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Evita PeronEvita Peron
Profª Isabel AguiarProfª Isabel Aguiar
PERONISMO
• No começo do século 20 a Argentina era o país que mais reproduzia os
valores europeus. Após os vinte três anos de repressão da ditadura de
Juan Manuel Rosas, o país se transformara em um Estado Liberal. O poder
estava concentrado, principalmente, na mão dos senhores de estâncias e
membros dos setores comerciais e financeiros (ligados ao mercado
internacional).
A maioria da população mestiça de índios e brancos (os gaúchos) era
marginalizada e sem acesso a política nacional. O desejo de formar uma
nação de brancos, tipicamente europeia é o que estimula a imigração no
país, sendo grande parte deste contingente era formado por italianos.
A indústria de bens de consumo se desenvolve na década de 1910 com o
auxílio do capital interno e norte-americano. Á exemplo de outros países da
América Latina, a eclosão da Primeira Guerra Mundial possibilitou um
grande surto industrial na Argentina, e com isso o crescimento do
operariado urbano.
O Partido Nacional, que até então controlava todo o cenário político do
país, passava por sucessivas crises. Nesse contexto é criada a União
Cívica Radical, partido composto pelos setores sociais até então
marginalizados: setores médios e urbanos e o operariado.
• Juan Domingo Perón surgiu pela primeira
vez na política argentina com o fim da
Concordância em 1937, como Secretário
do Trabalho e Presidência do então eleito
Roberto Ortiz. Perón realiza medidas que
atraíram o operariado à tutela do Estado,
como a criação de novos sindicatos,
melhores condições de trabalho, aumento
dos salários e uma nova legislação
trabalhista e previdenciária.
Juan Peron
• Nas eleições de 1946, Perón é eleito com a maioria
dos votos (52%). Até 1951, o peronismo passa a ser o
elemento fundamental da política argentina: o Estado
passa a intervir na economia e a nacionalizar
ferrovias, comunicação, gás e transporte urbanos. O
peronismo tem como principais características a
política de culto à personalidade, paternalismo e de
autoritarismo.
A partir de 1951 o cenário da economia argentina
modifica-se: a prosperidade dá lugar à crise. Com o
aumento da concorrência internacional, do capital
norte-americano impossibilitando o crescimento
interno e o baixo investimento em industrialização, o
desemprego e a inflação se alastra pelo país.
• Nesse contexto, o governo perde o apoio da Igreja e enfraquece os
laços com as forças armadas. Em setembro de 1955, um golpe
militar afasta Perón da presidência, o qual passa a viver no exílio.
O peronismo foi um fenômeno típico do que se chama
de populismolatino-americano, na definição do cientista político
argentino Torcuatto di Tella, ?uma aliança de parte da elite,
incluindo industriais e militares nacionalistas, e trabalhadores, para
enfrentar outro segmento da elite?, o mais conservador.
Antes de se casar com Perón, Evita era um simples cantora e atriz
de radio teatro. Eles se formaram em um casal diferente de todo o
cenário político latino-americano.
Famosa por sua elegância e carisma, Evita era considerada por
muitos a mãe dos pobres, a protetora dos descamisados
(trabalhadores rurais), a chefe espiritual da nação. Como Secretária
do Trabalho a primeira dama realiza medidas que vão de acordo
com o regime populista, procurando agradar o proletariado:
• Para mim os trabalhadores são por isso, antes de mais nada
descamisados. Todos estiveram na Praça de Maio naquela noite
memorável. Muitos, materialmente, todos de espírito.(...) E não
esquecerei jamais o que devo a cada descamisado em particular a
vida de Perón.
(PERÓN, Eva)
As principais mudanças sociais no país ocorreram graças à atuação
de Evita: o maior investimento em segurança social, reformas,
cuidados médicos estatais, pensões e, sobretudo, o voto para as
mulheres. Deve-se, também a ela, a expulsão de multinacionais do
país e as nacionalizações.
Aos 33 anos Evita morre vítima de um câncer. De amada a odiada
a ex- primeira dama transformou-se em um mito no imaginário
político do país.
Perón volta do exílio a Argentina em 1973, com o fim do governo
militar. Ele é reeleito presidente com 60% dos votos, tendo como
vice a sua terceira mulher Isabelita.
• O mito Evita
A eleição da ex- primeira dama Cristina Fernández de Kirchner a presidência da
Argentina, com 44,86% dos votos, marca a história argentina como a segunda mulher a
ocupar um cargo tão importante.
