2. Universidade estadual da paraíbacentro de humanidadesdepartamento de geografiacurso de especialização em geografia “geografia e território: Planejamento, Urbano, Rural e ambientalprofessor: ROBSON.TEMA: DESERTIFICAÇÃO.ALUNOS: JAIRO E IZABEL
3. DEFINIÇÃO A desertificação é definida como processo de destruição do potencial produtivo da terra nas regiões de clima árido, semiárido e subsumido seco. É o processo a partir do qual determinada área fértil transforma-se em deserto, podendo ocorrer naturalmente ou de forma artificial, pela ação predatória do homem.
4. CAUSAS: Uso inadequado do solo e da água no desenvolvimento de atividades agropecuárias, na mineração, na irrigação mal planejada e no desmatamento indiscriminado. O desmatamento, que além de comprometer a biodiversidade, deixa os solos descobertos e expostos à erosão; O uso intensivo do solo, sem descanso e sem técnicas de conservação, provoca erosão e compromete a produtividade, repercutindo diretamente na situação econômica do agricultor. Mineração, queimadas e uso de agrotóxicos também contribuem para o processo de desertificação. A irrigação mal conduzida provoca a salinização dos solos, inviabilizando algumas áreas e perímetros irrigados do semiárido; Além de serem correlacionados, esses problemas desencadeiam outros, de extrema gravidade para a região afetada. É o caso do assoreamento de cursos d'água e reservatórios, provocado pela erosão, que, por sua vez, é desencadeada pelo desmatamento e por atividades econômicas desenvolvidas sem cuidados com o meio ambiente.
6. CONSEQUÊNCIAS: Natureza ambiental: PERDA DE BIODIVERSIDADE; PERDA DE SOLOS POR EROSÃO; DIMINUIÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE RECURSOS HÍDRICOS; REDUÇÃO DAS ÁREAS CULTIVÁVEIS; DIMINUIÇÃO DA PRODUTIVIDADE DAS ÁREAS AFETADAS; AUMENTO DA POLUIÇÃO HÍDRICA E ATMOSFÉRICA; AUMENTO DAS CHEIAS.
7. CONSEQUÊNCIAS: NATUREZA SOCIOECONÔMICA Abandono das terras por partes das populações mais pobres; Diminuição da qualidade de vida e aumento da mortalidade infantil devido às consequências patológicas e escassez de água; Diminuição da expectativa de vida da população e a desestruturação das famílias como unidades produtivas; Crescimento da pobreza urbana devido às migrações; Desorganização das cidades; Aumento da poluição e problemas ambientais urbanos; Perda do potencial agrícola da área atingida; Queda na produtividade e produção agrícolas; Diminuição da renda do consumo das populações; Dificuldade de manter uma oferta de produtos agrícolas de maneira constante, de modo a atender os mercados regional e nacional; Perdas econômicas que segundo dados do ministério do meio ambiente podem chegar a US$ 800 milhões, só no Brasil.
8. CONSEQUÊNCIAS DA DESERTIFICAÇÃO: Natureza político institucional Perda da capacidade produtiva do estado, sobretudo no meio rural, que repercute diretamente na arrecadação de impostos e na circulação da renda; Surgimento de novas demandas sociais que extrapolam a capacidade do estado de atendê-las.
9. UM POUCO MAIS SOBRE A DESERTIFICAÇÃO O problema vem sendo detectado desde os anos 30, nos Estados Unidos, quando intensos processos de destruição da vegetação e solos ocorreu no Meio Oeste americano. A perda de produtividade do solo por causa do manejo inadequado das culturas, do uso excessivo de fertilizantes e da destruição da cobertura vegetal é responsável hoje pela desertificação de extensas áreas do globo. Cerca de 15% da superfície terrestre está sob risco de desertificação em algum grau. As áreas mais afetadas são o oeste da América do Sul, o nordeste do Brasil, o norte e o sul da África, o Oriente Médio, a Ásia Central, o noroeste da China, a Austrália e o sudoeste dos Estados Unidos.