pesados, pancadas violentas ou projeção de partículas. • A proteção da cabeça obtém-se mediante uso de capacete de proteção, o qual deve apresentar elevada resistência ao impacto e à penetração. Protecção dos Olhos e do Rosto • Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes podem atingir a maior gravidade. • As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho, podem ser devidas a diferentes causas: • Ações mecânicas, através de poeiras, partículas ou aparas; • Ações óticas, através de luz visível (natural ou artificial), invisível (radiação ultravioleta ou infravermelha) ou ainda raios laser; Proteção dos Olhos e do Rosto • Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras apropriados, cujos vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos.
  • 14. MANUAL PÁGINA 14 DE 30 • Ações térmicas, devidas a temperaturas extremas. • Ações químicas, através de produtos corrosivos (sobretudo ácidos e bases) no estado sólido líquido ou gasoso; Proteção das Vias Respiratórias • A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas vezes, contaminada em virtude da existência de agentes químicos agressivos, tais como gases, vapores, neblinas, fibras, poeiras. • A proteção das vias respiratórias é feita através dos chamados dispositivos de proteção respiratória - aparelhos filtrantes (máscaras). Proteção dos Ouvidos • Há fundamentalmente, dois tipos de protetores de ouvidos: os auriculares (ou tampões) e os auscultadores (ou protetores de tipo abafador). • Os auriculares são introduzidos no canal auditivo externo e visam diminuir a intensidade das variações de pressão que alcançam o tímpano. Proteção do Tronco
  • 15. MANUAL PÁGINA 15 DE 30 • O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confecionado em diferentes tecidos. • O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se evitar a sua prisão pelos órgãos em movimento. A gravata ou cachecol constituem, geralmente, um risco. • Na promulgação do manual deve ser feita a justificação das exclusões e referência ao Representante da Gestão para os assuntos da Qualidade. • Verificação, Aprovação e Revisão – definir periodicidade de revisão, como se procede sempre que existe uma alteração, como é feita a sua distribuição e controlo; Proteção dos Pés e dos Membros Inferiores  A proteção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou eléctricos. Quando há possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados sapatos ou botas revestidos interiormente com biqueiras de aço, eventualmente com reforço no artelho e no peito do pé. Proteção dos Pés e dos Membros Inferiores Em certos casos verifica-se o risco de perfuração da planta dos pés (ex: trabalhos de construção civil) devendo, então, ser incorporada uma palmilha de aço no respetivo calçado.
  • 16. MANUAL PÁGINA 16 DE 30 Proteção das Mãos e dos Membros Superiores • Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na indústria. Daí a necessidade da sua proteção. • O braço e o antebraço estão, geralmente menos expostos do que as mãos, não sendo contudo de subestimar a sua proteção. Proteção contra Quedas Em todos os trabalhos que apresentam risco de queda livre deve utilizar-se o cinto de segurança, que poderá ser reforçado com suspensórios fortes e, em certos casos associado a dispositivos mecânicos amortecedores de quedas. Riscos Químicos Armazenamento de produtos químicos • Estar devidamente identificados e em condições de segurança; • Só terem acesso pessoas devidamente autorizadas;
  • 17. MANUAL PÁGINA 17 DE 30 • Ter pelo menos duas saídas; • Estar devidamente iluminados e ventilados; • Serem providos de sistema de arrefecimento de ar; • Não permitir fumar nem fazer lume; • Não ser permitido usar aquecimentos; • Não ser permitido misturar ou transferir químicos; • As vias de evacuação estarem desimpedidas. PRATELEIRAS • As garrafas e contentores maiores estarem armazenados a menos de 60 cm do chão; • Contentores de produtos químicos corrosivos estarem abaixo do nível dos olhos; • As prateleiras estarem inclinadas ou ter guardas para evitar a queda dos contentores; • Existir espaço suficiente e os compostos não estarem uns em cima dos outros; • Não haver garrafas vazias nas prateleiras; • As prateleiras serem estáveis, resistentes e devidamente presas às paredes; • As prateleiras estarem limpas, libertas de poeiras e de contaminação dos químicos. ROTULAGEM • A ROTULAGEM É OBRIGATÓRIA E SERVE PARA INFORMAR IMEDIATAMENTE O UTILIZADOR DO PRODUTO, PERMITINDO COM ISSO, EVITAR CONFUSÕES E ERROS DE MANIPULAÇÃO Sinalização de recipientes • Portaria n.º 1152/97, de 12/Novembro – define as regras de ROTULAGEM para os recipientes e tubagens com substâncias ou preparações perigosas; Sinalização: - Rótulo sob a forma de pictograma sobre fundo colorido ou - Placas com o sinal adequado e informação complementar (fórmula química, pormenores sobre o risco, regras segurança,...)