Cristina possui semelhanças com Evita Perón ao passo que, conquistou a confiança dos
trabalhadores (a maioria de seu eleitorado) e possui um cuidado com a personalidade.
Assim, a atual presidente seria uma visão pós-moderna de Evita, como afirma o Raúl
Aragon, professor e diretor do Centro de Pesquisas de Opinião Pública da Universidade
Aberta Interamericana (UAI).
Contudo, para Juan Carlos Martínez Lázaro, professor do Instituto de Empresa (IE), a
vitória na eleição não se deve apenas pela maquiagem e o discurso populista realizado
por Cristina, mas também pelo apoio do eleitorado de seu esposo, Néstor Kirchner.
?Se há quatro anos a pobreza, a desigualdade social e o emprego eram as maiores
preocupações dos argentinos, hoje são a corrupção, a insegurança e a falta de
transparência política.Os méritos da recuperação econômica são de Kirchner, porque ele
ficou identificado com a chefia do país, por mais que Lavagna, ex-ministro da Economia e
um dos candidatos à presidência, tenha sido seu verdadeiro artífice?.
O fato é que o mito de Evita Perón está enraizado na cultura e no imaginário argentino.
Ela conquistou a popularidade e o carisma necessário para conquistar as classes mais
pobres e, assim, beneficiar o governo de Perón. Até hoje, vê-se na política argentina um
aparecimento de novas Evitas.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
Maria Eva Duarte, como se chamava no começo; Eva Perón, como ficou conhecida
em seus últimos anos; Evita, como o povo a batizou, foi uma figura que rompeu todos
os precedentes históricos e definiu uma modalidade política nunca vista até então.
Durante o breve período de sua atuação, ao lado de Perón, foi o centro de um
crescente poder e se tornou a alma do movimento peronista, em sua essência e em
sua voz. Adorada e ao mesmo tempo odiada por milhões de argentinos, o que jamais
provocou foi a indiferença.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
Maria Eva Duarte nasceu em Los Toldos, província de Buenos Aires, em 1919.
Ela, sua mãe - Juana Ibarguren - e seus quatro irmãos formavam a família
irregular de Juan Duarte, que morreu quando Evita tinha seis ou sete anos.
Nessa época, mudaram-se para Junín, onde Eva permaneceu até 1935.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
Sentia-se asfixiada pelo ambiente de cidade do interior e então, com apenas 15
anos, decide se mudar para Buenos Aires em busca de ser atriz. Sozinha, sem
recursos nem educação, enfrenta-se com um mundo hostil e difícil, cujas regras
desconhece. Mas triunfa: chega a ser atriz de certo nome, apesar de não ter
maiores dotes teatrais, a sair em capas de revistas e a encabeçar um programa
de rádio muito escutado
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
Mas seu destino era outro. Em janeiro de 1944, Eva Duarte conhece o coronel
Juan Domingo Perón num festival que a comunidade artística realizava em
benefício das vítimas de um terremoto que havia destruído a cidade de San
Juan poucos dias antes.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
No mês seguinte, já estavam morando juntos e dois anos mais tarde
regularizam a relação, contraindo matrimônio numa cerimônia íntima e
que não transcende ao público
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
Mas seu destino era outro. Em janeiro de 1944, Eva Duarte conhece o
coronel Juan Domingo Perón num festival que a comunidade artística
realizava em benefício das vítimas de um terremoto que havia destruído a
cidade de San Juan poucos dias antes.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
No mês seguinte, já estavam morando juntos e dois anos mais tarde
regularizam a relação, contraindo matrimônio numa cerimônia íntima
e que não transcende ao público
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
No seu papel primeira-dama, Eva Perón desenvolveu um trabalho intenso, tanto no
aspecto político quanto no social. No que diz respeito à política, trabalhou
intensamente para obter o voto feminino e foi organizadora e fundadora do ramo
feminino do movimento peronista. Esta organização se formou recrutando mulheres
de distintas extrações sociais por todo o país. As dirigentes da nova agrupação
receberam o nome de "delegadas censistas".
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
No aspecto social seu trabalho se desenvolveu na Fundação Eva Perón, mantida
por contribuições de empresários e por doações que os trabalhadores faziam
quando tinham uma melhora em seus salários. Criou hospitais, lares para idosos e
mães solteiras, dois policlínicos, escolas, uma Cidade Infantil. Durante as
festas de fim de ano distribuía sidra e panettone, socorria os necessitados e
organizava torneios esportivos infantis e juvenis.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
O outro bastão e talvez eixo principal de sua popularidade foi constituído em
torno dos sindicalistas e da sua facilidade e carisma para conectar-se com
as massas trabalhadoras, às quais ela chamava de seus "descamisados".
