2. As inovações tecnológicas na
agricultura para a obtenção de maior
produtividade através do
desenvolvimento de pesquisas em
sementes, fertilização do solo,
utilização de agrotóxicos e
mecanização no campo que
aumentassem a produtividade, ficou
denominada de Revolução Verde.
A expressão Revolução Verde foi
criada em 1966, em uma conferência
em Washington, por William Gown,
que disse a um pequeno grupo de
pessoas interessadas no
desenvolvimento dos países com
déficit de alimentos “é a Revolução
Verde, feita à base de tecnologia, e
não do sofrimento do povo”.
A revolução Verde proporcionou
tecnologias que atingiram maior
eficiência na produção agrícola,
entretanto, vários problemas sociais
não foram solucionado, como é o
caso da fome mundial, além de
expulsão do pequeno produtor de
sua propriedade.
3. O processo de modernização na
campa alterou a estrutura agrária.
Pequenos produtores que não
conseguiram se adaptar ás novas
técnicas de produção, não atingiram
produtividade suficiente para manter
na atividade, consequentemente,
muitos se endividaram devido a
empréstimos bancários solicitando
para a mecanização das atividades
agrícolas, tendo como única forma
de pagamento da divida a venda da
propriedade para outros produtores.
4. AS ORIGENS DA REVOLUÇÃO
VERDE
Dr. Borlaug é considerado o “Pai da
Revolução Verde” é um dos
cientistas que mais salvou vidas no
mundo, aplicando pesquisa e
conhecimento para multiplicar a
produtividade da agricultura em
países como México, Índia e China.
Nos últimos 40 anos, usando
ciências e inovação, o Brasil se
transformou em importador de um
dos maiores exportadores de
alimentos, preservando mais de
60% de suas florestas nativas.
5. COMO A REVOLUÇÃO VERDE CHEGOU
AO BRASIL
Essa revolução foi introduzida no país na época da ditadura militar, nos anos
60 e 70, com as mesmas características do restante do mundo, uma vez que
o modelo sustenta a premissa de que a agricultura pode ser industrializada.
Um dos impactos marcantes dessa modernização do setor está na
incidência de monoculturas com plantas híbridas, além de ser fortemente
apoiada em energias não renováveis como os agrotóxicos, os adubos e na
intensa mecanização e na alteração genética dos alimentos, o que é
bastante questionado em debates sobre segurança alimentar.
Na época em que foi introduzida, foram criadas políticas públicas para
adoção do novo modelo por parte dos agricultores. Entre elas, pode-se citar
o crédito subsidiado atrelado à compra de insumos como agrotóxicos e
adubos. A criação de órgãos de pesquisas nacionais e estaduais para dar
suporte ao modelo também é considerada como um incentivo, junto ao
treinamento, no exterior, dos professores das faculdades de agronomia e a
criação de um serviço de extensão rural para levar a tecnologia até o
agricultor.
6. A DISCUSSÃO SOBRE OS ALIMENTOS
GENETICAMENTE MODIFICADOS
Sem dúvida, uma das mais acaloradas
discussões sobre as consequências da
Revolução Verde reside nos alimentos
transgênicos ou geneticamente modificados.
Ainda não se chegou a um consenso sobre o
assunto, que divide a opinião de
especialistas e da sociedade civil. Há quem
defenda que os transgênicos possam acabar
com a fome no mundo. Contudo, há quem
afirme que eles podem acarretar inúmeros
danos à saúde humana e animal e também
ao meio ambiente.