  • 18. MANUAL PÁGINA 18 DE 30 ROTULAGEM DOS RECIPIENTES • Todos os frascos estarem devidamente rotulados com o seu conteúdo; • Os rótulos serem legíveis e livres de contaminações ou corrosão; • Os rótulos estarem devidamente ligados aos frascos ou contentores; • Os contentores estarem rotulados com os avisos adequados (venenoso, corrosivo, etc); • Todos os contentores apresentarem data de compra e o prazo de validade; • Os rótulos incluem as precauções necessárias para o composto específico. ROTULAGEM SIMBOLOS de perigo "E" EXPLOSIVO • Este símbolo refere-se a uma substância que pode explodir se entrar em contacto com uma chama, ou se sofrer choque ou fricção. "O" OXIDANTE • Este símbolo refere-se a uma substância que produz calor quanto reage com outras substâncias, particularmente inflamáveis. “F” ALTAMENTE INFLAMÁVEL • Este símbolo refere-se a uma substância que entra em ignição em condições normais de pressão e temperatura , ou se for um sólido pode entrar em ignição em contato com a fonte de calor, e o qual continua queimando por reação química mesmo depois da remoção da fonte. Se esta substância for gás, ela queima em contacto com o ar em condições normais de pressão. Em contato com água ou ar húmido esta substância pode lançar gases altamente inflamáveis em quantidades perigosas.
  • 19. MANUAL PÁGINA 19 DE 30 "F+" EXTREMAMENTE INFLAMÁVEL • Este símbolo refere-se a uma substância líquida que entra em ignição quando seus vapores entram em contacto com uma fonte de calor. "T+" MUITO TÓXICO • Este símbolo refere-se a uma substância que se inalada, ingerida, ou em contacto com a pele, pode causar danos imediato à saúde e a longo prazo pode levar à morte. "C" CORROSIVO • Este símbolo refere-se a uma substância que causa destruição e queimaduras de tecidos vivos. "T" TÓXICO • Este símbolo refere-se a uma substância altamente perigosa à saúde.
  • 20. MANUAL PÁGINA 20 DE 30 "Xn" PREJUDICIAL - MENOS QUE "T" • Este símbolo refere-se a uma substância que pode causar risco à saúde. Pode haver reacção alérgica. "Xi" IRRITANTE - MENOS QUE "C" • Este símbolo refere-se a uma substância que pode causar irritação em contacto com a pele. "N" PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE • Este símbolo refere-se a uma substância que causa danos ao meio ambiente.
  • 21. MANUAL PÁGINA 21 DE 30 Exemplo de Etiqueta Fichas de Dados de Segurança 1. IDENTIFICAÇÃO DA SUBSTÂNCIA / PREPARAÇÃO E DA SOCIEDADE / EMPRESA 2. COMPOSIÇÃO/INFORMAÇÃO SOBRE OS COMPONENTES 3. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS 4. PROCEDIMENTOS PARA PRIMEIROS SOCORROS 5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIOS 6. MEDIDAS A TOMAR EM CASO DE FUGAS ACIDENTAIS 7. MANUSEAMENTO E ARMAZENAGEM 8. CONTROLO DE EXPOSIÇÃO / PROTECÇÃO INDIVIDUAL 9. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS 10.ESTABILIDADE E REACTIVIDADE 11. INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA 12.INFORMAÇÃO ECOLÓGICA 13. QUESTÕES RELATIVAS À ELIMINAÇÃO DO PRODUTO 14. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO TRANSPORTE 15. INFORMAÇÃO SOBRE REGULAMENTAÇÃO 16. OUTRAS INFORMAÇÕES Acidente Trabalho
  • 22. MANUAL PÁGINA 22 DE 30 Muitos estudos sobre as causas dos acidentes de trabalho têm vindo a dar razão ao que os psicólogos do trabalho há muito afirmam, isto é, que é sobre o homem que é necessário agir para diminuir os acidentes Na realidade está estatisticamente provado que mais de 80% dos acidentes do trabalho têm causas humanas. Assim sendo, a ação prioritária para reduzir os acidentes deve ter como objeto os trabalhadores, nomeadamente na sua formação e informação. As causas humanas dos acidentes de trabalho mais comuns, são: • Maus hábitos de trabalho • Falta de experiência • Falta ou deficiente formação profissional • Cansaço
  • 23. MANUAL PÁGINA 23 DE 30 • Stress Entre as causas materiais dos acidentes, as mais comuns são: • Materiais defeituosos • Equipamentos em más condições Todos os acidentes de trabalho devem ser participados, podendo fazer-se sob várias modalidades: • por parte da vítima ou familiares à entidade patronal; • pela entidade patronal à seguradora; • pela entidade patronal à respetiva instituição de previdência; • pelo médico do trabalho ao delegado. A participação de um acidente faz-se com o preenchimento e envio para a entidade competente de um documento que descreve o acidente da forma mais completa, indicando designadamente: • nome da entidade empregadora ; • companhia de seguros ; • dados pessoais do sinistrado ; • dados sobre o acidente ; • destino do acidentado ; • Causa (s) do acidente ; • Tipo (s) de lesão (ões); • Parte (s) dos corpo atingida (s) ; • consequências do acidente. Participação do acidente de Trabalho