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
Eva Perón faleceu no dia 26 de julho de 1952, sendo ainda muito jovem, por
ocasião de uma leucemia. A dor popular não a abandonou num velório que
durou 14 dias, e não a abandonaria jamais. No imaginário popular, Evita é para
muitos uma santa.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
Quando escolhi ser "Evita" sei que escolhi o caminho do meu povo.
Agora, a quatro anos daquela eleição, fica fácil demonstrar que
efetivamente foi assim.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
Ninguém senão o povo me chama de "Evita". Somente aprenderam a me
chamar assim os "descamisados". Os homens do governo, os dirigentes
políticos, os embaixadores, os homens de empresa, profissionais, intelectuais,
etc., que me visitam costumam me chamar de "Senhora"; e alguns inclusive me
chamam publicamente de "Excelentíssima ou Digníssima Senhora" e ainda, às
vezes, "Senhora Presidenta". Eles não vêem em mim mais do que a Eva Perón.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
Os descamisados, no entanto, só me conhecem como "Evita". Eu me
apresentei assim pra eles, por outra parte, no dia em que saí ao encontro dos
humildes da minha terra dizendo-lhes que preferia ser a "Evita" a ser a esposa
do Presidente se esse "Evita" servia para mitigar alguma dor ou enxugar uma
lágrima.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
E, coisa estranha, se os homens do governo, os dirigentes, os políticos, os
embaixadores, os que me chamam de "Senhora" me chamassem de "Evita"
eu acharia talvez tão estranho e fora de lugar como que se um garoto, um
operário ou uma pessoa humilde do povo me chamasse de "Senhora". Mas
creio que eles próprios achariam ainda mais estranho e ineficaz.
Evita Peron Casa Rosada Evita Peron
Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita
Agora se me perguntassem o que é que eu prefiro, minha resposta não
demoraria em sair de mim: gosto mais do meu nome de povo. Quando um
garoto me chama de "Evita" me sinto mãe de todos os garotos e de todos os
fracos e humildes da minha terra. Quando um operário me chama de "Evita" me
sinto com orgulho "companheira" de todos os homens.

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Peronismo

  • 1. Evita PeronEvita Peron Profª Isabel AguiarProfª Isabel Aguiar
  • 2. PERONISMO • No começo do século 20 a Argentina era o país que mais reproduzia os valores europeus. Após os vinte três anos de repressão da ditadura de Juan Manuel Rosas, o país se transformara em um Estado Liberal. O poder estava concentrado, principalmente, na mão dos senhores de estâncias e membros dos setores comerciais e financeiros (ligados ao mercado internacional). A maioria da população mestiça de índios e brancos (os gaúchos) era marginalizada e sem acesso a política nacional. O desejo de formar uma nação de brancos, tipicamente europeia é o que estimula a imigração no país, sendo grande parte deste contingente era formado por italianos. A indústria de bens de consumo se desenvolve na década de 1910 com o auxílio do capital interno e norte-americano. Á exemplo de outros países da América Latina, a eclosão da Primeira Guerra Mundial possibilitou um grande surto industrial na Argentina, e com isso o crescimento do operariado urbano. O Partido Nacional, que até então controlava todo o cenário político do país, passava por sucessivas crises. Nesse contexto é criada a União Cívica Radical, partido composto pelos setores sociais até então marginalizados: setores médios e urbanos e o operariado.
  • 3. • Juan Domingo Perón surgiu pela primeira vez na política argentina com o fim da Concordância em 1937, como Secretário do Trabalho e Presidência do então eleito Roberto Ortiz. Perón realiza medidas que atraíram o operariado à tutela do Estado, como a criação de novos sindicatos, melhores condições de trabalho, aumento dos salários e uma nova legislação trabalhista e previdenciária.
  • 5. • Nas eleições de 1946, Perón é eleito com a maioria dos votos (52%). Até 1951, o peronismo passa a ser o elemento fundamental da política argentina: o Estado passa a intervir na economia e a nacionalizar ferrovias, comunicação, gás e transporte urbanos. O peronismo tem como principais características a política de culto à personalidade, paternalismo e de autoritarismo. A partir de 1951 o cenário da economia argentina modifica-se: a prosperidade dá lugar à crise. Com o aumento da concorrência internacional, do capital norte-americano impossibilitando o crescimento interno e o baixo investimento em industrialização, o desemprego e a inflação se alastra pelo país.