  • 25. MANUAL PÁGINA 25 DE 30 Consequências dos acidentes de Trabalho Como prevenir os Acidentes de Trabalho
  • 26. MANUAL PÁGINA 26 DE 30 As ações e medidas destinadas a evitar acidentes de trabalho dependem diretamente do tipo de atividade exercida, do ambiente de trabalho e das tecnologias e técnicas utilizadas. Porém, tenha em atenção o seguinte: • Faça com que o seu local de trabalho seja confortável; • Tenha muito cuidado e siga todas as regras de segurança na realização de atividades mais perigosas; • Organize o local de trabalho ou o seu posto de trabalho, não deixe objetos fora dos seus lugares ou mal arrumados. Se tudo estiver no seu lugar não precisa de improvisar perante imprevistos e isso reduz os acidentes; • Saiba quais os riscos e cuidados que deve ter na atividade que desenvolve e quais as formas de proteção para reduzir esses riscos; • Participe sempre nas ações ou cursos de prevenção de acidentes que a empresa lhe proporcionar; • Aplique as medidas e dispositivos de prevenção de acidentes que lhe são facultados, designadamente o uso de vestuário de proteção adequado, como as proteções auriculares para o ruído, óculos, capacetes e dispositivos anti-queda, e equipamento de proteção respiratória, entre outras; • Identificar e avaliar os Riscos; • Não aceitar passivamente o Risco; • NNããoo ssuubbeessttiimmaarr oo RRiissccoo (( qquuee nneemm sseemmpprree éé ccoonnttrroolláávveell));; • Planear a segurança, não deixar “portas abertas” ao improviso; • Dar prioridade à proteção colectiva, face à proteção individual ; • Investir na formação/qualificação, informação e sensibilização;
  • 27. MANUAL PÁGINA 27 DE 30 • Não receie sugerir à empresa onde trabalha a realização de palestras, seminários e ações de formação sobre prevenção de acidentes • Custos Dos Acidentes de Trabalho Desde os estudos levados a cabo por H. W. Heinrich em 1931, passaram a classificar-se os custos dos acidentes de trabalho em dois tipos: • Custos diretos • Custos indiretos Os custos diretos como o nome indica, são aqueles que podem ser diretamente imputados a dado acidente e por norma podem ser quantificáveis com facilidade.
  • 28. MANUAL PÁGINA 28 DE 30 Doenças Profissionais O que são doenças profissionais? Doença profissional é aquela que resulta diretamente das condições de trabalho, consta da Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de Julho) e causa incapacidade para o exercício da profissão ou morte. E se eu tiver uma doença que não consta da Lista de Doenças Profissionais? O QUE SÃO DOENÇAS PROFISSIONAIS?
  • 29. MANUAL PÁGINA 29 DE 30 A Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não incluídas na lista serão indemnizáveis, desde que se provem serem consequência, necessária e direta, da atividade exercida e não representem normal desgaste do organismo (Código do Trabalho, n.º 2 do art. 310). Em que é que as doenças profissionais diferem das outras doenças? As doenças profissionais em nada se distinguem das outras doenças, salvo pelo facto de terem a sua origem em fatores de risco existentes no local de trabalho. O centro irá estudar a situação e avaliar se se trata, ou não, de doença profissional, mediante solicitação do próprio trabalhador afetado, em impresso próprio. Também as prestações pecuniárias e em espécie deverão ser requeridas ao CNPRP pelo trabalhador doente. O que é o Centro Nacional de Proteção contra Riscos Profissionais (CNPRP)? • É uma instituição que pertence ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e que tem por missão assegurar a prevenção, tratamento, recuperação e reparação de doenças ou incapacidades resultantes de riscos profissionais. • Tem um corpo de médicos especialistas que se encarregam de certificar as doenças profissionais, isto é, estudam as doenças que são comunicadas através das participações e a as condições de trabalho em que se desenvolveram para compreenderem se existem, ou não, relações entre ambas.
  • 30. MANUAL PÁGINA 30 DE 30 Bibliografia Aconselhada Edições Verlag Dashofer Miguel Alberto, “Manual de Higiene E segurança do Trabalho”, 8 Edição,2005, Porto Editora Manual do Curso: “Curso de Formação para o Desempenho de Funções de Segurança e Higiene no Trabalho por Trabalhadores Designado”, Instituto de Desenvolvimento e Inspeção Condições de Trabalho (ACT). www.dgct.mts.gov.pt www.igit.gov.pt www.ishst.pt www.catim.pt www.pt.osha.eu.int