  • 6. • Nesse contexto, o governo perde o apoio da Igreja e enfraquece os laços com as forças armadas. Em setembro de 1955, um golpe militar afasta Perón da presidência, o qual passa a viver no exílio. O peronismo foi um fenômeno típico do que se chama de populismolatino-americano, na definição do cientista político argentino Torcuatto di Tella, ?uma aliança de parte da elite, incluindo industriais e militares nacionalistas, e trabalhadores, para enfrentar outro segmento da elite?, o mais conservador. Antes de se casar com Perón, Evita era um simples cantora e atriz de radio teatro. Eles se formaram em um casal diferente de todo o cenário político latino-americano. Famosa por sua elegância e carisma, Evita era considerada por muitos a mãe dos pobres, a protetora dos descamisados (trabalhadores rurais), a chefe espiritual da nação. Como Secretária do Trabalho a primeira dama realiza medidas que vão de acordo com o regime populista, procurando agradar o proletariado:
  • 7. • Para mim os trabalhadores são por isso, antes de mais nada descamisados. Todos estiveram na Praça de Maio naquela noite memorável. Muitos, materialmente, todos de espírito.(...) E não esquecerei jamais o que devo a cada descamisado em particular a vida de Perón. (PERÓN, Eva) As principais mudanças sociais no país ocorreram graças à atuação de Evita: o maior investimento em segurança social, reformas, cuidados médicos estatais, pensões e, sobretudo, o voto para as mulheres. Deve-se, também a ela, a expulsão de multinacionais do país e as nacionalizações. Aos 33 anos Evita morre vítima de um câncer. De amada a odiada a ex- primeira dama transformou-se em um mito no imaginário político do país. Perón volta do exílio a Argentina em 1973, com o fim do governo militar. Ele é reeleito presidente com 60% dos votos, tendo como vice a sua terceira mulher Isabelita.
  • 8. • O mito Evita A eleição da ex- primeira dama Cristina Fernández de Kirchner a presidência da Argentina, com 44,86% dos votos, marca a história argentina como a segunda mulher a ocupar um cargo tão importante. Cristina possui semelhanças com Evita Perón ao passo que, conquistou a confiança dos trabalhadores (a maioria de seu eleitorado) e possui um cuidado com a personalidade. Assim, a atual presidente seria uma visão pós-moderna de Evita, como afirma o Raúl Aragon, professor e diretor do Centro de Pesquisas de Opinião Pública da Universidade Aberta Interamericana (UAI). Contudo, para Juan Carlos Martínez Lázaro, professor do Instituto de Empresa (IE), a vitória na eleição não se deve apenas pela maquiagem e o discurso populista realizado por Cristina, mas também pelo apoio do eleitorado de seu esposo, Néstor Kirchner. ?Se há quatro anos a pobreza, a desigualdade social e o emprego eram as maiores preocupações dos argentinos, hoje são a corrupção, a insegurança e a falta de transparência política.Os méritos da recuperação econômica são de Kirchner, porque ele ficou identificado com a chefia do país, por mais que Lavagna, ex-ministro da Economia e um dos candidatos à presidência, tenha sido seu verdadeiro artífice?. O fato é que o mito de Evita Perón está enraizado na cultura e no imaginário argentino. Ela conquistou a popularidade e o carisma necessário para conquistar as classes mais pobres e, assim, beneficiar o governo de Perón. Até hoje, vê-se na política argentina um aparecimento de novas Evitas.
  • 9. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita Maria Eva Duarte, como se chamava no começo; Eva Perón, como ficou conhecida em seus últimos anos; Evita, como o povo a batizou, foi uma figura que rompeu todos os precedentes históricos e definiu uma modalidade política nunca vista até então. Durante o breve período de sua atuação, ao lado de Perón, foi o centro de um crescente poder e se tornou a alma do movimento peronista, em sua essência e em sua voz. Adorada e ao mesmo tempo odiada por milhões de argentinos, o que jamais provocou foi a indiferença.
  • 10. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita Maria Eva Duarte nasceu em Los Toldos, província de Buenos Aires, em 1919. Ela, sua mãe - Juana Ibarguren - e seus quatro irmãos formavam a família irregular de Juan Duarte, que morreu quando Evita tinha seis ou sete anos. Nessa época, mudaram-se para Junín, onde Eva permaneceu até 1935.
  • 11. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita Sentia-se asfixiada pelo ambiente de cidade do interior e então, com apenas 15 anos, decide se mudar para Buenos Aires em busca de ser atriz. Sozinha, sem recursos nem educação, enfrenta-se com um mundo hostil e difícil, cujas regras desconhece. Mas triunfa: chega a ser atriz de certo nome, apesar de não ter maiores dotes teatrais, a sair em capas de revistas e a encabeçar um programa de rádio muito escutado
  • 12. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita Mas seu destino era outro. Em janeiro de 1944, Eva Duarte conhece o coronel Juan Domingo Perón num festival que a comunidade artística realizava em benefício das vítimas de um terremoto que havia destruído a cidade de San Juan poucos dias antes.
  • 13. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita No mês seguinte, já estavam morando juntos e dois anos mais tarde regularizam a relação, contraindo matrimônio numa cerimônia íntima e que não transcende ao público
  • 14. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita Mas seu destino era outro. Em janeiro de 1944, Eva Duarte conhece o coronel Juan Domingo Perón num festival que a comunidade artística realizava em benefício das vítimas de um terremoto que havia destruído a cidade de San Juan poucos dias antes.
  • 15. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita No mês seguinte, já estavam morando juntos e dois anos mais tarde regularizam a relação, contraindo matrimônio numa cerimônia íntima e que não transcende ao público
  • 16. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita No seu papel primeira-dama, Eva Perón desenvolveu um trabalho intenso, tanto no aspecto político quanto no social. No que diz respeito à política, trabalhou intensamente para obter o voto feminino e foi organizadora e fundadora do ramo feminino do movimento peronista. Esta organização se formou recrutando mulheres de distintas extrações sociais por todo o país. As dirigentes da nova agrupação receberam o nome de "delegadas censistas".
  • 17. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita No aspecto social seu trabalho se desenvolveu na Fundação Eva Perón, mantida por contribuições de empresários e por doações que os trabalhadores faziam quando tinham uma melhora em seus salários. Criou hospitais, lares para idosos e mães solteiras, dois policlínicos, escolas, uma Cidade Infantil. Durante as festas de fim de ano distribuía sidra e panettone, socorria os necessitados e organizava torneios esportivos infantis e juvenis.
  • 18. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita O outro bastão e talvez eixo principal de sua popularidade foi constituído em torno dos sindicalistas e da sua facilidade e carisma para conectar-se com as massas trabalhadoras, às quais ela chamava de seus "descamisados".
  • 19. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita Eva Perón faleceu no dia 26 de julho de 1952, sendo ainda muito jovem, por ocasião de uma leucemia. A dor popular não a abandonou num velório que durou 14 dias, e não a abandonaria jamais. No imaginário popular, Evita é para muitos uma santa.
  • 20. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita Quando escolhi ser "Evita" sei que escolhi o caminho do meu povo. Agora, a quatro anos daquela eleição, fica fácil demonstrar que efetivamente foi assim.
  • 21. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita Ninguém senão o povo me chama de "Evita". Somente aprenderam a me chamar assim os "descamisados". Os homens do governo, os dirigentes políticos, os embaixadores, os homens de empresa, profissionais, intelectuais, etc., que me visitam costumam me chamar de "Senhora"; e alguns inclusive me chamam publicamente de "Excelentíssima ou Digníssima Senhora" e ainda, às vezes, "Senhora Presidenta". Eles não vêem em mim mais do que a Eva Perón.
  • 22. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita Os descamisados, no entanto, só me conhecem como "Evita". Eu me apresentei assim pra eles, por outra parte, no dia em que saí ao encontro dos humildes da minha terra dizendo-lhes que preferia ser a "Evita" a ser a esposa do Presidente se esse "Evita" servia para mitigar alguma dor ou enxugar uma lágrima.
  • 23. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita E, coisa estranha, se os homens do governo, os dirigentes, os políticos, os embaixadores, os que me chamam de "Senhora" me chamassem de "Evita" eu acharia talvez tão estranho e fora de lugar como que se um garoto, um operário ou uma pessoa humilde do povo me chamasse de "Senhora". Mas creio que eles próprios achariam ainda mais estranho e ineficaz.
  • 24. Evita Peron Casa Rosada Evita Peron Evita Peron Evita Peron MadonaTúmulo de Evita Agora se me perguntassem o que é que eu prefiro, minha resposta não demoraria em sair de mim: gosto mais do meu nome de povo. Quando um garoto me chama de "Evita" me sinto mãe de todos os garotos e de todos os fracos e humildes da minha terra. Quando um operário me chama de "Evita" me sinto com orgulho "companheira" de todos os homens.